Resenha – Be The Light In Dark Days – Chaosfear
Doze anos após Image of Desorder, os thrashers paulistanos do Chaosfear estão de volta. Fernando Boccomino (voz, guitarra), Eduardo Boccomino (guitarra), Marco Nunes (baixo) e Fábio Moyses (bateria) formam a banda hoje, sendo Be The Light In Dark Days seu novo álbum. Misturando influências antigas como Metallica, Sepultura e Pantera com o groove de bandas como Fear Factory e Lamb of God, o Chaosfere manda ver em riffs abafados, vocalizações agressivas e bastante adrenalina. From No Past é um bom exemplo da mescla de influências do quarteto, enquanto as furiosas The Hand That Wrecks The World e Mindshut são um convite irrecusável ao mosh pit. Outro destaque é a faixa que encerra o álbum, a longa e trabalhada A New Life Ahead (quanta verdade nesse título), onde novamente as guitarras chamam a atenção. Com músicos desempenhando muito bem suas funções, e uma produção cristalina, cortesia de Paulo Anhaia e Tori Studios (propriedade de Marco Nunes), Be The Light In Dark Days é um trabalho digno de nota, que os thrashers devem conhecer. Be The Light in Dark DaysAno de Lançamento: 2020Gravadora: Old School Metal Records Faixas:1-Be The Light In Dark Days2-From No Past3-The Hand That Wrecks The World4-Mindshut5-Cold6-The Alliance7-A New Life Ahead
Evanescence apresenta novo single; Confira “The Game Is Over”
Vícios & Pecados: Escute o novo single da banda Velhas Virgens
A banda Velhas Virgens divulgou seu novo single, intitulado Vícios & Pecados. Em síntese, a música já chega acompanhada de um videoclipe. A faixa é composta por Alexandre Cavalo, e fala sobre dor e separação. Vale lembrar que este é o terceiro single que integra o repertório de O Bar me Chama, novo disco do grupo que será lançado ainda este ano. Ademais, o clipe foi gravado em meio a pandemia. Contudo, ninguém precisou deixar de lado o isolamento social para a gravação.
Zimbra apresenta o videoclipe da faixa Claro que o Sol
A banda Zimbra divulgou o clipe para a faixa Claro que o Sol. Em resumo, o vídeo é uma continuação direta da história contada em Lua Cheia, single anterior. A música lançada na última sexta (27), tem o objetivo de colocar em xeque a dúvida existencial e traz a reflexão quando chega a manhã. “Desde o lançamento do single duplo, a ideia era brincar com esse conceito de Lua/Sol, noite/dia, agitação/introspecção”, disse Pedro Furtado, baterista do grupo. Ademais, o conjunto já anunciou que lançará seis singles inéditos até o final deste ano. Além do projeto Zimbra Sessions, onde trará releituras das novas canções em formato acústico.
Noite Cinza, Gabitopia, Luna e Kryartura: Confira alguns lançamentos de artistas da Baixada Santista
Essa semana, resolvi trazer alguns dos lançamentos imperdíveis que estão rolando aqui na baixada santista. Em época de pandemia mundial, os artistas, produtores e toda a galera do meio cultural usam a criatividade para sobreviverem . Vamos conferir as alternativas que a banda Noite Cinza, as artistas Gabitopia, Luna e Kryartura encontraram. Noite Cinza Equinox é uma versão reimaginada da música equinócio do primeiro EP da banda noite cinza. A banda sempre ansiou reimaginar uma música própria pois, apesar de terem muita influência do rock alternativo e post rock, as integrantes possuem influências músicas variadas como a guitarrista Amanda que curte bastante lo fi, eletrônica e a vocalista Isis, que caminha pelo pop. Assim, reimaginar Equinócio foi um meio de transparecer a identidade dos membros fora da caixinha do rock e mais do que isso, uma saída para lançar algo inédito em tempos de isolamento social uma vez que não possuíam as condições normais como bateria acústica e estúdio para lançamento de um novo EP por exemplo. Isis ( Vocalista e guitarrista) conta que o clipe foi gravado totalmente na improvisação, com cada integrante em sua casa. Dá pra acreditar que elas utilizaram seus celulares pessoais (Iphone 6s e iphone 7), soft box (papelão e papel alumínio) e uma lâmpada do banheiro? Equinócio Propositalmente, a música Equinócio foi escolhida para ser reimaginada uma vez que a composição trata dos efeitos que o isolamento social traz: noites iguais e questionamentos até mesmo de cunho filosófico como no trecho a seguir: Pra onde iria se pudesse ir?(Noites iguais)O que diria se tivesse voz?