Ícone do rap nos anos 1990, Coolio morre aos 59

O rapper norte-americano Coolio, conhecido pelo hit Gangsta’s Paradise, morreu nesta quarta-feira (28) aos 59 anos. A possível causa da morte é uma parada cardíaca. De acordo com o TMZ, Coolio estava na casa de um amigo quando faleceu. Empresário de longa data do astro, Jarez afirmou ao site que o rapper foi ao banheiro na residência desse conhecido e não retornou. O dono da casa, então, começou a chamá-lo, sem sucesso. Ao abrir a porta, encontrou Coolio caído no chão. Artis Leon Ivey Jr., mundialmente conhecido como Coolio, foi um dos grandes nomes da geração de ouro do rap americano dos anos 1990. O astro chegou à cena de Los Angeles ainda na década de 1980, mas estourou internacionalmente só em 1995, com o hit Gangsta’s Paradise. A canção, uma das mais tocadas da década, foi trilha do filme Mentes Perigosas, do mesmo ano, que tinha Michelle Pfeiffer como principal estrela. O hit chegou instantaneamente ao topo das paradas, onde permaneceu por cerca de três semanas. Outros títulos marcantes de Coolio são Fantastic Voyage, 1,2,3,4 (Sumpin’ New) e It’s All the Way Live (Now).
Paramore retorna de hiato com som inédito e anúncio de álbum novo

O Paramore está de volta com sua primeira música inédita desde 2017. O amado trio de Zac Farro, Hayley Williams e Taylor York voltou de seu hiato – e da pandemia global – com This Is Why. Amplamente reconhecido como um dos retornos musicais mais emocionantes do ano, a banda também anunciou o lançamento de seu aguardado sexto álbum de estúdio, This is Why, para 10 de fevereiro de 2023 pela Atlantic Records via Warner Music Brasil. Gravado em Los Angeles, Califórnia, com o colaborador de longa data Carlos de la Garza, o álbum apresenta 10 novas músicas do Paramore com a arte da capa feita por Zachary Gray. Entrando de volta em um mundo – e paisagem cultural – muito diferente do que eles participaram da última vez, o Paramore voltou com uma música exatamente sobre isso. This Is Why é um verme de ouvido deliciosamente infeccioso do Paramore para o mundo da pós-verdade. “This Is Why foi a última música que escrevemos para o álbum. Para ser honesta, eu estava cansada de escrever letras, mas Taylor convenceu a mim e a Zac que deveríamos trabalhar nessa última ideia. O que saiu disso foi a faixa-título de todo o álbum. Ele resume a infinidade de emoções, a montanha-russa de se estar vivo em 2022, tendo sobrevivido nem que sejam apenas os últimos 3 ou 4 anos. Você pensaria que depois de uma pandemia global de proporções bíblicas e a destruição iminente de um planeta moribundo, que os humanos teriam achado dentro de si mesmos um modo de viver de mais gentil ou mais empático ou algo assim”, disse Williams. O clipe foi dirigido por Brendan Yates, da Turnstile, e filmado em Malibu, Califórnia. Falando sobre o vídeo e a colaboração, Williams resumiu. “Foi tão legal trabalhar com Brendan. Conheço os caras do Turnstile há algum tempo e estava tão empolgada por nossos mundos colidirem dessa maneira. Há um parentesco legal entre a maneira como nossas bandas fazem as coisas… espero que possamos fazer shows com eles em algum momento”.
Crítica | Blonde

