Def Leppard e Mötley Crüe farão três shows no Brasil em março

Logo após a maior turnê norte-americana de estádios de 2022, com mais de 1,3 milhão de ingressos vendidos, as lendárias bandas Def Leppard e Mötley Crüe vão vir ao Brasil, em março de 2023. Serão três shows: São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. No Brasil, a ‘The World Tour’, do Def Leppard e Mötley Crüe, vai passar por São Paulo no dia 11 de março, no Allianz Parque, dia 09 de março por Curitiba, no Estádio Couto Pereira, e no dia 11 de março por Porto Alegre, na Arena do Grêmio. Para os shows no Brasil, a venda para o público geral começa no dia 25 de outubro a partir das 10h online e 11h nas bilheterias oficiais. Os ingressos, que podem ser adquiridos em até 5x sem juros, estarão disponíveis online e nas bilheterias oficiais (sem taxa de serviço | Allianz Parque, em São Paulo; Estádio Major Antônio Couto Pereira, em Curitiba; Arena do Grêmio, em Porto Alegre). SÃO PAULO Data: 07 de março de 2023 (terça-feira) Abertura dos portões: 16h Horário show abertura: 18h15 Horário Mötley Crüe: 19h30 Horário Def Leppard: 21h30 Local: Allianz Parque Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca, São Paulo – SP Ingressos: a partir de R$ 180,00 (ver tabela completa) Classificação etária: 16 anos. Menores de 10 a 15 anos, apenas acompanhados dos pais ou responsáveis legais. * *Sujeito a alteração por Decisão Judicial. PREÇOS CADEIRA SUPERIOR- R$ 180,00 meia entrada e R$ 360,00 inteira PISTA- R$ 220,00 meia entrada e R$ 440,00 inteira CADEIRA INFERIOR- R$ 280,00 meia entrada e R$ 560,00 inteira PISTA PREMIUM AMARELA- R$ 380,00 meia entrada e R$ 760,00 inteira
Duo Embalajados transforma frustrações com retrocessos políticos e sociais em poético single

Casal de artistas profissionais do audiovisual, Gustavo Tavares e Hayla Barcellos estreiam na música com a poética Até Quando, uma faixa que expressa as frustrações com os argumentos usados para defender o que é indefensável, na intenção de construir um amanhã de luz. Estreia dos artistas como o Duo Embalajados, a forte faixa chega acompanhada de um clipe. “O ano é 2022 e, ao invés de seguirmos a passos largos rumo ao futuro, ainda estamos calculando os danos sofridos por causa de uma marcha violenta que rumou para o retrocesso. Nada novo, ainda estamos presos nos mesmos ciclos: ‘Política não se discute’; ‘Em briga de marido e mulher, não se mete a colher’; ‘É assim, porque sempre foi assim’. E a pergunta continua: Até quando?”, conta Gustavo. Produzido Laura Gabriela e Tauã de Lorena (que formam outro casal de artistas, o Alacantos) e mixado e masterizado por Matheus Castro, Até Quando está disponível em todas as plataformas de música digital.
HENRI vai do nu-disco ao acid house passando pelo pop e indie em disco

