Horsegirl prepara terreno para debute; ouça World of Pots and Pans

A banda Horsegirl, de Chicago, teve um início elétrico em 2022, começando com o anúncio de seu álbum de estreia, Versions of Modern Performance. O disco chega ao streaming em 3 de junho pela Matador. Hoje, elas continuam nessa trajetória com o lançamento do single e lyric video World of Pots and Pans. Em resumo, o som segue a propulsiva Anti-glory, World of Pots and Pans tem um charme pop áspero. Penelope Lowenstein (guitarra, vocal), Nora Cheng (guitarra, vocal) e Gigi Reece (bateria) – as melhores amigas que compõe a Horsegirl – fazem tudo coletivamente, desde a composição, a troca de funções vocais, de instrumentos, até o design de som e arte visual. Reece e Cheng, calouras da faculdade, e Lowenstein, uma colegial, aprenderam a tocar – e se conheceram – através da significativa rede de programas de artes para jovens de Chicago. O calor e a força desse vínculo residem em cada segundo de seu debute.

Crítica | Sonic 2

Engenharia do Cinema Sendo um dos maiores sucessos no meio do cenário de pandemia, a franquia cinematográfica de Sonic realmente está surpreendendo demais a Paramount Pictures e fãs do personagem. Em “Sonic 2: O Filme“, parece que os roteiristas Pat Casey, Josh Miller e John Whittington ouviram as críticas dos fãs no antecessor e fizeram novamente um filme com base no que o público queria ver (vide a decisão de mudarem o visual do Sonic, no primeiro). Sim, estamos falando de uma continuação muito melhor que seu antecessor. Na trama, após Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter) irem ao casamento da irmã desta, Sonic acaba ficando sozinho em Green Hills e agora vivendo uma vida de rei na casa do casal. Porém, seu descanso é interrompido quando o Dr. Ivo Robotnik (Jim Carrey) retorna ao nosso mundo, acompanhado do raivoso Knuckles. Para enfrentá-los, Sonic acaba se aliando ao seu novo amigo, Tails.    Imagem: Paramount Pictures (Divulgação) Realmente, estamos falando mais uma vez de um filme onde o veterano Jim Carrey rouba a cena em vários aspectos. Seja por conta de seu perfil caricato como o excêntrico vilão (que já entrou na lista de seus melhores personagens) ou suas diversas cenas com Knuckles (que chegam a ser hilárias, em algumas partes). Por mais que Carrey e os próprios Sonic, Tails e Knuckles consigam segurar boa parte do filme sozinhos, o roteiro ainda tenta recapitular alguns personagens que haviam tido boas piadas no antecessor. Sem necessidade de terem aparecido novamente, temos cenas envolvendo o desligado policial Wade (Adam Pally), a irmã pentelha de Maddie, Ranchel (Natasha Rothwell). As vezes estamos no meio de uma cena de ação, mas a montagem repentinamente coloca arcos destes e o único pensamento é “volte para o Sonic e Robotnik, por favor!” Com relação às cenas de ação e efeitos visuais, o longa novamente consegue ter tomadas e desenvolvimentos muito bons (inclusive, o aspecto cartunesco na retratação do trio central é espetacular e eles realmente parecem existir). Contudo, mesmo tendo conferido a versão dublada (já que a legendada saiu em praças limitadíssimas, no Brasil todo) digo que o trabalho estava muito bem realizado e não fez perder a graça original que o filme teria.     “Sonic 2: O Filme” consegue ser mais divertido que o primeiro, e consegue corrigir alguns erros do seu antecessor.  

