Dada Hotel explora a busca por sanidade nos dias atuais em seu single de estreia

A busca da saúde mental em tempos estranhos em que é necessário enfrentar seus próprios demônios marca In Sane Days, single de estreia da banda mineira Dada Hotel. Em resumo, unindo indie, pós-punk, lo-fi e um olhar bem brasileiro, o power trio se prepara para lançar o disco de estreia Dilúvio/Deserto. “Eu tentei falar sobre coisas pesadas, mas de forma irônica. A letra fala sobre assumir os próprios demônios, aquele seu lado que não é tão bonito. A gente só assume nossos próprios BOs quando se coloca por inteiro. E pode ser tranquilo viver com os nossos paradoxos. Viver dias sãos, mas que podem ser insanos. Viver o seu demônio no ônibus lotado, na fila do banco, e ter que suportar ele; mas também poder tomar uma cerveja com ele, à noite”, conta Fabio Walter, vocalista e guitarrista da banda e que assina a produção musical. Dada Hotel conta ainda com Marcus Soares (baixo) e Victor Piva Schiavon (bateria) e teve seu embrião na banda Paraná Avenue, onde parte das canções foram criadas. Inclusive o single, que dá o tom do álbum ao retratar essas dualidades e ficam expostas até em seu título. Relação com Belo Horizonte “Belo Horizonte é uma cidade que tem só duas estações, dilúvio e deserto. De cinco a sete meses sem chuva nenhuma, tempo seco, sol, rinite; e os outros meses de muita chuva. Comecei a pensar nisso como um conceito, como uma forma de expressão da própria cidade. Quase como se fosse o yin-yang dos belo-horizontinos. E dá para ir além, já que todo mundo passa por momentos de dilúvio e deserto na vida. Acho que o mesmo acontece com o disco. As músicas também seguem esse fluxo. De muito e pouco. De certa forma, tudo vai passar e vai ficar”, reflete o artista, que também estrela o clipe ao lado de sua companheira em um momento de dança solitária em meio ao isolamento social. Com mixagem e masterização de Fabrício Galvani (Estúdio Galvani), o disco foi finalizado com recursos da Lei Aldir Blanc do Governo do Estado de Minas Gerais e será lançado ainda em 2021 de forma digital e em vinil.

WINTERHITZE/Calor de Inverno: 95Changes divulga videoclipe gravado na Suiça

“É essencial cultivar a positividade para suportar períodos difíceis”. E esse é o sentimento que guia o novo videoclipe do rapper 95Changes: WINTERHITZE/Calor de Inverno. Aliás, todo o audiovisual foi gravado na Suíça, sendo que o artista visitou seis cidades para captar as imagens: Zurique, Lucerna, Zug, Edlibach, Lauterbrunnen e Gruyères. Em resumo, o beatmaker desenvolveu a melodia com elementos da música clássica, utilizando saxofone, piano e baixo. No entanto, combinou isso ao neo boom bap e aos samples de voz. Ademais, vale pontuar que o single WINTERHITZE/Calor de Inverno é disponibilizado através do selo Elevarte Music.   O cantor explica a dualidade do título da faixa.  “WINTERHITZE é uma palavra de origem alemã, que literalmente significa Calor de Inverno em português. Por isso, ambas nomeiam essa música. Sinto que esse termo reflete justamente sobre a minha imersão nesse projeto. É sobre colocar a minha voz no mundo”. De acordo com o artista, WINTERHITZE/Calor de Inverno também é uma mensagem de superação.  “Em 2020, sofri um acidente e meu pai teve um sério problema de saúde. E pra completar,  veio a pandemia. Apesar disso, obtive uma luz no fim do túnel com o nascimento da minha sobrinha. Por isso, vejo que é importante manter a fé, a esperança e o otimismo em todos os momentos”, frisou 95changes está em atividade desde meados de 2016. Anteriormente, divulgou o single Better Conditions To Fly – contando com a participação especial do rapper DC, em 2018. Posteriormente, em 2020, lançou as músicas Pensar Fora da Caixa e I.A.M.A, além do EP Novos Horizontes.

Não Há Mais Volta lança som com pegada ska punk; ouça Não Há Mágoas

Um dos nomes mais interessantes do street punk nacional na atualidade, o Não Há Mais Volta está de volta. Mantendo um ritmo bom de lançamentos em 2021, a banda divulgou o segundo single do próximo álbum, Atrás de Emoção. Anteriormente, os paulistanos liberaram a faixa Guerra e Paz. A escolhida da vez é Não Há Mágoas. Não Há Mágoas apresenta uma nova sonoridade ainda não explorada pelo Não Há Mais Volta, o ska punk. Influenciados por bandas como The Mighty Mighty Bosstones, Rancid e Paralamas do Sucesso, esta é a primeira canção do grupo que retrata sobre desilusão amorosa. O compositor do Não Há Mais Voltas, Ricardo Galano, comentou um pouco sobre a composição. “Nunca foi uma pretensão nossa fazer um ska punk, mas a música surgiu dessa forma, a letra veio de um jeito natural por conta de alguns acontecimentos em minha vida pessoal”. A canção ainda conta com a participação de Kiko Bonato (Buena Onda Reggae Club e Black Mantra) no hammond. Em resumo, Atrás de Emoção é o segundo disco da carreira do Não Há Mais Volta. Anteriormente, o grupo lançou o álbum homônimo em 2015. Aliás, o registro contava com canções marcantes como Falsas Promessas, Velha Rua, Político Bom… e Nossas Memórias.

Pernambucano Martins lança clipe de “Me dê”

Um dos grandes destaques da nova geração, o pernambucano Martins lançou seu primeiro videoclipe. O músico, compositor e cantor de timbre inconfundível, escolheu a música Me dê. Em resumo, faixa de roupagem swingada e influências do ijexá e da música africana, que traduz bastante seu primeiro álbum, homônimo, lançado em 2019, pela gravadora Deck. Aliás, dirigido por Marcelo Barreto, o clipe é um passeio pelos rios de Capibaribe e Beberibe em Recife (PE). “Eu quis trazer a geografia da cidade para o vídeo, pois tem muito a ver com a música e com o meu trabalho. Além da canção falar sobre sentimentos e afetos, o clipe é solar, bonito, transmite otimismo e acho que é isso que estamos precisando nesse momento”, comentou Martins. O álbum Martins traz 11 faixas autorais, incluindo algumas parcerias, que retratam crônicas do cotidiano. Ademais, com direção musical de Juliano Holanda, as gravações ocorreram em Recife e na Europa, durante uma turnê do artista pelo continente. Mais sobre Martins Músico, cantor e compositor, Martins faz parte de uma nova geração de artistas pernambucanos que têm movimentado a cena de Recife. Membro da banda de rock Marsa e do grupo Forró na Caixa — na qual toca rabeca — ele agora reúne suas influências e se aventura na carreira solo com seu álbum de estreia homônimo. Contudo, quando começou a gravar o disco, o repertório já estava na cabeça. Aliás, o pernambucano se juntou ao produtor Juliano de Holanda e registraram as 11 canções no estúdio Muzak. As músicas são todas de Martins com parcerias com Juliano Holanda, PC Silva, Ju Valença e Paulo Neto.