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Entrevista | The Slackers – “O ska parece ser muito resistente”

A partir deste sábado (3), a banda novaiorquina The Slackers inicia uma longa turnê pelo Brasil, a segunda no ano. O primeiro show será em Palmas, em Tocantins. O último em Sorocaba, no dia 18 de novembro. Vic Ruggiero e companhia vão passar, ainda, por Santos, São Paulo, Porto Alegre, Caxias do Sul, Curitiba, Floripa, Natal, São José dos Campos e Campinas.

Resta torcer para a supertempestade Sandy, que vem devastando a costa leste americana, não interfira na programação. 

Além da extensa sequência de shows, o vocalista Vic Ruggiero apresentará o trabalho solo em duas oportunidades: sexta-feira (2) em Palmas, e dia 19, no Inferno Club, em São Paulo.

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Em entrevista exclusiva ao Blog n’ Roll, o saxofonista Dave Hillyard falou sobre a expectativa quanto aos shows, influências, projetos paralelos, álbum novo e outras coisas.

Para os fãs santistas que pretendem assistir ao show do Kiss em São Paulo no mesmo dia, a Base garante que os caras subirão ao palco somente às 3h da matina. Vale encarar a maratona.

O que podemos esperar dos novos shows do The Slackers no Brasil? Há alguma surpresa?

Bem, nós estamos felizes por estar de volta. Estamos trabalhando em algumas músicas novas que não foram gravadas ainda, portanto, pode ser que role uma ou duas dessas.

Nós também estamos tocando Cleopatra, um cover do Skatalites, e tem sido muito divertido. Talvez não devesse dizer muito ou não vai ser uma surpresa, não é?

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Alguma previsão de lançamento de um novo álbum do Slackers? Vocês estão trabalhando nisso?

Nossa última gravação foi o álbum Radio, que saiu pelo selo Whatevski no início deste ano. Essas faixas são todas covers. A maioria delas não são tipicamente ska/reggae, mas nós Slackerizamos elas e as fizemos soarem verdadeira para nós.

Começamos a trabalhar em material novo e original. Temos em torno de cinco músicas. Esperamos que este material possa ser lançado no outono de 2013.

Em cerca de dez meses, a partir de agora, vamos ter algumas coisas novas sendo liberadas. Temos também uma música nova, que será lançada na coletânea Brooklyn Rocksteady, que sairá no final deste ano.

O que você acha do público brasileiro?

Nós nos divertimos bastante no Brasil.

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Que história é essa de que o álbum Redlight vai se tornar um musical da Broadway? É verdade?

Hahaha! Não. Isso foi uma brincadeira que fizemos no Dia da Mentira. Não temos planos de fazer um musical da Broadway.

Quem são seus heróis na música?

Acho que o meu primeiro “herói” na música foi o saxofonista do English Beat. Ele era o saxofonista principal da banda. Foi escutando ele tocar que tive vontade de fazer música. Eu queria soar como ele. Mais tarde me liguei em Roland Alphonso e Tommy McCook dos Skatalites.

Então, esses caras me levaram ao jazz. Comecei ouvindo caras como Lester Young e Illinois Jacquet. Acho que John Coltrane é, provavelmente, o melhor saxofonista que já existiu. Ele sempre me deixa louco quando eu o escuto tocar. Só pra você ter uma ideia de como eu amo John Coltrane, o nome do meio do meu filho é Coltrane.

E como você descobriu ska?

Eu sou uma raridade entre os músicos com os quais comecei a tocar, porque queria tocar em uma banda de ska. Essa é a principal razão pela qual aprendi a tocar saxofone. Queria aprender a tocar as músicas do English Beat, Bad Manners e do Madness. Eles realmente me fascinaram. 

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Meu pai ouvia reggae quando eu era um garoto, então eu já escutava Jimmy Cliff, Bob Marley e Peter Tosh  desde muito jovem. Eu não tinha me envolvido com o ska até 1982-1983, quando era música popular no sul da Califórnia, onde eu cresci. 

Tive a felicidade de conhecer um monte de meus herois musicais. Toquei com Buster (vocalista) do Bad Manners quando eu era muito jovem, uns 19 anos de idade. Conheci e saí com um monte de caras do Skatalites, especialmente Roland e Tommy.

Também tive a sorte de passar muito tempo com Glen Adams, dos Upsetters. Nós gravamos um álbum juntos chamado Hits Of Jackpot. Também tive a sorte de tocar com Larry McDonald, que é o melhor percussionista da Jamaica.

