Gabrielle Aplin une pop e alternativo em delicado álbum Phosphorescent

Buscando novas luzes em meio aos dias escuros, a cantora e compositora inglesa Gabrielle Aplin lançou o álbum Phosphorescent, onde mergulha suas intimistas canções em uma roupagem pop e alternativa. O disco não é necessariamente um produto da pandemia, mas surge da solidão e estranheza que Gabrielle, como muitos de nós, experimentou ao longo desse tempo. Após uma mudança para o interior, com maior conexão com a natureza, Aplin notou que estava escrevendo canções com uma libertação recém-descoberta. “Este é um disco que fala sobre arrependimento, auto-reflexão, desejo de mudança e se encontrar. Tudo na gravação deste álbum pareceu tão natural. Foi ótimo para mim porque me fez realmente conhecer quem eu sou agora, considerando que tanta coisa mudou. Eu só quero que as pessoas se conectem e sintam um pouco do que senti ao fazer esse projeto”, conta ela, que recentemente atingiu a marca de 1 bilhão de streams. >> CONFIRA ENTREVISTA COM GABRIELLE APLIN Criado de modo escapista com colaboradores recorrentes como o produtor Mike Spencer e sua parceira de composição Liz Horsman, Phosphorescent é um álbum no qual Gabrielle abraça a inspiração que ela encontrou simplesmente por passar tempo com a natureza. Isso explode nos singles lançados, bem como no neo soul de Anyway e a pop I Wish I Didn’t Press Send. Desde que começou a lançar covers no YouTube há pouco mais de uma década, Aplin conseguiu um álbum com certificação de Disco de Ouro, que chegou ao segundo lugar das paradas no Reino Unido (English Rain, de 2013) e acumulou 258 milhões de visualizações em seu canal. No Brasil, ela liderou as paradas em 2016 com o hit Home, que foi tema da novela Totalmente Demais (TV Globo). O sucesso foi tanto, que a artista fez uma performance ao vivo no meio da trama. Aliás, agora ela abre uma página nova em sua carreira com o novo disco. A faixa de abertura Skylight está na trilha sonora da novela Todas as Flores, do Globoplay. “Para esse disco, eu estava compondo de novo por diversão. No começo não havia objetivo claro, mas quando as músicas começaram a surgir eu pude ver que elas eram sobre coisas que eu nunca havia processado até aquele momento. Acho que muitas pessoas realmente não pararam de verdade até que a pandemia as forçou, e esse foi definitivamente o meu caso. Muitas delas estavam abordando coisas que eu havia adiado até então. Isso realmente me fez questionar quem eu era. Parecia que eu estava fazendo um álbum pela primeira vez”, ela conclui. Ouça Phosphorescent

Iggy Pop lança álbum Every Loser; ouça!

O lendário Iggy Pop lançou, nesta sexta-feira (6), o álbum Every Loser, pela Atlantic Records/Gold Tooth Records – uma distribuição nacional Warner Music Brasil. Every Loser foi precedido pelos singles Frenzy e Strung Out Johnny. Em resumo, Every Loser é o primeiro álbum de Iggy a ser lançado através da recém-anunciada parceria entre a Atlantic Records e a Gold Tooth Records, o novo selo fundado pelo produtor executivo Andrew Watt. Apresentando uma linha de participações de ícones do rock moderno, incluindo a formação de Watt, McKagan e Smith de Iggy Pop & The Losers, Every Loser define as agressões líricas de Iggy contra inimigos físicos e existenciais no topo de uma base sólida fornecida por membros do Blink-182 (Travis Barker), Foo Fighters (Taylor Hawkins), Guns N’ Roses (Duff McKagan), Jane’s Addiction (Chris Chaney, Dave Navarro, Eric Avery), Pearl Jam (Josh Klinghoffer, Stone Gossard) e Red Hot Chili Peppers (Klinghoffer, Chad Smith). O resultado são 11 canções do homem que se recusou a entrar gentilmente naquela boa noite em Free, e está mais uma vez atacando sem medo a própria vida em Every Loser.

Crítica | Terrifier 2

Engenharia do Cinema Em algo extremamente raro na história do cinema, o diretor e roteirista Damien Leone acabou conseguindo com apelo de crowdfunding US$ 250 mil dólares para realizar “Terrifier 2” ( 430% à mais do orçamento privado que ele havia conseguido). Após o sucesso plausível do original, este segundo filme nitidamente conseguiu não só ter os erros reparados, em relação aquele, como ainda criou uma atmosfera maior para o novo grande ídolo do cinema slasher, Art – O Palhaço (David Howard Thornton, mais uma vez em excelente atuação), que até então já arrecadou cerca de US$ 12 milhões nas bilheterias mundiais. A história se passa na noite época de Halloween, quando Art começa a aparecer e assassinar todos em seu caminho, até que ele tem seu caminho cruzado com Sienna (Lauren LaVera), onde ele começa a causar o terror em sua vida. Imagem: Imagem Filmes (Divulgação) É perceptível que Leone extrapolou e abusou de todas as possibilidades que poderiam ser feitas por Art, quando ele está com suas vítimas prestes a serem sacrificadas. Sem pudor e não falando ou sussurrando alguma palavra, seus trajetos que lembram o estilo de Jim Carrey e Freddy Krueger, não causam arrepios em um primeiro momento. Mas quando ele está praticando suas insanidades, ele mostra o quão psicótico consegue ser. E isso Leone deixa claro desde a cena de abertura (pelas qual ele comete atos brutais, por mera diversão), cujos efeitos práticos e extenso trabalho de direção (como enquadramento nas horas mais constrangedoras), souberam deixar quaisquer espectadores se contorcendo na cadeira (inclusive há vários casos de pessoas que passam mal, durante as exibições nos cinemas).     Com direito a muito sangue, violência e sequências realmente impactantes (uma vez que ele esbanja naturalidade ao abrir a cabeça de uma pessoa ou até mesmo rir de um animal morto), fazem o personagem ser muito mais amedrontador como aparece. Agora, assim como o recente “Avatar: O Caminho da Água“, estamos falando de um filme que é ótimo no aspecto técnico, mas que peca totalmente no roteiro (que realmente se não tivesse uma história, não teria feito diferença, uma vez que ele apela para diálogos vergonhosos, situações clichês e até mesmo um enredo totalmente previsível). Porém, no meio de tanto caos no roteiro, é nítido que Leone procurou estabelecer Sienna como a grande protagonista desta franquia que está nascendo. Uma vez que há um cuidado na retratação de seu arco, várias pontas soltas que são deixadas, e até mesmo no tratamento para Lauren LaVera virar uma nova Laurie Strode (Jamie Lee Curtis, protagonista de “Halloween“) com uma mistura de Ash Williams (Bruce Campbell, o icônico protagonista da saga “Evil Dead“). E é nítido que a garota tem talento para mais filmes deste universo, e terá pique para combater mais vezes Art. “Terrifier 2” se mostra como um verdadeiro slasher atual, que presta não só homenagem aos clássicos títulos do gênero, como mostra que este tipo de filme ainda merece ter mais destaque na indústria cinematográfica (que cada vez mais se abstém do estilo, de forma original, e fica apenas dedicado em franquias já estabelecidas).