Bloco do Caos anuncia EP e DVD com Caminhada, parceria com Bells

Depois do grande sucesso de Na trilha do Bloco #1: Boiçucanga, lançado em 2018, o Bloco do Caos decidiu repaginar o projeto e desta vez aposta em grandes parcerias femininas do reggae em Na trilha do Bloco com elas. O EP e DVD, que será lançado aos poucos, teve seu debute com o single Caminhada, que conta com a participação de Bells, artista nova da cena do reggae mas que vem se destacando pelo seu estilo e suas músicas já lançadas. Composta por Alê Cazarotto, Renato Frei e Bells, a faixa fala sobre trilhar o próprio caminho, por mais árduo que ele seja. “A caminhada é longa mas é minha”, canta o refrão. Num arranjo que mistura o acústico com o beat eletrônico, temos reggae e lo-fi coexistindo, com pitadas de hip hop. Música leve, acústica, goodvibes, intimista e reflexiva, como promete ser todo o projeto. Com cinco singles inéditos em áudio e vídeo, todos com participações femininas que despontam no cenário do reggae nacional, o Na Trilha do Bloco com Elas é um mini DVD Acústico produzido pela Plural Brother Filmes, parceiros de longa data da banda, e dirigido por Rodrigo Rímoli. A produção musical ficou por conta de Alê Cazarotto e Renato Frei, ambos integrantes do Bloco do Caos. A mixagem e masterização ficou por conta de Fábio Chapa do Chapa Music Estúdio. “Um dos intuitos do projeto Na Trilha do Bloco com Elas é dar notoriedade e visibilidade para a força e o talento da mulher brasileira regueira, conectar o público com a arquitetura da cidade de São Paulo e também mostrar o lado reggae mais leve da banda, realizando tudo isso de forma harmônica e sutil, buscando um alcance mais amplo no mercado fonográfico”, explica Alê Cazarotto, vocalista do Bloco. Em complemento à música, o projeto contará com cinco entrevistas das participantes em formato de podcast, contando um pouco sobre sua trajetória, dificuldades e outros assuntos com o objetivo de motivar outras mulheres do reggae. Esse projeto foi contemplado pela 5ª Edição do Edital de Apoio ao Reggae para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura.

Antonio Sobral revela EP Marulho com vídeo em super-8 de Canto Doce

“Quero o meu canto calmo/Quero o espanto calmo”, afirma o multi-artista Antonio Sobral em Canto Doce em busca de um momento de respiro. A faixa é um dos destaques de Marulho, um álbum visual composto em viagem e traduzido em canções-mergulho sem medo de ir a fundo. O lançamento é do selo Desmonta e ganha um clipe que é um diário visual e afetivo em super-8 sobre um encontro com a natureza. “Era um dia triste e bonito. Resolvi caminhar. Ao chegar no topo de um morro, me deparei com um vale, coberto de mata. A beleza da vista foi dinamizada pelo rasante de um gavião sobre a minha cabeça. Neste momento, a letra e a melodia de ‘Canto doce’ me vieram, praticamente como foram gravadas depois: cristalinas. A música fala sobre o encontro da paz na Natureza, e sobre a importância de ter os olhos abertos nesta jornada, para poder perceber esta paz e afinar o canto com doçura, aveludando as arestas de dentro”, conta Antonio. A estreia como artista solo celebra o seu próprio movimento: há 8 anos, Sobral trocou sua vida em Berlim por uma vivência na serra fluminense, onde se dedica à agroecologia e à produção cultural, no território rural de São José do Vale do Rio Preto, fazendo a curadoria da Residência São João. “O disco foi gravado no auge da pandemia, quando as baterias do mundo andavam fracas. Passamos duas semanas em imersão no estúdio de gravação da Residência São João, um espaço de criação em plena área rural, onde eu vivo. Foi um privilégio ter este tempo para buscar os sons que nos levariam às paisagens emocionais das composições”, reflete Sobral. Ele trouxe para este trabalho sua formação em Cinema e uma trajetória multimídia, passeando pela música, poesia, vídeo e artes visuais, com obras exibidas em mostras internacionais, museus, galerias de arte e espaços independentes. O seu projeto musical anterior, Los Pajaritos, em parceria com Antonio Farinaci, chamou atenção da imprensa especializada e lotou a casa de shows Blue Note, em São Paulo. Agora, Marulho apresenta um novo caminho. As idas e vindas e o balanço das ondas estão no DNA de todo o projeto. Não por acaso, o título do álbum faz referência à constante impermanência – ou à permanente inconstância – das águas do mar. Um movimento incessante, ainda que muitas vezes possa ser imperceptível, está no cerne dessa ideia. Marulho está disponível em todas as plataformas de música e o novo clipe, Canto Doce, no canal de YouTube de Antonio Sobral.

