Esperanza: Depois da Tempestade enfatiza romance e essência latina em novo videoclipe

Depois da Tempestade

É preciso ter muita resiliência para enfrentar a dor da perda. Este é o tema do próximo álbum da Depois da Tempestade, intitulado Luto por Esperanza. E para apresentar o início dessa história, que representa um eu-lírico que precisa lidar com a angústia de perder justamente a sua amada, a banda santista divulga o videoclipe do single Esperanza. O audiovisual retrata o momento em que o eu-lírico se depara com esse amor pela primeira vez, dando continuidade ao roteiro apresentado no videoclipe de Indomável León, lançado no fim de 2022.  Na ocasião, a Depois da Tempestade ainda expressa a sonoridade proposta no seu terceiro disco.  Isto é, o álbum Luto por Esperanza, previsto para o decorrer deste ano, elucida a veia latina da Depois da Tempestade sem deixar o anseio pelo pop e pelo rock alternativo de lado. O álbum ainda se remete ao post-hardcore, mas de uma forma mais sútil e distinta do peso dos discos Multiverso (2017) e Eleva (2013).  O vocalista Victor Birkett explica a pronúncia do termo “Esperanza”, presente no single e no disco em questão.  “Esperanza é lido como em português, ‘Esperança’, e é um nome próprio. Sabemos que talvez muitas pessoas pronunciem o nome com som de ‘Z’, mas queremos trazer uma curiosidade linguística para nossos fãs: Em espanhol, não se usa o som de ‘Z’, e sim de ‘S’”, destaca. Além de Victor, o grupo conta com os músicos Gutto de Albuquerque (guitarra), Diego Andrade (baixo), Maru Mowhawk (teclado e sintetizador) e Bruno Andrade (bateria e beats). A faixa Esperanza foi gravada no estúdio ElectroSound Studios com produção de André Freitas. O videoclipe, por sua vez, foi produzido pela Sina Filmes, com direção de Maria Ferreira. As cenas foram captadas no Started Hookah Bar, em Santos (SP).

Jonathan Ferr revela o disco Liberdade; ouça!

Precursor do urban jazz no Brasil e reconhecido por inserir elementos de outros ritmos em suas produções, o músico afrofuturista Jonathan Ferr lançou o álbum Liberdade. Com participações especiais em todas as 10 faixas, das quais nove são inéditas – a única já conhecida do público é Lá Fora, com Coruja BC1 e Zudzilla, o projeto chegou às plataformas de streaming na última sexta-feira (27) pelo slap, selo da Som Livre. Por meio de parcerias com nomes que imprimem diversidade na música brasileira, como Luedji Luna, Kaê Guajajara, Rashid, Tássia Reis e Tuyo, Jonathan busca explorar o conceito de liberdade em diferentes frentes. O músico multi-instrumentista leva o ouvinte a um mergulho profundo, que reflete muito de Ferr enquanto artista, mas que também pretende provocar a quem ouve, além de estimular a propagação dessa expansão de consciência. A música de trabalho Meu Sol, que aposta na parceria com rimas do rapper Rashid intercaladas pelo refrão cantado pelo duo Àvuá e pelo próprio Jonathan, uma das novidades neste novo trabalho, chega também com videoclipe no dia do lançamento. O roteiro é de Ferr, que também assina a co-direção ao lado de Leo Ferraz. O ator Aílton Graça é o protagonista convidado para a produção, que aposta em uma narrativa sobre a posse do primeiro presidente negro do Brasil. Jonathan aparece como um ativista do partido Irmandade, uma brincadeira que ele já apresenta em seus shows. A música fala de esperança e preencheu os bastidores do videoclipe com muita emoção. O álbum apresenta vocais em nove das dez canções, sendo 90% cantado por mulheres, e Jonathan faz sua estreia como cantor em três faixas. O disco encerra com “O amor não morrerá”, produzida com Lóssio, em que Ferr canta sozinho fazendo da letra um resumo de todo o projeto, deixando a provocação: o que é liberdade para você? “Falar de liberdade é falar de algo que é inerente ao ser humano. Espero que as pessoas possam se conectar tanto quanto eu tô conectado com esse tema, e a partir disso possam gerar outras coisas, situações, debates, álbuns… Esse projeto é uma grande provocação, né? Do que é ser livre, do que é emancipar e ser emancipado”, diz o artista, deixando claro que a natureza do novo trabalho é também coletiva. Jonathan é responsável por toda produção sonora do álbum, e além do piano, o músico também está no comando dos baixos synth, dos sintetizadores e dos pianos rhodes.

