Taylow Hawkins lança novo álbum; ouça Get The Money
Todo projeto com Dave Grohl envolve um baterista cheio de talento, não é? Fora ele mesmo, seu colega de Foo Fighters, Taylor Hawkins, também esbanjou boa música em Get The Money, seu novo álbum solo. Taylor Hawkins & The Coattail Riders é o projeto do músico com Chris Chaney, do Jane’s Addiction, Brent Woods e John Lousteau. Fora o elenco principal de peso, o músico ainda conta com várias participações especiais. Entre eles, Roger Taylor (Queen), Joe Walsh (Eagles), Duff McKagan (Guns n’ Roses), Chrissie Hynde (Pretenders) e os próprios colegas de Foo, Dave Grohl e Pat Smear. Composto de 10 faixas, o álbum traz diferentes influências do músico. É em sua maioria agitado, trazendo toques de classic rock, como na faixa Don’t Look At Me That Way. Hawkins faz o puro rock com seus vocais energéticos. Segue linhas diferenciadas em canções como I Really Blew It, mais descontraídas, mas que continuam detalhistas no instrumental. Em seu disco, explora várias vertentes do rock, com traços de surf rock, ska, punk, hard rock, entre outros. O álbum é bem equilibrado, divertido e como dito anteriormente, cheio de energia. Hawkins não dispensa cuidados, e todas as músicas contam com sonoridade bem construída. Ouça Get The Money:
Ouça Masquerade of Madness, novo som de King Diamond
O vocalista King Diamond divulgou hoje uma nova canção. Intitulada Masquerade of Madness, a faixa integra seu próximo álbum solo, The Institute. O disco tem estreia marcada para o início de 2020. A canção não é tão inédita para os fãs. King Diamond já tocou a faixa algumas vezes, mas agora faz o lançamento oficial, com gravação em estúdio. Temos bons solos, peso na bateria e todas as características de um bom rock n’ roll. Confira Masquerade of Madness, já disponível nas plataformas de streaming: O novo álbum de King Diamond chega junto do anúncio de que sua banda original, o Mercyful Fate, retomou as atividades. O grupo prometeu uma turnê de reunião em 2020 e ainda gravará músicas inéditas. Com a recente morte do baixista Timi Hansen, que fazia parte da formação original, os detalhes sobre a reunião do Mercyful Fate ficaram em aberto. O músico enfrentava uma longa batalha contra o câncer e faleceu aos 61 anos.
Sepultura lança vídeo oficial de Isolation, gravado ao vivo
A primeira canção de Quadra, novo álbum do Sepultura, foi divulgada em apresentação no Rock in Rio. Após gravada e editada, a performance de Isolation tornou-se um clipe impressionante. Para o guitarrista Andreas Kisser, o vídeo carrega um momento histórico para o Sepultura. “Foi a estreia mundial de Isolation, que é uma faixa trash de traz pra frente com uma intro épica. Eu estou tão feliz que filmamos a performance, pois agora estamos prontos para mostrá-la ao mundo. Que o ciclo de Quadra comece!” Com forte crítica social, Isolation fala do sistema prisional americano. O uso da solitária, que confina os presos isoladamente por dias, é o foco. Segundo o vocalista Derrick Green, essa é uma prática desumana. “Eles não estão sendo reabilitados mas sim transformados em algo pior. Quando eles voltam para a sociedade, nós pagamos o preço do que foi feito a eles”. Quadra tem lançamento marcado para 7 de fevereiro de 2020. Confira o vídeo de Isolation:
Ozzy lança 1º single em dez anos; ouça Under the Graveyard
Ozzy Osbourne está de volta! Com o primeiro single em quase uma década. Under the Graveyard é a primeira prévia de seu novo álbum, Ordinary Man, que deve estrear em 2020. Com 70 anos, Ozzy ainda tem muito a fazer. A música fala da morte iminente, contrastando com solos de guitarra e bateria marcada. O músico mantém sua essência, sempre apostando em muito peso. Segundo o músico, o novo álbum “foi um presente – é a prova para mim mesmo de que nunca devemos desistir”. O disco foi gravado em Los Angeles e conta com produção de Watt, que também tocou guitarras. No baixo, Duff McKagan, do Guns n’ Roses, além de Chad Smith, do Red Hot Chili Peppers, na bateria. Ouça Under the Graveyard:
Caoz lança mixtape +Band
Representando a cena da Baixada Santista, a crew do Caoz lançou sua primeira mixtape + band, no último dia 31. A coletânea conta com dez faixas, entre trampos solos e dois colaborativos dos membros, sendo Pra Todo Mundo Ver, do Tavares Mc e Gabitopia, e Minas Assassinas, da Smile MC e Meduza Braba. Faixas solos A convidada Maya Pires abre o trampo com a poesia MAR (va) GINAL. Sem censura alguma e sem medo de mandar um papo reto, as músicas oscilam entre os movimentos das mulheres e LGBT+. Apaixonada Por Outra, da Gabitopia, já começa com a batida do funk. Tavares MC troca uma ideia com Amor Cannabis ou Ódio. Call Me Later, da Luna, vem dar aquela esquentada no clima. Só ouvindo pra entender. Desengasgue, de Vinih Amorim, fala sobre a vivência e manda recado avisando que “vai ter bixa no topo com o mic na mão”. A intitulada Tô Na Capa, da 777 Criminosa, é onde se insere a frase “+ band da Baixada”. Meduza Gang, da Meduza Braba, registra que sua banca “100% feminista não passa pano pra machista”. O Cravo e a Rosa, de Smile, faz alusão à história bem conhecida, mas a versão atualizada representa o avanço quanto a tolerância entre relacionamentos abusivos. Ou seja, não tem, “pois hoje quem bate em mina, o Caoz manda buscar”. E é assim que a mixtape se encerra. Dá um confere
