Badi Assad e Dani Black dão nova vida ao single Ilha do Amar; ouça!

A parceria de Badi Assad e Dani Black Ilha do Amar, pertencente ao álbum Ilha, ganhou nova vida com versão ao vivo e acaba de chegar a todos aplicativos de música, com direito a clipe no Youtube. Trazendo reflexões sobre a evidência dos resultados catastróficos sobre uma sociedade que governa para a conquista do poder e não para o próprio bem-estar e evolução humana, a faixa foi gravada ao vivo no Estúdio 185 com a participação de Dani Black nos vocais e violão e dos músicos Décio 7 (bateria e samplers) e Meno del Picchia (baixo e samplers) que estão rodando o país ao lado de Badi na turnê Ilha. Ilha do Amar tem produção do vencedor do Grammy Latino, Márcio Arantes- conhecido por trabalhos com Maria Bethânia, Emicida e Mariana Aydar- e tem como diretor do clipe Beto Mendonça- que acumula milhares de views no YouTube com clipes de artistas como Emicida, Barbatuques e Vanessa Moreno entre outros. Cantora, violonista, percussionista vocal/corporal e compositora, Badi Assad emergiu como uma das artistas mais versáteis de sua geração. Com 20 álbuns lançados em todo o mundo e mais de 40 países visitados, seu CD Wonderland, de 2006, foi selecionado entre os 100 melhores da prestigiada BBC London. Já o filme sobre sua vida, Badi (2018), ganhou prêmio de melhor documentário no LABRFF (Los Angeles BR Film Festival). Por fim, foi escolhida entre os 70 melhores violonistas da história pela revista Rolling Stone/BR (2012).

Depois da Tempestade lança videoclipe de Indomável León

Indomável León é o novo videoclipe da Depois da Tempestade, antecipando seu segundo álbum, Luto por Esperanza. O clipe, produzido pela Sina Filmes e dirigido por Maria Ferreira, é a primeira parte da duologia que contará também com o vídeo da música Esperanza, a ser lançado em 2023 junto com o disco. Seguindo na sua mescla sonora que carrega características de rock alternativo, rock moderno, post-hardcore e música latina, a banda apresenta seu primeiro trabalho inédito desde 2021, quando apresentou a canção Transe no EP Ao Vivo Depois da Experience. Assim como Indomável León, Transe também fará parte do Luto por Esperanza, em nova versão. “É um grande prazer estar de volta com uma música que a gente acredita tanto, como é o caso de Indomável León. Estamos muito felizes com o resultado final do clipe, muito agradecidos por termos trabalhado com a Maria e com toda a equipe”, comenta Victor Birkett, vocalista da Depois da Tempestade. “Além dessa parceria com as meninas da Sina Filmes, voltamos a trabalhar com o André (Freitas) na produção musical, mix e master. Ele sabe como extrair o melhor de cada um de nós artisticamente e sempre está alinhado com tendências musicais mundiais, principalmente por conseguir fazer o alternativo soar pop”, completa. André Freitas, conhecido por produzir artistas como Bula e Cali Rock, também trabalhou em outros lançamentos da Depois da Tempestade. São eles Mutáv3l (EP – 2015) e Multiverso (Álbum – 2017). O álbum Luto por Esperanza conta pela voz do personagem León como foi passar pelos estágios de luto pela perda de sua amada, a personagem Esperanza. “Passamos por muitas mudanças nos últimos anos. A temática do álbum havia sido decidida em 2019 e nem imaginávamos pelo o que passaríamos nos anos seguintes. Isso atrasou o lançamento do disco, mas também potencializou toda a mensagem e missão que ele carrega, a de trazer conforto e expurgar qualquer frustração sentida nesse período”, explica Victor.

Big Up celebra a vida no novo DVD “Ao Vivo em São Paulo”

Unindo leveza, romantismo e poesia, a banda Big Up lançou o álbum e DVD Big Up Ao Vivo em São Paulo, já disponível nas plataformas de streaming. “Ter concluído o projeto do DVD foi a realização de um sonho da equipe inteira e das pessoas que torcem por nosso sucesso”, declarou o vocalista Ras Grilo. Um dos destaques do trabalho é o single Como Se O Amanhã Não Fosse Chegar. Com o instrumental atualizado, o grupo deseja proporcionar uma boa experiência aos fãs. “O DVD resume muito a ideia do nosso show, onde entregamos a energia máxima da banda”, explicou Lucas Pierro, outro integrante do trio. Idealizado pelos músicos após a pandemia do covid-19, o show tem o objetivo de recarregar e trocar energia com os fãs, celebrar a vida e a sobrevivência da banda durante o período complicado.   Importante para os músicos, as grandes participações de artistas populares no DVD, como Maneva, Melim, Gilsons e Gee Rocha, acontecem por amor à música e conexão. “Fizemos muitos amigos e estreitamos muitas relações com todas estas pessoas, às levamos em nossos corações”, afirmou Grilo. Empolgados com o alcance que o projeto pode ter, um dos músicos declara serem uma grande família. “Somos amigos há muito tempo, temos uma relação de carinho, amizade e respeito, que permanece até hoje. Acreditamos que nossas diferenças é o que mantém a essência da banda de pé”. Além disso, ser do mesmo bairro foi o que contribuiu para que a banda fosse formada. “Fomos criados em Interlagos, Zona Sul de São Paulo, e a banda foi criada lá, depois de nos reunirmos por ideia de alguns amigos”, contaram. Agora, os três artistas estão interessados em levar o show para o público, sem nenhum outro projeto em mente.

