Segundo single de álbum póstumo de Joe Strummer é revelado; ouça!

Joe Strummer, o lendário líder do The Clash, completaria 70 anos no próximo domingo (21). A BMG, em parceria com a Dark Horse Records, celebram o legado do artista com o lançamento do álbum Joe Strummer 002: The Mescaleros Years, em 16 de setembro. A segunda prévia desse trabalho chegou nesta sexta-feira (19), a faixa Fantastic. Aliás, a canção é uma composição que é fruto do intenso período de criatividade de Strummer, em seus últimos anos de sua vida. Anteriormente, o single The Road to Rock ‘N’ Roll (Demo) foi disponibilizado digitalmente em 27 de julho, juntamente com lyric vídeo. Em resumo, traz ilustrações dos diários do artista.

Billy Idol divulga Cage, canção do seu próximo EP; ouça!

Cage, novo single de Billy Idol, chegou ao streaming nesta sexta-feira (19). A faixa foi escrita por Steve Stevens, Tommy English e Joe Janiak, produzida por Tommy English and Zakk Cervini. Composta durante a pandemia, mergulha na sensação de estar preso em uma jaula. Décadas depois de lançar seus primeiros singles, Billy Idol ainda faz canções cinematográficas sobre pecado, redenção e amor pelo rock’n’roll. O cantor e compositor virá ao Brasil em setembro, sendo uma das atrações do Rock in Rio 2022 e do Popload Gig.

Com segundo álbum em 2022 no forno, Red Hot Chili Peppers lança Tippa My Tongue

O Red Hot Chili Peppers lançou o single Tippa My Tongue, que chega acompanhado de clipe inédito. A faixa anuncia a chegada do segundo álbum da banda em 2022 e o décimo terceiro projeto completo dos músicos, Return of the Dream Canteen, marcado para o dia 14 de outubro via Warner Records – uma distribuição nacional Warner Music Brasil. Tippa My Tongue encontra os quatro músicos vindo com tudo mais uma vez. O funk de outro mundo, característico da banda, dá o ritmo com uma linha de baixo escorregadia e um riff estridente ancorado em um groove inabalável. Enquanto isso, um duplo sentido lírico inteligente se transforma em uma proclamação. Condizente com a vibração otimista, o registro que acompanha o single continua uma tradição de vídeos que dá vida para a banda. Return of the Dream Canteen chegará apenas seis meses após o sucesso de vendas do álbum platina Unlimited Love. O Red Hot Chili Peppers também deve receber o prestigioso Global Icon Award e se apresentará ao vivo no VMAs de 28 de agosto. O período está se tornando a temporada mais prolífica, poética e poderosa da banda até agora.

Com shows agendados no Brasil, Bastille lança vídeo de Revolution

Com dois shows agendados no Brasil, o Bastille divulgou nesta sexta-feira (19) um vídeo para a música Revolution, uma das principais do álbum Give Me The Future. A faixa foi definida pelos artistas como uma “rave-ready eletronic club banger”, uma espécie de “hit eletrônico certeiro para pistas e prontinho para as raves”. “O refrão é sobre a intimidade da conexão humana no contexto de alguma ficção científica, com imagens centradas no espaço, mas também é sobre a ideia daquelas pessoas incrivelmente atenciosas que passam a vida tentando mudar o mundo de forma positiva”, explica Dan Smith, vocalista do Bastille. A banda ainda se prepara para o lançamento de uma edição especial do álbum, que será apresentada no dia 26 de agosto. Apelidada de Give Me The Future + Dreams Of The Past, a edição contará com novas músicas, colaborações, covers e versões.

