Apnea revela Bus Ride, primeiro single do álbum de estreia; ouça!

Após meses de trabalho, a banda santista Apnea finalizou o tão aguardado álbum de estreia, que será lançado ainda este ano. Para promover o disco, o grupo divulgou o primeiro single, Bus Ride, que chegou acompanhado de um videoclipe produzido pela Venice. Com proposta de apresentar um som influenciado pela música dos anos 1970 e 1990, mesclando grunge, heavy metal e stoner rock, a banda Apnea construiu seu som com influências que passam por A.S.G., Fumanchu, Alice in Chains, Soundgarden, Cave In, até Led Zeppelin e Black Sabbath. O álbum Sea Sound traz uma mistura ímpar e única de sonoridades, fazendo com que o Apnea alcance originalidade e personalidade dentro de elementos tradicionais das décadas citadas acima. Formada por músicos experientes com projeção e extensa carreira nacional e internacional, membros das bandas Ratos de Porão, Garage Fuzz e Bayside Kings, o quarteto é considerado como um supergrupo com status de local hero no Brasil. Formado em 2019 na cidade de Santos, o Apnea surge quando Mauricio Boka convida Marcus Vinicius para mostrar as ideias que tinha na cabeça a muito tempo e testar a construção de um estilo e uma identidade sonora. Após algumas jams, recrutam o guitarrista Nando Zambeli, e a linguagem musical começa a se definir com mais clareza. O baixista Gabriel Imakawa chega para completar o quarteto que passou a ensaiar com frequência, compondo e aprimorando o estilo da banda. Em agosto de 2020, o Apnea entrou em estúdio para gravar suas primeiras músicas, que foram lançadas em 2021 no EP Salt Water. O material foi gravado em Santos no Electro Sound Studio, estúdio comandado por Marcão Britto (ex-Charlie Brown Jr). A produção, mixagem e masterização é assinada por André Freitas.
Entrevista | Zimbra – “Passamos a ter uma visão diferente sobre nós”

Anônimos Anônimos lança Arquipélago, último single do EP Baita Astral

O power trio punk rock paulistano Anônimos Anônimos lançou Arquipélago, o quarto single lançado no streaming e em videoclipe pelo selo Repetente Records. A faixa antecede o lançamento do primeiro EP, intitulado Baita Astral. Bem diferente das outras canções já apresentadas, Arquipélago mostra o lado mais melódico da Anônimos Anônimos, sem ser exatamente uma balada – a música mantém a energia dos singles anteriores, com letras provocativas. A letra fala sobre encontros e recomeços pós relacionamentos e sobre aquela faísca que impulsiona duas pessoas a baixarem a guarda e se aproximarem, mesmo com seus receios. É uma reflexão também sobre como se pode aprender com este processo, controlar expectativas e simplesmente aproveitar o momento. “Dentro do rock gostamos de diferentes sonoridades, por isso abraçamos a ideia e dinâmica de cada música como ela surgir, independentemente de ser pesada, distorcida ou clara e melódica. O importante é passar a mensagem da melhor maneira possível, seja para emocionar, instigar, provocar reflexões ou só divertir”, comenta o vocalista Flávio Particelli. Acompanhando o lançamento, estreou no YouTube um clipe dirigido por Rick Costa (que já produziu outros dois clipes da banda) junto ao vocalista, que também é redator. O vídeo traz a história de um casal que se aproxima por causa de feridas em comum. “Sempre participo da roteirização dos nossos clipes, por ser algo que gosto e tenho experiência fora da banda, mas geralmente para por aí. Neste caso, depois de dois projetos muito bons da banda com o Rick, tive vontade me envolver um pouco mais nas etapas seguintes e ele gentilmente aceitou a parceria e meus pitacos. Só tenho a agradecer, pois aprendo muito com ele sempre, que é um profissional muito talentoso”, explica Flávio. A próxima etapa da banda será lançar o EP completo, com uma música inédita e, a partir de setembro, começar a se apresentar em shows.
Titãs lança Caos, single composto por Rita Lee, marido e filho; ouça!

