Serapicos traz humor apocalíptico em segundo álbum de estúdio

Serapicos, o projeto de rock alternativo do compositor Gabriel Serapicos, lançou na última sexta-feira (5) o segundo álbum de estúdio, Calçada da Lama. Em resumo, Calçada da Lama traz 11 músicas com humor apocalíptico, mesclando influências de Raul Seixas e Leonard Cohen. Gravado durante a pandemia, o disco tem 35 minutos de folk, punk e pop com letras ácidas e cinematográficas, conduzidas pela voz barítona de Gabriel Serapicos, que assina as composições e a produção, e pelos backing vocals de Victória Vaz. A canção de abertura, Chuva de Sapos e Rãs, inspira-se na cena clássica do filme Magnolia e cria um cenário bíblico com levada dark latina para discorrer sobre a solidão no mundo moderno. Explorando de forma bem-humorada temas como morte, religião, política, sexo e o sofrimento humano, as influências de Serapicos vão de Beatles a Nick Cave, de Júpiter Maçã a Bob Dylan, sempre com letras sombrias e irônicas.

Kosmovoid libera segunda amostra de Space Demons; ouça Lower Levels

O novo álbum da banda santista Kosmovoid ganhou mais uma bela amostra na sexta-feira (5). Lower Levels é a bola da vez de Space Demons, disco que chegará ao streaming no próximo dia 26, via Dissenso Records. Sobre Lower Levels, a banda deu uma baita explicação sobre a sonoridade da canção. “É como se as camadas mais baixas da existência, as esferas mais negativas espirituais se manifestasse através do som, invadindo nossa superfície e realidade influenciando as pessoas a escolher caminhos tortos, espalhando uma atmosfera de medo e incerteza, promovendo as forças do caos”. Anteriormente, o Kosmovoid divulgou Retrogram, o primeiro single de Space Demons. Aliás, o novo álbum chega como sucessor dos excepcionais discos Escapismo (2020) e Crisálida (2020). Por fim, vale destacar que a temporada do Kosmovoid vem dividida em três momentos. Primeiramente, o terceiro álbum de estúdio, Space Demon, previsto para novembro. Posteriormente, mais dois EPs: HyperSleep Capsule e Disintegrate, ambos em dezembro.

Desplugado e inovador, The Bombers surpreende mais uma vez

Exista alguma banda mais ativa que o The Bombers na atualidade? Após uma série de EPs mensais, shows exclusivos com transmissão online e releituras de Caetano Veloso e Gilberto Gil, a banda santista divulgou na sexta-feira (5) o álbum Desplugado no Espaço Coletivo. Gravado ao vivo e de forma acústica no Espaço Coletivo em São Paulo no início do ano, o disco conta com seis faixas mixadas e masterizadas pelo guistarrista Gustavo Trivela. Desde 1995 na ativa, o The Bombers é uma daquelas bandas que se dispõe a ignorar modismos e prefere abrir mão de uma situação confortável para correr riscos na busca de imprimir sua marca no cenário musical. Seja nos seus primórdios quando evocavam Operation Ivy e The Clash, mesclando seu rock punk com influências de ska ou mesmo regravando Blitz (Someone’s gonna die) no final dos anos 1990, o Bombers nunca foi uma banda previsível ou fácil de assimilar. Em 2014, quando lançaram All About Love (Hearts Bleed Blue), seguiu surpreendendo ao adicionar piano, saxofone, vocais femininos, raggamuffin e baladas à sua fórmula. Posteriormente, em 2017, ganharam o Prêmio Profissionais da Música na categoria Hardcore, pelo disco Embracing the Sun (Hearts Bleed Blue). Aliás, no álbum trouxeram o baião, tecno brega, rap e uma versão de Mestre Jonas, clássico trio Sá, Rodrix & Guarabyra. Contudo, sempre mantendo o punk rock como base do seu som. Desplugado, mas inovador Em resumo, Desplugado no Espaço Coletivo é um disco ao vivo onde a banda apresenta uma forma nova e inusitada de tocar punk rock. Apenas com um violão e uma viola caipira. O repertório conta com cinco faixas, pinceladas de seus principais trabalhos, com um destaque para a faixa Deixa Ser. Em síntese, nada mais é do que uma versão acústica de uma faixa ainda inédita, que fará parte do próximo disco da banda. Com esse lançamento a banda segue inovando e desafiando os conceitos pré concebidos. Aliás, correndo riscos com a tranquilidade de quem sabe que nadar contra a corrente é só uma forma de manter o som vivo e atual. Desplugado no Espaço Coletivo é um lançamento do selo Craic Dealer Records em parceria com a CD Baby Brasil.

