Com Pássaros, Pedro Madeira flerta o pop com jazz
Pedro Madeira chegou ao segundo single. Descoberto por Bruno Gouveia , cantor do Biquini, o carioca de Santa Cruz de voz aveludada lançou seu primeiro trabalho Chuva discretamente em novembro. Pelo fato de Portugal também ter um cantor com o mesmo nome, ele acabou entrando acidentalmente nas playlists daquele país. E o que era para ser um erro se tornou um grande sucesso. Chuva caiu no gosto dos portugueses e teve altíssima rotação nas playlists europeias e luso-africanas. Pedro Madeira, fã da cantora Iza, também participou do prêmio Multishow do ano passado representando-a na cerimonia de entrega. Afinal, foi num show dela que, ao ser lhe oferecido o microfone, ele cantou e encantou os fãs e a cantora. O vídeo viralizou nas redes. De volta ao estúdio no final de Novembro, novamente com a co-produção de Raul Dias e Bruno Gouveia, os mesmos de Chuva, Pedro mergulhou em seu segundo trabalho que chega agora sob o título de Pássaros, uma canção autoral que acabou virando uma parceria com o próprio Bruno Gouveia. “Pedro é muito competente com as palavras e ideias a transmitir mas as sugestões que trocamos deram uma nova cara à música e daí nasceu esta parceria”- explica o roqueiro. Bruno também chamou dois amigos para a gravação. Miguel Flores da Cunha, tecladista do Biquini, no arranjo de cordas e Iramy Piola solando no trompete com surdina – que fez canção flertar o pop de Pedro com o jazz. E isso é apenas o começo, pois enquanto você lê estas linhas, Pedro já está cuidando do próximo lançamento, novamente mergulhado no estúdio. É questão de tempo para que as pessoas descubram o talento dele. Como os pássaros, Pedro está livre para voar.
Com clima de amor que ficou no passado, Lucas Andrade lança Dois Estranhos
O amor que ficou no passado é o tema do novo single de Lucas Andrade. O cantor, compositor e influenciador digital lançou a música Dois Estranhos em todas as plataformas digitais. “A gente teve em mente como inspiração para escrever a música aquele tipo de casal que mora junto, mas que um não sente mais nada pelo outro. Só que eles não querem abrir mão do comodismo de ter uma ‘relação’ com alguém, por mais que a relação esteja morta”, explica Lucas, autor da canção. Os versos exprimem bem um sentimento que se perdeu pelo caminho: “Queria saber quando foi que essa casa/ficou tão gelada/Quem é você, já nem sei mais/queria saber quando a gente mudou/de tudo pra nada“. “Em relação às outras, esta música é diferente principalmente porque é um pouco mais melancólica e reflexiva, tanto na letra quanto na música em si”, compara o cantor e compositor. Projetos de Lucas Andrade Lucas Andrade revela que ainda não pensou no assunto com sua equipe a respeito de lançar um EP. “Mas, com certeza, terei esse EP de mais músicas inéditas no futuro”, afirma. Dentro desse pique, o cantor e compositor projeta muitos lançamentos para este ano. “Vai vir show, feat, ou seja, muita coisa nova e diferente”, comenta.
Davi Serrano (Oto Gris) lança novo projeto beiramaquina com lyric video
Um olhar urbano, minimalista e na linha tênue entre o eletrônico e orgânico marcam beiramaquina, alter ego do artista cearense Davi Serrano. Radicado em São Paulo, o fundador da banda Oto Gris se reinventa com Tudo tem Maré, uma música sobre as mudanças da vida, sobre aproveitar cada fase que surge e passa em ondas. A canção celebra os ciclos e reflete sobre se encontrar nos altos e baixos. Não por acaso, a letra surgiu após Davi Serrano voltar de uma viagem a Fortaleza, versando sobre as transições em um diálogo direto com o lançamento deste novo projeto solo. “Após a pausa nas atividades do Oto Gris em 2020, fiz um raio x para entender o que eu ainda sou. Desde então venho coletando dualidades, imperfeições, novas tecnologias de pensamento e, devido à capacidade de sonhar, vi que não era apenas possível mas necessário aterrar alguns metros cúbicos no imaginário para a construção da beiramaquina. Um suporte para a minha fantasia em forma de poesia, sons e visuais”, conta Serrano. Além do Oto Gris, Davi já colaborou, gravou ou se apresentou ao lado de artistas como Soledad, Igor Caracas e Daniel Medina, além de criar trilhas sonoras para performances e espetáculos. Seu trabalho mais recente é a trilha de Se piscar já era (2021), espetáculo dirigido por Rodrigo Vieira que debate sobre o que entendemos por escuta, unindo performers surdos e dançarinos do estilo passinho – dança urbana que se popularizou em bailes do complexo do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Todo esse olhar coletivo surge na faixa de estreia como beiramaquina, Tudo tem Maré que conta com participações de Marcelo Cabral (Metá Metá, Passo Torto). “Nestes anos em São Paulo me distanciei da guitarra e do formato banda e parti para sons sintetizados e experimentais, criados em casa de forma livre. Agora compartilho o trabalho como forma de criar um canal de ideias através das minhas práticas”, conta Davi, que prepara o lançamento de um vídeo para este single. Com arte criada em parceria entre o artista e plataformas de criação com base em inteligência artificial, Tudo tem Maré tem mixagem de Daniel Toledo e masterização de Fernando Sanches, no estúdio El Rocha.