A banda norte americana All Time Low é muito conhecida no meio pop punk/emo devido a grande quantidade de singles de sucesso. Músicas como Dear Maria, Count Me In, Weightless e várias outras fazem parte do repertório do quarteto até hoje.
Porém, todos sabemos que bandas não são feitas apenas de singles. Anteriormente, antes do boom nos serviços de streaming, era a venda de álbuns que sustentavam os artistas e as gravadoras.
No começo dos anos 2000, o All Time Low iniciou a carreira de formo sólida com os primeiros trabalhos. Por exemplo, o EP Put Up Or Shut Up (2006) e seu segundo álbum So Wrong, It’s Right (2007).
Posteriormente, a banda começou a decolar em vendas após seu terceiro álbum, Nothing Personal (2009). Sem dúvidas, isso graças ao fato de um dos seus singles mais memoráveis e carro chefe do material, Weightless.
O estilo do All Time Low
Falando um pouco sobre o estilo do All Time Low, podemos dizer que a banda foi um dos principais vanguardistas da mistura entre pop punk e power pop. Ou seja, a sonoridade que traz aspectos do pop punk tradicional (The Offspring, Green Day). Ao mesmo tempo em que adiciona-se uma pegada bem mais jovem ao gênero.
As principais características dessa mistura são encontradas no uso de bases de guitarra muito simplificadas. Bem como uma bateria marcante, entretanto, não protagonizante. E desta maneira, as linhas de baixo bem apagadas e vocais como o principal foco das músicas completam a fórmula.
Então, pegue tudo isso e adicione BPM’s relativamente altos e refrões chiclete e você tem a fórmula básica para as músicas do quarteto. O resultado são canções memoráveis, energéticas e animadas.
Sobre Nothing Personal
Voltando para o foco da resenha, Nothing Personal possui muitas qualidades. Bem como também possui alguns defeitos, que detalharei mais adiante.
O álbum começa com a já citada Weightless. A música por si própria já demonstra a essência do álbum: energia e animação que te fazem querer pular. Quanto a instrumentação, podemos dizer que a banda acabou novamente optando por sua fórmula preferida.
Por consequência, isso implica em um foco maior no todo do que no individual. Nenhum instrumento se mostra como protagonista, papel que então fica por conta do vocalista Alex Gaskarth.
Logo, esse padrão segue nas demais músicas do disco. Apenas com exceção de Too Much e Therapy. Além de serem as canções “tristes do álbum”, ambas vão na contramão de toda a excitação que o álbum traz. Assim como acabam tratando de temas mais pessoais.
Elas trazem uma atmosfera mais pessimista, porém não chega a ser sombria. Com elas a formula se altera: uma base de guitarra mais devagar tocando no fundo e uma bateria lenta são acompanhados de vocais mais calmos e sentimentais.
Com esses elementos, as canções se tornam melancólicas. Mas não o suficiente para estragar o clima característico de Nothing Personal.
Conclusões
Nothing Personal é um álbum que conta com diversas músicas animadas. Desta maneira, junção de gêneros entre pop punk e power pop faz com que este seja um álbum excepcional para festas.
Apesar de tudo, como eu havia dito no início, o álbum apresenta algumas falhas. No geral, pode-se dizer que All Time Low não soube executar um álbum completo.
Ou seja, Nothing Personal parece mais uma junção de vários singles, lançados em forma de mix tape. Apesar das músicas possuírem o mesmo estilo, não existe nenhuma conexão entre elas.
Por exemplo, As faixas são muito deslocadas das demais. E por mais que o álbum não fuja da sua proposta, a experiência no geral é comprometida.
Contudo, este álbum se mostra diversas vezes sendo extremamente divertido. Apesar da falta de uma experiência completa, as músicas individualmente são muito boas e bem memoráveis.
Após ouvir Nothing Personal apenas uma vez, não será incomum se pegar cantando o refrão de algumas músicas. No geral, a experiência de ouvir este álbum é muito positiva.
As faixas te deixam alegre e com vontade de sair pulando e cantando. Recomendo fortemente para uma leitura mais descontraída e não tão focada no conjunto.