Retirando seu capacete após longa jornada pelo universo, como se chegasse ao seu lugar no fim da noite, a sonoridade climática e etérea de HENRI cria um ambiente de conforto em seu disco de estreia solo Outro Planeta. No projeto do músico paulista Thiago Henrique Vasques – conhecido por projetos como o duo de indie pop Carpechill e a banda psicodélica Corte Aberto -, ele cria um ambiente onde viaja de Primal Scream a Jessie Ware, de Daft Punk a Robyn, passando por Talking Heads e sem esquecer da brasilidade. Tudo isso para dialogar os encontros e desencontros da vida contemporânea, como histórias ouvidas em segredo. “É um disco que fala sobre relacionamentos no geral. Pela primeira vez eu quis misturar minhas vivências com a de outras pessoas, a ideia é que fosse algo de fácil identificação, eu sempre me cobrei muito com as letras, e dessa vez, eu quis escrever de forma simples e objetiva, sobre algo que todo mundo fosse se identificar instantaneamente. Mas no final, eu acabei vendo que o tema era mais relevante do que parecia, não é só sobre dor de corno, ou amor e paixão, tem muitas camadas, muita coisa pra trabalhar dentro dessa temática, o meu disco passeia nas maravilhas e nas ruínas de se relacionar, inclusive a ordem das tracks eu pensei como o ciclo de um relacionamento: conhecer alguém/transar/se apaixonar/se comprometer/terminar/se perder/ter crises existenciais/conhecer alguém de novo, ou seja, 8 etapas 8 faixas”, reflete ele. Mirando no pop, eletrônica e new wave, HENRI não se limita a rótulos. O projeto é a expressão total e autoral de Thiago Henrique Vasques, um nome que marca presença na cena independente nacional e agora sintetiza suas influências mais pessoais e íntimas nesse trabalho solo. O pontapé inicial veio no auge da pandemia, quando produziu e gravou o EP de estreia, Músicas de Gaveta. Agora, ao lado do produtor Joe Irente (Melt Motif, Dolphinkids), ele afina a sintonia para um álbum completo. “A proposta desde que firmei a produção com o Joe foi se divertir, deixar pra trás um pouco as cargas emotivas que vinha trazendo desde então nas minhas composições, ao final é um disco de pop experimental por conta da permissibilidade na produção. Com ela, foi adicionado ao disco uma pegada eletrônica muito forte, e de final para balancear, inserimos elementos orgânicos como naipe de metais e backing vocals para algumas faixas, e isso elevou o nível da produção. É uma dança entre timbres digitais e timbres analógicos. A ideia de se chamar Outro Planeta também vem disso, da mistura dos elementos soarem como algo de um outro lugar, um lugar desconhecido”, conta ele.
cajupitanga une música brasileira e tons afrolatinos no EP Ensaios Férteis

Ritmos afrobrasileiros e latinos como salsa, samba, pagodão, forró e ijexá, além da forte influência da música ambiente e jazz, se unem em lo-fi em Ensaios Férteis, novo trabalho do duo baiano cajupitanga. Esse é um lançamento do selo Cantores del Mundo. No dia em que foi encerrada a produção do álbum Tradição/Tradução, no final de 2020, a cajupitanga se reuniu para um experimento: conceber e compor um EP em um único encontro. Dessa brincadeira surgiu Ensaios Férteis, novo lançamento do projeto de Candioco e Francisco Viva, de Vitória da Conquista (BA), com influência de conterrâneos como Elomar e Xangai. Com participação especial de Arthus Fochi, o EP tem produção, mixagem e masterização de Candioco, exceto as três faixas de trabalho, masterizadas por Benke Ferraz (Boogarins).
Hiënaz fala sobre vício em trabalho na pesada Ozymandias; ouça!

Após o retorno aos lançamentos com a dinâmica e pesada Olhos de Cobra, em que o quarteto paulistano Hiënaz trouxe o debate sobre vício em jogos de azar, um segundo lançamento da banda, Ozymandias, chegou ao streaming pelo selo Abraxas Records. Agora, no entanto, com reflexão sobre outra problemática da vida moderna: o vício em trabalho. Ozmandias, assim como Olhos de Cobra, mostra o novo direcionamento sonoro do Hiënaz, com mais penso, variações nos vocais e mudanças de andamento no instrumental. Neste novo single, os riffs nasceram de uma experimentação com ‘odd time signatures’ e uma afinação alternativa (A-G-C-F-A-D), mas mantendo a postura energética e o peso característico desta atual fase banda, formada por Felipe Dhël (baixo), Julio Cëzar (guitarra e vocal), Pëter Kerr (guitarra) e Tömmy Omarsson (bateria). Aliás, as harmonias assimétricas tem a ver com o tema sobre vício em trabalho abordado na canção. Ozymandias é o nome de um poema clássico do autor romântico inglês Percy Shelley, que faz a lírica sobre ascensão e o declínio de pessoas em posição de poder, então figurado num faraó do Antigo Egito. O aceno proposto aqui pelo Hiënaz é traçar esse paralelo – a ascensão e o declínio – com os workaholics dos dia atuais, pessoas obcecadas por seu trabalho e que tornam isso sua identidade. “E isso se torna o próprio demônio interno – e que inevitavelmente sofre uma queda proporcional ao tamanho da ambição”, conta o guitarrista Pedro. O poema tem duas referências de cultura pop que se tornaram famosas, com o Ozymandias sendo o nome de um personagem em Watchmen e o nome de um episódio em Breaking Bad. A capa, inclusive, é um brincadeira com uma referência do seriado e o faraó do poema original. A estrutura da música segue esse ritmo assimétrico e dissonante, retratando essa obsessão em uma estrutura de um pesadelo.
Mukeka di Rato comanda festa no Hangar 110, no sábado

