Sick Dogs in Trouble divulga Better Be Alone, single do álbum de estreia

A banda paulistana Sick Dogs in Trouble, formada em 2018, lançou nesta quarta-feira (3) o videoclipe do single Better Be Alone. A faixa faz parte do álbum de estreia Dead Lovers, previsto para o próximo dia 31. A canção, composta pelo vocalista e guitarrista Raul Signorini, versa sobre momentos em que o isolamento precisa ser compreendido, segundo o músico, de forma generosa e paciente. Quando cortar laços se torna realmente necessário. “Sabe aquele ditado: ‘é melhor estar sozinho do que mal acompanhado’? A música nasceu num momento em que eu me sentia exatamente assim: embora acompanhado, havia um profundo sentimento de solidão. Então compreendi que deveria transformar a solidão em solitude”. Com influências de Social Distortion e Backyard Babies, Better Be Alone sintetiza o que o público pode esperar do primeiro álbum da Sick Dogs in Trouble. “A faixa tem um riff hard rock, um refrão pop, uma ponte onde a música fica mais pesada e tem solo de guitarra. Enfim, tudo que a gente adora”, diz Signorini. O guitarrista Felipe Skid concorda, e revela ainda: “Na ponte para o solo quisermos nos aproximar um pouco da sonoridade do HIM, que é uma banda a qual Raul e eu amamos, mas que foge bastante do Sick Dogs, então tentamos colocar ali de forma discreta”. Better Be Alone foi mixado e masterizado por Raul Zanardo e ganhou um videoclipe dirigido por Nanda Arantes da produtora Red Rat, que agradou a banda. “O resultado ficou incrível”, diz Signorini. “Acho que as cores do clipe é o que mais vai chamar a atenção do público. Realmente sem palavras. Destaque pro nosso amigo Daniel Casanova que fez a iluminação”, completa Skid. Além de Raul Signorini (guitarra e voz) e Felipe Skid (guitarra), atualmente fazem parte da banda, Junior Drummer (bateria) e Fabiones (baixo).
Mulamba anuncia fim da banda; Despedida terá três shows em SP

A banda curitibana Mulamba, que pulsa força e poesia unindo influências que vão do rock à música erudita, formada por Amanda Pacífico (vocal), Cacau de Sá (vocal), Caro Pisco (bateria), Érica Silva (guitarra), Fer Koppe (violoncelo) e Naíra Debértolis (baixo), anunciou nesta quinta-feira (3) o fim de suas atividades. Conhecidas pelo discurso contundente em reiterar os anseios e as inquietações de quem transforma a luta pela igualdade de gênero em batalha diária, a banda faz três shows gratuitos de despedida em São Paulo: 4 de junho, no Centro Cultural Tendal da Lapa, às 16h; 8 de junho, no Centro Cultural Diversidade Sul Pinheiros, às 20h; e 18 de junho, no WME Conference na Casa Natura Musical. Confira abaixo a íntegra da carta de despedida da Mulamba “Uma história é construída junto, nós construímos uma história e formamos uma família há mais de sete anos. O começo foi como tem que ser todo começo, despretensioso e único. Cada pessoa e sua singularidade, formando a potência chamada MULAMBA. A banda nasceu de uma simples ideia de fazer um som em homenagem à Cassia Eller e outras artistas, que entre um som e outro tocava uma autoral e assim foi. Chegamos aqui, 2023, dois discos, muita estrada, asfalto, mato, show em boteco, teatro, festival, na rua, na praça, risada, muito perrengue, coisa séria, brincadeira, som bom, muito bom, na verdade. Junção de coração bonito e mais som. Foram mais de sete anos de muita coisa, e chegou a hora de pisar no freio, voltar pra casa ou sair dela, hora de descansar o coração ou acelerar mais ainda. A gente simplesmente não tem palavras pra agradecer a esse mundo de gente que acreditou na MULAMBA. Todo afeto que recebemos, guardamos no coração! Agradecemos o crescimento que tivemos em cada show, agradecemos a quem nos fez teatro, poesia e até questão de prova de escola e faculdade. Isso que é importante, saber que somamos de alguma forma! Assim como somaram conosco para que a banda acontecesse: produção, diretoras, atrizes, vídeo, áudio, fotografia, limpeza, montagem, som, palco, nossa… é tanta coisa que não dá pra enumerar aqui! Acima de tudo, agradecemos ao público, aos fãs, nossas famílias, amigues, sem vocês isso nunca teria acontecido, nunca teria sido possível e isso é inestimável, ecoar em coro em suas vozes sempre é emocionante. E como o mundo é grande e as estradas são muitas, com a sensação de dever cumprido e mensagem transmitida, chegou a hora de quem caminha nessa trilha continuar seu rumo, só não mais como banda. Nos encontraremos no trajeto da vida, e que essa força, chamada MULAMBA, perdure, e que nossa música continue ressoando nos quatro cantos. Que seja um novo despertar. Fica nosso abraço, nosso som, nosso carinho e nosso amor a quem nos acompanhou até aqui. Valeu, gente! 🧡”
Gabriel Ventura revela session intimista de O Arquiteto; assista!

