No dia de sua estreia no Brasil, Machine Gun Kelly lança Mainstream Sellout

O cantor norte-americano Machine Gun Kelly, que se apresentou hoje no Lollapalooza Brasil, lançou nesta sexta-feira (25) o álbum mainstream sellout, seu sexto disco de estúdio, em todas as plataformas digitais. Com 16 faixas, o repertório do disco, que foi produzido por Travis Barker, inclui participações especiais como blackbear na faixa make up sex, além de WILLOW, Gunna, Bring Me The Horizon, entre outros, e apresenta as já lançadas maybe, emo girl, ay! e papercuts, que ganhou uma nova versão. Em uma analogia divertida, o artista diz: “Se meu último disco, Tickets to my Downfall foi o ensino médio, então mainstream sellout é a faculdade”, diz. O segundo projeto de rock de Machine Gun Kelly traz um som mais diversificado e maduro. Para revelar a tracklist do álbum, o norte-americano surpreendeu. Ele tomou conta do badalado clube Delilah, em West Hollywood, para apresentar seu novo disco, como um ícone da música e da moda: ele vestiu 16 camisetas personalizadas Dolce & Gabbana e cada uma tinha o nome de uma música do projeto. A faixa emo girl, com a força dinâmica de WILLOW, passou de 40 milhões de streams e já faz parte do Top 25 da parada Alternative Airplay, da Billboard. ay!, com a lenda do rap Lil Wayne, já ultrapassou 11 milhões de streams somente em sua primeira semana, graças a seu videoclipe cativante, no qual MGK e sua equipe, através de um desfile de figurinos, demonstram seu talento natural e seu estilo de vida rockstar. Recentemente, no início de março, Machine Gun Kelly homenageou os fãs com o lançamento de seu EP lockdown sessions, quando pegou três faixas virais favoritas dos fãs e as distribuiu oficialmente em todos os serviços de streaming pela primeira vez. Para o lançamento, MGK também gravou um vídeo para a música roll the windows up, (anteriormente lançada como “smoke and drive”), um clipe sem frescuras com ele e seu baterista, Rook, fumando no carro e captando a vibração caseira do projeto.

Red Hot Chili Peppers libera mais um som de Unlimited Love; ouça Not The One”

Prestes a lançar o aguardado álbum Unlimited Love, a banda Red Hot Chili Peppers mais uma faixa do projeto: Not the One. Unlimited Love está previsto para ser lançado no dia 1 de abril e marca a reestreia oficial de John Frusciante como guitarrista da banda depois de mais de 15 anos, e também o retorno do produtor e amigo de longa data Rick Rubin, que já colaborou com Johnny Cash e Adele, e caminha com Red Hot Chili Peppers há 30 anos. O novo álbum também terá edição física em CD e será vendido no Brasil. A pré-venda já está disponível. O primeiro single do novo projeto, Black Summer, já ultrapassou a marca de 16 milhões de streams e mais de 20 milhões de views no clipe oficial, que contou com a direção de Deborah Chow, responsável também por assinar a direção da série Mandalorian, da Disney+. Sobre o novo álbum a banda revela que “nosso objetivo é se perder na música. Nós passamos milhares de horas, juntos e individualmente, nos aprimorando e compartilhando para fazer o melhor álbum que pudéssemos. Nosso radar apontou para o divino, o cosmos, e estamos tão gratos por essa chance de estar juntos novamente na mesma sala, mais uma vez, tentando nosso melhor. Passamos dias, semanas, meses ouvindo um ao outro, compondo, tocando e fazendo arranjos para que tudo tivesse um propósito. Os sons, ritmos, vibrações, palavras e melodias nos enlouqueceram. Decidimos ser uma luz para o mundo, para animar, conectar e juntar as pessoas. Cada música do novo álbum é uma faceta nossa, refletindo nossas visões de universo. Essa é nossa missão de vida. Trabalhamos, focamos e nos preparamos para que essa onda gigante viesse, e estamos prontos para surfar nela. O oceano nos presenteou com a onda perfeita, e esse álbum é a soma e o caminho das nossas vidas. Esperamos que vocês gostem”. Para Frusciante, que teve a primeira experiência de estúdio como um Red Hot Chili Pepper desde a saída dele, em 2006, o álbum representa mais do que apenas fazer música. “Quando começamos a compor o material, estávamos tocando músicas antigas como Johnny Watson, The Kinks, The New York Dolls, Richard Barret e tantos outros. E gradualmente começaram a surgir novas ideias, transformamos acordes em canções, e depois de alguns meses, tudo estava aqui. O sentimento de diversão que tivemos enquanto estávamos tocando para outras pessoas nos acompanhou o tempo todo em que estivemos compondo. Pra mim, esse álbum representa nosso amor por isso, e a nossa em fé em nós mesmos”. A banda também anunciou uma nova turnê mundial, que começa no verão europeu, e vai passar pelos Estados Unidos e Canadá, com três shows já esgotados. Confira a tracklist de “Unlimited Love”: 1.Black Summer 2.Here Ever After 3.Aquatic Mouth Dance 4.Not The One 5.Poster Child 6.The Great Apes 7.It’s Only Natural 8.She’s A Lover 9.These Are The Ways 10.Whatchu Thinkin’ 11.Bastards of Light 12.White Braids & Pillow Chair 13.One Way Traffic 14.Veronica 15.Let ‘Em Cry 16.The Heavy Wing 17.Tangelo