Passei um longo tempo com Roy Campbell, que é um grande trompetista de jazz.  Estes são os meus mentores musicais, os que moldaram o estilo da música que eu toco.

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Como você vê a cena ska no mundo de hoje?

O ska parece ser muito resistente. Parece que ele está se espalhando pelo mundo. Estou sempre impressionado com o quão longe ele alcança. Para mim existe um certo tipo de som, uma certa faísca musical, que as bandas originais jamaicanas tinham e eu quero tentar carregar isso na minha música. 

Não estou interessado em apenas copiá-los. Passei tanto tempo aprendendo e me enraizando em sons jamaicanos que eu sinto que posso misturar isso tudo e trazer outras influências, e mesmo assim ainda manter muito do som original.  Isso já esta no meu DNA depois de todos esses anos. 

Eu realmente amo ska. Uma das influências mais inspiradoras na minha vida. O que eu quero fazer é pegar aquela faísca original e levá-la para uma próxima etapa, fazer novas variações nos temas mais antigos, mas manter o espírito original da música.

Como vai o Rocksteady 7 (projeto paralelo de David Hillyard)?

Está bem. Estamos prestes a lançar nosso quarto álbum, Friends and Enemies, em dezembro. Friends and Enemies é um álbum de blues e ska.  Ele mistura a atitude e os sons do blues americano com os ritmos de ska e reggae. 

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Tenho escutado muito Howling Wolf e Sonny Boy Williamson. São essas músicas que eu misturei com ritmos jamaicanos nesse álbum do Rocksteady 7. 

Olhando para a frente, acho que meu próximo álbum do Rocksteady 7 será um álbum ska brasileiro.  Escuto muito Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, Tim Maia e Caetano Veloso. Estou aprendendo a tocar, instrumentalmente, um monte de suas músicas.

Deixe uma mensagem para os brasileiros

Estou ansioso para ver vocês nos shows.  Sempre gosto de visitar ao seu país e espero vê-los novamente. Vocês tem grandes tradições musicais e espero ouvir e aprender mais.

SERVIÇO – Slackers no Brasil

Sáb, 3/Nov – Palmas/TO @ PMW Rock Festival
The Cave – 103 Sul, Rua LO-1 Numero 48
A partir das 20h30 (Slackers previsto para 00h15)

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Seg, 5/Nov – Porto Alegre/RS @ Opinião

Rua José do Patrocínio, 834 – (51) 8401-0104
Abertura: Pata de Elefante – A partir das 21h00 – $40/$50/$60

Ter, 6/Nov – Caxias do Sul/RS @ Aristos Pub
Av. Júlio de Castilhos, 1677 – Centro – (54) 3221-2679
Abertura: Rutera – A partir das 21h30 – $15/$20

Qua, 7/Nov – Florianópolis/SC @ John Bull Pub
Av. das Rendeiras, 1046 – Lagoa da Conceição – (48) 3232-8535
Abertura: Cultivo – A partir das 21h – $25/$30
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Qui, 8/Nov – Curitiba @ Ambiental Bar

Rua Itupava, 1133 – Alto da XV – (41) 3023-0903
A partir das 21h – A partir de $30

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Sex, 9/Nov – São Paulo/SP @ SESC Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – (11) 2076-9700
Comedoria – 21h30 – $6/$12/$24Sáb, 10/Nov – Natal/RN @ Festival DoSol
Rua Chile – Ribeira
A partir das 15h30 (Slackers previsto para 01h30) – $ 20Ter e Qua, 13 e 14/Nov – Santo André/SP @ SESC
Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – (11) 4469-1200
Teatro – 21h00 – $6/$12/$24Qui, 15/Nov – São José dos Campos/SP @ SESC
Av. Adhemar de Barros, 999 – Jd. São Dimas – (12) 3904-2000
Solário – 18h00 – $4/$8/$16Sex, 16/Nov – Campinas/SP @ Casa São Jorge
Av. Santa Isabel, 655 – Barão Geraldo – (19) 3249-1588
A partir das 22h00 – $30/$40/$50Sáb, 17/Nov – Santos/SP @ Base Arte Cultura
Rua Constituição, 415 – Vila Mathias – (13) 3049-4449
A partir das 00h00 (Slackers previsto para 03h00) – $ 20/$40Dom, 18/Nov – Sorocaba/SP @ SESC
Rua Barão de Piratininga, 555 – Jd. Faculdade – (15) 3332-9933
Anfiteatro – 19h00 – $5/$10/$20

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