Crítica | Morbius

Engenharia do Cinema Um pouco antes de Morbius ser lançado originalmente no início de 2020, o ator Jared Leto se encontrava em um retiro espiritual, isolado de tudo e todos (tanto que ele não soube da pandemia, durante boa parte do mesmo). Dois anos depois, finalmente entendemos porque ele queria se isolar: realmente, depois dele ter finalizado sua participação nesta bomba, certamente ele queria ficar sem contato nenhum com a sociedade. Sim, estou falando do pior filme lançado neste ano (difícil conseguir imaginar se teremos algo pior) e ainda com o selo da Marvel (apesar de não ter o envolvimento de Kevin Feige) com a Sony Pictures.    Na trama, Leto interpreta o renomado cientista Dr. Michael Morbius, que durante anos tentou procurar uma cura para sua doença que causava diversos problemas sanguíneos e ósseos. Após ele finalmente ter acertado no desenvolvimento do soro, ele decide aplicar em si mesmo. Só que devido a uma mistura no DNA de morcegos com humanos, ele acaba assumindo uma mutação que o faz ser um vampiro. Imagem: Sony Pictures (Divulgação) Realmente não sei por onde começar, sobre qual seria o pior ponto nesta produção. Seja a trilha sonora óbvia de Jon Ekstrand, a edição porca de Pietro Scalia e principalmente o roteiro de Matt Sazama e Burk Sharpless. Com diálogos clichês, desinteressantes e personagens totalmente burros e com decisões totalmente estúpidas (afinal, substituir um fusível em uma máquina medicinal é algo digno para o protagonista ganhar uma bolsa de estudos em uma renomada faculdade, sim isso realmente acontece no filme), a cada frame a vergonha parece ser aumentada ainda mais. Para piorar a situação, ainda o vilão Milo (Matt Smith) consegue ser tão ruim, mas tão ruim, que chamar ele disso soa como elogio. Mas, ainda temos uma dupla de investigadores (vividos por Tyrese Gibson e Al Madrigal) que demoram quase 70 minutos do longa para descobrirem o óbvio. Isso porque não citei que o interesse amoroso de Morbius, Martine Bancroft (Adria Arjona, que parece mais um clone da Jessica Alba) só aparece para fazer caretas e gritar por socorro (sim, eles ainda estão na década de 50). Realmente outro fator que nos faz não ter interesse por estes personagens, é o péssimo trabalho de montagem do filme, que parece ter sofrido vários problemas na pós-produção e os executivos da Sony queriam não só tirar várias cenas de violência para ter uma censura 12 anos, mas também encurtar o longa para ter mais sessões (e logo, isso trará mais lucro). Só que em uma era onde temos “Batman” e “Vingadores Ultimato” com três horas e “Coringa” com um orçamento pequeno, censura 18 anos, fazendo bilhões, realmente isso não faz mais sentido. Isso porque não falei dos efeitos visuais, que se resumem a deixar Milo e Morbius com uma cara de zumbis, e em cenas de ação tudo ser resumido a slow-motion e ventos. Parece que os envolvidos deste longa não viram a evolução nos filmes da Marvel, e sequer se deram o trabalho de analisar que ultimamente este tipo de projeto não pode tratar mais o espectador como mero jumento. “Morbius” acaba sendo uma das maiores vergonhas da história do cinema, e serve apenas para você passar raiva durante quase duas horas de exibição.

Vidaincerta desabafa sobre a vida de artista na mixtape “Brasil Emo Drill”

Em meio às dificuldades de ser um artista independente, o rapper Vidaincerta lançou sua mixtape Brasil Emo Drill com um desabafo sobre a jornada de um artista preto independente criado nas periferias do Brasil. Na contramão de artistas que cantam sobre luxos e a riqueza que conquistaram através da música, Vidaincerta fala sobre as angústias e dificuldades de ser um artista. Ele canta sobre como é difícil vencer fazendo o que ama quando a impressão é de que você está ancorado num mesmo lugar. O nome Brasil Emo Drill surge de uma brincadeira com o canal Brasil Grime Show, onde o cantor pode descobrir um pouco mais do universo do drill. Porém, esse é uma espécie de nome fantasia. Os títulos das músicas revelam o nome original do trabalho. “O nome original da mixtape é Por Mais Que Eu Esconda, Me Sinto Perdido, Ancorado, Como Se Eu Estivesse Afogando No Meio da Tempestade. Eu escrevi esse textinho antes de escrever as músicas e fala sobre o meu desespero pra fazer minha carreira dar algum retorno financeiro. Se não, eu vou ter que parar”, explica Vidaincerta que se tornou pai no último ano. A princípio, este seria um trabalho colaborativo com diferentes artistas. Vidaincerta que também é produtor musical – assinando seus trabalhos de produção como VDNCRT – abriu as faixas para diferentes artistas cantarem em cima de seus beats, mas apenas um dos MCs convidados mandou a trilha vocal. Ele, então, decidiu fazer um trabalho mais autoral. “Eu quis construir uma sonoridade própria com o Emo Drill, trazendo muito espaço de respiro pra melodia, mas sem perder as características do drill. Passei meses trabalhando nesses beats e fiz algo que eu realmente curtisse. Decidi então trazer a minha insatisfação enquanto artista para aquele momento que me gerou uma grande frustração”, conta o rapper ao falar de todo o processo de produção da mixtape. Esse é o primeiro trabalho de Vidaincerta após o lançamento do disco O Que Sobrou da Tristeza Vol. 1, lançado em 2021. E apesar de todas as dificuldades e frustrações que o cantor diz que podem dar um fim a sua carreira, Brasil Emo Drill é a busca por novos motivos para continuar!