Engenharia do Cinema Não tem como notar que a Netflix tem tentado reformular a história da icônica Marilyn Monroe, desde o lançamento do documentário “O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas“ e agora com este “Blonde” (que ficou na geladeira da plataforma durante quase dois anos). Conhecida por ter uma personalidade boêmia, misteriosa e polêmica, neste filme de Andrew Dominik (que assina o roteiro e direção), parece que estamos falando de uma mulher que foi vítima de uma escuridão recorrente em Hollywood, mas que ela não estava ciente de alguns atos (quando muitos sabem, que ela estava). Inspirado no livro de Joyce Carol Oates, a trama é um misto de ficção com realidade e contra a trajetória de Monroe desde sua infância e passamos por diversas fases de sua vida, por intermédio de situações chaves e marcantes. Porém, os nomes da maioria dos personagens são “trocados” (e a justificativa é plausível, datado os primeiros minutos que enaltece isso na relação entre ela e sua mãe, vivida por Julianne Nicholson) e até mesmo tratados como pseudônimos (no caso, o nome artístico Marilyn Monroe é dito apenas quando entrelaçado aos seus trabalhos e na vida pessoal ela sempre é citada como Norma Jeane). Apesar de a própria Netflix ter usado o argumento que seria seu primeiro filme com a classificação NC-17 (censura que proíbe quaisquer menores de 17 anos, assistam a obra), confesso que não existe absolutamente nada que seja retratado para ter “conquistado essa proeza”. Tudo acaba soando como um mero marketing do serviço, uma vez que eles tinham em mãos um conjunto de cenas que sempre acabam caindo no mesmo buraco (o trauma de Monroe nunca ter conhecido seu Pai) e acaba se tornando algo constante durante quase às três horas de filme (que certamente poderiam ter menos 30/40 minutos). Imagem: Netflix (Divulgação) Isso porque ainda não citei que neste filme a verdadeira heroína foi Ana de Armas, que certamente encarnou totalmente uma das principais Sex Symbol de Hollywood. Seja por conta das expressões, fala delicada/rouca, olhares e até mesmo o trabalho da equipe de cabelo e maquiagem (que deixaram ela assustadoramente igual aquela). Apesar dela não ter uma química com Bobby Cannavale e Adrien Brody (que interpretam seus primeiro e segundo maridos, respectivamente), nitidamente o intuito do diretor foi mostrar que ela era uma pessoa única e não precisava de mais ninguém (e isso falhou feio). E ainda não citei o quão chulo foi o ato que mostrava o caso dela com o Presidente Kennedy, que chega a ser um arco vergonhoso (tamanha complexidade que havia neste relacionamento de ambos). E ainda Dominik procura enfatizar dois momentos distintos de Monroe, onde o primeiro mostra sua vida pessoal e o segundo o seu trabalho na dramaturgia. Só que por mais que ele tente jogar pautas atuais no projeto (como abusos sexuais, verbais e outras coisas torpes que haviam na indústria), sentimos que tudo foi jogado apenas para “agradar” uma parcela do espectador que só busca isso nos filmes e nada mais além. Um outro motivo para vermos o quão o diretor jogou potencial fora, foi a fotografia de Chayse Irvin que só se resume a formatos de tela (Widescreen e Fullscreen) e tomadas em preto e branco (que acabam sendo clichês e horríveis). Faltou algo tão marcante e memorável como foram as sequências dos filmes “O Pecado Mora ao Lado” e “Quanto Mais Quente Melhor” (cuja a primeira conversa dela sobre o projeto, chega a ser uma piada ofensiva para quem conhece o mesmo). “Blonde” acaba sendo mais um projeto biográfico da Netflix, que promete muito e só acaba entregando apenas uma atuação visceral da cubana Ana de Armas.
Mukeka di Rato lança lyric video de “Roubar”; assista!

A banda capixaba Mukeka di Rato lançou o lyric video de Roubar, do álbum Boiada Suicida (2022). O vídeo, dirigido por Alexandre Kool, traduz quase que literalmente a letra dessa faixa. O baixista Mozine conta o que inspirou essa “ode ao roubo para se sustentar”. “A ideia da música surgiu do aumento de preço das coisas no Brasil. Aumento do preço do arroz, feijão, da comida básica. Começamos a ver aquelas cenas das pessoas comprando pé de galinha, ossos, coisas que até então eram dadas ou jogadas fora. Então escrevemos essa letra como uma relfexão: e ai, o que fazer com uma mãe de família que é pobre e entra no super mercado e é pega roubando um pedaço da carne? A gente prende? Na música a gente estimula o roubo, é isso mesmo, “não tenho dinheiro, vou é roubar”. É uma ode ao roubo para se sustentar”, comentou o baixista Mozine. Boiada Suicida está sendo lançado em CD, vinil, cassete e nos aplicativos de música.
Black Circle mostra caminhos para o amor genuíno em Puzzle

A Black Circle, banda carioca que ganhou projeção internacional como banda tributo ao Pearl Jam admirada e reconhecida pelo próprio Eddie Vedder, acaba de lançar a balada potente Puzzle, segundo single do novo álbum que chega ao streaming no mês de outubro. Puzzle retrata a natural dificuldade de alguns em acreditar no sentimento genuíno. O medo e até mesmo a comicidade que há em acreditar no “para sempre” pode ser um reflexo de mágoas e decepções passadas. Apesar do tema áspero, a mensagem é positiva e abordada de forma poética, seja nas letras como na melodia. A Black Circle comenta sobre o tema escolhido para este novo single. “Em dias em que todos são independentes e ninguém precisa de ninguém, o amor romântico genuíno perde espaço e, consequentemente, se torna inacreditável”. O primeiro single desta nova fase da Black Circle, lançado no início de setembro, foi Indigo Child, uma música que carrega a verve grunge aliada ao rock anos 2000 para falar, tanto do ponto de vista esotérico como científico, das crianças e pessoa Indigo. Todas as novas composições da Black Circle foram gravadas e mixadas no estúdio Overloud, no Rio de Janeiro, pelo também guitarrista da banda, Sergio Filho. Filho ainda divide a produção das músicas com o outro guitarrista, Luiz Caetano.
Pavilhão 9 comemora 30 anos de carreira e lança Lados Opostos

