Banda gaúcha Nattiva lança single em videoclipe; assista “O Tempo”

A banda gaúcha Nattiva lançou a faixa O Tempo, com produção de Lelê Griebler e videoclipe da LG Música. O clima cinza e urbano captado nas imagens, tem a intenção de levar à introspecção. “É a calma e a esperança em meio à angústia e ao frenesi do caos”, conta Bertollo, que revela ainda, que a música fala sobre a ação do tempo na vida e nas relações. “No sentido de maturidade, de transformação e consciência. Tem um ar melancólico, mas esperançoso. Como naqueles dias cinzas em que a ansiedade pega, ou bate a angústia, mas quando você se senta pra fumar um cigarro no entardecer, lembra que amanhã há de ser outro dia, outro tempo, outro agora, e aí está um fio de esperança que nos faz querer existir”. O Tempo marca um passo importante na construção da sonoridade e identidade da Nattiva, composta por Yuri Brunetto (guitarra), Pietro Dessotti (teclados), Augusto Nuvens (bateria), além de Gui Bertollo (voz). “É uma música que representa muito bem a nossa fase atual, de transformação e amadurecimento. Até lançarmos nosso primeiro álbum, temos um caminho de transição e autoconhecimento pela frente, e este single representa um grande passo dentro deste objetivo, que é encontrar nosso lugar ao sol, conceitualmente e musicalmente”. Formada em 2020 na região do Vale do Caí, perto de Porto Alegre, no Rio Grande Do Sul, a banda Nattiva combina indie e rock alternativo com elementos orgânicos e eletrônicos. A psicodelia moderna bebe na fonte de grupos como Twenty One Pilots, Sublime, Sticky Fingers e Tash Sultana. A influência da música nacional, segundo o vocalista Gui Bertollo, vem de nomes como Charlie Brown Jr e Forfun.
Macaco Bong se reinventa no intenso álbum “Live Garage”

O trio de rock instrumental Macaco Bong lançou o disco Live Garage. Com apenas cinco músicas, mas 40 minutos de duração, a banda se reinventou em um trabalho que traz influências de metal e riffs intensos. As faixas do disco formam uma história “sem fim”, prendendo o ouvinte em cada segundo e o levando em uma aventura hipnotizante. Para o fundador e guitarrista da Macaco Bong, Bruno Kayapy, o grande diferencial desse álbum é a intensidade da energia crua do trio, que foi conservada na gravação. Não se trata exatamente de um álbum ao vivo com um público presente, mas a banda buscava traduzir a mesma energia presente nas suas performances: “Ao longo de quase duas décadas de banda, comecei a perceber melhor esse feedback de como o nosso show é absurdamente superior a gravação que se ouve nos discos! A experiência de estar presente no show do Macaco Bong é totalmente diferente da experiência de ouvir um disco. Esse é o primeiro álbum da banda que prioriza esse lado da sonoridade ao vivo dos nossos shows – por isso esse conceito de Live.” Essa abordagem de gravação, mais crua e realista, surgiu também em resposta ao período da pandemia: o último álbum da banda, Mondo Verbero (2021), teve um processo adverso, sendo gravado completamente à distância. Já nesse novo disco, a banda pôde finalmente se juntar novamente e gravar presencialmente. Em um ambiente de garagem transformado em estúdio musical caseiro, Bruno Kayapy (guitarra), Igor Carvalho (baixo) e Marcus Fachini (bateria) gravaram as músicas do disco juntos, olho no olho. Com isso em mente, a banda também planeja um complemento a esse disco; em 2023, um segundo volume do Live Garage será lançado. A continuação do disco será composta por uma seleção de músicas de todo o catálogo da carreira da banda, regravados nesse mesmo formato que prioriza a energia “ao vivo”, e contando também com uma faixa inédita. O Macaco Bong dificilmente repete a mesma fórmula musical em seus álbuns, e as composições transitam por inúmeras vertentes musicais, ao ponto de ser praticamente impossível de se rotular a banda dentro de algum gênero ou nicho da indústria musical. Nesse novo trabalho, a banda atingiu um novo patamar no que se refere a sua proposta musical de desconstrução de arranjos convencionais da música pop. Mesmo com dez anos de carreira, o trio segue inovando, e esse novo disco é a maior prova disso. Ao mesmo tempo que exploram sonoridades novas, a banda conseguiu evidenciar no disco seu maior ponto forte: a intensa energia que vem da dinâmica entre o grupo. O álbum Live Garage, do Macaco Bong, é um lançamento do selo ForMusic Records.
Silva lança Farol das Estrelas, aquecimento do álbum Bloco do Silva #2