Wallows apresenta aguardado álbum “Tell Me That It’s Over”

O trio de alt-rock Wallows lançou o álbum Tell Me That It’s Over. O single Marvelous também ganhou um vídeo que mostra os integrantes da banda Dylan Minnette, Braeden Lemasters e Cole Preston dando uma amostra da produção de sua nova tour. O novo vídeo foi dirigido e filmado por Natalie Hewitt. Produzido por Ariel Rechtshaid, Tell Me That It’s Over mostra Wallows seguindo em sua jornada evolutiva de exploração da própria sonoridade, fundindo uma vasta gama de ideias musicais – do post-punk lo-fi e indie-folk à psicodelia do dance-pop do início dos anos noventa – em sua única e criativa visão. Entre os destaques temos os singles recentemente lançados I Don’t Want to Talk, Especially You, e At the End of the Day, todos eles acompanhados de clipes dirigidos por Jason Lester (Animal Collective, Ashe, Madison Beer, Rostam) e disponíveis no canal da banda. Tell Me That It’s Over marca a aguardada sequência ao popular álbum de estreia da banda, Nothing Happens. Produzido por John Congleton, o álbum provou ser uma das estreias com mais streams das plataformas digitais, do qual fazia parte o single Are You Bored Yet? (Feat. Clairo).”

ZZ Top anuncia novo álbum ao vivo com o single “Brown Sugar”

O icônico ZZ Top se prepara para lançar seu álbum ao vivo. Intitulado RAW, o registro reúne a trilha sonora do documentário That Little Ol’ Band From Texas (2019) e é o primeiro lançamento da banda desde o falecimento de Dusty Hill. Essa amostra inicial é uma versão explosiva de Brown Sugar, clássico de 1971 da banda. Este é um lançamento da BMG. “Brown Sugar é uma parte especial do nosso shows há muitas décadas e acho que é maneira certa de começar o RAW. Essas gravações no Gruene Hall foram um satisfatório retorno Às raízes e estamos felizes de dividir com todos que nos acompanham há tanto tempo”, conta Billy Gibbons.  Com clima de jam session que marca o blues dos artistas, o disco foi gravado no Gruene Hall, uma das casas mais icônicas do Texas. A performance intimista e intensa da formação clássica de Gibbons, Frank Beard e o saudoso Hill mostra a química de muitos anos fazendo música juntos. Com previsão de lançamento para o dia 22 de julho, RAW é antecedido por Brown Sugar, que está disponível em todas as plataformas de streaming.

