Com o single Verso de Céu, Nath Rodrigues começa a trilhar o caminho em direção ao novo álbum

Nascida em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte, Nath Rodrigues é cantora, compositora, multi-instrumentista, educadora musical e investigadora das artes cênicas. A mineira, que acumula um álbum de estúdio e alguns singles na bagagem e carrega influências de cantoras como Mayra Andrade, Xênia França e Bruna Mendez, agora, se prepara para lançar o seu segundo disco, intitulado Fio, previsto para ainda este semestre. Verso de Céu, uma composição em parceria com a também musicista Táskia Ferraz, é a primeira faixa revelada desse novo trabalho e faz um brinde ao xote, ritmo musical dançante que percorre os forrós pelo país. “Essa catarse corporal é um pouco do que o nosso tempo tem pedido”, afirma Nath. A música chegou na noite de quinta-feira (17) às plataformas de streaming, acompanhada de um visualizer em seu canal de YouTube. “A Táskia me apresentou um trechinho dessa canção e me sugeriu que a completasse. Ouvindo a harmonia e também o ritmo, que já era um xote, fiquei com vontade de contar uma história, de tramar um enredo e de criar imagens. É minha forma favorita de criar”, revela Nath Rodrigues. Para construir a crônica de Verso de Céu, ela escolheu como personagem Idalina, figura simbólica nos cânticos de capoeira. “Idalina é uma mulher encantada, é do corre, é festiva, é um pouco de mim e das pessoas que convivo, principalmente mulheres”, explica a cantora. Seguindo a ideia do produtor musical CIDO, Nath incorporou ao arranjo da canção um saxofone tenor. “Eu adorei a ideia. Acho que deu um refresco super lúdico no arranjo, bem alinhado com esse propósito de criar história e imagens”, conta a artista. E é essa melodia que embala Idalina a descobrir os encantos da cidade ao longo da faixa. Esse single é o primeiro lançamento de Fio, segundo disco-solo de Nath Rodrigues, que sucede o álbum Fractal (2019), responsável pelo debute da cantora. “Ainda que eu não tenha planejado conscientemente, Verso de Céu é o fio conector entre os dois álbuns. Ela abre as portas para apresentar como as referências do meu último trabalho se transformaram e propuseram coisas novas”, finaliza.

A Partícula, segundo single do novo álbum de Alexandre Nero, chega às plataformas de streaming

Depois da contundente Nossa Senhora de Copacabana, canção que fala das contradições de um bairro síntese do Brasil de hoje, o segundo single do novo álbum de Alexandre Nero vai na direção oposta. Do macro ao micro. Do olhar pra fora ao mergulho pra dentro. A Partícula, disponível nas plataformas de streaming, é a primeira parceria de Nero com o cantor e compositor carioca João Cavalcanti. Uma delicada declaração de amor sobre um universo que os dois compositores conhecem bem. “A partícula de A Partícula nasceu de uma melodia que me veio de supetão. Coisa rara pra mim. Costumam ser um parto demorado e doloroso. Saí cantando, fui pro violão e encontrei uma harmonia que me agradasse: gravei no celular e guardei por um bom tempo”, conta Alexandre Nero. “Achei a melodia tão bonita que queria um parceiro especial. João Cavalcanti é uma pessoa especial. Um grande artista, um grande homem e um grande pai. Eu, pai recente, queria fazer uma canção aos meus filhos. A letra do João chegou pronta e certeira. Conforme o tempo foi passando, e quanto mais eu cantava, fui descobrindo o meu pai ali, também. E assim percebi que não é apenas uma canção de um pai para um filho, mas de vários antepassados que se entrelaçam”, pontua. Para João Cavalcanti, a experiência da parceria com Nero, que já havia participado de projetos do artista carioca, foi emocionante. “A melodia de A Partícula veio pronta e eu fiquei imediatamente comovido. Tem aquela coisa magnética de ser, a um só tempo, melancólica e redentora. O assunto da paternidade já tinha sido sugerido e fez todo o sentido – compartilhávamos, Nero e eu, dessa latência. Adorei fazer a letra, adorei virar parceiro desse artista (que já era meu parceiro em outras aventuras, mas não em canção) e fiquei exultante com o resultado”, retribui João.

