“Ameaça”, novo single de Livy, resgata origem roqueira

A cantora paulista LIVY lançou o single Ameaça. A faixa é a primeira do álbum de estreia, It was never dead, just resting, previsto para 2023. Pautado pelo renascimento, o disco apresenta também algumas canções compostas no início da carreira de LIVY, o que ela considera o “lado B” do álbum. Curiosamente, é uma dessas faixas, Ameaça, a escolhida como primeiro single. “Escolhi essa música porque ela representa minha raiz, de onde eu vim, e as nossas raízes dizem bastante sobre a gente. Honre-as sempre que possível. Isso nunca vai fazer com que você erre a direção. Honre mesmo aquela versão ‘rascunho’ que fez você chegar até aqui. ‘Ameaça’ é sinônimo da artista em formação, buscando identidade e se colocando no mundo. Acho que é uma boa forma de recomeçar”. LIVY também recorda que na época em que compôs a faixa, ouvia bastante hard rock como Halestorm e The Pretty Reckless, o que justificaria a pegada mais roqueira da música. “Pode ter um elemento ou outro dessa combinação”. Já a letra, segundo ela, aborda a dualidade, o maniqueísmo, a ameaça em algo inevitavelmente sedutor. “A música fala também em estados de exceção, totalitarismo. O verso dizem que ninguém escapa desse charme de sempre, dessa velha ameaça não parece atual num contexto de democracia tão recente quanto a nossa? Esse flerte com a ausência do Estado de Direito não tem nada de novo e continua se alastrando nos dias atuais, travestido de nacionalismo”, revela. Em julho deste ano, numa retomada de carreira, LIVY lançou Baby, é o Fim do Mundo em videoclipe. A ótima repercussão, deu o gás que a artista precisava para trabalhar no novo álbum, e Ameaça é o início do que está por vir em 2023.
Lhanura lança EP provocador; ouça “Antropoceno”

A banda paulista Lhanura lançou o primeiro EP, Antropoceno, uma combinação do peso e da liberdade rítmica presentes no nu-metal, com o compromisso e as contestações observadas no rap e no hardcore. Com reflexões sobre os meandros da vida contemporânea, o novo trabalho, de acordo com o vocalista Bollo, é um exercício de escopo sociológico a respeito dos desdobramentos e efeitos da vida em sociedade. “É uma leitura antropológica das questões que permeiam o modo de vida no Brasil. Trouxemos provocações que vão desde o problema da identidade no mundo globalizado e sua liquidez, passam pela motivação de ser quem se é, de reconhecer os pares, da aceitação e naturalização da desigualdade, e ainda, sobre estruturas de poder que reproduzem falácias legitimadas”, revela. Para destacar o lançamento do EP, Lhanura escolheu a música Toga Vil com o intuito de representar a energia e autenticidade emanada pela banda. “É uma faixa que denuncia o descalabro provocado por omissões do poder judiciário. Ela critica as históricas decisões de arquivamento quando personagens brancos, ricos, correligionários ou herdeiros de figuras importantes, estão no foco de atos criminosos”, diz o vocalista. Antropoceno se apresenta como uma amostra do caminho o qual a banda pretende trilhar, de forma poética, incisiva e cativante. Além de Busque o melhor e Toga Vil, o EP reúne as faixas Nos Reconhecer, Ainda Não e Quem é você?. “Todas elas contêm características que pretendemos carregar durante nossa jornada. É o nosso grito inicial, um chamado a quem pondera o misto de racionalidade e emoção – um convite à plenitude”, finaliza Bollo. Lhanura é formada ainda por Vinao (bateria), Minhoca (guitarra) e Kahlil (baixo).
Kamaitachi encerra programação de 2022 da Arena Club, em Santos

Após uma temporada de consolidação como principal casa de shows de Santos, o Arena Club vai receber o cantor carioca Kamaitachi nesta quinta (29). Os ingressos já estão disponíveis para compra na plataforma Articket. Eles custam a partir de R$ 50,00 (pista, meia). Indie, blues, rock alternativo: Kamaitachi não se limita a um só gênero. Nascido Rafael Gonçalves, escolheu o nome artístico em japonês inspirado em uma figura cultural do país responsável pelo corte do vento, seguindo a referência do vento com a melodia. A princípio, Kamaitachi começou a carreira em 2015 com uma banda chamada Sala 31, mas em 2017, seguiu carreira solo. Com inspiração em bandas e cantores como Led Zeppelin e Shawn James, Kamaitachi explora temas como Murder Song, Dark Song e History Song. Aliás, o artista ainda usa a música como crítica em relação à natureza humana e à religiosidade. Em 2022, Kamaitachi lançou uma série de singles, incluindo O Sol e a Lua, Alice, O Treco, O Limbo do Menino Sem Olhos e, mais recentemente, A Sociedade dos Nerds Psicóticos. O Arena Club está localizado na Avenida Pinheiro Machado, 33, na Vila Mathias, em Santos. Por fim, vale destacar que a casa já iniciou a montagem da agenda de 2023. Em resumo, janeiro tem Detonautas, Lagum e Froid + Veigh.
Day Limns traz Bullet Bane em novo single, Castelo de Areia

