Kosmovoid divulga o álbum Space Demon; ouça!

O novo álbum da banda santista Kosmovoid, enfim, está disponível nas plataformas de streaming. Space Demon, lançado pela Dissenso Records, traz 11 canções autorais e inéditas. Anteriormente, a banda já havia divulgado as canções Lower Levels e Retrogram. Sobre Lower Levels, a banda deu uma baita explicação sobre a sonoridade da canção. “É como se as camadas mais baixas da existência, as esferas mais negativas espirituais se manifestasse através do som, invadindo nossa superfície e realidade influenciando as pessoas a escolher caminhos tortos, espalhando uma atmosfera de medo e incerteza, promovendo as forças do caos”. Aliás, o novo álbum chega como sucessor dos excepcionais discos Escapismo (2020) e Crisálida (2020).
Mal Vejo A Hora: Duzi retrata vivência em single de estreia

Variações de humor repentinas, como o êxtase de uma paixão, seguido pela angústia são comuns no dia a dia de quem é diagnosticado com Transtorno Bipolar. E este é o tema do novo single do cantor e compositor Duzi, que sofre da doença desde os 17 anos de idade. Mal Vejo A Hora tem participação especial do curitibano FRANCISCO. A faixa transcende o indie à medida que dialoga com pop, rap e MPB. Duzi produziu a música em parceria com Carlos Bezerra. Na ocasião, nomes como Rubel, Mari Froes, Selena Gomez e Kanye West serviram de inspiração para conceber o arranjo. A mixagem e a masterização ficaram a cargo de Vivian Kuczynsky. O cantor aponta que o Transtorno Bipolar é um tema pouco difundido e explica que Mal Vejo A Hora dá voz aos sentimentos de quem o enfrenta no cotidiano. “Um dia assisti Euforia, na HBO, e me senti representado ao ver que a protagonista também tinha essa doença. Afinal, não se encontra muito material artístico que narre a jornada de uma pessoa com Bipolaridade. Foi daí que tive a ideia de compor essa música. Porém, vejo que ela também pode representar a importância de se indignar contra aquilo que nos incomoda”. Artista solo desde 2020, Duzi já trabalhou com o Amen Jr, tendo sido técnico de guitarra nas performances de 2019. Recentemente, Duzi ainda atuou como assistente técnico no debute do grupo – que deve ser lançado em breve. Agora, no entanto, o músico foca em sua carreira solo e prepara novos materiais autorais para o decorrer dos próximos meses.
Coletânea de Elis Regina resgata canção inédita em formato digital

Parece mentira, mas, em janeiro de 2022, completam-se quarenta anos que o Brasil perdeu uma de suas maiores cantoras: Elis Regina. E o que é mais incrível ainda é a importância de Elis na música popular brasileira hoje. Celebrada por fãs contemporâneos de seus discos e shows, Elis conquista novos e atentos ouvintes e influencia novos artistas. Por isso, a coletânea Elis – Essa Saudade, que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (3), se faz nada menos que necessária. Festejar Elis, essa ausência tão presente, com o perdão da antítese, nunca é demais. Esta compilação produzida pelos jornalistas Danilo Casaletti e Renato Vieira tem como base a fase final da carreira da cantora, especialmente a passagem dela pela Warner, companhia na qual Elis lançou dois importantes discos de estúdio, Essa Mulher (1979) e Saudade do Brasil (1980), além de dois álbuns póstumos ao vivo. Neste mesmo período, Elis participou de um disco do cantor e compositor Raul Ellwanger, gaúcho como ela. A canção que eles interpretaram juntos, Pequeno Exilado, jamais foi reeditada e chega pela primeira vez ao formato digital em Elis – Essa Saudade, atendendo a um pedido antigo dos admiradores de Elis. A letra de Pequeno Exilado retrata a história de um menino que, exilado com seus pais nos terríveis anos de chumbo da ditadura militar brasileira, ansiava por conhecer suas origens. A canção fala de bairros de Porto Alegre e, na gravação, é possível perceber a emoção que brotou de Elis ao cantar lugares que também eram sua infância. Por questões profissionais, a cantora que saiu cedo da cidade onde nasceu também era, de certa forma, uma exilada de sua terra. Pequeno Exilado ainda guarda uma curiosidade: Elis gravou a canção no início de 1980 em uma manhã nos estúdios Reunidos, em São Paulo. Após enxugar uma lágrima do rosto, partiu para outra sala de gravação no mesmo local, e, com sua banda, em um clima totalmente diferente da faixa que acabara de cantar ao lado de Ellwanger, registrou Alô, Alô, Marciano para um compacto que saiu antes da versão mais conhecida, incluída em Saudade do Brasil. Nela, mostra-se cantora leve, debochada, como a música de Rita Lee e Roberto de Carvalho pedia. Na coletânea, Pequeno Exilado e Alô, Alô, Marciano (cuja versão de compacto também estava indisponível nas plataformas digitais até agora) aparecem na sequência em que foram gravadas. Assim, o ouvinte poderá ouvir o que – só – Elis era capaz de fazer e sentir. Antigos admiradores e novos fãs poderão ouvir na compilação O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), Cai Dentro (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), Essa Mulher (Joyce Moreno e Ana Terra), Altos e Baixos (Sueli Costa e Aldir Blanc), As Aparências Enganam (Tunai e Sérgio Natureza) e Aos Nossos Filhos (Ivan Lins e Vitor Martins). Madalena (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro), Upa, Neguinho (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri) e Águas de Março (Tom Jobim), três de seus grandes sucessos, saíram do álbum Elis Regina Montreux Jazz Festival (gravado ao vivo em 1979 e lançado em 1982). Do disco Elis Vive (1998), com registro de show feito na cidade de São Paulo em 1979, foi extraída a faixa Corsário (João Bosco e Aldir Blanc). Elis – Essa Saudade ainda resgata No Céu da Vibração, música que Gilberto Gil fez para o médium Chico Xavier lançada em compacto, Velho Arvoredo, de Hélio Delmiro e Paulo César Pinheiro (sobra de Essa Mulher que foi retrabalhada para o projeto póstumo Luz das Estrelas, ainda inédito nas plataformas) e o bolero Me Deixas Louca, versão de Paulo Coelho para o original de Armando Manzanero. Esta foi a última faixa gravada por Elis, no fim de 1981, para a trilha sonora da novela Brilhante. Notem: a coletânea contempla quase a totalidade dos autores mais significativos da carreira de Elis. Com isso, conseguimos homenageá-la duas vezes: por meio de sua voz, registradas nessas eternas gravações, e pela reverência a compositores que ela tanto prezava. Elis, essa saudade é real.