O Titãs lançou a primeira faixa do novo álbum de inéditas, que tem previsão de lançamento para o segundo semestre. Caos é uma composição de Rita Lee, Roberto de Carvalho e Beto Lee, composta especialmente para os Titãs, com produção musical de Sérgio Fouad e Rick Bonadio. Inspirada pelo clima político e social do Brasil nos últimos anos, a faixa traz um olhar apurado e crítico misturado com a sonoridade clássica da banda. A faixa ganhou um clipe dirigido pelo cineasta Otávio Juliano, colaborador de longa data da banda e já está disponível. O vídeo apresenta a banda interpretando a faixa em um estúdio com elementos visuais que remetem à era digital, com imagens distorcidas e marcantes no segundo plano. Majoritariamente feito em preto e branco, o videoclipe utiliza breves toques de cor para destacar os integrantes da banda e acrescentar dinamismo às imagens. Sobre poder dar vida a uma canção como essa, Tony Bellotto festeja. “Caos é uma pérola, um presente muito especial que ganhamos de Rita, Roberto e Beto Lee, uma canção inédita composta especialmente para nós por esse trio de talento extraterrestre! É também a primeira música que lançamos de nosso novo disco, um trabalho titânico que reúne 15 músicas novas, um disco de rock com que comemoramos 40 anos de carreira”. Já Sergio Britto, comenta um pouco do sentimento que acompanha a faixa e cita o forte refrão. “O refrão Hay gobierno soy contra! Esse slogan anarquista na música funciona como um alerta para que a sociedade como um todo se mantenha sempre vigilante em relação àqueles que estão no poder”. Branco Mello também celebrou a composição e exaltou a poesia e a mensagem que a faixa traz consigo. “Caos é um presente da Rita, Roberto e Beto. Tem aquela pegada ácida, crítica e irônica dos grandes mestres do rock”. Rick Bonadio, que tem trabalhado com a banda no novo álbum, comentou animado sobre o processo criativo e a importância da mensagem que vem com a música. “Como fã eu sempre aguardei ansioso um novo lançamento dos Titãs. Em Caos, tive o prazer de participar da produção junto com Sérgio Fouad dessa música que representa muito o rock Titânico e traz na letra a mensagem que eu mesmo gostaria de dar ao Brasil nesse momento político: está um caos!”
Cantor mineiro Igor Vaz aposta em single “Toda Bonita”

O mineiro Igor Vaz lançou, nesta sexta-feira (15), o single Toda Bonita. O cantor iniciou sua carreira em 2011 e faz parte do cenário de música pop de Minas Gerais. O single fala sobre entender a verdadeira beleza de uma mulher. “Enxergando além da beleza óbvia e externa eu vi o que realmente interessa, essa força e beleza magnífica que estava nas atitudes e posturas femininas. Isso se estende a todo universo feminino, que é testado constantemente”, conta. Sobre a produção, Igor comenta que “geralmente faço as criações das minhas composições usando o violão e, nessa faixa, resolvi mantê-lo como centro da música. Esse violão por si só já sugeria uma batida eletrônica, que traz uma pegada atual, uma modernidade pra música que foi complementada com vários tipos de efeitos que dão um ar flutuante”. O cantor conta que com a boa repercussão do primeiro single Tá tudo Bem, ele acredita que o novo single também trará uma boa resposta do público. “Toda Bonita vem forte, trazendo mais do meu lado pop, com um tema forte e em alta. Creio que as mulheres, em especial, irão se identificar muito com a letra”, finaliza. Igor Vaz começou em 2011 com a criação da banda SOUL3, grupo de Belo Horizonte composto por três amigos e com um trabalho autoral voltado para o pop. O cantor começou a gravar suas composições em 2019, em paralelo ao seu trabalho com a banda. Igor traz em suas músicas situações que ele ou alguma pessoa próxima já passou. Este ano, o mineiro lançou Tá Tudo Bem em parceria com a cantora Paula Marques. O single soma mais de 90 mil streams nas plataformas digitais.
R&B, paixão e astronomia inspiram PAIM em novo single “Órbita”

