Substituição: Rosalía sai do Tokio Marine e vai para o Espaço das Américas

O show da cantora Rosalía no Brasil em 22 de agosto deste ano mudou de local. Saiu do Tokio Marine Hall (antigo Tom Brasil) e foi para o Espaço das Américas. De acordo com a organização, a decisão foi para comportar mais público, mas não divulgam o número de ingressos disponíveis. Nesta quarta (4), mais entradas foram disponibilizadas no site da Eventim, com preços que variam de R$ 230 a R$ 750. Os tíquetes já adquiridos continuam válidos para o novo local. Quem comprou ingressos para os setores pista premium, frisa e cadeira alta do Tokio Marine Hall vai ser realocado na pista premium do Espaço das Américas. O fã de Rosalía que tem um tíquete para a pista e o camarote da primeira casa permanece nos mesmos setores, seguindo a configuração do novo recinto. No entanto, avisa a organização, quem preferir o reembolso, tem se seguir algumas instruções até o dia 19 de maio de 2022, às 23h59: Acessar o Eventim a partir do dia 5/5/2022 e preencher os campos de acordo com o solicitado, selecionando o evento e o canal de compra (Internet ou Bilheteria). É preciso aceitar os “termos e condições” para que o reembolso seja efetuado, e você visualizará em tela o(s) valor(es) referentes ao seu reembolso. A confirmação da inclusão de sua solicitação também será demonstrada em tela, com a exibição do número de protocolo ao final do processo.
Entrevista | Matisyahu – “Fizemos um ótimo álbum, eu acho, e dois bebês”

O cantor nova-iorquino Matisyahu lançou, recentemente, o sétimo e homônimo álbum de estúdio. O disco traz muito da constante evolução sonora de Matisyahu, que quase nada lembra o do início da carreira, quando estourou com os singles King Without a Crown e Youth. Repleto de influências musicais novas e alimentado por uma redefinição dos próprios limites artísticos, Matisyahu fez do disco o retrato de um criador que está eternamente em busca de si mesmo e extrai inspirações de suas raízes, de sua adolescência, fama, busca espiritual, transformações e, ao mesmo tempo, de sua família. Matisyahu conversou com o Blog n’ Roll sobre a nova fase da carreira, pandemia, filhos, Brasil e o atual momento político dos EUA. Confira abaixo. Como foi o processo de criação do novo álbum? Foi incrível, eu passei anos gravando com diferentes pessoas, o que também é um processo divertido, mas quando se acha o som certo, o momento certo, em que se sente autêntico, e correto, e as pessoas com quem trabalha são incríveis, e isso tudo em um contexto de covid, estando em casa, se criou um ambiente para a criação de um lindo álbum. O quão impactou a pandemia nesse processo do álbum Matisyahu? Me impactou com certeza, no sentido de que passei muito tempo fazendo turnês e trabalhando duro para estar na estrada. E essa foi a primeira vez que tive a oportunidade de passar um tempo em casa, em 15 ou 20 anos. A minha sorte foi que conheci minha alma gêmea, minha esposa, um pouco antes da pandemia. Nós estamos vivendo juntos, e temos feito turnês juntos há alguns anos, e tivemos esse tempo para apenas ficar em casa. Então tentamos aproveitar o máximo, fizemos um ótimo álbum, eu acho, e dois bebês. A paternidade influenciou nesse trabalho? Você se sentiu impactado na hora de compor e gravar? Completamente, pessoas já me perguntaram isso antes, pois eu tenho um filho de 17 anos, me tornei pai já faz um tempo. Mas esse álbum me deu a oportunidade, como disse, devido ao covid, de estar em casa e de estar por dentro, verdadeiramente, do dia a dia dos meus filhos mais velhos e mais novos, e também da minha esposa. Também posso dizer que houve um impacto nas letras e na vibe. Foram cinco anos sem um álbum novo. A pandemia contribuiu para essa demora? Não sei se tem muito a ver com o covid, na verdade. Acho que é mais eu querendo lançar a coisa certa. É fácil lançar música, é fácil escrever alguns versos sobre uma batida e soltar. Não sei mais por quanto tempo veremos álbuns grandes sendo lançados, e com esse álbum quis fazer o todo, o álbum completo, e isso afetou com certeza. Como surgiu essa parceria com o duo Salt Cathedral, formado por Juliana Ronderos e Nicolas Losada, que produziu o seu novo álbum? A parceria começou em 2016, nos encontramos online, trabalhando em algumas músicas que lancei antes. Então quando o covid veio estava tentando ver com quem poderia trabalhar e estava vendo entre os diferentes produtores com quem trabalhei, quem eu poderia ligar, quem viria até em casa, e foram eles quem liguei. Aliás, desde o primeiro minuto que começamos a trabalhar, ficou claro que nossos gostos musicais estavam alinhados. E quando se trabalha com produtores, você quer alguém que tenha essa compatibilidade contigo, não quer ter que explicar determinadas coisas. Em Mama Please Don’t Worry, você convocou Michael Garcia para a direção, que tem várias produções marcantes no currículo. Sim, queria para esse clipe o mesmo diretor com quem trabalhei no vídeo de Sunshine, então trabalhamos com sua produtora, mas com um novo diretor. E quando estávamos escrevendo o roteiro, pensei em fazer algo autobiográfico, pois tudo é sobre música. Mas quando você requisita roteiros a diretores muitas vezes retornam ideias que não se relacionam com a sua história, e a música e o álbum são coisas muito autobiográficas. Queria ter algum impacto nisso, então escrevemos um roteiro que era mais sobre a minha experiência, não exatamente ela, mas um pouco dela. Suas canções funcionam como terapia? Sobre o que procurou cantar no novo álbum? Sim, de alguma forma. Às vezes decido por uma direção ou outra, ou expresso algo da minha vida que é mais obscuro, mais doloroso. Mas com esse álbum consegui expressar um verdadeiro prazer, o tempo com a minha familia, tempo em casa, a minha habilidade de processar alguma das experiências que tive ao longo disso. Tive um pouco de espaço para respirar, escrever, criar, me apaixonar, casar, todas essas coisas que criam um sentimento como se eu não pudesse nunca mais me aborrecer. A música é inspirada por reggae, inspirada na música que me trouxe até aqui, e há abertura para letras, para a composição emergir, e é o que as pessoas estão procurando, letras, uma ideia, que as permitirá seguir em frente, e eu acho que alcancei isso. Am_rica traz uma reflexão sobre o atual momento dos EUA, mas de forma bem particular. Queria que você falasse mais sobre essa música. Acho que quando se trata de política, principalmente nos EUA, o importante para mim não é tomar lado, mas colocar minha reação emocional sobre o que está acontecendo ao meu redor. Em resumo, isso será associado a uma ideia, e as ideias são ideias que aprendi ao longo da minha vida, e passei um grande tempo estudando ideias judaicas. Uma das ideias que me lembro aparecendo era esta chamada Am_rica, que significa nação vazia, o que desperta diversas interpretações, mas levando a minha interpretação, acredito que estou vivendo em um país onde há tantas versões do que está acontecendo, diferentes experiências para diferentes pessoas. Então tudo que posso escrever é sobre minha experiência, e minha ideia para Am_rica não é dizer que os EUA é uma nação vazia, como estou dizendo, há um aspecto disso que é existente no nosso país. Um país que é baseado em liberdade, liberdade de religião, mas ao mesmo
Crítica | Meia-Noite no Swithgrass