Já está disponível para audição a versão de Silva para Farol das Estrelas, canção que fez sucesso com Soweto, e faz parte do projeto Bloco do Silva #2. O lançamento marca o retorno do artista à Som Livre. Silva celebrou o lançamento: “Farol das Estrelas é um dos sucessos avassaladores do Soweto que eu ouvia muito no rádio e nos programas de auditório que marcaram minha geração. Já queria gravar essa música há tempos e finalmente chegou a melhor hora. Composição dos craques Altay Veloso e Paulo César Feital”. Farol das Estrelas também pode ser assistido aqui, a captação aconteceu na edição de 2022 do Bloco do Silva, durante a apresentação que aconteceu em São Paulo, em maio desse ano. O single aquece o lançamento do álbum Bloco do Silva #2, que chegará em todas as plataformas de áudio e também no Youtube de Silva, no dia 9. Bloco do Silva 2023 já tem datas e aquecerá o pré-carnaval de algumas das principais capitais brasileira.
Crítica | Blockbuster (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Em uma era onde a mídia física está dividindo e perdendo cenário para o streaming, justamente a Netflix lançou a sitcom “Blockbuster” (uma vez que esta quase comprou a plataforma citada, ainda nos anos 90). Se passando justamente na última loja daquela que já foi uma das maiores empresas de aluguel do ramo, vemos que realmente a criadora da atração, a showrunner Vanessa Ramos não procurou saber mais histórias sobre como era a rotina das vídeo-locadoras (inclusive, ela deve desconhecer o excelente documentário “Cinemagia“), uma vez que o foco acaba sendo mais conflitos pessoais e amorosos dos personagens, ao invés de detalhes que marcaram a existência de tais estabelecimentos. Como dito anteriormente, a história se passa na última Blockbuster do mundo e seu gerente, Timmy (Randall Park) faz de tudo para não só manter o local vivo, como também a própria tradição de consumir mídia física. Mesmo ciente que o espectador atual está optando por plataformas de streaming. Imagem: Netflix (Divulgação) Mesmo com o design de produção da loja sendo excelente (uma vez que as prateleiras possuem filmes e edições que realmente existem), faltou mais da pegada da rotina de uma locadora. Apesar de vermos cenas habituais como funcionários que indicam filmes, clientes assíduos e até mesmo o balcão da mesma se transformando em um verdadeiro cenário de terapia, faltou mais daquela pegada que todos nós lembramos que acontecia. Isso envolve situações com distribuidores de filmes, edições de luxo que chamam atenção, produções que só são lançadas em um formato e até mesmo funcionários que são realmente interessantes e não clichês. Temos o cara certinho (Park), a amiga de todos (Hannah), o cinéfilo (Carlos), o interesse amoroso do protagonista (Melissa Fumero), a funcionária mais antiga da empresa (Olga Merediz) e até mesmo o responsável pela loja (J.B. Smoove). E o mais importante, e que muitos se perguntam se por se tratar de uma sitcom “é uma série engraçada?” Honestamente, quando os risos começaram a aparecer em tela, a temporada já se acabou e ainda ficamos pensando “porque diabos nos pegamos vendo essa atração até o final, se nem graça estavatendo?” Mesmo se tratando de uma série sobre vídeo-locadoras, a primeira temporada de “Blockbuster” foi nitidamente feita por pessoas que desconhecem realmente como funcionava e qual era a rotina deste tipo de empresa, que até hoje faz muita falta.