Gabriel Henriques lança feat com Lucas Laypold; ouça Tá Suave

A cena musical de Porto Alegre se uniu no lançamento de Tá Suave. Os cantores e compositores Gabriel Henriques e Lucas Laypold firmaram a primeira parceria no single, que conta com produção musical e beats de André Nine, e traz em um pop love song astral e sensual com a história de um amor leve, da paixão que precede qualquer rótulo de uma relação e da liberdade do ir e vir dos envolvidos. “Esse lançamento chega para começar o ano da melhor forma. É a primeira vez que vou subir em um palco com essa dimensão de público. Agradeço muito o Lucas Laypold pela oportunidade e pelo convite”, comenta Gabriel. “Chegou a hora de mostrar o nosso trabalho. Eu e minha equipe já estamos há três anos produzindo, lançando e agora é a hora de apresentar de fato, ao vivo. Com certeza vai me trazer muito amadurecimento, visibilidade e vivência como artista”. “Eu e o Gabe sempre admiramos o trabalho um do outro, somos muito amigos. Então juntar para o feat foi muito natural. Quando dois artistas têm uma conexão a parada flui muito mais fácil”, revela Laypold. “Queremos muito alcançar um grande público, que as pessoas se lembrem das pessoas que amam e de falar isso para elas”, complementa. Os artistas se conheceram em Porto Alegre, mas foi em São Paulo que se conectaram profissionalmente e criaram, em apenas uma tarde no estúdio de Nine, Tá Suave. “Foi muito natural. Entendemos em qual momento cada um estava da carreira e de referências e criamos a música a partir disso. Foi tudo muito fluído”, conta Gabriel.

Naka mrl lança single “Saudades de Nós”

O artista e produtor Naka mrl lançou o single Saudades de Nós. A faixa, distribuída pela Ditto Music, nasceu em uma nova fase, em que ele se desconectou e passou um tempo fora de sua cidade. Com fortes referências do pop acústico, MPB, Naka traz muitas influências brasileiras para o trabalho completamente orgânico. Naka, além de tocar todos os instrumentos, assina a produção. Saudades de Nós fala a respeito de momentos de saudade intensa sentidos quando, por algum motivo, desatamos uma relação. “É muito bom se desconectar, se jogar na natureza, e ver o tanto que ela pode nos ajudar em criatividade. Esse single é bem especial e faz parte do meu próximo projeto”, comenta Naka. Nascido em Yokohama no Japão, Naka atualmente vive no Brasil onde atua como produtor musical dentro da sua própria produtora, a Sadzone. Suas músicas já acumulam mais de 9 milhões de streamings em todas as plataformas digitais.

Badzilla recebe Lay e Zudizilla em “Não Me Conhece”

Compreender as diferente camadas de uma relação foi o ponto de partida para a canção Não Me Conhece, do Badzilla, duo formado pelos produtores Tuti AC (baixista do Medulla) e LAN (do projeto Savino). A música, que conta ainda com participação de Lay, da banda Tuyo, e do rapper Zudizilla, versa de forma irônica sobre o comportamento – inconveniente – de certas pessoas quando o assunto é amizade. Não Me Conhece abre caminho para o lançamento do EP de estreia do Badzilla, previsto para o primeiro semestre de 2023. Tuti e LAN começaram a composição de Não Me Conhece ainda na pandemia e, mesmo à distância, fizeram o convite para Zudizilla e Lay. A cantora foi a responsável pela escolha da temática da letra. “Vivi uma série de acontecimentos que me fizeram ter essa enorme vontade de gritar ‘o que você está falando? você nem me conhece’”, relembra a artista, que integra o trio Tuyo ao lado de Lio e Machado. “Mandei a ideia para o Tuti e o LAN. O Zudizilla chegou com as rimas e potencializou a música”, complementa ela. Assim como a parceria entre os músicos, a sonoridade de Não Me Conhece fluiu naturalmente. “Costumamos escutar um pouco de tudo e trafegamos com o Badzilla por vários estilos – desde uma pegada mais agressiva até algo mais enérgico; e essa música veio do lugar do Afrobeat, com a melodia mais pop”, explica LAN. A trilha que embala a faixa é avessa às reflexões extravasadas na letra. “Normalmente, quando se trata de pop no Brasil os temas são mais amenos, então buscamos discutir o embaraço das relações de uma forma dançante, para que as pessoas falem sobre isso com leveza”, comenta. O clipe permeia essa linguagem e mostra Tuti, LAN, Lay e Zudizilla se divertindo de formas cômicas, na ambiguidade de abordarem as diferenças de laços entre as pessoas de uma forma mais espirituosa. Com referência estética dos anos 2000, o registro audiovisual foi feito pela diretora Laís Dantas, escolha incontestável para o duo. “Ela completa todo o sentido da música, porque queríamos alguém que realmente nos conhecesse e tivesse um elo afetivo”, pontua LAN.

Maria Beraldo retorna com Truco; ouça!