Engenharia do Cinema Após o diagnóstico de Afasia do ator Bruce Wilis, algumas de suas últimas produções começaram a chamar a minha atenção nas plataformas de streaming. Ciente que seriam filmes onde ele possui apenas personagens breves, que sempre aparecem em tomadas aleatórias, “Meia-Noite no Swithgrass” é praticamente um dos títulos que se enquadram neste padrão. A história gira em torno da policial Rebecca (Megan Fox) e do agente do FBI Karl (Bruce Willis), que são parceiros de longa data e se deparam com um caso de homicídio misterioso para ser investigado. Simultaneamente, eles contam com o apoio do investigador Byron (Emile Hirsch), que tem de enfrentar dilemas pessoais para continuar no caso. Imagem: EFO Films (Divulgação) Certamente este foi um dos casos onde o roteiro foi totalmente alterado para se enquadrar ao problema de Willis. A começar que o arco de Hirsch parece que foi incluído depois do desenvolvimento da trama (porque realmente não consegue casar com o timing, mas não por culpa dele), devido ao fato do veterano não poder estar presente na maioria das cenas. Curiosamente, algumas cenas são perceptíveis que ele estava com uma escuta para replicar as falas (já que o enquadramento sempre o pegava apenas de um lado, na maioria das vezes, como na cena acima). Mas, esta não é uma crítica que vai girar em torno apenas de Willis, pois há várias outras coisas interessantes para serem comentadas. Como o fato de Megan Fox ter conseguido mostrar que nesta nova fase da carreira, está realmente dedicada a se tornar uma nova atriz do gênero de ação e aqui não muda isso (já que ela luta, atira e paga de durona). Só que ela se prejudica totalmente aqui, por conta do fraco e previsível roteiro de Alan Horsnail. “Meia-Noite no Swithgrass” termina sendo um esquecível filme B, que realmente só se garante pelas presenças de Bruce Willis e Megan Fox no poster.