Espaço das Américas muda de nome após 20 anos; confira agenda

A partir de agora, o Espaço das Américas, em São Paulo, passa a se chamar Espaço Unimed. Celebrando 20 anos de existência, a tradicional casa de espetáculo paulistana assume pela primeira vez novo nome, em uma ação de naming rights. O atual Espaço Unimed foi inaugurado em 2002 pelo Grupo São Paulo Eventos, que possui mais de 50 anos de atuação no ramo de entretenimento, incluindo casas icônicas em São Paulo, como Olympia, Toco, Contramão, Overnight, entre outras, e hoje é responsável por Espaço das Américas, Expo Barra Funda e Villa Country. Inspirados em Athos Bulcão, novos conceitos visuais reúnem grafismos e cores que reforçam a ideia de uma casa plural, aberta a todos e a qualquer expressão artística e cultural, inclusiva, sem distinção ou qualquer tipo de preconceito. Um espaço de alegria, acolhedor e intenso, em que a celebração à vida está sempre presente. Localizado na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, de fácil acesso, próximo à estação Barra Funda do metrô, o Espaço Unimed é uma casa de espetáculos e eventos de configuração flexível e capacidade para comportar até 8 mil pessoas em uma área útil de 3.450m². Entre os nomes que já passaram por seu palco, Bruce Springsteen, Roberto Carlos, Ed Sheeran, Ivete Sangalo, Los Hermanos, Faith no More, Morrissey, Noel Gallagher, Os Paralamas do Sucesso, Robert Plant, Slash, Tears for Fears, Tiësto, Titãs, entre muitos outros. Confira os próximos shows do Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas) Diego e Victor Hugo – 12 de maio Juliette Freire – 13 de maio Péricles | Tour Céu Lilás – 14 de maio McFly – 17 e 18 de maio One Night of Tina – 19 de maio The Kooks – 20 de maio Criolo | Turnê Sobre Viver – 21 de maio Marc Martel – 22 de maio Jão – 27 de maio (esgotado), 14 de agosto (esgotado) e 20 de agosto Louis Tomlinson – 28 de maio (esgotado) e 29 de maio Joss Stone – 1 de junho Ranaissance e Curved Air – 2 de junho Whindersson Nunes – 3 e 16 de junho Djavan | Vesúvio – 4 e 5 de junho Anavitória – 9 de junho Roupa Nova – 10 e 11 de junho Chitãozinho & Xororó – 12 de junho Armandinho & Maneva – 15 de junho Futparódias – 19 de junho Khalid – 23 de junho Caetano Veloso – 25 e 26 de junho Mania – The Abba Tribute – 30 de junho Jota Quest – 2 de julho RAP4Life – 3 de julho Fábio Jr – 15 de julho A-Ha – 18 e 19 de julho Marisa Monte | Portas – 21, 22, 23 e 29 de julho Manu Gavassi – 7 de agosto Zeca Pagodinho – 13 de agosto Rosalía – 22 de agosto Reggae Live Station – 28 de agosto Ana Carolina – 6 de setembro Avril Lavigne – 7 de setembro Maneskin – 9 de setembro Jorge Benjor – 10 de setembro Helloween e HammerFall – 8 e 9 de outubro Nightwish – 14 de outubro Hanson – 15 de outubro Skank | Turnê de despedida – 21 e 22 de outubro Liam Gallagher – 15 de novembro
PJ Morton (Maroon 5) lança disco com Stevie Wonder, Nas, Jojo e mais

O cantor, compositor e produtor musical americano PJ Morton lançou o álbum Watch the Sun. O trabalho é um sincero registro sobre os altos e baixos da vida e conta com participações especiais de Chronixx, JoJo & Mr. Talkbox, Stevie Wonder & Nas, Wale, Jill Scott & Alex Isley, El DeBarge, Zacardi Cortez, Gene Moore, Samoht, Tim Rogers e Darrel ‘MusiqCity’ Walls. Este é um lançamento da Morton Records/EMPIRE que chega junto de um clipe em animação para Be Like Water, parceria com Stevie Wonder e Nas. “Estou sendo mais honesto, mais autêntico e mais aberto do que já fui no passado”, diz PJ Morton. “Por mais que as pessoas saibam sobre mim, sou bastante reservado sobre detalhes. Agora eles se manifestaram com letras que me empurraram – não apenas indo com a primeira coisa ou que parecia bom, mas certificando-me de que eu me desafiasse a ir mais fundo”. O novo trabalho – seu 14° álbum -, marca uma fase especial na carreira do artista, que tem se apresentado por todo o mundo ao lado do Maroon 5 e acabou de ganhar o Grammy pela sua colaboração no álbum We Are, de Jon Batiste. Aliás, este é o quarto ano seguido com vitórias no Grammy para Morton, cuja carreira pautada pela versatilidade e pela coletividade da criação musical se manifesta em Watch the Sun. “Uma das minhas principais regras é não pensar em convidados enquanto estou criando. Quando você pensa primeiro no convidado, torna-se sobre o que seria melhor para eles, no lugar de ser algo melhor para a música. Cada convidado está lá de uma maneira super intencional – não por quem eles são, mas porque eles se encaixam nessas canções”, conta ele.
Metallica incendeia Morumbi em noite de nostalgia

