Acústicos & Valvulados relança “Fim de Tarde com Você” com Frejat

Há mais de três décadas na estrada com a bandeira do rock gaúcho sempre hasteada, a banda Acústicos & Valvulados lançou, nesta sexta-feira (14), o single Fim de Tarde com Você (Paulo James). Versão revisitada e remodelada de um dos maiores sucessos do grupo, a novidade chega acompanhada de um videoclipe e traz a participação especial de Frejat. “Pra mim foi uma alegria enorme receber esse convite para participar dessa música tão bacana. E também fiquei feliz de estar presente neste momento de celebração. Achei que o resultado ficou lindo, o arranjo é belíssimo. Parabéns, e que venha muito sucesso para os meus queridos amigos do Acústicos & Valvulados”, declarou Frejat. O cantor Rafael Malenotti responde: “Para nós é uma imensa honra termos a benção desse monstro sagrado do rock brasileiro, chancelando nossa trajetória artística e perpetuando, além da nossa amizade, esse novo registro maravilhoso dessa música – que foi lançada originalmente em 1999, no nosso álbum homônimo – e que talvez seja a composição mais emblemática da nossa história”. Rafael Malenotti (vocal), Paulo James (bateria e percussão), Alexandre Móica (guitarra), Daniel Mossmann (violão) e Diego Lopes (baixo e violão) gravaram a faixa no Estúdio Tabuleiro, localizado em Porto Alegre. Já Frejat (vocal), gravou sua parte no Rio, no Estúdio Du Brou. A produção ficou a cargo de Diego Lopes, que também cuidou da mixagem e masterização. A capa do single traz uma ilustração do designer gráfico Paulinho Tscherniak. Muito embora se trate de um lançamento isolado, Fim de Tarde com Você pode ser encarada como integrante do mesmo movimento que foi iniciado pelo Acústicos & Valvulados no ano passado, com a coletânea de releituras Diamantes Verdadeiros Vol.II – With a Little Help From Our Friends. Além de marcar as comemorações dos mais de 30 anos de carreira, o principal objetivo da ação é apresentar a banda a uma nova geração de ouvintes. “Queremos chegar a novos ouvidos, fãs de música que surgiram na era do streaming. Para isso, estamos explorando nossa sonoridade original de uma forma diferente, revitalizando o repertório através de arranjos mais atuais”, destaca o baterista e compositor Paulo James.

Maikão e André Abujamra expõem contradições políticas brasileiras no single “Invasão”

Duas forças da música se unem em uma frente ampla contra a hipocrisia. O cantor, compositor e multi instrumentista Maikão se une ao grande André Abujamra na pesada Invasão. Esta é uma faixa que une rock e rap para criticar as relações promíscuas entre extremismos religiosos, milicianismos e corrupção endêmica enquanto pessoas sofrem por coisas básicas. Manifestações musicais do interior de São Paulo fazem parte do mergulho que Maikão fez em Ascender, celebrando suas origens. As levadas percussivas ganham elementos eletrônicos em cinco faixas onde os temas vão da importância das raízes a questões políticas e a reflexão da legalização da maconha. Sal Grosso é um exemplo do olhar multifacetado de um artista que dialoga com questões mundanas ao mesmo tempo que dialoga com o sagrado. Exú ou Elegbara é quem cuida, protege e alerta os seres humanos, um orixá de respeito que foi demonizado por diversas manifestações religiosas. O trabalho de Maikão é marcado pela atitude artística, presença e potência humana, assim como pela valorização das tradições populares e a interação com o universo da música pop alternativa. Maikão vive a música – como trabalho, terapia, como encanto e estilo de vida. Ele se dedica ao Baque Caipira, grupo percussivo de maracatu fundado em 2013, e ao grupo tradicional de Samba de Lenço Mestre Antônio Carlos Ferraz, além de desenvolver atividades de música e expressões para idosos e adolescentes.

Crítica | Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Não é novidade que a série “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis” tem sido um dos maiores fiascos da história da Marvel Studios. Embora seja fiel aos quadrinhos da personagem em algumas passagens, e tentar desenvolver o arco da personagem no formato de uma sitcom antológica (que são séries de comédia, com episódios tendo várias histórias independentes), em momento algum a série realmente consegue cativar o espectador e mostrar uma resposta para a simples pergunta “por que estamos recebendo essa série?”.    Dividida em nove episódios, a série é centrada na vida da advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany), que após ter contato com o sangue de seu primo Bruce Banner (Mark Ruffalo), em um acidente de carro, ela passa a ter o mesmo problema genético do mesmo, se transformando na Mulher-Hulk. Então, a mesma passa a ter de atuar em uma divisão de defender super-heróis nos tribunais, além de tentar lidar com a vida dupla. Imagem: Marvel Studios (Divulgação) Em um primeiro momento a série nos apresenta um interessante clima de que “não devemos levar a sério absolutamente nada do que é mostrado”, afinal, estamos falando de uma produção de comédia. Com uma constante quebra da quarta parede, e situações absurdas no primeiro ato da trama (como ela se transformar em Mulher-Hulk ao ter de aguentar o machismo no dia a dia), parecia que a série a ter uma pegada interessante. Mas infelizmente, não é isso que acabamos vendo no decorrer dos episódios. Jennifer não consegue ser uma boa protagonista da série e o marketing da mesma já deixava claro isso por conta das participações de nomes icônicos na Marvel como Wong (Benedict Wong), Emil Blonsky/Abominavel (Tim Roth), até mesmo o Matt Murdock/Demolidor (Charlie Cox, como a melhor coisa nesta série inteira) e outra no episódio final (que certamente mexeu demais com os fãs e assim como foi com o Demolidor, será importante dentro do UCM). Agora, quando acabamos ter de ver a mesma sozinha em um episódio (como o que envolve o problema judicial do nome Mulher-Hulk e o casamento de uma amiga, onde ela é escolhida como madrinha), os 30 minutos do episódio, se tornam uma eternidade de tão monótonos e chatos (inclusive há diversas piadas imbecis, como as saídas com os crushs do Tinder, a dança com a rapper Megan Thee Stallion e a luta aleatória no casório com a “pseudo-vilã” Titania, vivida por Jameela Jamil).    Isso porque não entrei no mérito da questão do CGI, que é tão estranho em diversos momentos que parece estarmos vendo a própria Mulher-Hulk se movendo por intermédio de pixels “robóticos” (nitidamente a própria Marvel não deixou o trabalho ser finalizado neste quesito). Mas vale ressaltar que este erro é mais gritante, quanto maior o aparelho eletrônico que você estiver assistindo a série (em uma televisão 4K acima de 42 polegadas, ao invés de um aparelho de celular). “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis” é uma série que se o seu arco fosse colocado apenas como uma espécie de “especial com 50 minutos” (como ocorreu em “O Lobisomem da Noite“), teria funcionado melhor do que este formato, que serviu para absolutamente nada e será tão esquecível quanto a série da Miss Marvel.