Com saudade do mar, Benziê divulga single Água Salgada

O duo Benziê lançou nesta sexta-feira (19) em todas as plataformas digitais o single Água Salgada. A faixa é um marco da nova estética musical do Benziê e nomeia o EP que reunirá mais duas faixas até o fim deste ano. Produzida por Gustavo Marques e Benziê, Água salgada é um manifesto de quem já não consegue viver mais longe do mar. No começo deste ano, o duo formado pelo casal Du e Vic, viveram um hiato quando se viram deixando o litoral norte de São Paulo e voltando para Sorocaba (cidade de origem deles). Durante os 30 dias em que ficaram no interior, eles compuseram e produziram essa canção que expressa a angústia e a ansiedade dos amantes do mar e da natureza quando se veem em qualquer outro lugar que não seja o litoral. Por conta disso, Água Salgada carrega exatamente essa vontade genuína de voltar para perto do mar, lugar que hoje eles chamam de casa. Du conta que nesse período ele estava com um grito entalado na garganta e o tempo inteiro só pensava em como ele queria estar no litoral, pronto pra surfar e encontrar seus amigos de água salgada. No fim das contas, esse tempo no interior serviu de inspiração para novas músicas e ideias. “O importante é ir vivendo e deixando cada momento registrado em forma de música”, comenta Vic. Pensando nisso, Benziê elaborou um clipe sensorial (dirigido por Sofie Wolthers e filmado por Kaleu Wildner), que coloca em imagens esse sentimento de pertencimento à natureza. Para o clipe, os dois protagonistas escolhidos (Adinaldo Cardozo e Melissa Farias) são caiçaras locais e portanto, trazem muita naturalidade e intimidade com a mensagem passada na canção. Em geral, a ideia é que o clipe seja uma espécie de teletransporte para a calmaria do mar, e te leve para um lugar melhor, ou pelo menos te faça imaginar essa sensação. Formado pelo casal Vic Conegero e Du Pessoa, o Benziê tem uma sonoridade única e contagiante que mistura MPB com pop, rock, reggae e samba. As letras repletas de mensagens positivas inspiradas no dia-a-dia e na natureza trazem leveza e alto astral.
Crítica | Concorrência Oficial

Engenharia do Cinema De vez em quando os serviços de streaming lançam produções realmente interessantes, mas sem muito alarde. O que foi o caso deste “Concorrência Oficial“, disponibilizado pelo Star+, que junta mais uma vez a dupla espanhola Antonio Banderas e Penélope Cruz, após inúmeras participações juntos. Tendo como um principal foco a crítica de como cineastas vão ao limite para conduzir seus atores, este filme dirigido pela dupla Mariano Cohn e Gastón Duprat (que também assinam o roteiro com Andrés Duprat), serve mais como reflexão do que entretenimento. A história tem início quando Humberto (José Luis Gómez), um bilionário empresário, tem uma breve crise existencial e decide bancar um filme, mesmo nunca tendo feito isso. Para isso, ele contrata a diretora Lola Cuevas (Cruz), que não só lhe mostra que lhe entregará o projeto que ele tem em mente, como irá conseguir controlar a dupla de atores consagrados Félix Rivero (Banderas) e Iván Torres (Oscar Martínez). Imagem: The MediaPro Studio (Divulgação) Sim, durante a boa metragem deste filme são os três atores citados e toda a narrativa é concebida entre das situações mais caóticas o possível que poderíamos imaginar. Se não tivéssemos nomes como os citados, já adianto que esta ideia iria por água abaixo, uma vez que Cruz está nitidamente se divertindo em representar uma diretora a lá Maria Helena (seu papel em “Vicky Cristina Barcelona“, que lhe rendeu seu primeiro Oscar), enquanto Banderas e Martínez vivem claras versões satíricas deles mesmos. Uma pena que o roteiro consiga extrair boa parte da graça, apenas para quem conhece ou vive no mundo do cinema e do teatro, não apenas pelo linguajar, mas também pelo limite que alguns deles se impõe para conseguir atingir a “perfeição” no tocante à atuação. Só que isso em determinado ponto, acaba cansando, pois o filme entra em uma espécie de looping, pelos quais poderiam ser cortados 30, dos 115 minutos totais. “Concorrência Oficial” é uma grata surpresa do cinema espanhol, mas uma pena que foi feita apenas para os amantes do cinema e teatro.