Palpites Para o Oscar 2022

Engenharia do Cinema A Cerimônia do Oscar 2022 irá acontecer em 27 de março, e habitualmente irei fazer minha cobertura pelo Engenharia do Cinema (pelo terceiro ano consecutivo). Após diversos termômetros mostrarem algumas vitórias distintas, confesso que algumas categorias podem cair em contradição pela Academia, por conta de N fatores de campanha e marketing. Por isso, irei pautar meus palpites com breves comentários sobre os possíveis ganhadores. Não sei como base apenas alguns termômetros, como também outras vitórias e estilos dos votantes na hora de selecionarem o melhor, nas respectivas categorias. A apresentação será comandada por Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall, e no Brasil terá transmissão pelo canal pago TNT, e pela plataforma de streaming do Globoplay, à partir das 22 horas. Filme – “No Ritmo do Coração“: Após ter passado em branco nos cinemas nacionais, possivelmente este filme consiga se consagrar na categoria pelo simples fato de ser diferente e com qualidade. Ter protagonistas surdos e mudos, em uma trama totalmente emocionante é o fator crucial para ele ser consagrado. Direção – Jane Campion, por “Ataque dos Cães“: Realmente são poucos diretores que conseguem captar perfeitamente a história de quatro personagens distintos, durante sua narrativa, sem apelar para o clichê e monotonia. A veterana vai vencer e merecidamente. Ator – Will Smith por “King Richard“: Bom, mesmo sendo o trabalho mais fraco de todos os indicados, ele irá levar mais pelo conjunto da carreira e pela enorme semelhança com o verdadeiro Pai das tenistas Serena e Venus Williams. Atriz – Kristen Stewart por “Spencer“: Sim, eu ainda vou teclar na vitória da mesma por diversos fatores. Seja pela enorme semelhança com Diana, ou até mesmo pela carga dramatica que ela conseguiu colocar em seu olhar. Realmente será a mais merecida na categoria. Ator Coadjuvante – Troy Kotsur por “No Ritmo do Coração“: O mesmo irá entrar para a história por ser o primeiro ator surdo e mudo por a ter levado o prêmio na categoria, além do fato de nos ter entregado uma das mais divertidas performances do longa. Em certo momento rimos, e em outros choramos com sua interpretação. Atriz Coadjuvante – Ariana DeBose por “Amor, Sublime Amor“: Certamente DeBose foi uma das principais almas do remake de Steven Spielberg, e conseguiu até mesmo roubar a cena da protagonista vivida por Ranchel Zegler. A atriz tem levado tudo nas premiações em geral, e não ia ser diferente agora. Melhor Roteiro Original – “Belfast“: Conflitos políticos e religiosos, na perspectiva de uma jovem criança. Mesmo sendo um dos mais fracos entre os indicados (inclusive este ano esta categoria não está boa), certamente ele vai levar pelo fato de ser uma possível vitória de Kenneth Branagh (“Morte no Nilo”), após quase nove indicações sem vencer. Melhor Roteiro Adaptado – “No Ritmo do Coração“: O longa venceu na categoria na premiação do Sindicato dos Roteiristas, e provavelmente vai surpreender também no Oscar, tirando o posto de um dos favoritos, “Ataque dos Cães“. Melhor Filme Internacional – “Drive My Car“: Filme japonês tem conquistado todos os prêmios possíveis, independentemente do território. No Oscar, não poderia ser diferente. Melhor Cabelo & Maquiagem – “Duna“: Após ter conseguido deixar vários atores irreconhecíveis em suas caracterizações, não consigo pensar em outro candidato mais justo. Melhor Figurino – “Cruella“: Filme que se passa no universo da moda, e que homenageia clássicos do cinema como “O Diabo Veste Prada” e o próprio legado de Glenn Close. Certamente vai levar. Melhor Animação – “Encanto“: Mesmo sendo uma das mais fracas da Disney, nos últimos anos, a mesma irá levar pelo simples fato de ter entre seus envolvidos Lin Manuel-Miranda (responsável pela sucedida peça disponível no Disney+, “Hamilton”). Melhor Canção Original – “No Time To Die” (“007 – Sem Tempo Para Morrer“): Certamente a canção que encerra o arco de Daniel Craig, possivelmente irá levar terceiro o Oscar consecutivo da franquia 007. Melhor Trilha Sonora – “Encanto“: Mesmo não ter sido indicado na categoria de canção original, possivelmente a Academia vai compensar a animação neste quesito dando o prêmio a mesma na categoria. Melhores Efeitos Visuais – “Duna“: Com quase todo o filme sendo feito em uma tela verde e todo cenário utilizado sendo mostrado em CGI, a perfeição em cena irá ser o fator crucial em relação aos outros candidatos. Melhor Design de Produção – “O Beco do Pesadelo“: Mesmo não sendo o melhor filme do Del Toro, o clima noir misturado com expressionismo alemão, durante boa parte do cenário apresentado, é suficiente para o mesmo ter como essa sua única vitória na noite. Melhor Fotografia – “Duna“: Um dos grandes destaques da adaptação de Dennis Villenueve, foi a excelente fotografia de Greig Fraser. É uma das peças fundamentais para essa narrativa. Melhor Som – “007 – Sem Tempo Para Morrer“: Devido a diversas cenas de ação terem sido realmente filmadas (com auxilio de CGI, apenas quando necessário), e a equipe ter conseguido captar uma excelente acústica (confesso que é difícil reconhecer mixagem e edição de som em uma única categoria, pois isso varia de acordo com o filme). Certamente será o segundo prêmio consecutivo do longa, e mais uma vez um título da franquia 007 também sendo reconhecido nesta categoria. Mas isso não deixa “Duna” como seu principal concorrente e com chances de vitória.