Mukeka di Rato, Water Rats, Time Bomb Girls e Punho de Mahin são as bandas que participam neste sábado (22) do primeiro Sabot/Fenda 315 Party, uma realização da Agência Sobcontrole em parceria com o Hangar 110. Mukeka di Rato e Water Rats chegam ao evento com álbuns novos na bagagem: Boiada Suicida e Tetrix, respectivamente. Na estreia da festa, os shows acontecem até 22h30 no Hangar 110 (e com discotecagem de Thiago DJ, Verônica Faxina, Franco Sabot e Diego Fenda) e o after será na Sabot/Fenda 315, a partir das 23h. O ingresso vale para os dois eventos. Serviço Agência Sobcontrole apresenta Sabot/Fenda 315 Party Data: 22 de outubro de 2022 (sábado) Horário: a partir das 18h Bandas: Mukeka di Rato, Water Ratz, Time Bomb Girls e Punho de Mahin Local: Hangar 110 Endereço: Rua Rodolfo Miranda, 110 – São Paulo/SP Ingressos Pista 2 lote – R$ 60,00 Mezanino 2 lote – R$ 100,00 Venda on-line: Pixel Ticket
Crítica | Swallow

Engenharia do Cinema Este é mais um daqueles casos de projetos que são interessantes e curiosos, por causa de sua premissa maluca e diferente. Escrito e dirigido por Carlo Mirabella-Davis (que estreou nos cinemas, com este filme), “Swallow” fará todo o sentido se você tiver a mente aberta para a mensagem e um conhecimento de psicologia (mesmo que seja breve). A história gira em torno de Hunter (Haley Bennett) que acaba de descobrir estar grávida de seu marido Richie (Austin Stowell). Com sentimentos malucos (como acontece em quase toda a gravidez), ela passa a comer objetos cortantes e aleatórios como tachinhas, vidros, grampos e até vidros. Então aos poucos, passamos a entender que o motivo disso, vai muito mais além destes estranhos desejos dela. Imagem: MUBI (Divulgação) Sim, a grande estrela deste projeto é Bennet, que apesar de ela ter roubado a cena logo em seu primeiro grande filme (que foi o sucedido “Letra e Música”), este é sem dúvidas o seu papel mais ácido e dramático na carreira (lembrando que ela já fez vários papéis delicados, mas em filmes medianos como “A Garota do Trem”). Suas expressões de medo, dúvida e até mesmo insegurança são repassadas a todo momento, inclusive nas sequências onde ela começa a pensar em comer os objetos citados. Não podemos dizer que é um filme de terror (datada temática inusitada), mas sim um drama bastante forte e reflexivo. Já que estamos falando de uma trama que engloba também assuntos polêmicos como aborto e conservadorismo (assuntos que fazem muitas pessoas até mesmo evitarem ou denegrirem algumas produções, devido a abordagem em alguns casos). Não irei adentrar em spoilers, mas há um determinado ponto que a narrativa muda o foco (e isso é plausível, pois já haviam preparado o espectador para tal) e vemos o quão a situação estava complexa ainda mais (e Bannet dá mais um show de interpretação). “Swallow” é mais um interessante projeto diferente, e que foge dos padrões de reflexão e até mesmo nos faz pensar o quão o passado pode influenciar em situações chaves, em nosso presente.