Depois de quase cinco anos do lançamento de Cavala (Risco 2018), seu primeiro álbum solo, Maria Beraldo volta à roda com Truco, uma canção de poucas palavras e muita lábia, que esquenta a pista. Esse tempo, que pode parecer um hiato na carreira da artista, significa na verdade um mergulho no mundo da música para cinema, que é de onde nasce Truco, composta especialmente para o novo longa-metragem de Julia Murat, Regra 34. O filme ganhou em 2022 o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno, na Suíça, e conta a história de Simone (Sol Miranda), uma jovem negra que acabou de ser aprovada na defensoria pública e pagou os estudos fazendo performance online de sexo como camgirl. A maneira como Simone vive e elabora seu desejo sexual ao longo do filme, o confrontando com a violência que também vive e elabora – no seu corpo, no das pessoas com quem entra em contato na defensoria pública, nas suas relações pessoais, na sociedade – moveram Beraldo a compor Truco, que ecoa para além filme. Depois da sua saída do armário como pessoa lésbica em Cavala, cantando as delícias mas muito das dores de ser sapatão, Beraldo encontra em Truco, em Simone, em Maria, passados esses anos, o sabor da revanche pelo prazer. Quem goza por último goza melhor. E é na pista que é dada essa letra, em uma faixa que se ouve dançando, entre beats eletrônicos, clarinetes, sintetizadores e percussão. O single foi produzido por Maria Beraldo e Lucas Marcier e conta com Felipe Roseno nas percussões.

La Gang fala de afeto e cumplicidade na pop punk ‘Dani Song’

Dani Song é o mais novo single da banda paulista La Gang. O primeiro trabalho lançado em 2023, pelo selo Canil Records, fala de cumplicidade, afeto, parceria e força de vontade. O som faz referência ao pop punk dos anos 2000, muito bem representado na linha de baixo que inicia a faixa. A linha de bateria e os coros vocais também encaixam no estilo musical que marcou época e continua atemporal. “Quem não gosta de falar de amor, é porque na vida falta amor”, desfere a La Gang. Dani Song é uma música que traz um tom mais romântico, mas sem perder o rock e hardcore – essência da La Gang. Neste caminho, a canção apresenta uma influência mais jovem, com um ar de punk hardcore, mais alto astral e de casais que buscam explorar intensamente as possibilidades que o mundo dá. A música busca trazer uma sensação de entusiasmo, passando uma mensagem de que os casais podem sim ter uma vida agitada, cheia de amor e emoções, onde os casais podem ser de verdade. A La Gang está na ativa desde 2014 e traz como referências o hardcore, hard rock, heavy metal e também reggae e ska. Já são dois álbuns lançados, Notícias Quentes, de 2014, e Pagando de Louco na Cara Dura, de 2017, além dos singles Anote o Recado, lançado em 2019, e Vacilão, de 2022. A atual formação, com João Gonzales (vocalista), Adriano Padilha (guitarra), Dani “San” (baixo) e Leo Faizibaioff (bateria), está junta desde 2020.

Jade Baraldo abre 2023 com autorreflexão em single

Depois de ter flertado com uma música pop mais eletrônica e letras mais densas sobre amores mal resolvidos, a cantora Jade Baraldo abre 2023 com sonoridades mais orgânicas e um mergulho para dentro, com o single Sei Lá. Em Sei Lá, Jade Baraldo entra no mar agitado da autorreflexão. Em tom de conversa consigo mesma, ela se despe frente ao espelho e deixa a luz entrar por entre suas rachaduras. “Pra quê fingir frieza, menina, se não ameniza a tua dor? / Eu sei que essa máscara pesa tua vida, amarga e confunde o interior / Acenda de volta esse brilho no olhar, não afunda na mágoa profunda / Tu tens tanta coisa bonita pra dar, não afunda no mar, não se afunda“. A ideia do clipe foi retratar o peso e a leveza. “No clipe, eu quis explorar a simplicidade da vida. Tem várias referências do livro e filme Lolita – primeiro que li aos 14 anos. Na parte do jardim, eu estou lendo A insustentável leveza do ser que fala muito sobre o que esse lançamento representa também”, conta Jade. Sobre a canção, Jade revela que ela tem uma história bem especial de quando ainda era adolescente. Ela foi feita quando a artista tinha 15 anos e foi uma de suas primeiras poesias/composições falando sobre depressão. “Lembro que fiz ela cantarolando e saiu praticamente inteira. Guardei em algum lugar, acabei esquecendo e, anos depois, ela veio na minha cabeça. Achei ela num grupo de Facebook abandonado que criei pra depositar minhas poesias e pensamentos na época e resgatei. Ela me salvou e continua salvando. É daquelas que sem querer acessei um lugar espiritual, tipo uma visão, uma cura, não sei explicar exatamente. Mas esse processo todo de vivência doeu. São poucas que saem assim e por isso ela é uma iguaria pra mim. Quando comecei a cantar foi como as palavras de uma anciã me dizendo pra não desistir de mim, pra não me tornar o que não sou e, o refrão, é a minha resposta sobre essa vertigem causada por enxergar a dor tão de perto. Afinal, o trauma sempre te acompanha, mas o gatilho é uma vertigem de uma lembrança repentina”. O single inaugura uma fase mais solar de Jade, o que não quer dizer menos profunda. Depois de rasgar-se nos versos de Insegurança e Desapaixonar – canção que fez parte da trilha sonora do remake da novela Pantanal, da TV Globo, em 2022, Sei Lá é o início do remendo.