Fibonattis fala de pandemia, futebol e relacionamentos em Cidade Mórbida

Maturidade e evolução sintetizam o novo disco do quarteto punk rock Fibonattis, Cidade Mórbida, que chega nas principais plataformas de streaming pelo selo Repetente Records. Cidade Mórbida, o segundo álbum na perseverante carreira da banda de Francisco Morato (Grande São Paulo), como sugere o nome, é um registro sóbrio, com temas sérios e pertinentes ao duro cotidiano de muitos brasileiros. Tem a ver com o momento em que foi composto, praticamente por completo durante a pandemia. Os assuntos são diversos, sobre rotina, relacionamento, desigualdade social, pandemia, futebol, entre outros. No entanto, a sonoridade é menos densa que as elaboradas letras e apresenta o característico enérgico punk/street rock da Fibonattis, com melodias cativantes e refrões marcantes, para sair cantando junto desde o primeiro ‘play’ em Cidade Mórbida. E, de certa forma, o título do disco é um norte para as músicas. Nunca mais fala sobre aquele período que todos enfrentamos no começo de 202, aflitos com o número de mortos aumentando devido à covid-19 e diversos lugares fechando, vendo quase incrédulos e pela primeira vez uma cidade como São Paulo, pela primeira vez, ‘dormir’, como uma metrópole mórbida. Já a música Jonhhy e Joana mostra um lado mais descontraído do disco. A letra traz uma compilação de fatos ocorridos nos relacionamentos de cada integrante da banda e suas perspectivas mulheres. A ideia era mostrar que independente das diferenças e desavenças que qualquer relacionamento tem, Jonhhy não vive sem Joana e vice versa. A voz de Joana ficou por conta de Judyxxx, vocalista e guitarrista da banda Judy and the Outsiders. Destaque também para a faixa Velha seleção, uma mistura de nostalgia e crítica a seleção brasileira, ao lado de Não se rompe, além da regravação de Jura Eterna, são as canções futebolísticas do disco. O álbum também conta com a composição de Christian Targa, vulgo Gordo, das bandas O Preço, Surf Aliens e ex-Blind Pigs, na música Singelos votos, além de Alberto Rinaldi na faixa Cidade Mórbida. O disco foi gravado entre fevereiro de 2020 até maio de 2021 em Campo Limpo Paulista, produzido pelo Windi Ribeiro em parceria com a própria banda. Além de estar no streaming pela Repetente Records, Cidade Mórbida ganhará uma versão LP (vinil) pelos selos Neves Records e Detona Records.

Maria Sil lança Fôlego, single em homenagem à mãe vítima de covid

A cantora, musicista e compositora Maria Sil lançou um single que marca uma nova fase na carreira da artista, Fôlego. A música é uma homenagem ao funk de letras políticas que dominou a Baixada Santista nos anos 2000 e é acompanhada de um visualizer, com direção de Hugo Vicente. Vestida nas cores da bandeira do Brasil, cantando versos fortes e diretos, Maria Sil homenageia sua mãe, Vani dos Santos, vítima da covid-19. O single é sobre saudades e ancestralidade, embalada pela produção musical do DJ Cuco, que produziu nomes como Felipe Boladão. Fôlego é um som de quem luta, dança e não abaixa a cabeça. Conhecida por suas letras melódicas com influências indie e da MPB, a artista trans retorna ativamente à cena musical em uma nova roupagem, com as batidas fortes do funk para marcar a retomada de uma cantora que estava há três anos longe dos palcos. “Em um processo de revolta, desmontando o quarto da minha mãe, mergulhei no funk produzido na Baixada Santista, que materializava minha raiva contra a situação que vivemos no país e no mundo. Se minha mãe tivesse tido acesso à vacina a tempo, ela talvez não tivesse falecido. O funk que eu ouvia trazia a energia que eu precisava para me reerguer. Fui tomada pela batida e letra de denúncia forte do funk. Um dia, nasceu Fôlego e eu soube que era essa a música que eu precisava produzir com o Cuco”, explica Maria Sil. Cuco é rapper e produtor musical formado em Gestão Pública. Proprietário do Estudio Bom Bando, cujo canal no YouTube conta com quase 50 mil inscritos. É também realizador do Festival Rap In City que acontece anualmente em Santos/SP desde 2019. Seu trabalho musical é admirado e reconhecido por nomes como Mano Brown, Kondzilla, MC Marechal, entre outros. “Entendo que o funk feito nos anos 2000 na Baixada Santista denunciava se divertindo. Tem muito a ver com a capacidade do brasileiro de rir de si mesmo ou, citando Felipe Boladão, ‘nois leva a vida no sorriso mesmo passando sufoco’. Todo aquele extravasar, aquela catarse, vinham na mesma intensidade dos dramas e perrengues vividos nas periferias do Litoral Paulista”, comenta DJ Cuco, que é produtor da música e assina a composição com Maria Sil. Elogiada publicamente por Elza Soares e com música gravada em parceria com Socorro Lira durante a pandemia, Medo Azul, Maria agora mergulha por novas sonoridades, mantendo a sofisticação de suas composições, uma característica que aprendeu com sua mãe, uma poeta negra nascida na periferia rural do estado de São Paulo. O single, inclusive, faz referência ao primeiro livro de Vani dos Santos, ainda inédito e que reunirá sua produção ao longo de 40 anos, Da vida só tenho o fôlego.