Baia retoma carreira após cinco anos com álbum de inéditas

Maurício Baia retomou a carreira após cinco anos com um álbum de inéditas intitulado Eternamente Ligado a Você. A nova produção conta com oito faixas, que abordam desde a sua saída definitiva do país em 2017 até críticas político-sociais e o relacionamento familiar. Em conversa com o Blog n’ Roll, Baia falou sobre as dificuldades na produção de um álbum em meio à pandemia, a composição das letras e seus projetos futuros. Natural de Salvador, na Bahia, Baia teve sua influência na música muito cedo, começando a tocar violão com nove anos. Após isso, ele apresentou covers dos principais nomes da música brasileira, como Caetano Veloso e Alceu Valença, integrando a banda Baia e RockBoys. Contudo, uma grande notoriedade viria em sua participação no DVD O Baú do Raul, tributo a Raul Seixas, grande nome da música brasileira e ídolo de Maurício. Agora, com 30 anos de carreira, ele apresenta uma nova produção com parcerias de longa data e composições solo, retratando a sua saída do Brasil, adaptação nos Estados Unidos, família e críticas ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).  Vendo, mesmo que de longe, a conturbada situação política e tendo escolhido o autoexílio nas últimas eleições, as faixas Um Gato Nesse Mundo Cão e Não Amasse o Meu Pão trazem duras críticas ao presidente eleito.  “Fui muito afetado pelo o que considero ter sido um golpe. Ele é um sujeito que se elegeu prometendo matar muita gente e matou muita gente. Eu não tenho essa insensibilidade de defender o armamento e a violência. Inclusive, isso é algo que me preocupa muito aqui. Essa facilidade com que você pode ter acesso a armamento e esses atentados a armas que ocorrem”. Contudo, o repertório não se prende somente a isto, com uma abordagem familiar muito intimista presente. Nas faixas Entre o Silêncio e o Som, Daniel (Na Cova do Sorriso) e Out And About, Maurício aborda seu relacionamento com seu filho e as dificuldades de se estar em um país estrangeiro. “A minha família tem dupla nacionalidade, e eu tive que ter toda essa adaptação com a língua e a documentação para trabalho. Quando desembarquei nos Estados Unidos para morar, o meu filho mais novo, Daniel, acabou sendo o meu maior compromisso no primeiro ano aqui”. Em meio às vivências de um mundo pandêmico, Baia também explicou o processo da produção de um álbum que necessitou da colaboração de equipes em dois países. “O virtual não permite que você cante e toque em simultaneamente com alguém que está do outro lado da linha”. Eternamente Ligado a Você tem a produção de Caesar Barbosa, em Portugal, e do EstúdioCS, de Carlos Sales, em Copacabana. Por fim, ele promete um retorno ao Brasil em abril de 2023, onde participará do seu projeto de 50 anos de idade, com o lançamento de um novo disco ao vivo no Circo Voador, no Rio, e uma possível turnê pelo país.

Crítica | Drive My Car

Engenharia do Cinema Realmente uma das grandes surpresas no final de 2021/início de 2022, foi o drama japonês “Drive My Car“. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, neste ano, o longa de Ryûsuke Hamaguchi (que também assinou o roteiro com Takamasa Ôe) procura relatar como o ser humano supera seus desafios e lutos, das maneiras mais diversificadas possível. Mesmo com três horas de duração, estamos falando de um longa que dificilmente será compreendido por parte do público, mas isso será retratado nos próximos parágrafos.     Inspirado no curta de Haruki Murakami, o longa mostra o ator Yûsuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima) que após perder a esposa (Reika Kirishima), é convidado para dirigir uma peça teatral de uma obra pelo qual ele possui uma grande familiaridade, mas em outra cidade. Mas devido a uma regra do grupo, ele não poderá ir até o local dirigindo, e para isso eles contratam a jovem Misaki (Tôko Miura) para assumir a função. Imagem: C&I Entertainment/MUBI (Divulgação) Uma das principais graças deste filme é você conferir ele sem saber muito do que ele se trata, muito menos seus desdobramentos ao decorrer da trama. Embora em um primeiro momento nos leve a crer que será algo no estilo de “Green Book” e “Birdman”, Hamaguchi mostra que estamos totalmente errados, pois seu projeto tem uma imagem única (que vai muito além do carro vermelho). Com os créditos iniciais aparecendo após cerca de 40 minutos depois do inicio do mesmo, já vemos que ele teve uma grande preocupação em criar uma atmosfera para o espectador comprar as motivações de Yûsuke, no decorrer do filme (sim, muito do que foi visto nesta metragem, será importante lá na frente). Hamaguchi poderia ter usado artimanhas “plausíveis” na industria como trilha sonora com tecladinho de churrascaria (com o intuito de causar lágrimas) e até mesmo constantes flashbacks, mas ele deduz que o espectador dele é inteligente demais e não necessita destes recursos. E para aproveitar esta “brecha” na metragem, ele opta por desenvolver melhor vários coadjuvantes que são apresentados na história (e datada a temática do filme, eles são importantes e servem como verdadeiras lacunas ao luto do protagonista). Menções honrosas para Miura e Masaki Okada (intérprete do arrogante ator Koji Takatsuki), que conseguem roubar a cena em várias situações só com seus olhares que vendem alguns pensamentos que estavam sendo estabelecidos (quem viu o filme, sabe do que estou falando).     “Drive My Car” é mais um grande caso que mostra como o cinema asiático está realmente começando a ganhar mais espaço, em uma época onde a indústria estadunidense decai a cada lançamento.