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Entrevista | Mateus Simões (Phone Trio) – “Colocamos no mundo do jeito que foi elaborado”

Após quase sete anos sem material inédito, os cariocas do Phone Trio lançaram o EP Bonanza no dia 12 de maio. O trabalho conta com seis faixas e está saindo apenas no formato digital nas principais plataformas de streaming em parceria com a DeckDisk.

Com energia renovada, a banda colocou no ar um EP simples e direto. Mas com ótimas canções que fazem parecer que não teve uma pausa tão longa entre os lançamentos. Certamente, os fãs do grupo não vão se decepcionar.

Conversei com Mateus Simões, baixista do Phone Trio, para saber mais sobre Bonanza. Como foram as composições, o retorno aos palcos e a amizade com outras bandas da cena pop punk.

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Bom, tenho que começar a entrevista fazendo uma pergunta realmente de fã. Quando a banda anunciou a pausa em 2010, vocês tinha acabado de fazer uma turnê nos Estados Unidos e prestes a lançar um disco produzido lá fora. O que fez vocês tomarem essa decisão na época e depois retornar ao palcos “oficialmente” em 2016?

Não tentamos esconder mais, apesar de na hora ter sido correto deixar de lado, mas houve um desentendimento interno bem grande. Basicamente, estávamos querendo morar fora, estava tudo encaminhado. Mas o medo ainda assustava um de nós. Foi péssimo na época, fiquei arrasado.

Mas falando sobre a volta, começou em agosto de 2016, quando minha noiva foi fazer mestrado em Nova Iorque (onde o Hugo [Faraco], ex-baterista, mora, por sinal). Eu precisava muito me ocupar, focar em algo para não ficar triste. Ao conversar com o Sal [guitarrista e vocal], surgiu a ideia de gravarmos um EP de brincadeira. Então, decidimos buscar um amigo de verdade (que também fosse do Hugo) para começar a ensaiar. E foi assim que o Rodrigo Galha entrou para a banda.

Depois do primeiro acorde no ensaio rolou um “Por que não fizemos isso antes?”. Em seguida envolvemos o Hugo na pré-produção e foi perfeito! Não podia ter sido melhor! Agora somos felizes, comemos açúcar sem culpa e falamos de How I Met Your Mother sorrindo. (Risos)

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O Bonanza é o primeiro trabalho de inéditas desde Houston, We Have a Problem (2010). Como foi o processo de composição para esse trabalho depois da longa pausa?

Foi surrealmente rápido. Oito ensaios e pronto. Criamos uma música por ensaio e depois batemos os cliques. Para nossa surpresa, o Sal ainda inventou de gravar uma música quando estávamos no meio da gravina, a Please Don’t Let Me Fall In Love Again. Mas foi sensacional!

Tentamos envolver os quatro sempre, contando o Hugo. Juntar ideias de todos para que nascesse algo com a nossa cara. Único briefing foi do Sal durante o primeiro ensaio, e foi irado: “Vamos fazer o mais simples e direto possível”. Estamos muito felizes com o resultado!

Ouvindo o EP pela primeira vez, percebi que ele começa muito mais “punk pop” e depois vai “suavizando” para o pop punk, como nos trabalhos anteriores. Foi intencional colocar as músicas mais rápidas e pesadas no começo e depois as mais melódicas para o final?

Rapaz, nem tinha reparado isso. (Risos) O disco é quase todo na ordem que compomos, tirando Please Don’t Let Me Fall In Love Again. Colocamos no mundo do jeito que foi elaborado. Talvez a gente tivesse mais nervoso em agosto e mais calmo em setembro. (Risos)

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Best Friends, a faixa 5 de Bonanza, tem a participação do Bruno Peras do Dinamite Club. Conversando com o Márcio Rodrigues (guitarrista da Dinamite Club) em outra oportunidade, percebi que as duas bandas são bem amigas. Como surgiu essa amizade e depois a parceria?

Através da GRETCHEN do pop-punk, Gab Scatolin. Ele enchia meu saco para ouvir o Dinamite Club, mas eu nunca dava bola. Até porque eu sou bem chato no geral e ele gosta de umas coisas muito ruins. (Risos)

Mas aí quando decidimos pensar em marcar um show, pegamos pra ouvir o Dinamite Club e o Never Too Late. Ficamos de queixo caído. Certamente sem essas duas bandas o Bonanza não existiria. Em seguida criamos um grupo do show no WhatsApp e até hoje nos falamos diariamente por lá. Sabe quando a parada funciona? Bandas incríveis com pessoas maravilhosas. Tá, vou ceder. Obrigado por insistir, Gab! (Risos)

O Bonanza está sendo lançado pela DeckDisk apenas em formato digital. Por que essa opção de não ter uma versão física?

Não temos tempo para se dedicar ao projeto 100%, e quase ninguém mais compra CD. Então, foi isso. Sobre a DeckDisc, eles foram um amor desde o começo! Agradecemos do fundo de nossos corações.

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Agora que o Bonanza foi lançado, quais são os próximos passos do Phone Trio? O que podemos esperar daqui para frente?

Estamos muuuito animados, apesar de nossas agendas serem loucas. Eu trabalho na Orquestra Petrobras Sinfônica, o Sal na VOID e o Galha na Paramaker. Acredito que saia mais um novo material em breve. Já estamos com algumas canções na manga. Porém, shows serão poucos, mas bem legais, prometo!

Obrigado pela entrevista, fique à vontade para deixar um recado para o pessoal do Blog n’Roll e do Pop Punk Academy.

Obrigado por quem ainda lembrava que a banda existia, estamos muito emocionados. Ah, e ouçam Dinamite Club e Never Too Late! <3

*

Bonanza, do Phone Trio, está disponível para audição no Spotify, Deezer, iTunes, Google Play e em várias outras plataformas. Ou se preferir ouvir no Youtube, basta dar play abaixo:

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