Crítica | Meu Filho

Engenharia do Cinema Durante o ano de 2021, uma notícia chamou bastante atenção de cinéfilos e fãs do ator James McAvoy. Seu novo projeto, que seria dirigido Christian Carion, iria se tratar de um Pai buscando seu filho desaparecido. Seria uma premissa bastante batida, se o próprio Carion não apresentasse o roteiro de “Meu Filho” para McAvoy e deixasse ele trabalhar apenas com improviso. Apesar disso ser comum no teatro, no cinema é raro isso ocorrer.     Durante boa parte da projeção, uma coisa ficou bastante clara: certamente foi uma jogada de marketing genial, pois claramente McAvoy deve ter contato com um roteiro ou alguma coisa para guiá-lo em determinadas cenas. Saliento isso, pois não havia como ele improvisar em determinadas cenas chaves, até mesmo para o andar da investigação do protagonista. Mesmo tendo uma excelente atuação junto de Claire Foy (“The Crown“), McAvoy não teve uma performance tão memorável quanto na franquia “Corpo Fechado” (onde vivia um psicopata com mais de 23 personalidades).    Imagem: Amazon Studios (Divulgação) Mas como nem tudo é apenas em torno da atuação dos citados, devo ressaltar que a produção tem como qualidade a fotografia de Eric Dumont, cujas palhetas acinzentadas remetem demais ao cenário de Highlands, na Escócia (onde o filme se passa) e situação que o protagonista está vivenciando. Esse recurso só deixa claro que estamos vendo um suspense, e não apenas um drama (o recurso acaba fazendo sentido, mais no quesito psicológico da situação, apenas). Aproveitando do marketing em cima do improviso constante do ator James McAvoy, “Meu Filho” acaba sendo mais um longa genérico sobre um Pai que está atrás de seu filho desaparecido.

Entrevista | The Wombats – “As portas vêm se abrindo gradualmente”

