Tim Bernardes costura cenas de um “sonho lindo” em “A Balada de Tim Bernardes”

“Parece que esse clipe começou a ser filmado há 31 anos”. Tim Bernardes se relaciona com a música desde o berço e esse aspecto pode ser acompanhado a partir de cenas reais, retiradas de fitas VHS da sua família, que foram combinadas com filmagens de making of do álbum Mil Coisas Invisíveis para compor o novo videoclipe de A Balada de Tim Bernardes. Na canção, o músico paulistano homenageia o passado, falando sobre acordar de um sonho, representado pela infância, e também sobre despertar para um novo momento de vida no presente – com a música sempre ao seu lado (assista aqui). Filmadas com uma câmera analógica restaurada pelo diretor Andrei Moyssiadis (que assina o clipe juntamente com o próprio Tim Bernardes), as cenas de making of do álbum Mil Coisas Invisíveis – lançado em julho pelo Coala Records e distribuído globalmente pelo Psychic Hotline – são combinadas com imagens do acervo da família de Tim, gravadas em fita VHS por seus parentes. Nos vídeos antigos, é possível ver cenas dele junto dos seus primos e irmãos brincando com instrumentos musicais e criando cenas teatrais. “O maior trabalho foi descobrir como fazer esse mosaico entre presente e passado de uma maneira esteticamente forte e que misturasse os universos de estúdio, de família, dos vinis, das coisas que me formaram musicalmente. No fim, eu fiquei muito contente”, pontua Tim. A Balada de Tim Bernardes é uma faixa autobiográfica que levou anos para ser finalizada. “Eu já tinha uma parte dela, só que fui adicionando versos… Por um lado, essa letra é muito pessoal. Geralmente, as minhas composições são feitas de um eu lírico encaixado no outro e nesta tem várias coisas pessoais”, explica Tim. Agora, nessa montagem com cenas da vida do cantor e compositor, o público confere um pouco mais do que o forma enquanto pessoa, mas não só. “Também fala da minha relação com a música, como eu tenho ela como um espaço mais sublime, sagrado na minha vida, de uma maneira cotidiana, simples e direta – sem se levar tão a sério”, finaliza.

Gorillaz lança single com Tame Impala & Bootie Brown e anuncia álbum novo

Após esquentar o clima com o calor das batidas de Cracker Island (ft. Thundercat), o Gorillaz anunciou o lançamento de seu novo álbum de estúdio, Cracker Island, para 24 de fevereiro de 2023. Aliás, o anúncio veio acompanhado de mais um singles, New Gold, com Tame Impala & Bootie Brown. Anteriormente, a banda havia apresentado ao vivo pela primeira vez para uma multidão de fãs no All Points East Festival de Londres, no início de agosto. A banda foi acompanhada no palco por Tame Impala, o projeto de música psicodélica do multi-instrumentista australiano Kevin Parker, e o colaborador de longa data Bootie Brown, do grupo de hip hop alternativo de South Central LA, The Pharcyde. História por trás de New Gold do Gorillaz com Tame Impala Segundo o guitarrista Noodle, Cracker Island é “o som da mudança e a voz do coletivo”. Russel Hobbs acrescentou: “Quando o acerto de contas chegar, devemos estar prontos para atravessar o portão. Cracker Island tem os códigos de entrada…” Para 2D, “o caminho para Cracker Island não é fácil de encontrar porque está debaixo d’água”. Por fim, Murdoc Niccals anunciou que “os tons sagrados de Cracker Island serão a trilha sonora de nossa ascensão coletiva para a nova dimensão”. Cracker Island é o oitavo álbum de estúdio do Gorillaz, uma coleção enérgica, otimista e expansiva de dez faixas com colaborações estelares: Stevie Nicks, Adeleye Omotayo, Thundercat, Tame Impala, Bad Bunny, Bootie Brown e Beck. Gravado em Londres e Los Angeles no início deste ano, o disco é produzido pelo produtor/ multi-instrumentista/ compositor oito vezes vencedor do Grammy, o extraordinário Greg Kurstin, Gorillaz e Remi Kabaka Jr. Originalmente baseado no Kong Studios no oeste de Londres, o grupo de desajustados musicais – Murdoc, Noodle, Russel e 2D -, mudou-se para Silverlake, Califórnia, para recrutar novos membros para se juntar ao The Last Cult, em busca de uma verdade para consertar o mundo. Relatos do Golden State indicam que Murdoc está apaixonado pela vizinha. Russel está colado à TV. Noodle está compilando um manual de sabedoria e conhecimento. E 2D está ocupado sendo 2D. Confira a tracklist completa do álbum Cracker Island Cracker Island ft. Thundercat Oil ft. Stevie Nicks The Tired Influencer Tarantula Silent Running ft. Adeleye Omotayo New Gold ft. Tame Impala & Bootie Brown Baby Queen Tormenta ft. Bad Bunny Skinny Ape Possession Island ft. Beck

Crítica | Papai é Pop

Engenharia do Cinema Apesar de resolverem ter lançado nos cinemas em plena época do dia dos pais, e quando os atores Lázaro Ramos e Paolla Oliveira estão em alta, “Papai é Pop” sofre do principal problema que vários outros projetos do cinema nacionais sofrem: bons filmes, que acabam sendo boicotados pela maioria do público, devido ao marketing escasso não ter conseguido atingir fora da bolha cinéfila. Inspirado no livro de Marcos Piangers, a história tem início com Tom (Ramos) e Eliza (Oliveira) que são pais de primeira viagem e começam a enfrentar diversos problemas por conta do fato de o primeiro não conseguir mudar seu estilo de vida, em prol da paternidade. Enquanto a segunda começa a se deteriorar aos poucos, por conta do trabalho excessivo em torno da criança.     Imagem: Galeria Distribuidora (Divulgação) Sim, por incrível que pareça não estou falando de uma comédia pastelão ou uma produção brasileira genérica. Estamos falando de um projeto que nos coloca dentro de um cenário real, embora tenha pitadas de formas caricatas em partes. E digo isso, pois o diretor Caito Ortiz sabe dosar quando entramos no contexto dramático e cômico do filme, uma vez que estamos falando de alguns assuntos delicados (como o arco envolvendo o porteiro do prédio onde o casal vive, que cuida de seu filho sozinho, devido a sua esposa ter falecido o parto).     Agora partindo para o quesito de atuações, apesar de Ramos estar bem à vontade no papel, o show decai em cima de Paolla Oliveira, que visivelmente se entregou ao papel e realmente se assemelha com uma mãe que acabou de ter um filho. Inclusive, o trabalho de maquiagem em algumas cenas chega a ser assustador de tão realista. Faço também uma menção honrosa à veterana Elisa Lucinda (que interpreta Gladys, mãe de Tom), pois serve como a verdadeira adição homeopática na trama.    “Papai é Pop” é um dos raros casos onde o próprio marketing em cima da qualidade do projeto, acaba ofuscando sua verdadeira ideia e sentimentos em prol ao público. Certamente irá fazer algum sucesso quando estiver na Netflix.