Gui Schwab e Jonavo lançam composição dedicada ao Pantanal

Gui Schwab e Jonavo (leia-se Jônavo) são parte da seara de músicos brasileiros que cultivaram o talento do canto, da composição e da execução de múltiplos instrumentos. Os artistas se conheceram em 2014, quando ambos faziam parte de bandas com uma musicalidade em comum: o pop rural (ou, como também é chamado por aí, o folk pop brasileiro). O gênero que mistura rock com pop, MPB com folk, misturou também Rio de Janeiro com Mato Grosso do Sul. E foi a partir desta afinidade que eles se reaproximaram em 2020, em meio à pandemia, para começar a colher canções. Resultado deste reencontro, Só no Pantanal é uma das composições dos dois escolhidas para selar a união entre um violeiro fluminense e um violonista sul-mato-grossense, espaços que ocupam de forma inusitada e curiosa. Ademais, é o segundo single do álbum Respirar, que Schwab lançará no segundo semestre. Nas vozes de Gui e Jonavo, a faixa poderá ser conferida no dia 18 de março, em todas as plataformas de streaming, nos perfis dos dois artistas. “A viola é um instrumento muito típico da região onde Jonavo foi criado, enquanto o violão é um instrumento mais urbano, é mais normal para um músico do Rio de Janeiro. No entanto, descobri nele um grande violonista enquanto eu sempre estive atento ao som dos violeiros pantaneiros para poder reproduzir essa sonoridade”, conta Schwab, que sempre teve uma queda forte pelo mundo rural e encontrou no novo amigo um grande parceiro de composição. Só no Pantanal começou a ser composta por Jonavo em 2020, diante das terríveis queimadas que assolaram o bioma sul-americano. O cantor, compositor, violonista e bandolinista que, até então, nunca tinha composto um chamamé – estilo musical tradicional de sua região – se viu inspirado pelas tristes cenas transmitidas pela TV. De forma despretensiosa, rabiscou as primeiras palavras lembrando de suas experiências descendo o Rio Paraguai rumo à Serra do Amolar. Com um esboço de melodia gravada com uma guitarra desplugada, enviou o rascunho em seguida para o amigo. “Me mudei para São Paulo dez anos atrás sem querer carregar o estigma de artista regional. Meu trabalho foi baseado no folk. Aprendi a tocar músicas da minha terra morando fora e, numa turnê pelos Estados Unidos, confirmei a máxima do (escritor Leon) Tolstói em que ele diz que, se você quer ser universal, fale da tua aldeia: quando toquei um chamamé, todo mundo me enxergou. Na pandemia, voltei para Campo Grande e senti uma enorme reconexão com minha terra”, diz Jonavo.

Jão abrirá show de Maroon 5 em São Paulo

No dia 5 de abril, o cantor Jão abrirá o show do Maroon 5 em São Paulo, no estádio Allianz Parque. A apresentação é a primeira das duas datas que a banda fará no Brasil, sendo a segunda no dia 6 em Porto Alegre no Centro de Eventos FIERGS. Sua atual turnê, PIRATA, que teve início no último dia 12 no Vivo Rio, vem esgotando data atrás de data, e a confirmação dele como o ato de abertura do Maroon 5 é mais uma das provas de sua grandeza, de seu sucesso, e que ele é definitivamente, o maior nome do pop masculino nacional da atualidade. Jão sobe aos palcos do Allianz às 20h, uma hora antes do show do Maroon 5, e tem tudo para ser mais um grande passo para sua carreira. Seu último clipe lançado, para a música Idiota, conta com mais de 11 milhões de visualizações no YouTube e o álbum PIRATA passou das 100 milhões de plays no Spotify.

Crítica | Red: Crescer É Uma Fera

Engenharia do Cinema Antes programado para ser lançado nos cinemas mundiais e ser o primeiro da Pixar a ter este tipo de lançamento, desde “Dois Irmãos” (que estreou em março de 2020), “Red: Crescer É Uma Fera” foi jogado direto para o Disney+. Confesso que realmente não estamos falando de um filme que necessitava a ida até uma sala cinema, pois assim como “Luca” temos mais um exemplar que diverte o público dentro de sua premissa, mas não chega a ser marcante como um “Soul” ou “Divertidamente“. A trama mostra a adolescente Meilin, que repentinamente passa a se transformar em um panda. Porém, a medida que ela descobre como controlar a situação, ela terá de aprender a conviver com esse pequeno detalhe com sua mãe controladora Ming, e amigas. Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação) O roteiro de Julia Cho e Domee Shi (que também assina a direção) procura mostrar como são alguns detalhes na cultura chinesa, desde seu primórdio. Seja pelo design de produção, o excesso da cor vermelha, os estilos musicais, a forma como a protagonista convive em sua casa e até mesmo algumas rotulações daquela nacionalidade (como o fato dela viver em uma família totalmente conservadora).     Só que isso já foi mostrado inúmeras vezes em várias outras produções, então acabamos comprando a animação em si por conta da própria Meilin, que tem carisma. Apesar de muitas das cenas acabarem sendo roubadas pela sua própria mãe (literalmente), acaba arrancando vários risos pelo fator semelhança em relação a “lembrarmos de alguma pessoa que convive com uma mãe assim”. E com isso os adultos podem achar tanta graça na narrativa, como as próprias crianças.   Apesar de a Pixar não ter realizado mais uma produção marcante no seu padrão, “Red: Crescer É Uma Fera” acaba sendo uma ótima adição no catálogo do Disney+ e divertirá quem busca uma animação bastante divertida.