Coldplay confirma mais três shows no Brasil; veja preço dos ingressos

Devido à grande demanda, o Coldplay anunciou três novos shows da sua Music Of The Spheres World Tour, com datas em outubro no Brasil. As apresentações por aqui acontecerão no Rio de Janeiro, dia 11 de outubro, no Estádio Nilton Santos – Engenhão; e em São Paulo nos dias 15 e 16 de outubro, no Allianz Parque. Os clientes dos cartões Elo terão pré-venda exclusiva a partir de segunda-feira (11), a partir das 10h, e às 11h nas bilheterias oficiais. Para o público geral, a venda começa na terça (12), nos mesmos canais e horários. Os ingressos, que podem ser adquiridos em até 5x sem juros para os clientes dos cartões Elo e 3x sem juros para os demais cartões de crédito, estarão disponíveis online e nas bilheterias oficiais (sem taxa de serviço | Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro; e Estádio do Morumbi – Estádio Cícero Pompeu de Toledo, em São Paulo). A tour é acompanhada por uma série de iniciativas de sustentabilidade que podem ser vistas no site da banda. Music Of The Spheres World Tour conta com convidados especiais incluindo H.E.R. (nos shows do Brasil), Camila Cabello, Carla Morrison e London Grammar. SERVIÇO – COLDPLAY NO BRASIL RIO DE JANEIRO Data: 11 de outubro de 2022 (terça-feira) Horário Coldplay: 21h Local: Estádio Nilton Santos Engenhão Endereço: R. José dos Reis, 425 – Engenho de Dentro, Rio de Janeiro – RJ Ingressos: a partir de R$ 210 (ver tabela completa) PREÇOS CADEIRA SUPERIOR LESTE – R$ 210,00 (meia) e R$ 420,00 (inteira) CADEIRA SUPERIOR OESTE – R$ 210,00 (meia) e R$ 420,00 (inteira) PISTA – R$ 260,00 (meia) e R$ 520,00 (inteira) CADEIRA INFERIOR LESTE – R$ 280,00 (meia) e R$ 560,00 (inteira) CADEIRA INFERIOR OESTE – R$ 280,00 (meia) e R$ 560,00 (inteira) PISTA PREMIUM BRANCA – R$ 475,00 (meia) e R$ 950,00 (inteira) PISTA PREMIUM AMARELA – R$ 475,00 (meia) e R$ 950,00 (inteira) BILHETERIA OFICIAL – SEM COBRANÇA DE TAXA DE SERVIÇO Jeunesse Arena – Endereço: Av. Embaixador Abelardo Bueno, 3401 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. VENDA PELA INTERNET – SUJEITO À COBRANÇA DE TAXA DE SERVIÇO O único canal de vendas oficial é o Eventim. SÃO PAULO Datas: 15 e 16 de outubro de 2022 (sábado e domingo) Horário Coldplay: 20h30 Local: Allianz Parque Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca, São Paulo – SP Ingressos: a partir de R$ 245 (ver tabela completa) PREÇOS CADEIRA SUPERIOR – R$ 245,00 (meia) e R$ 490,00 (inteira) PISTA – R$ 295,00 (meia) e R$ 590,00 (inteira) CADEIRA INFERIOR – R$ 375,00 (meia) e R$ 750,00 (inteira) PISTA PREMIUM BRANCA – R$ 490,00 (meia) e R$ 980,00 (inteira) PISTA PREMIUM AMARELA – R$ 490,00 (meia) e R$ 980,00 (inteira) BILHETERIA OFICIAL – SEM COBRANÇA DE TAXA DE SERVIÇO Estádio do Morumbi – Estádio Cícero Pompeu de Toledo – Av. Giovanni Gronchi 1866 – Morumbi, São Paulo – SP – Bilheteria 5 / Portão 5 Dia 11/04: Abertura da Bilheteria para a Pré-venda das 11h às 17h, mediante disponibilidade. Dia 12/04: Início das vendas gerais na Bilheteria das 11h às 17h, mediante disponibilidade. Após esta data, mediante disponibilidade e seguindo horário de funcionamento: Terça à Sábado das 10h às 17h | Não há funcionamento em feriados e em dias de jogos e shows. VENDA PELA INTERNET – SUJEITO À COBRANÇA DE TAXA DE SERVIÇO O único canal de vendas oficial é o Eventim.