Froid e Veigh se apresentam na Arena Club, em Santos

Os rappers Froid e Veigh subirão ao palco da casa de shows Arena Club, em Santos, nesta sexta-feira (27), a partir das 21h. Os ingressos variam de R$ 50,00 a R$ 200,00 e podem ser adquiridos na plataforma Articket. Froid iniciou sua carreira em 2011. Ele fundou com outros dois parceiros o grupo de hip hop Um Barril de Rap. Inicialmente os integrantes do grupo eram o próprio Froid, Sampa e Yank. Após um tempo, o beatmaker Disstinto também entrou. Em 2017, o grupo foi desfeito após a saída de Yank, assim Froid seguiu em sua carreira solo. Enquanto era integrante do grupo Um Barril de Rap, Froid também participava de batalhas de rap freestyle frequentando a Batalha do Neurônio e a Batalha do Museu, sediada no Museu Nacional da República em Brasília, assim crescendo no cenário do rap nacional e ganhando sua notoriedade. Criado em Itapevi, Zona Oeste de São Paulo, Thiago Veigh está entre as promessas do trap/RnB nacional. Sempre apresentando muita versatilidade em suas composições, já soma mais de 964 mil ouvintes mensais no Spotify. Por falar na plataforma de streaming, Veigh acaba de gravar um mini documentário, produzido pelo Spotify, que retrata sua trajetória. Recentemente, Veigh destacou-se com Paraíso Periférico, single que tem participação de Kyan e produção do Nagalli. Outros singles de sucesso assinados por ele que faturam milhões são: Foto do Corte, O Justo Não Teme e Trap de Cria 2 (Kyan, Danzo, Nagalli e Caio Passos). A Arena Club está localizada na Av. Senador Pinheiro Machado, 33 – Vila Mathias, Santos.

bernardo reflete o brasil contemporâneo em Xote de Realidade

Mineiro de Belo Horizonte criado no Espírito Santo e radicado no Rio de Janeiro, bernardo pescou suas referências da estrada e chega em seu disco de estreia Xote de Realidade, com experiência de veterano. O álbum vai muito além do ritmo nordestino do nome e traz rock, MPB e psicodelia para uma verve poética agridoce. Como um cronista do caos, bernardo surge unindo memórias pessoais e coletivas em uma catarse para trazer de volta o ouvinte para o mundo real. Com participações especiais de André Prando em Cidadão de Bem, Mari Jasca em Bem Aqui e Iraty Boelsums em Pedra e Mel, o álbum foi produzido por Elisio Freitas e mixado e masterizado por Bruno Giorgi. bernardo estreou sua discografia com o EP Violão bandoleiro em 2018, que contou com a participação de músicos como Marcos Suzano e Lui Coimbra. Desde então, circulou o país com o show e realizou o novo álbum com patrocínio pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, através do edital Retomada Cultural RJ 2 na categoria que exalta o bicentenário da independência do Brasil.

