WRY lança clipe de “Sem Medo de Mudar”, prévia do novo álbum

Banda icônica do underground e do indie rock brasileiro há mais de duas décadas, o WRY prepara os caminhos para seu oitavo álbum de estúdio e o primeiro totalmente em português. O lançamento do selo Before Sunrise Records foi antecipado pelo single Sem Medo de Mudar, uma poderosa declaração de evolução constante, mesmo diante do caos, que agora ganha um clipe. A direção do vídeo é do premiado diretor Alex Batista, que já trabalhou de NxZero, Fresno, e Marília Mendonça até Luis Fonsi e Luan Santana. A ideia é tratar a música com a forte temática que ela carrega: Sem Medo de Mudar fala em reerguer-se apesar do peso do mundo nas costas. Com instrumentações mais oxigenadas, a música dialoga com o momento de tensões políticas e incertezas. Com uma sonoridade breve e pop, o som feroz e melódico mostra uma faceta mais acessível da sonoridade da banda. O WRY, que já frequentou palcos pelo Brasil todo, além de turnês por Portugal, Espanha e Inglaterra, está em plena atividade – o próximo disco, que terá 11 faixas, é o terceiro lançamento em três anos. Em 2020 lançaram o disco Noites Infinitas, o qual entrou em dezenas de listas de melhores do ano, top 10 de programas de rádios brasileiras e norte-americanas e levou o prêmio Dynamite de Melhor Lançamento Indie de 2020. E em 2021 gravaram e lançaram o disco Reviver, uma coletânea de faixas que nunca entraram na sua discografia e que estavam até então inéditas nas plataformas digitais; Reviver também entrou em diversas listas de melhores do ano passado.
Após hiato, Dois Barcos retorna com lançamento de single duplo

O power trio Dois Barcos retorna de um hiato de quase três anos com o lançamento do single duplo Manto Lunar/Surto. Nesta nova fase, os músicos exploram novas sonoridades além do rock alternativo e do indie, buscando beats de trip hop, piano de salsa, além de diferentes texturas, a utilização de teremins, elementos revertidos, guitarras distorcidas, bongos, synths eletrônicos, corais, órgão entre outros. As canções representam a misticidade da noite, o sentimento de autoproteção que este período evoca, e funcionam como a materialização da ideia de que é preciso morrer para germinar. “A noite nos traz uma certa adaptação à escuridão, sendo um período mais sombrio que gera mitos e lendas. Ela não é silenciosa, traz ruídos inexplicáveis das sinfonias noturnas da floresta e visões distorcidas que mexem com o imaginário. A noite é o momento de recolhimento, de se auto proteger, de se camuflar dos predadores e repousar”, explica Elisa Monasterio, uma das vocalistas e baixista da Dois Barcos. A nova fase na carreira da Dois Barcos traz como mote principal a representação da noite nas músicas e visuais, por isso, a escolha da cor azul marinho como guia. A ideia é gerar serenidade e harmonia, ao mesmo tempo que contrasta com o vermelho, que começa a surgir nos trabalhos com a ideia de destacar a dualidade da calma e do conflito, tão presentes nos últimos anos no contexto brasileiro. Este equilíbrio pode ser notado nas canções, enquanto Manto Lunar fala sobre o valor do recolhimento, Surto é sobre desapego, sobre desprendimento. Uma das compositoras e arranjadoras das músicas, Elisa Monasterio conta mais sobre as diferenças. “Manto Lunar é uma música que representa muito a era de novas composições da Dois Barcos. Não estamos nos fechando para trabalhar com as sonoridades que já temos de referências, mas estamos abrindo uma porta para explorar novas texturas musicais. Quando a luz começa a se dissipar é o momento em que os predadores saem de seus abrigos para o ataque (como diz no trecho ‘caiu na rede é pássaro’)”. “Surto fala sobre o esforço que fazemos para nos encaixar em contextos que às vezes nem cabem mais em nossas vidas e a dificuldade do desprendimento para encontrar um equilíbrio saudável. A foto da capa e o vídeo que vai acompanhar essa música no YouTube são uma referência a isso. Às vezes é melhor se recolher, para poder entender o que soltar e o que ‘florescer’ dentro de si”. A Dois Barcos teve seu início em 2014, com as instrumentistas e compositoras Elisa Monasterio (baixo e voz) e Rafaella Petrosino (guitarra e voz). Com a entrada de Gabriel B. Ferreira (guitarra), o projeto saiu dos covers no YouTube para o som autoral do EP Pier (2018).
Pétalas Insanas lança oficialmente o primeiro álbum