Unabomber traduz a montanha russa do Brasil nos últimos anos em Carrossel

O peso dos riffs da Unabomber ressoam em meio à letra furiosa de Carrossel. Embora o título possa parecer otimista, a canção faz uma provocante reflexão sobre o ciclo de mortes, descaso e desilusão do Brasil nos últimos anos, em especial em meio a uma pandemia. Nome de destaque do underground do Rio de Janeiro desde a década de 1990, o grupo se volta mais uma vez para seu potencial político e social com uma música para os tempos atuais. Carrossel é uma sequência perfeita de O Carro de Jagrená, o single mais recente e uma canção-metáfora para um rolo compressor de destruição que se tornou sinônimo de Brasília. Agora, Unabomber toma como ponto de partida a vontade de criar uma música solar, porém se vendo impossibilitada diante do cenário corrente. “A ideia inicial de Carrossel era de um tema mais leve, num ambiente solar, e que nos remetesse a um tempo de paz. Mas vivíamos em um dos momentos mais dramáticos da covid-19. A letra, então, foi redirecionada em meio ao sofrimento de brasileiros que sufocavam sem oxigênio, enquanto um genocida fazia piada e encenava peça macabra. Além da destruição da cultura, da ciência e de nossos biomas. Foi nesse clima de desesperança que Carrossel se fez, mas com a certeza de que esse pesadelo vai acabar”, resume a banda.

Em parceria com Emicida, Thiago Jamelão lança single “Morada”

Por ter passado por diferentes locais do país, sem moradia fixa, enquanto estava crescendo, o cantor e compositor Thiago Jamelão entende que a casa de uma pessoa está dentro de si. Em Morada, seu novo single em que divide a autoria com o rapper Emicida, ele fala sobre se sentir em paz independente de onde estiver. A novidade musical chega acompanhada de um videoclipe e dá o pontapé inicial ao processo de lançamento de seu primeiro EP, SÓIS, previsto para maio. “Por muito tempo, refleti e senti a necessidade de ter um lugar meu. Quando você aprende a ver a vida por outra perspectiva, percebe que muitas pessoas têm um lar, mas não têm afeto e paz. A partir daí, comecei a sentir o sentimento de ter uma morada independente do lugar físico”, comenta Thiago Jamelão, que acompanha Emicida como backing vocal desde 2019. “Em um dia que estávamos compartilhando histórias de infância, nossas caminhadas, mudanças e sonhos, durante o processo de criação do EP, o Emicida disse que tinha algo para mim, então peguei meu violão e caderno e começamos a fazer Morada”, lembra o cantor goiano, também responsável pela produção do single. Em suas referências musicais, figuram nomes como Tobe Nwigwe, John Coltrane, Djavan, Durand Bernarr, Arlindo Cruz e Gilberto Gil. O clipe de Morada, por sua vez, ilustra Jamelão em sua casa atual, principalmente seu quarto, no qual guarda os objetos mais preciosos e que expressam características importantes sobre a sua personalidade. Nele, são vistos discos, incensos e instrumentos. “O meu quarto é onde me encontro, construo minhas canções – somos eu e meu violão, que muitas vezes é minha morada também. Lá, eu reflito, ouço minhas músicas, é onde sonho, rezo, agradeço”, relata o músico. Após o primeiro single, o artista vislumbra o lançamento de seu EP de estreia, SÓIS, mais uma etapa que ressalta o seu propósito de realizar trocas e encontros, assim como ser um contador histórias. “Sou mais um com o desejo de tocar os corações fazendo o que ama. Vim do impossível, mas fui transformado em possibilidade pelo poder da música”, finaliza.