Foram dois anos de espera até o Metallica, enfim, se apresentar no estádio do Morumbi, em São Paulo. O atraso causado pela pandemia, no entanto, não tirou o ímpeto da banda, muito menos dos fãs, que lotaram a casa do tricolor paulista em plena terça-feira. Aliás, quem comprou ingresso para ver o Metallica, ganhou dois shows incríveis de abertura: Ego Kill Talent e Greta Van Fleet, que iniciaram os trabalhos ainda no fim da tarde. Ego Kill Talent A primeira banda a subir ao foi o Ego Kill Talent, que recentemente fez um show tributo a Taylor Hawkins, do Foo Fighters, no Lollapalooza. A banda paulistana teve apenas 30 minutos para dar o recado, mas aproveitou muito bem o tempo, emendando um som atrás do outro sem enrolação e conversa fiada. Na bagagem, trouxe o excelente segundo álbum de estúdio, The Dance Between Extremes, lançado no ano passado. O set curto, com sete canções, equilibra bem um pouco de cada um dos dois álbuns de estúdio. E o mais legal foi ver a recepção e o carinho que o público teve com o grupo, que bom alcance internacional. Greta Van Fleet Logo depois, o Greta Van Fleet, a banda mais “ame ou odeie da atualidade”, apareceu. Em sua terceira apresentação em São Paulo (antes tocou no Lollapalooza e Lolla Parties de 2019), o grupo mostrou ainda mais consistência do que na primeira vez. Os irmãos gêmeos Josh Kiszka e Jake Kiszka, vocal e guitarra, respectivamente, estavam mais à vontade no palco. Logo nas duas primeiras canções conquistaram o público carrancudo do Metallica com o potente alcance vocal e solos absurdos de guitarra. The Battle at Garden’s Gate (2021) respondeu por metade do repertório, composto por apenas oito músicas em quase uma hora de apresentação. No entanto, foram duas canções do disco From The Fires que mais se destacaram no show: Black Smoke Rising logo no começo e Highway Tune, que encerrou a festa. Curioso notar que não somente as canções, mas o figurino e o próprio telão, o tempo todo em preto e branco, garantem um tom mais nostálgico para o show. Impossível não lembrar de Led Zeppelin, mas o Greta mostra que já conseguiu moldar essa influência para algo bastante original. Metallica Com 20 minutos de atraso, o Metallica colocou o Morumbi abaixo com uma estrutura absurda: cinco telões gigantes que revezavam imagens dos integrantes com animações incríveis, além de torres de fogo que esquentaram toda a plateia. Whiplash (Kill ‘Em All, de 1983) abriu a apresentação, tal como nos shows de Curitiba e Porto Alegre. O single de estreia da carreira do Metallica, no longínquo 1983, funcionou como um na porta para quem estava se queixando do pequeno atraso. O peso do início da carreira se manteve na sequência com Ride The Lightning, faixa-título do segundo disco do Metallica, de 1984. Aliás, quem teve a proeza de seguir passando frio após esse início absurdamente quente, esquentou com Fuel, do Reload (1997). Durante a execução, torres de fogo foram acesas no meio da pista e nos dois lados do palco. Conversando com pessoas que ficaram em setores diversos no estádio, ficou quente igual para todos. O repertório do Metallica seguiu muito nostálgico com a inclusão de Seek & Destroy, do álbum de estreia, entoada a plenos pulmões pelos fãs mais apaixonados. Nostalgia dá o tom do show do Metallica A trinca seguinte mostrou que o Metallica não estava disposto a tirar o pé do acelerador. Os dois anos de atraso, felizmente, deixaram os músicos ainda mais empolgados em cena. Em sequência vieram Holier Than Thou, One e Sad but True. A primeira e a terceira do campeão de vendas Black Album (1991) e a segunda do clássico …And Justice for All (1988), responsável pela primeira turnê do Metallica no Brasil, em 1989. Dirty Window (St Anger, 1999) e No Leaf Clover (S&M, 2003), em sequência, foram uma forma encontrada pelos músicos de não deixar passar em branco álbuns mais “recentes” da discografia. Porém, o que estava funcionando mesmo com os fãs e o Metallica conhece bem sua base em São Paulo eram os clássicos, a fase mais pesada da banda. For Whom the Bell Tolls e Creeping Death, do Ride Lightning, vieram em dobradinha, sucedidas por Welcome Home (Sanitarium) e Master of Puppets, do disco de 1986. Bis trouxe dois grandes clássicos A saída rápida do palco, antes do bis, não dá tempo nem de comprar uma bebida com os ambulantes. James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo já retornaram antes de qualquer possibilidade de ação por parte dos fãs. E, aqui, vale ressaltar a disposição dos músicos no palco. Os shows já não têm mais três horas de duração (foram quase duas), mas a disposição de todos os integrantes no palco é impressionante. Todos parecem estar se divertindo o tempo todo. No encore, Spit Out the Bone, último single do álbum mais recente, Hardwired… to Self-Destruct, de 2016, foi a primeira, substituindo Battery, do Master of Puppets. Nothing Else Matters e Enter Sandman para encerrar o show nos remetem ao início dos anos 1990, quando em sua segunda turnê pelo Brasil, em 1993, o Metallica divulgava seu maior sucesso comercial, Black Album, e disputava o posto de maior banda de rock do mundo com o Guns n’ Roses. Enter Sandman, aliás, foi concluída com o estádio inteiro cantando junto, pulando em completo descontrole. A queima de fogos encerrou a noite nostálgica que certamente agradou em cheio os fãs mais antigos do Metallica. Que retornem pela décima vez e mais, se possível. Ninguém vai reclamar. Setlist do Metallica Whiplash Ride the Lightning Fuel Seek & Destroy Holier Than Thou One Sad but True Dirty Window No Leaf Clover For Whom the Bell Tolls Creeping Death Welcome Home (Sanitarium) Master of Puppets BIS: Spit Out the Bone Nothing Else Matters Enter Sandman