Lançamentos nacionais: Oceania, Sargaço Nightclub, Pappa Jack, Rubah e Cigana

Dez singles novos, dez artistas que você precisa ficar de olho. A sexta-feira, sempre congestionada de bons lançamentos, sempre acaba ocultando o brilho de nomes emergentes. Mas hoje vamos destacar as novidades de Oceania, Sargaço Nightclub, Pappa Jack, Rubah e Cigana. Oceania Prestes a lançar seu segundo disco, Dark Matter, a banda mineira de rock alternativo Oceania revelou mais uma prévia, Mouth of God. Ousando questionar o inquestionável, o trio entrega uma narrativa de totalitarismo, fazendo uma conexão de um cenário distópico com uma realidade nem tão distante da atual. “Do ponto de vista lírico, é uma canção que ironiza a pretensão de algumas pessoas, líderes e grupos de deter o monopólio da virtude. Em âmbito musical, a canção traz a assinatura do Oceania, mesclando peso, melodia e visceralidade, com um refrão distintivo e destacado”, analisa o vocalista e guitarrista Gustavo Drummond. Além dele, a banda é formada por Daniel Debarry (baixo) e Tulio Braga (bateria). Sargaço Nightclub O duo pernambucano de indie rock Sargaço Nightclub divulgou Hibakusha, single do primeiro álbum, Istmo, que será lançado em setembro. O título da faixa é a palavra que em japonês é utilizada para se referir às “vítimas da bomba”, os sobreviventes das bombas atômicas lançadas pelos EUA sobre Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial. A razão da escolha do tema é um claro posicionamento contra as políticas beligerantes e armamentistas ainda preconizadas nos dias de hoje por diversos países. O instrumental agrega novos ingredientes ao mix de post-punk, folk e dreampop com tempero nordestino, que define o som da dupla formada por Sofia França e Marcelo Rêgo. Pappa Jack Quarteto carioca formado em 2014, o Pappa Jack liberou a audição de Jovem Drama. O single marca uma nova fase na carreira da banda, “Jovem Drama fala da vontade de abraçar o mundo e de se encontrar nele. Ela fala bastante da fase que nós, a banda, vivemos. De ter vinte e poucos anos e sentir aquela ansiedade para conquistar os sonhos e ter que aprender muita coisa dessa vida na marra”, reflete o vocal Lucas Sabrini. Além dele, a banda é formada atualmente por Jimmy Jr (guitarra), Tiago Magori (bateria) e Thiago Abdallah (guitarra). A Pappa Jack traz um som cheio de personalidade inspirado pelo rock, mas sem se restringir a amarras, indo do hard rock a metalcore, blues a pop rock, stoner a country, alternativo e rap. Rubah Captando referências de superação e revolta pelo mundo, o escritor, compositor e guitarrista Rubah traz tons latinos para seu som que soma rock, punk, indie e alternativo em Hablando de la Libertad. A faixa da banda argentina La Renga faz parte do EP Libertad e ganha um vídeo que une uma visceral porém intimista performance com momentos históricos do país vizinho. “A La Renga me influenciou muito musicalmente e me fez estudar espanhol. Tenho um carinho muito grande pela música e arte argentina, principalmente o rock. Meu primeiro EP foi gravado lá, e gosto bastante do rock argentino. Entendo o vídeo como uma interpretação visual da música, com meus sentimentos ao escutar”, explica ele. Cigana Após chamar atenção com o álbum Todos Os Nós (Sagitta Records), a banda paulista Cigana anunciou o EP Tudo Que Há De Novo (Eu Te Amo Records) com o lançamento do single e lyric video Impaciência. A faixa é uma reflexão sobre a passagem do tempo e as rotinas que nos aprisionam. “Esse EP é um trabalho diferente de tudo que já lançamos. Exploramos a criação de beats junto com os instrumentos acústicos que normalmente tocamos. Essa foi a maneira que encontramos para continuar trabalhando durante a quarentena. E já que vivemos esse momento peculiar e inesperado, decidimos aproveitar e lançar algo fora da caixa do que fazíamos normalmente com a banda”, reflete Victoria. Além dela, a Cigana é formada por Matheus Pinheiro, Pedro Baptistella, Caique Redondano e Felipe Santos.

