King Crimson prepara lançamento de documentário intimista

A banda britânica King Crimson lançou, na última quinta-feira (23), um trailer do filme documental da banda. Batizado de Cosmic FuKc, o projeto busca explorar o significado da banda 50 anos após a formação. O documentário é coordenado por Toby Amies. As primeiras informações sobre o documentário da King Crimson foram divulgadas em janeiro de 2019. Na ocasião, o documentário marcou os planos da banda, que celebrava 50 anos de existência. Pouco depois, o primeiro trailer da produção foi divulgado. Ainda de acordo com a produção de Cosmic FuKc, o longa conterá entrevistas com antigos integrantes e arquivos de vídeo da banda. Ademais, o grupo prepara uma trilha sonora especial para acompanhar o documentário. Confira o trailer de Cosmic FuKc:

Baixista da Nightwish lança álbum solo traduzido em inglês

Os fãs de Nightwish e Tarot receberam um presente nesta sexta-feira (24). O baixista Marco Hietala lançou a versão em inglês do seu álbum solo, Mustan Sydämen Rovio, traduzido como Pyre of the Black Heart. A produção foi originalmente concebida em finlandês. Em uma nota divulgada pelo músico, Marco explica que explora influências do hard rock progressivo em novo disco. Em outra ocasião, o baixista da Nightwish também afirmou que o trabalho apresenta ideias acumuladas por ele ao longo dos últimos 15 anos. Na produção, Hietala abraçou elementos do metal, mas também acústicos e atmosféricos. Ainda sobre o disco, a obra conta com colaborações autorais do guitarrista Tuomas Wäinölä e do tecladista Vili Ollila. O baterista Anssi Nykänen completa a formação de Pyre of the Black Heart. O álbum será lançado pelo selo Nuclear Blast Records. Confira o álbum Pyre of the Black Heart, na íntegra, via YouTube:

Total Eclipse of the Heart é repaginada para arrecadar fundos à Austrália

A compositora Angie McMahon lançou um projeto para auxiliar no combate aos incêndios na Austrália. Com um cover de Total Eclipse of the Heart, de Bonnie Tyler, o single é o último lançamento da cantora desde Salt. Por meio de um anúncio à imprensa, a cantora explicou a boa ação. McMahon afirma que o momento na Austrália é de tristeza e que muito ainda precisa ser feito sobre as queimadas. Portanto, o lucro com os plays do cover serão destinados ao fundo de combate aos incêndios. Apostando numa batida mais lenta do que a versão original, a cantora repaginou o hit com suas influências. McMahon já contribuiu, em novembro de 2019, com outras causas humanitárias. Confira o cover de Total Eclipse of the Heart no Amazon Music.

Crítica| Messiah – temporada 1

Quando uma produção com temática religiosa é divulgada, a polêmica é sempre garantida. Mas com Messiah pode-se dizer que foi uma estreia até discreta, ao menos aqui no Brasil. Talvez por não ter cutucado uma religião popular em nosso país. Mas o fato é que a série merece atenção, pois abre vários pontos de questionamento social e, além é claro, de ter um enredo instigante e muito bem construído. A história começa com o discurso do personagem al-Masih (Medhi Dehbi), durante um ataque do Estado Islâmico aos palestinos, tudo em meio a uma tempestade de areia. Os dizeres inflados e a certeza da salvação daquele povo levam os sobreviventes a crerem estar diante do verdadeiro Messias, que os guia até a fronteira de Israel, em busca da terra prometida. A comoção em torno do então salvador, desperta suspeitas na agente Eva Geller (Michelle Monaghan). Uma investigação da CIA, terrorismo, disputas de poder entre as organizações de segurança de Israel e EUA viram pano de fundo para a história da possível divindade. Com a chegada de al-Masih é que a narrativa ata e desata nós. O que justifica o uso do termo “possível”, pois hora nos levam a crer que ele é, hora os fatos nos levam a pensar de forma mais racional. Personagens Se por um lado o roteiro segue nuances interessantes, as histórias paralelas deixam a desejar um pouco. Os problemas secundários até poderiam ser empáticos, mas falta carisma nos personagens, entrosamento e calor. Tudo soa frio e com distanciamento. Até o próprio personagem central soa indiferente em algumas ocasiões. O que me fez questionar algumas vezes: por que as pessoas o seguem afinal? Falta palavras de amor, fraternidade e até acolhimento. Mas então, tudo é suprido com algum feito emblemático, que responde à pergunta, com um incrédulo: ah, é por isso. O que nos leva a outro ponto: a sociedade está tão carente e sedenta por milagres extraordinários, que nos agarramos a qualquer ação sobrenatural para dar sentido ao que vivemos? Talvez o único personagem que traga alguma centelha de comoção seja a garotinha com câncer e sua família. Não destrincharei sobre, porém foi o núcleo mais cativante. Mas não podemos culpar as atuações, eles realmente entregaram o que os personagens e a história pediam. Al-Masih, cumpriu seu papel como o profeta enigmático, cercado por uma áurea de charlatanismo e misticismo. E Eva, não fica atrás com sua agente cheia de traumas pessoais, mas ao mesmo tempo fria e racional. Outro personagem que merece destaque é Samir (Sayyid El Alami). Ele é introduzido logo na primeira cena da série e acompanhamos uma jornada de crescimento quase heroica, até sua última aparição. Possivelmente, o garoto ainda nos guiará por um caminho narrativo cheio de reviravoltas e teorias na próxima temporada. Real x Misticismo A situação proposta é hipotética, mas não tem como não cogitar a ideia de realmente acontecer aqui e agora. A reação das pessoas, suas dúvidas, medos e angústias expostas pela vinda de um salvador. Esses pontos são bem trabalhados na trama, seja ao mostrar o furor nas ruas ou ao colocar o presidente dos Estados Unidos como um homem vulnerável por sua fé. Se a intenção era fazer questionar sobre nossa relação com a religião e o próximo, a série cumpre a imersão.