Com indie dançante, Cronistas antecipa álbum de estreia e versa sobre inseguranças em novo single: Incerto

Nem sempre é fácil tomar as decisões mais difíceis por conta própria. Esse é o tema do novo lançamento da banda Cronistas, que versa sobre inseguranças e abusa da estética urbana no single “Incerto”. Com indie/rock, a canção estabelece uma atmosfera positiva e inspiradora. Incerto antecipa o primeiro álbum de estúdio da Cronistas, previsto para o segundo semestre de 2023 e intitulado “O que é ser feliz?”. A faixa transmite a sensação de estar perdido e sem direção, mas reforça a perspectiva do quão importante é seguir em frente conforme pontua a maturidade, comum em todas canções do setlist do disco. Anteriormente neste ano, a banda disponibilizou outras três faixas do álbum O que é ser feliz?: Alívio, Talvez (Sei Lá) e Vazio. O vocalista Guilherme Ramos explica a letra de Incerto e frisa o contexto musical em que a Cronistas se encontra atualmente. “É uma música que representa a nossa inspiração em Terno Rei, Crumb e Tame Impala, misturando teclados melódicos e guitarras dançantes para abordar as inseguranças que temos ao longo da vida com as decisões que tomamos ou que são tomadas por nós. A letra ainda questiona se o caminho mais fácil é sempre a melhor opção”. Incerto foi desenvolvida sob o espírito “faça você mesmo”, uma vez que a produção da faixa é assinada por Hiero Bartholo e Matheus Fernandes, respectivos baixista e tecladista da Cronistas. A banda ainda é constituída pelo guitarrista Vassilis Konsolakis e pelo baterista Vitor Scabbia.
Com influência vintage, Ilegais de Casa Amarela abordam hipocrisia em single

O novo e o clássico andam lado a lado no single Meias Verdades, que marca a estreia da banda Ilegais de Casa Amarela. O grupo referencia o rock, o blues e o pop dos anos 1960 e 1970 na música e no aspecto visual, considerando que o single é divulgado com um videoclipe recheado de artimanhas comuns no período, misturando técnicas de gravação antigas e contemporâneas. Meias Verdades aborda a hipocrisia onipresente em um contexto em que as redes sociais só explicitam o lado bom da vivência e da personalidade de cada um, evitando transparecer o lado humano em prol de um egoísmo que esconde quaisquer aspectos negativos. O single antecipa o primeiro EP da banda, previsto para o decorrer de 2023. O grupo concretiza as ideias do baixista Gilson Peixoto, que convocou Rodrigo Morcego (guitarra), Raíssa Leal (voz), Arthur Azoubel (bateria) e Diego Drão (teclados) para a gravação do material. O músico explica o nome inusitado do projeto. “Não quisemos copiar nada nem ninguém e sabemos que este tipo de som não está na moda, nas rádios ou no Tik Tok. Decidimos seguir na contramão e propor outra coisa em um mundo artístico que parece tão igual e descartável. Estamos fora da lei? Isso motivou a escolha do nome “Ilegais de Casa Amarela”, frisou. O videoclipe de Meias Verdades foi dirigido, filmado e editado por Daniel Vasconcelos, que usou um celular como câmera e o seu próprio apartamento como locação. A música foi gravada no Casona Estúdio em Jaboatão, Pernambuco, com mixagem de Djalma Rodrigues e produção de P3dr0 Diniz. Por fim, a masterização foi feita por Buguinha Dub.
Crítica | Ghosted: Sem Resposta

Engenharia do Cinema Sendo vendido como um dos principais carros chefes da Apple TV+, a comédia romântica de ação “Ghosted: Sem Resposta” aposta no talento e engajamento que os nomes de Ana de Armas (nova musa do cinema de ação) e Chris Evans podem trazer. Mesmo sendo realmente similar ao longa “Encontro Explosivo” (estrelado por Tom Cruise e Cameron Diaz), temos mais uma produção que consegue entreter dentro de sua premissa, sem exigir muito do seu espectador. A história mostra o tímido floricultor Cole (Evans) que um dia acaba tendo seu caminho cruzado com a misteriosa Sadie (Armas), por quem se apaixona. Após descobrir que esta fez uma inesperada viagem para Londres, ele resolve ir de surpresa ao local e acaba descobrindo que ela é uma super agente secreta. Consequentemente, ele acaba se envolvendo também em sua missão secreta, onde ela deverá negociar com um perigoso terrorista (Adrien Brody). Imagem: Apple TV+ (Divulgação) Chega a ser engraçado que Armas já trabalhou mais de uma vez com Evans (nos sucedidos “Entre Facas e Segredos” e “O Agente Oculto“), e esta é a primeira vez que eles estão vivendo como um casal nas telas (inclusive eles esbanjam uma grande química e sintonia em cena, em vários sentidos). E isso fica tão bem executado, que em momento algum o enredo procura em rotular Cole sempre como inferior a Sadie, e sim um homem que aos poucos se mostra tão maduro e habilidoso como esta, na maioria das situações mostradas (algo que o cinema ultimamente não tem feito). Porém o roteiro de Rhett Reese, Paul Wernick (os dois primeiros são responsáveis pelos dois “Deadpool“, inclusive), Chris McKenna e Erik Sommers (já estes últimos escreveram toda a trilogia recente de “Homem-Aranha“, para a Marvel) não é dos mais criativos, ao usufruir de cenários já conhecidos neste tipo de filme (com cenas de ação similares ao longa de Cruise, só trocando o sexo dos personagens). Mesmo estando em uma atmosfera total da Marvel (não só por conta dos roteiristas citados), os fãs das primeiras fases do estúdio ficarão totalmente felizes em ver algumas divertidas participações especiais de alguns nomes (pelos quais não entrarei em mérito de spoilers, mas digo que alguns irão arrancar vários risos). Mas acaba sendo triste vermos nomes como o de Adrien Brody (que nos últimos anos vem virando em mais vilões) dando vida a um personagem bastante genérico. Só que como estamos falando de um filme com pitadas de ação, é nítido que o cineasta Dexter Fletcher (que vem de filmes como “Rocketman” e da minissérie “The Offer“) sabe conduzir cenas de ação de forma simples e não apela para recursos mais complexos (como outros nomes que fazem essa transição e acabam falhando, em tópicos óbvios). “Ghosted: Sem Resposta” é mais um entretenimento pipoca, onde mesmo sendo bastante clichê, ainda diverte e entretém por conta da presença de Ana de Armas e Chris Evans.