Depois de muita expectativa, Taylor Swift finalmente lança seu sétimo álbum de estúdio. Lover chega com 18 faixas, incluindo os singles previamente divulgados.
Em entrevista para a Vogue, Swift disse que o disco pode ser visto como um novo começo. Depois de ouví-lo, percebemos que ele não é bem um começo, mas sim um comeback para os antigos costumes.
Old school pop
O uso de sintetizadores e beats ritmados é frequente, seguindo influências dos anos 1960 e 1970. Notamos esses momentos especialmente em Cruel Summer, The Man e Paper Rings. A última, inclusive, se destaca com uma energia acima das demais.
Tanto synthpop como techno e electropop têm influência evidente nas canções. A mescla com referências modernas traz canções feitas para as rádios, como I Think He Knows e London Boy.
O amor romântico em alta
Lover também tem seus momentos mais emotivos. O single homônimo, por exemplo, abre a cadeia de canções confessionais ao modo country. The Archer, tanto em melodia como vídeo, tem um tom nostálgico em cada verso.
Nada como umas boas baladas à la Taylor. Ninguém investe nas românticas como ela. Miss Americana & The Heartbreak Prince é a fórmula Swift clássica, que remete aos seus primeiros hits, mesmo com uma nova roupagem. Falando em nostalgia, a narrativa em Cornelia Street também lembra outros momentos da carreira de Swift.
As colaborações representam momentos distintos. Na canção Soon You’ll Get Better, com Dixie Chicks, vemos um pouco da country Taylor de Fearless (2008), romântica e saudosa.
Em ME!, com Brendon Urie (Panic! At The Disco), voltamos ao pop total. A narrativa se volta ao amor próprio, sem tanta nostalgia. Em comparação, a primeira canção se destaca pelo toque acústico e harmonias suaves.
Sintonizada nas rádios
Focadas no pop contemporâneo, I Forgot That You Existed, Death By A Thousand Cuts e You Need To Calm Down são as mais envolventes. False God e It’s Nice To Have a Friend são mais lentas, não tão cativantes quanto as demais.
Já Daylight, a faixa que encerra o disco, deixa a trilha morna. Entre picos de energia e poucos momentos realmente inovadores, Lover não se desafia, incorporando fórmulas que deram certo a diferentes referências.
A era Reputation (2017) foi apenas um recorte numa discografia em mar de rosas. Com Lover, Swift retoma a persona da garotinha doce que fala de amor na primeira pessoa. Ideal para sustentar seu legado no pop, o álbum tem de tudo para ser um sucesso nas rádios.
Ouça o álbum Lover completo aqui.