Ex-integrantes do MQN apresentam nova banda e álbum digital

O MQN foi um dos nomes mais importantes do rock goiano (e até mesmo brasileiro) no início dos anos 2000. Tocaram nos principais festivais de rock do País, lançaram três CDs (além de um na Argentina) e uma série de compactos em vinil. Aliás, fizeram turnês e gravaram disco nos EUA e influenciaram o surgimento de outras bandas como o Black Drawing Chalks, Hellbenders e Overfuzz. Mas em 2012 a “Melhor Que Nada” encerrou as atividades e passou a se apresentar apenas de forma esporádica e comemorativa. Só que o fim da banda não “aposentou” os integrantes. O produtor musical e baixista Gustavo Vazquez, o baterista Miranda e o guitarrista CJ continuaram tocando juntos e compondo mesmo após o encerramento das atividades do MQN. E, com ensaios frequentes no Rocklab Studios, decidiram gravar um álbum completo sob a alcunha de Dogteeth. Na nova banda Miranda assumiu também os vocais, algo que ele já tinha feito num cover de Got This Thing on the Move, do Grand Funk Railroad, no terceiro CD do MQN. A partir daí, o trio trabalhou calmamente na produção e nos arranjos das nove músicas que compõem Tripping Reality, o álbum de estreia do Dogteeth e que chega a todas as plataformas digitais via Monstro Discos. O som lembra o MQN, claro. Até porque CJ era um dos principais compositores da antiga banda. E lá estão os riffs pesados do guitarrista, os timbres, a poderosa bateria de Miranda e o baixo marcante do mestre Gustavo, com solos sob medida e o rock duro e chapado característico do trio. Para ouvir alto e tomando cerveja. Rock sempre!

Sesc Santos: Janeiro tem Fabiana Cozza, Cordel do Fogo Encantado e Lucas Santtana

A programação de janeiro do Sesc Santos terá três bons shows nacionais: Fabiana Cozza, Cordel do Fogo Encantado e Lucas Santtana. Confira abaixo mais informações sobre os ingressos. Todos estão à venda. Fabiana Cozza Abrindo às férias, o palco do Sesc Santos recebe Fabiana Cozza com o oitavo álbum da sua carreira, Dos Santos, considerado seu trabalho de estreia como compositora, com repertório inédito, criado especialmente para o trabalho, é dedicado ao universo cultural das religiões de matriz afro-indígena brasileiras. Serviço: 7 de janeiro, sábado, às 20h. 12 Anos. Teatro. Ingressos: R$12,00 (credencial plena) a R$40,00 (inteira).  Cordel do Fogo Encantado No dia 12 de janeiro, quinta, às 20h, Cordel do Fogo Encantado, grupo nordestino apresenta seu novo show, Água do Tempo. Celebra suas principais entidades referenciais, revivendo seus primeiros fundamentos artísticos ligados à poesia e ao teatro. Por fim, trazem também novos caminhos, com duas músicas inéditas, novos textos e poesias e rearranjos dos clássicos da banda. Serviço: Teatro. 12 Anos. Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena) a R$ 40,00 (inteira).  Lucas Santtana Lucas Santtana, há treze anos atrás, o cantor lançava Sem Nostalgia (2009), um álbum essencial à discografia daquela que era então chamada de ‘a nova geração da música brasileira’. No seu nono álbum solo, O Paraíso, une dez canções para modificar nossa maneira de pensar. O Paraíso já é aqui. Nas letras do repertório autoral do álbum, o cantor, compositor e violonista versa sobre temas atuais, como a crise climática e a consciência ambiental. Serviço: Dia 13/1, sexta, às 21h. 16 anos. Comedoria. Ingressos: R$ 9,00 (credencial plena) a R$ 30,00 (inteira).  

Crítica | Gemini: O Planeta Sombrio

Engenharia do Cinema É difícil imaginar que em meio a um cenário com vários filmes que não conseguem verba para serem feitos, com a mesma temática, “Gemini: O Planeta Sombrio” conseguiu ganhar sinal verde do estúdio. Feito em parceria entre o cinema russo e estadunidense, não conseguia ver outra coisa, a não ser os diversos erros de edição, mixagem (inclusive era nítido que alguns diálogos foram alterados na pós-produção, por não baterem ao movimento dos lábios dos atores) e roteiro. Em meio a uma situação apocalíptica que vem se encontrando o planeta terra, um grupo de cientistas são enviados para o espaço para procurarem um planeta que seja habitável para os seres humanos. Só que eles não imaginavam que encontrariam um ser alienígena, disposto a exterminar um por um. Imagem: Paris Filmes (Divulgação) Realmente é perceptível que os roteiristas Natalya Lebedeva e Dmitriy Zhigalov eram fãs dos longas “Alien” e “Interestelar“, pois o enredo é uma mescla totalmente pobre destes e para se assemelhar algumas situações gritantes são colocadas. Como por exemplo a relação amorosa entre os cientistas Steve (Egor Koreshkov) e Amy (Alyona Konstantinova), que mesmo não possuindo alguma química (e atuações que beiram a primeira aula de teatro) em cena, são colocados em um arco totalmente pobre e que remete ao segundo filme citado. Isso sem citar algumas situações totalmente chulas, que acabam sendo uma afronta para a inteligência do espectador (bastava alguém de fora ter comentado com os envolvidos no projeto, que as decisões não estavam sendo as melhores). E quando somos apresentados ao próprio alienígena, faltou aquela presença, medo e ameaça, já que acabamos torcendo para ele terminar o serviço e o filme terminar o mais rápido o possível.   “Gemini: O Planeta Sombrio” termina sendo mais um filme de horror que só serve para encher o catálogo das plataformas de streaming, e causar raiva naqueles que perderam tempo vendo uma história cheia de problemas.