Renê Freire faz mergulho emocional profundo no álbum Átrio

Entre composições e improvisações, Átrio se desdobra em oito faixas onde o pianista Renê Freire explora o fazer musical do ponto de vista criativo. Mais que um estudo que se tornou sua dissertação de mestrado em Composição na Universidade Federal da Paraíba, o disco é um registro cru e orgânico do piano solo enquanto meio de criação e expressão total de seu criador. O lançamento conjunto é dos selos experimentais Brava (SP) e MenasNota (BA). Três interlúdios preenchem o trabalho de improvisos espirituosos, permeados por composições escritas entre 2016 e 2021, onde Renê Freire busca novos caminhos ao piano. O próprio músico assina a produção musical ao lado do orientador Valério Fiel da Costa, com efeitos eletrônicos de Luã Brito. A mixagem e masterização ficaram por conta de Emygdio Costa (Cadu Tenório, Letrux), completando assim o trajeto de Átrio, desde o Pernambuco natal de Renê, passando por São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Paraíba. O título do disco vem cheio de significado. Além do sentido ligado à arquitetura – fazendo referência às entradas e salas principais de construções desde a antiguidade -, é no teor anatômico que a palavra ganha mais força. O átrio é, também, a primeira câmara de cada lado do coração, por onde passa o sangue. O título entrega a busca por significados que Freire realiza ao longo do disco, principalmente no que diz respeito ao fazer música como compositor. “A ideia do nome Átrio surgiu a partir de uma conversa informal com um amigo sobre os processos criativos em uma composição musical. Segundo a concepção deste amigo, o processo criativo em uma composição é fruto de um trabalho racional, quase puramente científico. Na conversa, eu discordei de tal assertiva, expondo que, na minha concepção, o ato criativo na composição musical teria uma ação muito mais emocional que racional. Devido a tais questionamentos gerados por esta discussão é que tive a ideia de intitular uma peça para piano, que eu estava compondo na época, que pudesse fazer alusão à inquietação gerada pela discussão. A palavra escolhida foi Átrio, que além da peça, que também está contida no álbum, se tornou o título do disco”, resume Renê. Embora seja instrumental, o álbum traz, também, uma temática inerente a cada composição. Elas têm uma relação direta com questões de saúde mental presentes na vida do seu autor – depressão e síndrome do pânico -, traduzindo os sentimentos e sensações causados por elas. “Partindo desta minha compreensão em relação aos processos criativos, o uso do termo Átrio passou a ter um significado de ‘a sala principal’, ‘a entrada’ para as minhas emoções mais profundas, assim como as câmaras do coração, órgão este que popularmente é relacionado com as emoções e os sentimentos”, completa.

