Eletrônica 2.0: PIC-NIC divulga single com Beto Bruno (Cachorro Grande) e celebra retorno em definitivo

A banda PIC-NIC divulga o single Eletrônica 2.0. A faixa, que tem participação especial de Beto Bruno (ex-Cachorro Grande), elucida a importância dos anseios e celebra o retorno definitivo do grupo que esteve em hiato nos últimos 14 anos. Hiato este que só foi interrompido em meados de 2021, quando a PIC-NIC divulgou o disco 2007, que transita por uma sonoridade doce e madura, com nuances do grunge e do rock alternativo. Eletrônica 2.0 também navega por esse contexto, no entanto, traz aspectos da música pop e flui por uma espécie de bossa nova em alguns momentos. O baixista da PIC-NIC, Chokkito, frisa que a canção é marcante devido ao elo vocal de Beto Bruno com a vocalista do grupo, Guidi Vieira. “Convidamos o Beto Bruno para fazer a voz porque sabíamos que seria um contraste muito interessante com a voz da Guidi, que é bem delicada. Ou seja, o exato oposto da voz rasgada e potente do Beto”. Guidi Vieira também destaca essa combinação à medida que aponta a origem da faixa. Segundo a cantora, Eletrônica 2.0 inicialmente chamava-se apenas “Eletrônica”, tendo sido composta há mais de 20 anos. “Foi uma das primeiras canções compostas pela banda, lá pelos idos de 2001. Ao darmos uma nova cara para ela, incluindo mais uma voz contrastante, entendemos que não poderia ser apenas a “Eletrônica”, mas uma versão “2.0” da mesma. É quase outra canção, porque a energia é muito distinta da versão original”, frisou. Beto Bruno, por sua vez, aponta que a canção Eletrônica 2.0 é envolvente e certeira. “Essa música me pegou de primeira. Há muito tempo não ouvia algo tão doce e empolgante”. Para chegar nessa sonoridade, os próprios guitarristas da PIC-NIC, Miguel e Paulinho Gehm ficaram responsáveis pela produção. A mixagem e a masterização, por outro lado, são de Davi Pacote. Além de Miguel, Paulinho, Chokkito e Guidi, a PIC-NIC conta com o baterista Robson Riva em sua formação. Hoje, o quinteto está a todo vapor, ensaiando para shows e preparando novos conteúdos autorais. Neste mês, por exemplo, a PIC-NIC tocará na Audio Rebel, no Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, o grupo divide o palco com a banda Badke.
Crítica | Sentença (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Pegue uma receita de vitamina. Coloque todos os vegetais, legumes e doces existentes e bata em um liquidificador. Ao ingerir, certamente você vai sentir um gosto estranho, embora a composição tenha levado todos os ingredientes possíveis. É nesta sensação que se assemelha a nova série nacional da Amazon, “Sentença“. Com vários assuntos sendo jogados em cena, a sensação é que o projeto de Paula Knudsen (“Samantha!“) queria várias coisas e acabou sendo nada. A história tem inicio quando Dinorah (Lena Roque) acaba incendiando um homem por um motivo desconhecido. Como a cena acabou sendo gravada de forma inusitada, ela vai presa, e tem como advogada de defesa Heloísa (Camila Morgado). Mas, a medida que as investigações vão começando a serem feitas, muitas coisas piores começam a aparecer. Imagem: Amazon Studios (Divulgação) Certamente para esta primeira temporada ter seis roteiristas, em seus seis episódios, certamente isso soaria uma bagunça total. Apesar do escopo continuar sendo firme e forte, a trama parece cada hora tentar falar de vários assuntos distintos como homossexualidade, feminismo, sexo, violência contra mulher, racismo, milicia e até mesmo adoção. Para abordar estes temas, primeiramente devemos ter personagens com que nós nos importamos. Infelizmente, neste quesito a narrativa acaba sendo totalmente confusa. Porque ela coloca um carácter (ou dois) para abranger estes tópicos. Isso acaba fazendo com que a narrativa fique totalmente arrastada, cansativa e às vezes até confusa (já que a montagem coloca uma cena de masturbação, intercalando com uma discussão sobre feminismo). Sim, a trama central realmente em muitas das vezes acaba sendo esquecida, de uma maneira onde realmente nos questionamos sobre “qual tipo de série estamos assistindo?”. Embora tenha ótimas atuações de Morgado, Roque, Fernando Alves Pinto e até mesmo do estreante ator mirim Victor Hugo Martins (que realmente tem potencial na área). Porém, isso não é suficiente para classificar a série como boa. Ao invés de parecer seis episódios com 45 minutos cada, parece estarmos maratonando um seriado com mais de 20 anos e 30 capítulos. A primeira temporada de “Sentença” acaba sendo uma verdadeira salada mista, pelos quais os ingredientes acabam causando congestão pela péssima forma pelas quais eles são apresentados.