Quando o amor é tão profundo que você sai dos eixos… E sente que até o mundo está fora do lugar. Esse é o sentimento que o cantor PAIM transmite no seu novo single Órbita. A faixa, que está no universo da música pop, mas transita pelo R & B e pelo indie contemporâneo, traça um paralelo entre a astronomia e a paixão, mostrando que uma relação recíproca pode levar qualquer indivíduo às estrelas. PAIM destaca a sentimentalidade da canção. “Órbita é sobre ficar tão cego de amor que até as coisas mais mundanas parecem eventos cósmicos. E isso só acontece quando estamos com a pessoa certa. Vejo que essa música traz à tona o quanto é importante se permitir amar – e ser amado – dessa forma”, frisou. Para retratar essa perspectiva, o carioca PAIM inspirou-se na musicalidade de artistas como Taylor Swift, Harry Styles, Tiago Iorc, Clarissa e Shawn Mendes e trabalhou com os produtores Renan Martins e William Kevin. A faixa contou ainda com a colaboração do guitarrista Arthur Brito. A masterização, por sua vez, ficou a cargo de Fernando Delgado. Órbita é o terceiro single de PAIM, um cantor que adora refletir sobre a forma como nos impactamos pela paixão. Anteriormente, divulgou os singles Fica e Ai Como Eu Me Iludo.
Crítica | Elvis

Engenharia do Cinema Após o sucesso de “Bohemian Rhapsody” e “Rocketman“, Hollywood apostou em fazer a cinebiografia definitiva de um dos maiores nomes da música: Elvis Presley. Tendo uma carreira com altos e baixos, a ideia de diferencial em relação aos citados, foi que a história seria contada na perspectiva do empresário deste, o Coronel Tom Parker (sendo interpretado por Tom Hanks). Sendo trabalhado pelo cineasta Baz Luhrmann (“Austrália”) há vários anos, é nítido que tanto ele como o intérprete de Elvis, o ator Austin Butler, entraram de cabeça no projeto. A história tem início na década de 50, quando Parker assistiu a um show de Elvis em uma pequena apresentação circense. Ao perceber o potencial deste, resolve induzi-lo a cuidar de sua carreira e transformá-lo em um dos maiores nomes da música que já existiram. Só que da mesma forma que o sucesso vem, os percalços entre a dupla ficam cada vez mais complexos. Com quase três horas de metragem, este é mais um daqueles casos onde a narrativa funciona tão bem, que não sentimos o peso deste tempo. É nítido que Luhrmann teria que usar uma abordagem mais séria, pessoal e menos carnavalesca (apesar dele usar essa tonalidade, quando havia passagens de tempo) como o habitual de seus últimos filmes (vide “O Grande Gatsby“). Ele sabe exatamente como criar uma atmosfera entre os sentimentos de Elvis e Parker, e tais como os sentimentos da dupla ficavam cada vez mais tensos (devido aos constantes malabarismos que este fazia, para conseguir tirar o melhor daquele). Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação) Sim, apesar de Butler cantar algumas músicas, é nítido que as músicas originais de Elvis foram colocadas nas horas chaves (e casaram direitinho com o trabalho de montagem da dupla Jonathan Redmond e Matt Villa), mas este exerceu tanto estudo para se assemelhar com seu personagem, que realmente parece que o finado músico havia renascido para gravar este filme (não seria injustiça, ver ele levando o Oscar de melhor ator, em 2023). Inclusive, o trabalho de maquiagem e cabelo para ele e Hanks, certamente será bastante recordado nas premiações. Inclusive, este consegue exercer mais um dos seus típicos vilões que “amamos odiar”, mesmo carregado com uma enorme maquiagem e sotaque (que o deixaram irreconhecível, e também já lhe darão uma possível indicação ao Oscar). Com relação a estrutura dos cenários, o design de produção é realmente incrível e muitas vezes parece que estamos vivenciando uma história entre meados dos anos 50 e 70, seja por intermédio das vestimentas ou até mesmo dos edifícios, equipamentos e índoles dos personagens. É aí que entram as questões raciais e políticas que haviam na época, pois embora este seja o plano de fundo secundário da trama, vemos que era como uma segunda camada para a vida de Elvis e uma pedra no sapato de Tom. Mas uma dúvida que perece entre quem não conhece a trajetória de Elvis, é de “se é necessário ter uma base sobre a história deste, para ver este longa?”. Confesso que não, mas caso você goste de ter um conhecimento prévio, a experiência será ainda melhor. “Elvis” acaba como uma verdadeira homenagem ao Rei do Rock, e certamente figurará como um retrato de como realmente o mundo via o grandioso Elvis Presley.