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PPA #42 – Review “Nós Somos Tudo o Que Temos” – Dinamite Club

Nós Somos Tudo o Que Temos é como aqueles filmes que cada vez que você assiste, você é fisgado por um detalhe novo. O segundo full lenght da Dinamite Club surpreende com algo diferente a cada audição. É um riff interessante, um trecho de letra que se encaixa com algum momento da vida do ouvinte. E qualquer um sente a paixão e dedicação do quarteto durante os 30 minutos do disco que será lançado pela Hearts Bleed Blue.

Dinamite Club - Nós Somos Tudo o Que Temos. (Foto: Ricardo Leite).

Dinamite Club – Nós Somos Tudo o Que Temos. (Foto: Ricardo Leite).

Desde Tiro & Queda (2013), as letras do Dinamite Club sempre trouxeram ótimas mensagens. Misturar PMA com o som pop punk e ainda não soar clichê é um dos pontos que mais chamam a atenção da banda paulistana. Em Nós Somos Tudo o Que Temos isso não é diferente. Um álbum cheio de histórias que podem acontecer ou já aconteceram com você, comigo ou qualquer outra pessoa. Um fator que desenvolve um ótima aproximação com o público.

Não Dá Para Ganhar Todas é um exemplo disso. Uma reflexão sobre como as pessoas podem se sentir confusas e ao mesmo tempo como o cotidiano pode ser desanimador. Porém, ela traz uma mensagem positiva e mostra como a música é uma excelente companheira. Afinal, quem nunca se agarrou a um verso e o usou como mantra para superar as adversidades?

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O single Você É Maior é outra faixa que merece uma atenção em relação a letra. É aquele impulso para as pessoas enfrentarem os problemas de cabeça erguida e que nem tudo pode ser tão ruim. Em resumo, a vida é feita de fases e as ruins sempre serão superadas.

Em Nós Somos Tudo o Que Temos, a Dinamite Club consegue apresentar ótimas canções sobre temas atuais, mas de forma que faz o ouvinte refletir sobre o assunto. Não Seja Esse Cara, uma das mais pesadas do trabalho, é um recado direto para aquelas pessoas que propagam o discurso do ódio nas redes sociais.

Stop Making Stupid People Famous, Nada É Só Bom, e A Vida É Mais Didática Que Stanislawski são canções que também merecem destaque pelo conjunto da obra. Elas possuem instrumentais e letras muito bem escritos. Além de abordar temas que realmente fazem parte do cotidiano de várias pessoas.

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A sonoridade do material pode ser resumido em duas palavras: Identidade própria. Mesmo agregando influências de diversos gêneros. Do easycore do Four Year Strong ao hardcore melódico do No Use For a Name, como a própria banda cita, o disco tem sua própria cara.

Ao longo das 12 músicas, o ouvinte não terá aquelas sensações “Nossa, isso me lembra banda X” ou “Essa bateria me lembra artista Y”. Uma produção bastante original com músicos dedicados em fazer o seu trabalho. Novamente a parceria do quarteto com o produtor Gab Scatolin trouxe um resultado bastante interessante.

A letra de Isso Significa Muito traduz os “bastidores” desse trabalho. O amadurecimento dos integrantes da banda, o amor e a dedicação dos quatro pessoas pela música. Uma excelente química que entrega um trabalho gostoso de ouvir e bastante empático.

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Para encerrar, Nós Somos Tudo o Que Temos é um disco essencial para quem gosta de pop punk e procura por materiais nacionais de ótima qualidade. Em produção, ele não perde nada para artistas “gringos”. E o melhor de tudo, com letras em português entregam a mensagem que a banda deseja transmitir logo na primeira audição.

Nós Somos Tudo o Que Temos sairá no dia 12 de maio pela gravadora Hearts Bleed Blue. E enquanto o trabalho não é lançado, dê uma olhada no teaser liberado pela Dinamite Club que reflete bem os sentimentos do grupo e de quem ouviu todo o álbum.

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