(Uma vida pra pulsar)O que seria se pudesse ser?(Tudo se vai)Logo vem o anoitecer(O vento levará) (…)” As composições da banda vagam pelo campo abstrato e andam de mãos dadas com a metáfora uma vez que o Equinócio é um fenômeno astronômico que marca o início da primavera e do outono, especificamente durante apenas dois dias no ano o dia e a noite terão quase a mesma duração: 12 horas. O nome equinócio, do latim significa noite iguais, o que marca o refrão da música. Paralelamente, a banda possui uma música chamada Solstício que as integrantes classificam como um som mais pesado assim como o fenômeno natural, e seguindo essa mesma lógica, a música Equinox traz a pegada branda dos Equinócios. Algo que não pude deixar de reparar foi essa ficha técnica lindíssima: Música: Produção: Noite CinzaMixagem e Masterização: Lucas Souza (@lucasviniciuz)Imagens: Captação: Victor (Irmão da Amanda) e Agostinho (Pai da Isis)Direção de Arte: Amanda Ferreira e Isis TomazEdição e Finalização: Isis Tomaz Gabitopia e Luna Em meados de 2017, quando comecei minhas estadias entre a Universidade Federal de Uberlândia e a baixada santista conheci através do Prof.Dr. Sergio Bento a polifonia da poesia marginal, e nessas minhas idas e vindas tive o imenso prazer de conhecer a batalha do CAOZ, o que pessoalmente foi um marco em minha vida. A batalha do CAOZ, foi uma batalha para mulheres, mulheres mães e pessoas LGBTQIA+, era um lugar seguro, como uma escola de rimas e que entre incentivos e momentos catárticos saiam produções incríveis. O CAOZ era um grupo que, embora atualmente a maioria dos MC’s tenham seguido carreira solo, por vezes nós somos presenteados com feats como “Conselho” que é um trabalho da Gabitopia e da Luna. Vejo fortemente que Conselho trata não desse empoderamento que o capital prega, mas sim um empoderamento de classe, o reconhecimento de ser pertencente de uma classe de artistas que se fortalecem, um reconhecimento de ser mulher mãe, reconhecimento de ser mulher negra e periférica ocupando espaços. Parafraseando Carolina Maria de Jesus, apesar de não termos força física…nossas palavras…Ah! Nossas palavras…ferem mais do que espada. Gabitopia nos conta um pouco dessa potencia de Conselho: Conselho “Comecei a escrever essa letra depois que um outro Mc me propôs um feat sem tema, escrevendo sobre o que sentíamos naquele momento. Me mandou um beat de referência e eu comecei a escrever. Naquele momento eu não estava num momento muito bom, muito pois dava pra perceber que eram questões relacionadas a auto estima. Chorei muito ao escrever o começo da letra e foi como se eu tivesse tirado um grande peso das minhas costas, do meu coração. E então comecei a pensar em todas as pessoas que estavam ao meu redor e que eu tenho com quem contar. Foi quando escrevi a segunda parte da música que é a virada. O fato de ter “comprado” roupas de show não é apenas pelo comprar mas por me vestir de uma forma que eu me sinta bem. Citei minhas amigas Candy e Olho Vivo (Laisa) e o Caoz, pois eram quem estavam me apoiando mais naquele momento. Finalizei a composição quando a Luna estava passando uma temporada aqui em casa e nos incentivamos a finalizar e ir gravar na Lucci da Inferno Rec. Também citei uma das Batalhas aqui da Praia Grande que é bem grande e que eu gostava bastante de ir antes da pandemia, a Celeste. Aproveitei pra fazer uma provocação amistosa dizendo que só ia lá pra ver a Brisa, uma das únicas MCs mina que eu já batalhar sobrecarregada e não conseguia enxergar muitas alternativas para o que eu estava sentindo por lá, pois acredito que seja relevante o fato de haver poucas mulheres em batalhas de rima. Letra Terminamos a letra e a Lucci fez o Beat, fomos gravar e tivemos o apoio da Aleatori Mc também. Queríamos gravar um clipe mas a pandemia atrapalhou esses planos. Pedimos então pro Nero fazer uma ilustração e quem ia fazer o lyric vídeo ia ser a Ladyna, uma grande amiga nossa. Porém, por problemas pessoais ela teve que sair do projeto e encontramos o Diego quem fez o vídeo.” Luna conta que quando escreveu sua parte do feat estava com imensa necessidade de uma imersão em seu fazer artístico embora não estivesse em uma fase psicologicamente saudável, muito disso pelos abalos que a pandemia causou na classe trabalhadora. Felizmente Luna e Gabitopia encontraram na amizade