Vinícius Duran transforma fuzilamento de músico carioca em samba de protesto

Cantor, compositor e violonista paulista, Vinícius Duran anuncia o lançamento de seu primeiro disco solo com o impactante single Bandeira Vermelha. O título faz referência ao brado conservador que teme uma suposta ameaça comunista, enquanto brasileiros – em geral, pretos, pardos e pobres -, têm seu sangue estampado nos noticiários. Duran transforma o trágico episódio do assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos em um samba de letra marcante, com participação especial da cantora Adriana Moreira. Na notícia que chocou o país, Evaldo teve o carro alvejado por mais de 250 tiros de fuzil .62. No veículo, estavam também sua esposa, seu filho de 7 anos de idade, uma amiga da esposa e seu sogro. O músico morreu na hora, e Luciano Macedo, um catador que tentou ajudar a família-alvo, ficou ferido e morreu 11 dias depois. A família do músico, em protesto, carregou uma bandeira do Brasil manchada com sangue e a exibiu às câmeras que cobriam o sepultamento. Uma fotografia dessa bandeira chegou a estampar a capa da revista Veja. O atentado ocorreu em 2019, momento em que discursos beligerantes ascendiam aos altos poderes da república e passaram a reverberar nas camadas mais reacionárias e conservadoras da sociedade. Wilson Witzel, na época governador do Rio de Janeiro, bradava ameaças às camadas mais vulneráveis da população e comemorava a morte de criminosos na frente das câmeras. O caso dos “80 tiros”, como ficou conhecido à época, dado a um erro de informação sobre o número de disparos divulgado pela imprensa, tornou-se um símbolo, como tantos outros antes e depois dele, da violência exercida pelo Estado contra as populações periféricas nos grandes centros urbanos. “A grande contradição, que uso como mote no refrão deste samba, é que a corja que brada o desgastado lema ‘a nossa bandeira jamais será vermelha’, é a mesma que aplaude e corrobora com as políticas de extermínio que ceifam a vida do nosso povo e tingem com sangue a nossa bandeira”, resume Vinícius Duran. O músico prepara os primeiros passos de sua carreira solo após uma vida inteira dedicada à música. Os sons da zona leste de São Paulo, onde cresceu, povoam seu imaginário, indo da MPB ao samba. Na adolescência, conheceu o rock, aprendeu a tocar violão e passou a integrar a banda de pop rock Atomix. Depois de um hiato da música, que o levou à faculdade de Rádio e TV e a fundar a Rústica Produções, voltou a atuar como instrumentista com um repertório misto de autorais e releituras. Em seguida, passou a frequentar a Ala de Compositores do Kolombolo e a Comunidade do Samba da Vela, reconhecidos celeiros de compositores da capital paulista. Em 2018 fundou Fiat Lux, grupo de samba e pesquisa que busca defender músicas e compositores que não tiveram o devido reconhecimento pela indústria mainstream. Com repertório que inclui nomes como Talismã, B. Lobo, Toinho Melodia e Douglas Germano, o grupo teve em 2019 uma pequena turnê de apresentações em Salvador, na Bahia, onde tocou em lugares icônicos, como a Casa de Mãe.