Após o lançamento do primeiro álbum, Wednesday Morning, 3A.M., a dupla Paul Simon e Art Garfunkel retornava de forma triunfante, dois anos depois, com Sound Of Silence. Os músicos se separaram por alguns meses após o resultado das vendas do primeiro álbum, ofuscado pela invasão britânica.
O álbum abre com a regravação da canção The Sound Of Silence, com uma repaginada não autorizada por Simon & Garfunkel. Tom Wilson, produtor do álbum, sem consentimento dos dois acrescentou guitarras, baixo e bateria, e a faixa foi lançada como single em setembro de 1965. Considerada hoje como uma canção folclórica, houve uma teoria que sua letra fosse baseada no assassinato do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy. Anos após seu lançamento, Simon deu uma entrevista e mostrou que a canção era mais simples: “Eu escrevi essa música durante o banho. Apaguei as luzes para poder ter uma concentração melhor”. Estranho, mas…
A faixa-título ainda era seguida do clássico I Am A Rock e Leaves That Are Green, April Come She Will, A Most Peculiar Man e Kathy Song. Todas as faixas já tinham versões acústicas no álbum The Paul Simon Songbook, lançado em agosto de 1965 na Inglaterra. A canção Richard Cory, foi baseada em um poema de Edwin Arlington Robinson e Somewhere They Can Not Find Me foi reescrita do primeiro álbum da banda.
Entramos na conclusão que a dupla, mesmo com um primeiro disco já lançado, tentou dar um reset na carreira, querendo esquecer o início da carreira. Com suas músicas repaginadas, com novas melodias e alguns trechos modificados, The Sound Of Silence se tornou um clássico obrigatório para fãs de folk rock, e um dos mais belos hinos que os anos 1960 nos proporcionou.