Entrevista | Guilherme Schwab – “O artista é uma ponte, a função é muito importante”
O cantor e multi-instrumentista Guilherme Schwab tem um rosto conhecido. Quem acompanhou a primeira temporada do SuperStar, na Rede Globo, em 2014, certamente lembrará de Guilherme no grupo Suricato, um dos finalistas do programa. Mas a carreira solo do carioca é tão empolgante quanto. Antes mesmo do programa colocar luz em cima do Suricato, Guilherme já possuía uma carreira em andamento. Pangea, o primeiro álbum, quase não teve divulgação, justamente por conta da seleção pelo SuperStar. Agora, ele chega com o EP Tempo dos Sonhos, com cinco faixas. “Acabei divulgando pouco (Pangea). Fiz uma mini-turnê no Sul, em janeiro de 2104. Depois fiz shows em Portugal. Mas aí, logo na chegada aqui, já pintou o SuperStar. Enfim, aí por um combinado da banda, na época, todo mundo deu prioridade. Mas ainda penso em disponibilizar sim. Ele foi lançado só em formato físico. Pretendo colocar (no streaming), talvez, não um disco inteiro, mas acho que algumas faixas sim”, comenta o músico. Sol-te Vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro, em 2015, pela gravação do disco Sol-te com a Suricato, Guilherme Schwab trouxe uma bagagem ainda maior para o novo EP. Além do Suricato, ele também acompanhou músicos de renome como Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Luan Santana, entre outros. “É muito bacana observar. Estar ali não tendo uma carga de responsabilidade tão grande, muito diferente do posicionamento do músico e do artista, né? Então, como músico, você não tem uma responsabilidade tão grande. Você acaba tendo um pouco mais de distanciamento também. Então, você consegue observar mais, você é colocado em situações com artistas muito grandes, encara grandes papéis, em palcos enormes. Isso tudo te dá experiência”, argumenta Guilherme. Pesquisa Musical Em Tempo dos Sonhos, o violão é a pedra fundamental da obra. Mas o que não falta é pesquisa musical. Guilherme é um pesquisador nato de música. É inquieto e busca sempre uma sonoridade inovadora para acompanhar sua veia comercial. “São coisas que já venho trazendo na minha sonoridade há muitos anos. Muitas pesquisas musicais minhas, com didgeridoo, viola caipira, guitarra, como meu instrumento principal. Como instrumento é à ela que recorro quando tenho alguma dúvida”. Mas em faixas como Vem, Hora e Lugar, Seu Pra Sempre, Vamo Embora Viver, além da versão de Tocando em Frente, Guilherme Schwab desfila uma infinidade de instrumentos como weissenborn (violão havaiano), o hang drum (percussão original da Suíça) e o didgeridoo (instrumento musical oriundo dos aborígenes australianos). “O processo de gravação foi muito cauteloso. O Juliano (Cortuah), que é o produtor do disco, teve grande mérito. Muito de ter chamado ele foi justamente para conduzir esse processo. Às vezes tocar muitos instrumentos te deixa um pouco sem direção, talvez. E a gente combinou isso. O fato de tocar não pode atrapalhar, tem que ser uma ferramenta para ser utilizada com sabedoria. Acho que ele tem um papel fundamental”. Uma das gratas surpresas do EP é a versão de Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira. “É uma música que fala comigo muito profundamente, acho que não só comigo, mas com muitas pessoas, né? Acho que ela é quase unanimidade, então quando fiz a versão, nem pensei muito. Acho sempre arriscado fazer versões assim, ainda mais um clássico como esse. A Bethânia gravou essa música. Considero Tocando em Frente um hino, quase uma oração”. Juntos Pela Vila Gilda Guilherme Schwab é uma das atrações do Juntos Pela Vila Gilda, ação social do Blog n’ Roll em parceria com o Instituto Arte no Dique, que reunirá mais de 120 artistas em prol do Dique da Vila Gilda. No dia 25 de julho, os artistas farão pequenas apresentações e pedirão doações para a compra de cestas básicas para os moradores da Vila Gilda. “Cada um de nós é um elo dessa corrente. Eu não tenho nem palavras para definir o que a gente vê nos jornais sobre pessoas ricas, que não precisam, mas recebem o auxílio, enquanto algumas pessoas que passam fome não estão conseguindo receber. O artista é uma ponte, a função é muito importante. Escolhemos Alagados, do Paralamas, que tem tudo a ver com o Dique da Vila Gilda, além de outra canção do disco, Vem, para que mais pessoas possam conhecer meu trabalho autoral”.
