Na quinta-feira (26), o Weezer estreou em São Paulo, na abertura do festival De Som a Sol, no Ginásio Ibirapuera. Dona de uma legião de fãs ardorosas, a banda teve muitos dos seus últimos lançamentos questionados. Em síntese pela falta de comprometimento com o legado construído ou pelo famigerado álbum de covers.
Entretanto, o que aparenta é que a banda está vivendo uma fase mais leve, mais despreocupada, onde parece ter descoberto que o segredo da vida é não se levar a sério demais.
Sem medo dos seus hits, os caras já chegaram abrindo com a clássica Buddy Holly e emendaram com Undone – The Sweater Song, Hash Pipe e My Name is Jonas.
Na sequência, já com com o público na mão, veio o primeiro cover com Happy Together, do The Turtles, música que harmoniza muito bem dentro do repertório. Ademais contou com um trecho de Longview, do Green Day.
Aliás, para quem não sabe o Weezer irá se juntar ao Green Day e ao Fall Out Boy para uma grande turnê no ano que vem. Ademais, além da homenagem ao Green Day, Rivers Cuomo fez o show vestindo uma camiseta do Fall Out Boy.
Todavia, vieram Holiday, Island in the Sun, Perfect Situation, Take on Me, do A-Ha. Posteriormente, veio o single novo que começa com ares de Eruption, do Van Halen, The End of the Game.
Sem tempo a perder veio a festejada versão de Africa, do Toto, seguida da dobradinha do Pinkerton, The Good Life e El Scorcho.
Pouca conversa do Weezer
O ritmo do show seguiu intenso, música atrás de música, sem grandes pausas, com exceção de algumas divertidas frases em português.
Vinte faixas executadas em 80 minutos de show provaram que o Weezer é muito mais do que uma banda cult. É um grupo que se diverte tanto quanto sabe divertir.
Posso estar errado, mas o show deles no Rock in Rio tem tudo para arrebatar mais um monte de fãs para a banda. Além de tocar Paranoid, do Black Sabbath, e Lithium, do Nirvana, a banda ainda voltou para um bis com uma linda versão à capella de Buddy Holly.
Posteriormente, encerraram com Say it Ain’t So, fazendo todos os presentes urrarem o refrão em uníssono, como costumava dizer um amigo.
Com certeza, o Weezer faz hoje um dos melhores e mais divertidos shows de rock da atualidade. Sem grandes pretensões e de uma forma muito simples. Em síntese, é uma mensagem para os fãs de um gênero que por vezes se leva a sério demais. Que essa tenha sido a primeira vez de muitas.