Inspirado por Childish Gambino, Blecaute chega com os pés no peito: Cor do Pecado

O rapper Blecaute, aposta do rap da Warner Music Brasil, lançou na sexta-feira (5) o single Cor do Pecado. Com versos afiados, o artista, que tem como influências musicais grandes nomes do gênero e ícones negros como Racionais MC’s, BK, Djonga, Emicida, Sant, Kendrick Lamar e J. Cole, chega para trazer uma batida dançante e, ao mesmo tempo, uma poesia com muita crítica e um flow único. Com versos rascantes compostos pelo próprio Blecaute, Cor do Pecado é um manifesto sobre a história, dores e vivências de pessoas negras. “Pele preta não é cor do pecado/pele preta é a cor do seu alvo”, escancara a canção logo nos primeiros versos. Na poesia de Blecaute, potencializada pela produção de $AINTIGR, dança e mensagem têm dedo em riste e uma batida contagiante. O single traz reflexões muito importantes nos âmbitos político, social e histórico, em um mês marcado simbolicamente pela necessidade de colocar luz nas questões raciais. Como dizem os versos de Blecaute: Dedo na ferida, isso é importante”. “Tô muito ansioso pelo lançamento. Eu vim retratando um discurso muito forte, espero que as pessoas entendam da melhor forma. Eu vim retratando o racismo contra as pessoas pretas que ainda existe sim no Brasil. Como o Childish Gambino fala, que isso aqui é a América, eu digo e danço também. Quero retratar, à nossa maneira, que isso aqui também é o Brasil: as pessoas pretas são mortas, discriminadas, presas injustamente. Então eu quis trazer essa memória”, diz o artista, que arrasa na dança no clipe junto a atores negros e protagoniza cenas com simbologias que remetem à escravidão, violência policial, entre outras máculas sociais às quais a população negra é histórica e sistematicamente submetida. Gravado na Vila Aliança, no Rio de Janeiro, o clipe que chega junto à música foi dirigido e produzido por Invasori. Junto a diversos homens e mulheres negros jovens, coreografias e semblantes comunicam o tempo todo, com revolta, mas também com alegria, que vidas negras importam. “Hoje eu me sinto tão lindo/melanina aflorada/cabelo Jackson5/se encostar vai ter fight”, é a mensagem que embala a dança e a história de quem bate no peito para dizer que veio da zona oeste, com orgulho. “Não adianta nada eu falar de dinheiro que eu tenho, de joias que vou ter, carros que eu vou ter, se eu primeiro não falar sobre o que meu povo passa ainda. Eu vou falar de joias sim, de dinheiro sim, de noite sim, mas a primeira música que eu quis fazer foi essa. Porque a gente pode ter tudo isso e ainda assim ainda vamos ser alvo dessa discriminação”.