Em 2022, a banda Pavilhão 9, formada por Rhossi e Doze (vocais), Leco Canali (bateria), Rafael Bombeck (guitarra), DJ MF e Beto Braz (baixista convidado) comemora 30 anos de carreira com uma série de lançamentos. Primeiro single, que dá início às comemorações, Lados Opostos foi produzido por Daniel Krotozinsky, que também trabalhou no álbum Antes Durante Depois, e mixado e masterizado por Apollo 9, que já trabalhou com Planet Hemp, Otto, Rita Lee, entre outros artistas de peso do Brasil. Na letra, escrita por Rhossi e Doze, os autores mostram as diversas facetas do cotidiano, tocam em assuntos relevantes, como a diferença social, o capitalismo, bem como a diversidade e a importância de saber conviver “todos juntos, todos misturados” e seguir sempre em frente sem perder a fé. Todos juntos, todos misturados No meio da cidade, cada um vai pra um lado É subindo e descendo, se movendo e parado E dia ou de noite, tudo junto e separado Trecho A música marca também a volta do vocalista Doze ao Pavilhão 9, que ficou três anos afastado para desenvolver projetos pessoais. Aliás, lembra outro sucesso da banda, Trilha do Futuro, como afirma Rhossi. “Essa música lembra bastante a Trilha do Futuro e marca a volta do meu parceiro de longa data, o Doze. Estou feliz em gravar mais uma música com ele, o cara tem a manha no estúdio, e nossos vocais combinam muito bem”.
Crítica | Justiceiras

Engenharia do Cinema Não é novidade que a Netflix cada vez mais aposte em nomes como Camila Mendes e Maya Hawke, para usar em suas produções (afinal, enquanto uma faz sucesso em Riverdale a outra em Stranger Things). Em Justiceiras, eles pegam uma famosa fórmula que deu certo nos anos 80, nas produções concebidas por John Hudges (Clube dos Cinco), para conceber uma produção que realmente se assemelhe com o que fora vista naquela época, mas com um viés mais “atual”. E é aí que está o problema desta produção, que extrapola neste quesito e nos distancia de suas características. A história tem início com Drea (Mendes), que após ter seu vídeo íntimo vazado para toda sua escola, passa a querer vingança pelos responsáveis pelo ato. E neste meio tempo ela acaba tendo seu caminho cruzado com Eleanor (Hawke), uma nova aluna do local e que passou por um momento turbulento em seu recente namoro. As duas acabam se unindo por um bem comum: a de vingança para aqueles que lhes humilharam. Imagem: Netflix (Divulgação) Já dizia o poeta Seu Madruga: “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. Antes o roteiro de Celeste Ballard e Jennifer Kaytin Robinson (que também assina a direção), fosse concebido com esta frase como plano de fundo. Uma vez que apesar de termos duas atrizes com um ótimo carisma, o enredo capta pelo estilo clichê e habitual de ambas: a patricinha latina e a famosa “maria moleque”. Se o público alvo tiver na faixa dos 8/14 anos, esta produção realmente foi feita para elas, agora os mais velhos os erros e falta de conectividade ocorrerão de forma constante. Nem mesmo a ponta da famosa atriz dos anos 90 Sarah Michelle Gellar (a famosa “Buffy”), consegue ter uma ponta relevante neste longa (inclusive, parece ser uma estratégia da Netflix, ao chamar estes atores dos anos 80/90, para suas produções, com o intuito de chamar o espectador mais velho). E quando tudo não parecia ficar mais esquisito, temos aquela enorme sensação de vários tópicos terem sido jogados e sem um intuito de serem explorados direto (vide o arco da antagonista Erica, vivida por Sophie Turner). Justiceiras acaba se tornando mais uma produção teen da Netflix, que certamente fará sucesso entre os pré-adolescentes fãs de Camila Mendes e Maya Hawke.