A banda de hard n’ heavy Pétalas Insanas lançou o seu primeiro álbum de estúdio, homônimo. O trabalho conta com dez faixas e foi gravado, mixado e masterizado no Estúdio Hurricane, em Porto Alegre (RS), com produção de Sebastian Carsin. Ademais, a arte da capa ficou a cargo de Marcos Miller (Nause Image). Em resumo, lançado de forma totalmente independente através do selo próprio, Insanity Records, o álbum está disponível em cópias físicas e nas plataformas digitais. Além dos membros, Mateus Insano (voz, baixo e backing vocal) e Jailson “Véio” Dias (bateria e backing vocal), o disco contou com diversas participações especiais. Ouça o álbum de estreia do Pétalas Insanas “Foram dez anos desde o início do processo de gravação até o lançamento. Foi realmente uma luta e muitas vezes tive dúvidas se iríamos conseguir lançar esse disco. Tivemos mudanças de formação, problemas financeiros, além de fatos da vida pessoal que exigiram mais atenção. Mas agora o álbum está na praça e eu estou muito orgulhoso”, destaca Mateus. Enquanto planeja a gravação do primeiro videoclipe para divulgar o álbum, a banda procura selos parceiros para lançar em outros formatos de mídia física, como fita cassete e vinil. Aliás, para futuros shows, o duo contará com guitarristas convidados.
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Crítica | Bling Ring: A História Por Trás dos Roubos

Engenharia do Cinema No embalo de várias minisséries que trazem a história de crimes famosos pelo mundo, a Netflix disponibilizou agora uma sobre o icônico arco dos adolescentes que roubaram várias mansões de celebridades entre 2008 e 2009, em “Bling Ring: A História Por Trás dos Roubos“. Apesar do arco já ter sido contado no filme de Sofia Coppola (“Encontros e Desencontros“), em 2013, a produção optou por retratar a versão real de tudo que aconteceu, uma vez que o próprio roteiro tomou decisões criativas e mudaram algumas coisas. Acompanhamos a história sendo contada por Nick Norgo, Alexis Haines e Andrea Arlington-Dunne, que procuram detalhar desde o princípio o que realmente os motivou a fazerem datadas situações e como Hollywood, foi “culpada” por seus comportamentos. Imagem: Netflix (Divulgação) Dividida em três episódios com cerca de 50 minutos cada, o diretor Miles Blayden-Ryall procurou deixar claro no início de cada capítulo que ele iria focar sua narrativa em boletins de ocorrência e simulação com atores. Porém, não é o que realmente acabamos vendo. Faltou ele ter criado uma atmosfera maior de consequência para os atos do grupo, uma vez que a todo momento ele concebeu a narrativa da forma que os ladrões pensavam ao cometer seus crimes (tudo muito divertido, lindo e até mesmo justo). Mesmo com depoimentos de juízes, promotores e até mesmo do próprio investigador policial, o enredo chega até mesmo a colocar as vítimas em segundo plano (uma vez que eles são “burgueses malvados”, e apenas a atriz Audrina Patridge presta um depoimento e ainda sim deixam ele apagado na narrativa). Mas não estamos falando de um documentário horrível, muito pelo contrário, ele acaba sendo até interessante para nós pararmos para ver o quão a fama deixa o ser humano cada vez mais ignorante (uma vez que muitos deixavam suas residências abertas e quando estavam fechadas, as chaves se encontravam próximas). “Bling Ring: A História por Trás dos Roubos” é mais uma minissérie da Netflix, cuja narrativa serve para enaltecer os atos dos verdadeiros vilões e deixar os mocinhos para escanteio.