Slipknot retorna com The Chapeltown Rag, primeiro som em dois anos

O Slipknot retornou na sexta-feira (5) com The Chapeltown Rag, sua primeira nova música em dois anos. Gravada durante recentes sessões para um álbum que ainda será anunciado, The Chapeltown Rag segue com a velocidade de um trem descarrilhado e disseca incisivamente a cultura da internet desde dentro com um grito: “When Everything Is God Online…Nothing Is (em tradução livre, “quando tudo é Deus Online, nada é”). O vocalista do Slipknot, Corey Taylor comentou em The Chapeltown Rag, observando que “é um punidor. É um clássico Slipknot. E é frenético”. “Mas, poeticamente, vem de um lugar sobre falar a respeito de várias manipulações que podem acontecer quando as mídias sociais encontram consigo mesmas. E as diferentes maneiras que essas manipulações podem tentar nos lançar em diferentes direções, considerando que estamos viciados nela, o que é muito, muito perigoso”. M. Shawn Crahan, mais conhecido como o Clown (palhaço) do Slipknot, completa… “The Chapeltown Rag facilita um tipo de mentalidade que vocês vão gostar: e é sobre o lado incendiário das coisas”. Inovação para divulgar The Chapeltown Rag A forma como a banda anunciou The Chapeltown Rag ao longo da semana foi tão inovadora quanto a música em si. Sem o conhecimento dos visitantes, palavras-chave das letras do single inédito ocuparam o site do Knotfest — o hub online da banda para notícias, comunidade e o fã clube oficial da banda, o OT9. Quando os usuários clicavam nas letras, eles eram enviados para o site. Lançando os fãs para dentro desse labirinto, o site apresenta uma série de nove tokens não fungíveis (NFTS) eco-friendly cunhada pela conta do usuário desmoines515 e hospedada no WAX Blockchain. Novos assets digitais foram sendo revelados ao longo de toda a semana, diariamente. Quando reunidos, esses ativos garantiam uma primeira visão da arte da capa, assim como um trecjp da música. Fãs que colecionaram todos os nove tokens devem ficar ligados pois podem ganhar diversas opções de recompensas e ofertas ao longo do ciclo do próximo álbum. “Slipknot está na ponta da utilização da tecnologia de formas novas e criativas para engajar seus fãs”, diz Lee Jenkins, gerente de produtos da WAX, “e nós estamos muito animados que eles escolheram a WAX para essa inciativa que mostra uma nova forma de utilizar a tecnologia blockchain.”

Lorde divulga versão deluxe de Solar Power com duas novidades

No início desta semana, a cantora neozelandesa Lorde divulgou um e-mail aos fãs, através do seu Solar Power Institute Bulletin, divulgando o vídeo surpresa Fallen Fruit e anunciou o lançamento de duas faixas-bônus de Solar Power: Helen of Troy e Hold No Grudge. Aliás, as músicas estão disponíveis para stream em todas as plataformas e o vídeo de Fallen Fruit foi liberado no YouTube. Em resumo, sobre as faixas-bônus, Lorde disse que “estas músicas foram explorações divertidas na jornada do álbum. Elas não se encaixavam na tracklist por algum motivo, mas ambas são grandes músicas”. Contudo, especialmente sobre a faixa Helen of Troy, Lorde comentou: “Nós escrevemos super rapidamente na menor sala em Westlake, onde fizemos um monte de melodias, e foi divertido o tempo todo. É super lírica, quase um improviso, e você pode me ouvir começando a descobrir alguns temas de álbuns”… Ao escrever Hold No Grudge, ela diz que “HNG é uma espécie de retrato de quando as relações azedam, ficando presas no gelo, mas lembrando-se do calor”. Fallen Fruit, hit de Solar Power Sobre o vídeo de Fallen Fruit, Lorde diz que as pessoas são apresentadas à ilha como um paraíso exuberante, mas a ideia é outra. “Humanos fazendo o que fazem, ficando gananciosos, tratando a terra com desrespeito e despojando-a de sua beleza. Sempre haverá outro lugar impecável para recomeçar, certo? Os jardins que antes eram exuberantes e frutíferos agora estão em chamas. Os barcos de pesca estão destruídos e quebrados. Tudo o que resta dos pêssegos são os seus caroços. Em meio a tudo isso, minha personagem faz uma escolha”. Aliás, o visual mais recente da artista dá aos fãs um olhar mais profundo sobre o universo de Solar Power. Por fim, retratando a destruição humana e a crise climática global, o vídeo é uma poderosa declaração dos tempos.