Bia Nascimento antecipa EP com single Teoria do Chão

Depois de surpreender com o single Brasa Cor, inspirado pelas montanhas da Serra da Mantiqueira, a violonista e compositora mineira Bia Nascimento volta à terra firme em Teoria do Chão. A faixa é mais um gostinho de seu primeiro EP solo, a ser lançado em setembro. Acompanhada pela bateria de Leandro Scio, Bia homenageia nesta composição a também violonista e cantora Luisa Lacerda, que participou do single Azur ao seu lado, lançado em setembro de 2021. “Assim que ela aceitou meu convite de gravar Azur e dividir o arranjo de violões comigo, senti tanta gratidão que logo compus Teoria do Chão, instrumental. Carrego muitas teorias com e sem nexos na cabeça, mas essa vem da terra, meio árvore que cresce e dá pouso pra passarinho voar. Acho que é esse o gosto que tem a música. Compor Teoria do Chão foi a forma que encontrei para agradecer a generosidade de Luisa ao aceitar o convite para gravar ao meu lado. Nesse sentido, Teoria do Chão é também uma homenagem à valorização das mulheres compositoras e instrumentistas da música brasileira”, reflete Bia. A artista propõe um instrumental com forte conexão com a música popular e que dialoga com o ouvinte mesmo sem letra – principalmente, sem recortes elitistas ou limitadores. Parte de uma nova cena instrumental mineira diretamente de Juiz de Fora, ela integra também o Duo Nascente, que acaba de lançar um EP de estreia guiado pelos mesmos princípios. Bia toca violão desde os oito anos de idade e se orgulha de ter trabalhado, desde 2010, com várias cantoras e instrumentistas de Juiz de Fora, Rio de Janeiro e São Paulo em projetos, festivais, eventos e shows diversos.

Matakabra crítica a precarização do trabalho em Drama da Realidade

A experiente banda de metal recifense Matakabra retornou aos lançamentos com o single Drama da Realidade, uma música, com estrutura pesada e caótica para criticar a precarização do trabalho no Brasil. A nova música também ganhou lyric video que tem como base a arte da capa do single, produzido por Marcelo Silva. A desigualdade social brasileira, num momento em que cada vez mais se tira direitos dos trabalhadores, é apenas um ponto de partida. Drama da Realidade evoca reflexões e pesares tanto dos integrantes da Matakabra como de milhões de brasileiros, com um acento principalmente em relação à aura do 1º de Maio, alçado, às vezes de forma enfadonha e distópica, como o Dia do Trabalhador. É, sem dúvida, a música mais madura da banda, tanto em relação às letras como na musicalidade, em que o seminal peso ganha contornos soturnos, dilacerantes e envolventes do death metal ao metalcore – tudo que o tema exige, tão pertinente e urgente ao Brasil. A arte da capa é obra de Cristiano Suarez, que transmite toda a atmosfera dilacerante e densa da música. Gira em torno da história de um sujeito cada vez mais isolado, abatido e fragilizado. Ele não sabe, mas sua ideologia permite que tenha a liberdade de escolher entre morrer de fome ou morrer de trabalhar. A contestação, como no manguebeat Foi ainda no contexto deste single que a Matakabra, enquanto uma banda formada por músicos pernambucanos, resgatam a contestação do manguebeat, um movimento que surgiu no estado e até hoje é relevante ao rock nacional como música com conteúdo e fúria. Na análise da Matakabra, a vida do trabalhador brasileiro nos últimos anos é uma repetição mortífera de abusos, descasos e injúrias. Aliás, é uma rotina infernal capaz de sugar até a última gota de sangue e suor – sem trégua para melhores condições. “A arte é essencial não apenas pelo efeito de catarse, mas por promover formas de reflexão e elaboração. Faz parte da história cultural daqui esse tipo de crítica e manifesto. Apostamos nisso também”, ressalta a Matakabra. Em busca de uma reação coletiva Mas Drama da Realidade não é somente sobre apontar o dedo para o problema, é um manifesto para que a sociedade olhe para a situação em busca de uma reação coletiva. O Matakabra explica que Drama da Realidade pauta uma discussão global e cada diz mais urgente, um necessário grito à sobrevivência. “Somos cada vez mais explorados ao mesmo tempo que estamos cada vez mais isolados. Falar sobre isso é uma forma de sair da inércia e ao colocar em palavras a insatisfação produzir condições de uma mudança”, comenta a banda. A Matakabra é Rodrigo Costa, Rafael Coutinho, Fernando Marques e Theo Espindola.