A banda inglesa The Wombats está de volta ao Brasil após nove anos. Se na primeira vez, o público era bem limitado, nesta sexta (25), às 15h35, o trio de Liverpool terá uma multidão pela frente, no dia inaugural do Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Na bagagem, o Wombats traz o último álbum, Fix Yourself, Not The World. Aliás, só para variar, o disco é bem eclético e mostra o poder de inovação constante da banda em sua discografia. Direto de um hotel em São Paulo, o baterista do Wombates, Dan Haggis, conversou com o Blog n’ Roll sobre a expectativa para o festival, o último álbum e o que pretende assistir no Lollapalooza. Confira abaixo. Muita coisa mudou para o The Wombats desde o início da carreira. Como encaram essas mudanças de alcance? Sinto que ao longo dos anos as portas vêm se abrindo gradualmente, um dia de cada vez, uma música de cada vez. Claro que se você olhar para o início da nossa carreira e agora, é louco, pois tivemos momentos nas nossas carreira, como no show que fizemos em Santiago, no Chile, em que nos perguntamos “Como estamos aqui?”, a um voo de 14 horas de distância, e meio a várias pessoas dançando e cantando nossas músicas. Na primeira vez que vieram ao Brasil, vocês tocaram em lugares menores, agora no Lolla. Mês que vem o Wombats tem um show grande na O2 Arena, em Londres. Acho que nunca perdemos essa sensação, pois começamos a fazer música em Liverpool, 20 anos atrás, e hoje estamos tocando para essas pessoas, é doido pensar. Mas todo show, para 200 ou 20 mil pessoas, só queremos ir para o palco, tocar nossas canções, criar uma conexão com as pessoas. Obviamente você sente mais a adrenalina quando toca em grandes festivais, e nós vínhamos querendo voltar ao Lollapalooza, que honestamente, é o único festival que nós importunamos o nosso agente para vir, clamando todo ano “Vamos ao Lollapalooza, queremos voltar para a América do Sul”, e ele dizia: “Estou tentando”. É tão difícil conseguir isso, e agora que conseguimos estamos muito animados, e tem sido ótimo até agora, pessoas adoráveis, clima ótimo, comida ótima, drinks ótimos, e Wombats muito felizes. Queria que você falasse um pouco sobre o título do álbum, Fix Yourself, Not The World. Ele pode ter muitas interpretações. O que inspirou vocês para esse nome? Quando estávamos gravando o álbum, durante a pandemia, Murphy estava em Los Angeles, Tord em Oslo, e eu em Londres. Tord conseguiu ir para Londres, e ficou lá por cinco semanas, mas estávamos em lockdown. Então não haviam restaurantes abertos, não havia muito o que se fazer, éramos só nós e a música. E eu acho que durante a pandemia, para todos provavelmente, se você está passando por algum tipo de problema na sua mente, você terá que confrontá-lo, pois tudo que você tinha era o seu cérebro para lidar, então não foi fácil e as músicas nos ajudaram muito. Aliás, quando estávamos falando sobre o álbum, conversamos muito sobre o título, e como você disse, levanta muitos questionamentos, e nós não queríamos que soasse egoísta, como se você devesse pensar apenas em si e esquecesse o resto. É a última coisa que gostaríamos que entendessem. Para nós é mais a questão de se você está lidando com problemas de saúde mental, como depressão ou ansiedade, com dificuldade de levantar da cama, e não está lidando com isso, não conseguirá ajudar ninguém. Então perceber a importância de resolver suas questões primeiramente, para depois sair pelo mundo, ajudar pessoas, fazer a diferença, ser uma parte positiva da sociedade. Penso que muitas pessoas ignoram e negligenciam seus problemas, e vão se distrair, jantar, beber algo com os amigos, sempre tentando evitar pensar sobre certas questões. Até que percebem a importância de conversar sobre sua saúde mental e seus problemas, percebendo que todos também têm problemas, não é só você, são todos, e quantos mais conversarmos sobre, melhor. E pensamos que nosso álbum poderia ser parte desta mudança, que fizesse as pessoas pensarem como resolver esses problemas, e abraçar seus demônios. O The Wombats é uma banda inquieta. Nunca está em uma zona de conforto. Vocês sempre buscam uma modernização no som, acompanhando todas as evoluções musicais que rolam. Tudo isso sem perder as referências mais antigas. Como equilibrar isso na hora de compor? Acho que nós sempre tivemos os elementos centrais que compõem nossa identidade, independente do tipo de música que tentamos fazer, a combinação da voz do Murphy, e o jeito que ouvimos e fazemos música. Acho que mesmo se começarmos algo como Method To The Madness, que soa tão diferente de nós, mas ainda acaba soando como nós de algum jeito. Sinto que é interessante explorar outros gêneros que tenham nos inspirado ao longo de nossas vidas, seja Lo-Fi, Hip-hop, Eletrônica, Grunge, Folk, Punk, todos esses elementos entraram e saíram nas nossas músicas em períodos diferentes, dependendo do que sentimos quando fazemos a música. Nós sempre buscamos trabalhar com ótimos produtores, como Eric Valentine, Mark Crew, e nós sempre aprendemos, observamos, prestamos atenção. Aliás, quanto mais você aprende sobre produção, música e composição, mais é capaz de se colocar em um lugar novo, abraçar novas tecnologias, sons. Queremos sempre nos sentir o mais motivado possível. E se algum de nós não está se sentindo motivado, nós tentamos algo novo, é sempre muito experimental no estúdio. Nós amamos música pop também, os Beach Boys e os Beatles, gostamos de muitos tipos diferentes de música, é como se fosse uma tela de pintura que jogamos várias tintas e vemos o que acontece. Fix Yourself, Not The World começou a ser produzido em 2019, antes da pandemia. Algo mudou na forma como tiveram que gravar esse álbum? Quais foram os principais desafios e as vantagens? O principal desafio foi que tivemos que ser mais organizados, antes de iniciar a gravação. Antes da pandemia tínhamos, talvez, já metade do álbum, fizemos por