Voz Ativa: Com Djonga e Coruja BC1, Dexter faz releitura de hit do Racionais

Dexter divulgou nesta sexta-feira (21) a nova versão de Voz Ativa, criada pelo Racionais MC’s. Ademais, a releitura tem Djonga e Coruja BC1 nos vocais. “Sou muito pelo amor nas coisas. Regravar o melhor grupo do país, o melhor letrista também. Não podia fazer isso sozinho. Me preocupo muito com o futuro, com o que está acontecendo com aquilo que veio da periferia e é nosso. Isso me despertou o interesse em resgatar algo do passado que pudesse conversar com as pessoas sobre a responsabilidade de ser e fazer”, disse Dexter. Em resumo, Voz Ativa foi lançada em 1992 e aborda temais como racismo e a violência policial. Ou seja, mesmo gravada a mais de 25 anos, a música infelizmente ainda aborda temas atuais. Curiosamente, quando a faixa foi apresentada pelo Racionais, Djonga e Coruja ainda não eram nascidos. Contudo, ambos foram influenciados pela mesma.

Will Butler, do Arcade Fire, divulga o single Close My Eyes

Will Butler aproveitou a semana de lançamentos para trazer Close My Eyes, single que fará parte do disco Generations. “Eu tentei fazer da letra uma descrição direta e honesta de uma emoção que sinto com frequência — um impulso pela mudança, acompanhado por desespero”, disse o integrante do Arcade Fire. Ademais, a faixa veio junto de um videoclipe que acentua ainda mais os sentimentos presentes na canção. Em resumo, Generations tem data de lançamento prevista para o dia 25 de setembro.

The Waterboys apresenta Good Luck, Seeker, seu 14º disco em estúdio

O The Waterboys apresentou nesta sexta-feira (21), seu 14º disco em estúdio, intitulado Good Luck, Seeker. Ademais, o trabalhou veio acompanhado de um videoclipe para a faixa Dennis Hopper. Devemos esperar muitos vídeos psicodélicos para acompanhar as canções. Mike Scott, líder do grupo falou um pouco sobre o single. “Eu amo Dennis Hopper, cara. Ele esteve presente em todos os estágios da contra-cultura do século XX. Estudou no Actor’s Studio e foi orientado por James Dean, um defensor do jovem Andy Warhol. Ele ardeu para sempre a imagem da ‘cabeça’ então zoneava além dos limites externos e voltava com alma intacta e um brilho nos olhos”. Em síntese, a música Freak Street deve também ganhar uma produção em vídeo na próxima segunda-feira (24).