Já sentiu que tudo está desmoronando e, mesmo com empenho e dedicação, vê que o fim está próximo e não há nada que possa mudá-lo? Essa sensação angustiante e ao mesmo tempo de aceitação que Day Limns descreveu em seu último single do ano: Castelo de Areia. A canção traz a grande parceria de Day Limns com Bullet Bane. Composta por Day Limns, Renan Garcia, Fernando Uehara, Danilo Souza, Arthur Mutanen e Los Brasileros, que também assinam a produção ao lado de Arthur, vocalista da Bullet Bane, Castelo de Areia traz uma relação em que se sente que o fim está próximo mas ainda existe aquela tentativa de fazer com que esse final se atrase ou nem aconteça. Existe alguém ali tentando convencer o outro mas ao mesmo tempo fazendo as pazes com o fato de que tudo que foi idealizado está caindo por terra pra deixar só o que é real. “Escrevi esta canção na mesma época que Muito Além. E desde sempre quis que fosse um feat com uma banda ou alguém do rock que tivesse um som “mais pesado” que o meu. A minha relação com os moleques da banda, especialmente com o Arthur foi se desenvolvendo organicamente, sempre nos encontrando nos mesmos rolês e eventualmente vi Bullet Bane ao vivo e fiquei: ‘cara, é isso! Preciso de uma música com eles! Essa é a minha música favorita que já lancei, superando Finais Mentem, finalmente!”, conta Day.
Isabella Bretz e Rodrigo Lana buscam o que nos faz humanos em Cabeça Fora D’Água

A parceria prolífica da cantora e compositora Isabella Bretz e do pianista e produtor musical Rodrigo Lana ganha um capítulo com Cabeça Fora D’Água, novo álbum dos artistas. Buscando um olhar indie folk com MPB sobre as desilusões do dia-a-dia, eles – mineiros radicados em Portugal – fazem do disco uma viagem global sobre as sensações que nos fazem humanos através de participações especiais. Na faixa de abertura, Respiro, já surge a primeira convidada: a cantora e compositora tcheca Markéta Irglová, interpretando pela primeira vez uma canção em português. Com uma sólida e aclamada carreira solo, incluindo o recente Lila, ela é conhecida mundialmente pelo filme Apenas Uma Vez, com o qual ganhou o Oscar pela música Falling Slowly, e pela banda The Swell Season. No álbum, ela faz um dueto com Bretz sobre busca pelo ar como uma vontade de sair da inércia, trazendo o ouvinte para fora de sua zona de conforto e para dentro do universo do álbum. Essa mudança de ares pode ser representada em Sentido, uma experiência sonora que passa pelos nossos cinco sentidos em busca da presença e do novo, com participação de Katerina L’Dokova, artista da Bielorrússia que usa tons da música folclórica de seu país em sua arte. Renato Enoch, por sua vez, colabora em 30 de fevereiro, um protesto sobre a vontade de não seguir padrões. Enoch também é artista visual e assina toda a parte visual do álbum. Cabeça Fora D’Água coroa um período fértil para uma parceria já de sucesso. No primeiro semestre, Isabella Bretz e Rodrigo Lana lançaram juntos o álbum e livro pequenezas, transformando em poesia, música e arte breves histórias de conexão, alento e afeto juntamente com Jackson Abacatu. Anteriormente, lançaram juntos o livro Conhecimentos de Áudio para Cantores, além de colaborarem extensivamente em seus projetos musicais, sendo o mais recente o disco “Retalho de Mundo”, que Isabella lançou em 2020. O álbum está disponível para audição nas principais plataformas de música e o disco físico pode ser adquirido no Bandcamp. Os clipes e parte audivisual do projeto podem ser assistidos no YouTube.
Gaúcho Pedro Dupuy lança EP Perfeitamente Mutável; ouça!

O cantor e compositor gaúcho Pedro Dupuy traz leveza, poesia, romantismo e questões existenciais em Perfeitamente Mutável, seu novo EP. Capitaneado pelo single Bela Balada, o trabalho já está disponível para streaming e o single ganhou um lyric video. “Há nesta música um contexto descrito, por vezes de maneira bem literal, por vezes de maneira mais lúdica e metafórica de um momento a dois. E nada mais que isso. Descreve um momento banal… baseando-se numa ótica de que, na companhia certa, em qualquer momento vive uma eternidade”, entrega Dupuy sobre a nova canção que se une às já lançadas Temo Que Fuja, Sinceros Sorrisos e Por Onde Começar no EP. Natural de Porto Alegre (RS), ele começou a escrever canções aos 19 anos, inspirado por artistas como Ray LaMontagne, Damien Rice, John Mayer, James Bay e Ed Sheeran, como forma de expressar seus sentimentos e contar histórias. Pedro Dupuy surgiu no cenário independente com o EP É Só Um Ponto de Vista, onde mesclou toques de pop e folk. Agora, o músico evolui sua estética para mostrar outros tons e sons da sua musicalidade. Bela Balada e o novo EP são mais provas dessa versatilidade, já disponível nas principais plataformas.