Crítica | Esquema de Risco: Operação Fortune

Engenharia do Cinema Previsto para ser lançado em 2022, “Esquema de Risco: Operação Fortune” ficou quase um ano na gaveta de vários distribuidores mundiais por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia (uma vez que o arco envolvia antagonistas ucranianos, que estavam envolvidos no tráfico de armas). Sendo a quinta parceria entre Guy Ritchie e Jason Statham (que já trabalharam juntos em “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes“, “Snatch: Porcos e Diamantes“, “Revólver” e “Infiltrado“), e a terceira daquele com Hugh Grant (que nos últimos anos fizeram “O Agente da Uncle” e “Magnatas do Crime“), a sensação é que era uma reunião entre amigos, ou seja, poderia dar muito certo ou errado (uma vez que estamos falando de um ambiente de conforto). A história mostra o respeitado agente Orson Fortune (Statham), sendo recrutado pela CIA por intermédio de seu velho chefe Nathan Jasmine (Cary Elwes) para tentar rastrear uma perigosa transação de venda bélica, que será realizada pelo bilionário Greg Simmonds (Grant). Mas para chegar perto dele, Orson contará com a hacker Sarah (Aubrey Plaza), o atirador JJ (Bugzy Malone) e até mesmo a inusitada presença do astro de Hollywood Danny Francesco (Josh Harnett). Imagem: Diamond Films (Divulgação) Mesmo soando se tratar de ser um mais do mesmo, o cineasta Guy Ritchie consegue colocar sua cara nesta história ao retratar os personagens da trama de forma mais detalhada e sarcástica, mesmo sendo bastante breve. Embora ele coloque sátiras a personalidade dos próprios atores (o que fez nomes como Hugh Grant e Josh Harnett ficarem bem à vontade nos papéis, e renderem a melhor sequência do filme), a graça é ele ter tirado momentos interessantes e divertidos até mesmo com coadjuvantes do mesmo. Enquanto Sthatam vive mais uma vez o brucutu que se diverte diante das situações propostas pelo roteiro, Elwes e Plaza interpretam mais uma vez o “cara certinho” e a “menina maluca”. Em relação ao desenvolvimento do roteiro da trama (escrito por Ritchie e seus constantes parceiros Marn Davies e Ivan Atkinson), por se tratar de um filme de Richie com Statham de protagonista, qualquer situação proposta acaba sendo um álibi para cenas de luta e até mesmo ação (até mesmo uma cena de conversa aleatória, acaba se transformando em um cenário de pancadaria). Isso funciona, pois já estamos dentro da atmosfera da narrativa, que não se leva a sério desde sua abertura (onde o personagem de Eddie Marsan diz que está chamando Orson para a missão, simplesmente por ele ser o “f*dão e nada mais além”). “Esquema de Risco: Operação Fortune” acaba se tornando uma divertida produção que remete aos filmes brucutus dos anos 80/90, e que raramente são lançados nas telas do cinema.

MITA anuncia retorno do NX Zero, com shows em SP e RJ

O Festival MITA confirma sua primeira atração de 2023: o NX Zero se apresentará nas edições de Rio de Janeiro e São Paulo. Desde 2017 os músicos da banda não sobrem juntos ao palco. Produzido em parceria pelas empresas Bonus Track, de Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer, e 30E, o MITA chega ao Rio de Janeiro nos dias 27 e 28 de maio e logo depois acontece em São Paulo, no fim de semana de 3 e 4 de junho. O formato seguirá a mesma linha da primeira edição — um evento diurno, com dois palcos, grandes atrações nacionais e internacionais e artistas que estão despontando cenário musical. O MITA deixou sua marca no calendário de música do país com compromissos importantes como a pluralidade cultural, diversidade, acessibilidade e questões de responsabilidade social e ambiental. A música foi a resposta para momentos de diversão e também de reflexão sobre as ações que queremos para o futuro do planeta e da sociedade.