Palpites finais sobre os ganhadores do Oscar 2023

Engenharia do Cinema Na noite de hoje, 12 de março, às 22 horas, acontecerá a cerimônia do Oscar 2023, com transmissões pela TNT e HBO Max. Um fato é que “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” será um dos grandes vencedores (inclusive ele está no rótulo de “ame ou odeie”) e provavelmente levará para casa os prêmios de filme, direção (Daniel Kwan e Daniel Scheinert), ator coadjuvante (Ke Huy Quan) e edição. Isso sem citar algumas surpresas que podem fazer o mesmo levar nas categorias de atriz (Michelle Yeoh), atriz coadjuvante (Jamie Lee Curtis) e até mesmo roteiro original. Outros provavelmente fatores que iremos presenciar nesta cerimônia serão as vitórias de Brendan Fraser por “A Baleia” (que será um dos momentos mais emocionantes da noite), a terceira vitória de Cate Blachett por “Tár” (que lhe fará entrar para o hall limitado de atrizes que mais ganharam o prêmio) e o terceiro Oscar de Guilhermo del Toro pela sua ótima animação “Pinóquio“. O cinema estrangeiro também terá seu espaço com a vitória de “Nada de Novo no Front” nas categorias de filme estrangeiro e fotografia. Podendo levar também na categoria de som (uma vez que ele está no mesmo patamar de “Top Gun Maverick”). Não favoritos na categoria principal, os blockbusters “Avatar: O Caminho da Água” acabará levando como efeitos visuais (uma vez que James Cameron conseguiu inovar totalmente neste quesito, mais uma vez), enquanto “Elvis” ficará com Design de Produção e “Top Gun: Maverick” em Som (como citado anteriormente). Confira a relação com os palpites dos possíveis vencedores, com exceção das categorias de documentário e curta-metragem (pelos quais não vou opinar, por não ter visto aos mesmos). Para ler as análises dos longas, só clicar sobre os respectivos títulos. Filme: “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo“Direção: Daniel Kwan e Daniel Scheinert – “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo“Ator: Brendan Fraser por “A Baleia“Atriz: Cate Blanchett por “Tár”Ator Coadjuvante: Ke Huy Quan por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo“Atriz Coadjuvante: Angela Bassett por “Pantera Negra Wakanda Para Sempre“Filme Estrangeiro: “Nada de Novo no Front“Animação: “Pinóquio de Guilhermo Del Toro“Roteiro Original: “Os Banshees de Inisherin“Roteiro Adaptado: “Entre Mulheres”Efeitos Visuais: “Avatar: O Caminho da Água“Som: “Top Gun Maverick“Fotografia: “Nada de Novo no Front“Design de Produção: “Elvis“Figurino: “Babilônia“Canção Original: “Naatu Naatu” de “RRR”Trilha Sonora: “Babilônia“Edição: “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo“Maquiagem e Cabelo: “A Baleia”
Crítica | Luther: O Cair da Noite

Engenharia do Cinema Responsável por alavancar a carreira de Idris Elba, a série “Luther” foi um dos maiores sucessos da BBC entre 2010 e 2019. Sendo um dos destaques da Netflix (uma vez que a mesma esteve na plataforma, em vários países, inclusive no Brasil), a mesma adquiriu os direitos do próprio para poder realizar este longa metragem que é descrito como uma espécie de “encerramento oficial”. Porém, já adianto que ao conferir “Luther: O Cair da Noite“, ficou claro que não era necessário conhecer a atração citada, ou seja, a diversão funciona de forma totalmente independente. A história se passa logo após os eventos da última temporada, com o agente John Luther (Elba) sendo levado para a prisão após ser condenado por vários crimes, em meio a suas investigações. Porém, o inescrupuloso serial killer David Robey (Andy Serkis) aproveita da situação para realizar vários de seus crimes. Imagem: Netflix (Divulgação) Escrito pelo próprio criador e showrunner da atração original, Neil Cross tinha consciência de que por se tratar de um lançamento direto para a Netflix, muitas pessoas iam se deparar com o título sem saber que era inspirado em uma série. Então, ele concebeu uma história com uma pegada antológica, embora brevemente ele tenha executado algumas referências na atração citada. Porém, é nítido que Elba sempre teve um carinho pelo personagem e sua presença em cena é contingente com este tipo de narrativa (um detetive que transpõe respeito). Mesmo sendo uma mistura de Sherlock Holmes e Jason Bourne (uma vez que ele é hábil nas lutas e investigações), o roteiro parece ter bebido e muito dos clássicos “O Fugitivo” (com Harrison Ford) com “15 Minutos” (com Robert De Niro), uma vez que ele não tenta elaborar muito sacrifício para o espectador pensar e prever o que realmente vai acontecer. Ainda sim, há algumas menções honrosas na produção, como o vilão vivido por Andy Serkis realmente ter uma presença de igual para igual com Elba, e ainda transpor medo quando se deve ter. Embora o roteiro não tenha ajudado muito o mesmo (assim como nenhum dos outros personagens), e tenha deixado para escanteio grandes nomes como de Cynthia Erivo (que vive a superiora de Luther, a agente Odette Raine). Isso quando não há situações bizarras e totalmente estranhas (como quando determinado personagem toma uma facada em uma cena, e na outra sai andando e fazendo mil e uma coisas), que acabam tirando um pouco do foco realista do filme (que por incrível que pareça, ainda há). “Luther: O Cair da Noite” não chega a fazer jus ao legado da série, mas acaba terminando como um bom entretenimento pipoca para se ver na Netflix.