Resenha – Bowels of Earth – Entombed A.D.
Após pendengas judiciais envolvendo o “outro ” Entombed, o Entombed A.D. já chega ao terceiro álbum, Bowels of Earth, que traz a estreia do guitarrista brasileiro Guilherme Miranda, que se junta ao vocalista L-G Petrov, ao também guitarrista Nico Elgstrand e ao baterista Olle Dahlstedt. Os dois outros álbuns da banda são Back To The Front (2014) e Dead Dawn (2016). Aqui não temos os experimentos que podem ser ouvidos em Same Difference (1998) e Morning Star (2001), por exemplo. Nem mesmo o rótulo death n’ roll encontra muita razão de ser. O que ouvimos em Bowels of Earth é o tradicional swedish death metal, com a distorção de guitarra bem típica do Entombed. O material também não apresenta maiores complicações, é tudo direto e cru, perfeito para bater cabeça. De fato, os músicos não quiseram inventar nada, longe disso. Portanto, prepara-se para uma enxurrada de death sueco, onde os riffs de guitarra se juntam ao vocal de Petrov, gerando faixas facílimas de agradar ao deathbanger, como Torment Remains, Elimination, Hell is My Home, Fit For a King e To Eternal Night, que são obras que provam que, independente do nome, a carreira de uma das mais emblemáticas bandas da Suécia segue firme e forte. Bowels of EarthAno de Lançamento: 2019Gravadora: Century Media Records Faixas:1-Torment Remains2-Elimination3-Hell is My Home4-Bowels of Earth5-Bourbon Nightmare6-Fit For a King7-Worlds Apart8-Through The Eyes of the Gods9-I´ll Never Get Out of This World Alive10-To Eternal Night
Elton John lança série de seis shows clássicos no YouTube
Lori lança seu novo single, ouça Introestelar
Lori lançou Introestelar, seu novo single nesse período de isolamento social. A faixa conta com uma produção diferente do seu último EP. “Introestelar é sobre um universo particular, que é descoberto e que abre espaço para uma outra pessoa habitar neste planeta coração, que tornou-se símbolo deste novo período na minha música. Deixo de estar só no meu próprio mundo, no meu próprio coração. E abro nele espaço para que a magia, a luz e o amor se expandam.” Lori Em contrapartida, o single foi produzido a distância e tem referências do hip hop e euro dance dos anos 1990. Além disso, conta um clipe criativo, produzido e editado visualmente por Rafael Souza (Lavanderia) que aprofunda ainda mais a identidade visual e sonora. Sobre a participação de Rafael Souza, Lori foi só elogios. “Conheci o Rafa em 2018, quando atuei no clipe Placebo, da Vagale, que ele dirigiu. Daí conheci o Lavanderia, fiquei apaixonada pelos vídeos e pelo trabalho dele. E agora em Introestelar decidi que era a hora de convidar ele pra fazer a parte audiovisual, porque sabia que ele era a pessoa pra dar vida a isso.” Introestelar Como resultado, a canção teve a participação especial do rapper Soul.za (produção) além de Lucas Carrasco (guitarras). Ademais, sobre o resultado da parceria, a cantora e compositora declarou: “O soul.za é um amigo e artista que admiro há algum tempo! Introestelar era a música que eu mais queria desenvolver esse ano, quando mandei pra ele no começo da quarentena ele curtiu muito e quis trabalhar nela. Quando ouvi a parte dele pela primeira vez fiquei chocada, e tem estado no repeat (risos). Ele conseguiu entregar uma visão ampliada do que eu queria dizer. ‘O mundo sempre espera algo novo da gente.’” Em suma, a exposição do single segundo a cantora, remete a uma época que não se viveu, fala de poesia, imaginação, exploração de novos planetas e do desconhecido revivendo o musical das décadas passadas. A canção está disponível nas plataformas de streaming. Sobre a artista Lori é cantora e compositora ítalo-brasileira e sua discografia conta com o EP Vênus em Virgem.