Há 40 anos, Rita Lee abria diálogo sobre liberdade sexual em Lança Perfume

Lança Perfume

“Vê se me dá o prazer de ter prazer comigo…“, cantava Rita Lee em uma das peças mais icônicas de sua carreira, Lança Perfume. A faixa inclusa no homônimo Rita Lee, lançado em 1980, é a premissa de uma revolução feminina na música brasileira. Não há quem duvide do protagonismo de Rita como a maior roqueira brasileira. Entretanto, muitos ainda não compreendem a dimensão de seu trabalho além das fronteiras musicais. Para resumir, vamos dizer o seguinte: a cantora foi pioneira em falar sobre sexualidade feminina sob o ponto de vista feminino. O álbum foi um grande marco para começar esta importante conversa. Lança Perfume ganhará um vinil comemorativo em setembro. Por isso, Rita Lee fala sobre os 40 anos de sua obra em entrevista exclusiva para o Metrópolis, nesta sexta-feira (21). O programa especial será exibido pela TV Cultura às 19h40. Composto por oito faixas, Rita Lee ou Lança Perfume é uma das principais obras do pop brasileiro. Sim, a obra é mais pop, mas não deixa de apresentar seu bom-humor irônico e boêmio. Rita fez poesia com o prazer sexual, retratando em Bem-Me-Quer e Baila Comigo esse discurso empoderado de quem decide pelo próprio prazer. Até músicas censuradas pela ditadura militar, como Shangrilá (originalmente intitulada Bad Trip), traçaram novos caminhos no disco. O disco foi a porta de entrada da cantora ao mercado estrangeiro, sendo pedida até pelo Príncipe Charles em uma festa na Europa. Co-produzido com seu marido, Roberto de Carvalho, o álbum ousou e foi muito bem recebido pelo público. Hoje, Rita Lee está aposentada dos palcos, mas segue produzindo novidades. Produz um filme ficcional sobre sua vida, que está em roteirização, além de um documentário. Também vem aí um disco de remixes junto ao marido. Portanto, nossa rainha segue cheia de novidades por vir.

The Neighbourhood divulga clipe de Devil’s Advocate

Devil's Advocate

The Neighbourhood divulgou nesta sexta-feira (21) o single Devil’s Advocate. A faixa já vem acompanhada de videoclipe oficial, com estética retrô que evoca muito bem a essência da banda. Com uma vibe mais experimental, o clipe acompanha o vocalista Jesse Rutherford caminhando sozinho por vários espaços enquanto conversa com o telespectador. De pele prateada, o protagonista andarilho não se encaixa entre os diferentes cenários mundanos apresentados conforme caminha. Um detalhe que chama atenção é o símbolo oficial da banda em chamas, no final do vídeo. O simbolismo pode representar uma renovação para o Neighbourhood nesta nova fase. Ironicamente, a premissa de seu antecessor era justamente de que mudanças na banda pareciam impossíveis. Inclusive, o lançamento do single chega quase um mês após o lançamento de Cherry Flavoured. O último álbum do Neighbourhood, Hard To Imagine The Neighbourhood Ever Changing, foi lançado em 2018. O novo álbum, Chip Chrome & The Mono-Tones, tem lançamento previsto para 25 de setembro. Enquanto a estreia não chega, a banda investe na divulgação dos singles com apresentações online. Entre elas, fez uma performance no Lollapalooza 2020, que foi transmitido pelo YouTube, mas permitiu aos fãs matarem as saudades dos shows. Confira o videoclipe de Devil’s Advocate:

Das Minas | Katy Perry, Ellie Goulding, Norah Jones e mais

Katy Perry

Vamos de lançamentos da semana! Cheias de mensagens poderosas, divas pop como Katy Perry e Ellie Goulding surgem exuberantes retratando temas importantes no processo de amadurecimento e empoderamento. Para os fãs de jazz, temos destaques interessantes. Norah Jones lança seu novo EP, enquanto a saxofonista britânica Nubya Garcia investe em um projeto versátil e bem multicultural. Adições indispensáveis à sua playlist! Confira os principais lançamentos das minas nesta semana. Clean Bandit, Mabel e 24kGoldn – Tick Tock Com tudo para ser a nova febre das rádios, Clean Bandit e Mabel se unem para a faixa colorida e dançante Tick Tock (qualquer paralelo com o título da faixa é 100% proposital). Este é o primeiro lançamento do grupo desde 2018, apostando na mesma identidade musical que os trouxe fama. Bully – Sugaregg Sendo o primeiro álbum de Alicia Bognanno em seu projeto solo Bully, Sugaregg é daqueles sons que invocam a Riot Grrrl adormecida em cada uma de nós. Produzido pela icônica Sub Pop, o álbum aposta no pop punk, alternativo e grunge com riffs e vocais potentes. Entre as principais mensagens no disco, Bully abre o diálogo sobre bipolaridade. Esta é a primeira vez que a cantora fala de seu diagnóstico abertamente em sua música. As faixas contrastam em vocais melódicos e gritados, que foram comparados aos melhores momentos de Courtney Love no auge do Hole. H.C. McEntire – Eno Axis A frontwoman do Mount Moriah lança seu segundo álbum solo, Eno Axis, que homenageia seu estado natal, a Carolina do Norte, onde gravou o álbum. Assim como o título, todo o projeto é biográfico, refletindo momentos de sua vida ao som de rock psicodélico, country e gospel. Uma experiência ímpar para quem procura atualizar sua playlist com um som melódico e criativo. Norah Jones – Kitchen Jones Ícone do jazz contemporâneo, Norah está de volta. O lançamento da vez é o EP Kitchen Jones, que como afirma o nome, ‘cozinha’ várias referências da cantora em um compilado de canções refinadas. Composto por sete faixas, a cantora remonta às origens do jazz com instrumentais encorpados neste EP. Destaque para as faixas Sinkin’ Soon e Heartbroken, Day After, que são deliciosamente clássicas em cada nota. Nubya Garcia – Source Embalada em multiculturalidade, a saxofonista Nubya Garcia entrega um projeto de instrumental delicioso em nove faixas. Dançante, provocante e poderoso, o álbum Source se inspira na história de sua família. Em entrevista para o jornal The New York Times, a artista revela seu foco na coletividade. “É sobre minha herança, minha ancestralidade, explorando esses lugares e histórias de meus pais e avós”. Ellie Goulding – Love I’m Given Ellie Goulding entrega um videoclipe intenso e colorido para a faixa Love I’m Given, que compõe sua fase Brighest Blue. Cercado por jogos de luzes ritmados, o vídeo retrata a dualidade entre calma e caos, conceito principal abordado por Goulding na canção. Para esta representação, a cantora atua em duas situações distintas: em certos momentos, luta na escuridão, combatendo as sombras; paralelamente, é um foco de luz com seu poderoso vestido dourado. Taylor Swift – The Lakes (Folklore Deluxe) Mais incrementos para os fãs! A era Folklore segue com força total, e agora ganha uma versão deluxe. Seguindo a mesma linha melódica do álbum, The Lakes é a nova faixa incluída no projeto, ainda mais romântica e suave. Com direito a lyric vídeo, a canção retrata uma grande paixão idílica, que vive longe dos holofotes, em um local distante e pacífico. Impossível descartar as referências aos trabalhos iniciais de Swift, com uma leveza pop que alcança suas raízes no country music. Iggy Azalea feat. Tinashe – Dance Like Nobody’s Watching Numa aposta dançante, Iggy Azalea retorna aos lançamentos com Dance Like Nobody’s Watching. O single aposta na mesma onda retrô dance disco seguida por artistas como Dua Lipa e Miley Cyrus, e chega com tudo para embalar as playlists. Mariah Carey feat. Lauryn Hill – Save The Day Celebrando seus 30 anos de carreira, Mariah Carey lança uma canção inédita em parceria com a icônica Lauryn Hill. A faixa compõe o álbum Rarities, que será lançado em 2 de outubro, contando com músicas nunca lançadas pela artista. Além da canção, Mariah aproveitou para revelar um trecho de um clipe nunca lançado. Underneath The Stars, faixa do disco Daydream (1995), ganhou uma aparição no Twitter da diva pop. Katy Perry – What Makes A Woman Os reflexos da maternidade estão cada vez mais doces na música de Katy Perry. Enquanto enfrenta a reta final de sua primeira gravidez, a cantora fez uma bela homenagem para a primogênita, divulgando uma performance acústica da inédita What Makes A Woman. Em uma carta de amor para sua filha, Katy Perry fala sobre empoderamento, coragem e o que é ser mulher. A sensibilidade na letra e performance revela um lado mais maduro e observador da cantora sobre o mundo. A faixa compõe seu próximo álbum, Smile, previsto para 28 de agosto.