Mães de Maio encontram boas lembranças no Rap e no Funk
Coordenadora do movimento fala sobre aparecimento no clipe de Rashid e Emicida, e relembra nomes de MC´s da Baixada Santista que eram admirados pelas vítimas do massacre de 2006 O clipe Todo Dia, do rapper Rashid, lançado em setembro, é uma música-manifesto sobre “lutar diariamente”. Ele traz uma mensagem de resistir às injustiças do Estado e da “filosofia branca que destrói”. Um dos trechos da música revela um dado assustador. “Tem noção que a cada 23 minutos, uma mãe preta fica de luto. Vidas que vão sem clemência ou tributo. Violência é o Produto Interno Bruto”? E essa frase resume parte da vida das integrantes do movimento Mães de Maio na Baixada Santista. Por isso, elas foram convidadas para participar do clipe. Luta por justiça As integrantes do movimento da Baixada Santista estão há 13 anos na busca por justiça pelos assassinatos de jovens que foram mortos por agentes do Estado em cidades da região em 2006. Naquele ano, as vítimas foram alvo de uma rixa entre facções e policiais. Elas não tinham envolvimento com a situação, mas acabaram morrendo inocentemente. “A produção Memória Viva entrou em contato solicitando autorização. Para nós, foi muito gratificante porque exigimos que essa luta seja de responsabilidade não só das mães, mas da sociedade. A gente sabe que muitos artistas saem da periferia, ganham status, mas precisamos que eles também façam o grito da periferia sair da garganta. Quando eu escuto o material que eles produziram me sinto contemplada. Eles ajudam muito a ecoar o grito das Mães de Maio”. Coordenadora do grupo Mães de Maio da Baixada Santista, Débora Silva, de 60 anos, sobre as imagens do clipe Todo Dia. Ela ainda diz que a visibilidade é um fator importante proporcionado pelos artistas que somam com o movimento. Também considera que eles ajudam a propagar a mensagem do grupo. “Nós do Mães de Maio também aparecemos no clipe Chapa, do Emicida. E a gente mostra o trabalho dentro das universidades, quando estamos fazendo debates”, detalha. Ex-Facção Central também cantou a luta As Mães de Maio também inspiraram a música A Fantástica Fábrica de Cadáver, do Eduardo, ex-integrante do Facção Central. Ele foi convidado para um evento do movimento em parceria com a Família 013, e cantou no lixão do Sambaiatuba, em São Vicente há cerca de cinco anos. Na ocasião, o artista ganhou um dos livros das Mães de Maio. Tempos depois, elas ficaram sabendo que a leitura do escrito resultou na música. Neste aspecto, Débora afirma que “a arte ajuda a ampliar o grito do movimento”. Música é memória viva dos jovens assassinados nos Crimes de Maio O convite para participar de produções de artistas também desencadeia boas memórias em Débora e nas integrantes do movimento, porque elas conseguem recordar além dos momentos de luto. “Quando eu vejo esses jovens artistas nos chamando para fazer parte do cenário musical, eu lembro do meu filho. Ele transformava a letra da música em nota musical. Ele era muito inteligente, tocava piano, violão… Então para mim a música é tudo”, relembra. O filho de Débora não é o único a ser relembrado pelas produções musicais. A maioria das vítimas dos Crimes de Maio escutavam vários MCs, principalmente no ritmo funk, pois segundo Débora “nas letras das músicas eles colocavam a vivência da comunidade”. Ela conta que uma das integrantes do movimento, que morreu no ano passado, era apaixonada pelas músicas dos artistas, porque sua filha era funkeira. “Ela até se desligava das atividades para ouvir música. A gente tinha que chamar sua atenção toda hora”, relata com empolgação. MCs mortos em Santos Ela lembra da memória de MC Duda do Marapé, MC Primo, MC Careca e MC Felipe Boladão, que também foram mortos a tiros, nas mesmas condições das vítimas de 2006, segundo aponta as pesquisas dos Crimes de Maio. “Foi muito simbólico, muito bonito. A música está dentro do movimento das mães. O rap é disciplina e a fusão do rap e do funk é unir o útil ao agradável. Jamais esquecemos dos MCs que gritavam pela periferia. Eles foram calados quando mortos, mas sempre louvamos esses meninos. Para nós, suas músicas são hino nacional das desigualdades desse país”. Débora afirma que um dos episódios mais marcantes em assassinatos de MCs no Brasil, foi a morte do MC Daleste, em 2013. “Depois disso se instaurou a cultura do medo nos MCs, e muitos começaram a cantar ostentação. E ficou mais aceitável, porque eles pararam de atacar o Estado, de falar da vivência da favela. A gente não aceitou isso, porque não aceitamos o consumismo, isso não vem da comunidade. Mas sempre relembramos a memória dos nossos MCs nos eventos. A molecada ainda canta as músicas deles”, afirma.