Terceiro vídeo que faz parte da session acústica e intimista de Gabriel Ventura, O Arquiteto foi disponibilizada nesta quarta-feira (3) em seu canal no YouTube. “Quando idealizei a session, pensei em gravá-la em casa mesmo. Andei pelo quintal procurando lugares, com a música em mente. A ideia inicial era fazer em cima do telhado, mas tem chovido muito nos últimos dias e não ia ser muito seguro subir em um telhado desse jeito. Esse video foi o mais perto que consegui”, se diverte o músico. O Arquiteto faz parte de Tarde, primeiro disco solo do cantor e compositor carioca lançado ano passado pela Balaclava Records.
Em EP de virada na carreira, Riko Viana cria jukebox do subúrbio

Inspirado nas músicas ouvida nos bares, rodoviárias, celulares e ruas da extrema Zona Oeste do Rio, Riko Viana busca a beleza de abraçar as raízes de um modo pop, brega, funkeado, sensual e brasileiríssimo. Metarmofose marca uma fase do artista entre o pop e o bregapunk unindo elementos do hip hop, baião, afrobeat, reggaeton, funk, tecnobrega fazendo referências ao candomblé, em um trabalho que celebra a identidade do cantor, compositor e produtor musical para muito além do pertencimento à multidão. “Quando se pensa em hip-hop, pensamos logo naquele modelo estadunidense, sem batucada, mas o conceito popular do que é hip-hop é de música feita por pessoas periféricas, com pouco recurso e de alcance de massa, e que transformam esse pouco recurso em linguagem. Quando olhamos para o Brasil, quais músicas são feitas com pouco recurso por pessoas periféricas e que tem alcance de massa? Então o samba é em parte hip-hop, o funk e o brega também são”, reflete Riko. Após anos com um trabalho voltado para a MPB nos EPs Anelo e Ao Vivo no Estúdio PlayRec, Riko Viana abraçou suas raízes nordestinas e suburbanas ao se reinventar no que chama de XAMEGARIA, um som para ouvir junto, tropical e sexy. Porém, esse reencontro veio de um processo de dor. “Eu já estava numa jornada de mergulhar na minha ancestralidade nordestina, após sofrer um episódio de xenofobia. Fui chamado de nordestino em tom pejorativo dentro de um supermercado em um bairro nobre do RJ e desde lá mudei como pessoa e como artista. Fiz meu barraco, não deixei por baixo. Mas aquilo fez eu me reconectar com minhas raízes nordestinas”, conta Riko, que faz de sua arte uma reflexão sobre a vivência como fruto do êxodo nordestino se misturando à cultura das favelas e periferias cariocas. Este é um lançamento do selo 2Bit Records, iniciativa baseada em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que é ao mesmo tempo o bairro mais populoso do Brasil e uma área com pouco olhar da mídia e autoridades. Capitaneado por Xavier2bit e Riko Viana, o selo visa a trazer as sonoridades do subúrbio real, indo do rap ao funk, do Piseiro ao Trap, amplificando vozes e mensagens que se comunicam diretamente com as pessoas de forma popular, fazendo música popular de verdade.
Crítica | A Diplomata (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Séries de política costumam ser chatas e complicadas de se compreender (caso você não esteja habituado ao assunto). Após o sucesso de “House of Cards” (que terminou de uma forma grotesca, por conta da demissão de Kevin Spacey), a Netflix ficou órfã de produções da temática e agora realizou esta “A Diplomata” para preencher esta lacuna. Ciente da complexidade que aquela havia em sua trama, sempre agregada a situações que remetiam uma realidade (totalmente mais leve do que vemos no Brasil), a showrunner e criadora da atração Debora Cahn (“Homeland”) procura desenvolver uma trama mais simples e que conquista o público alvo facilmente. A história é centrada na embaixadora dos EUA no Reino Unido, Kate Wyler (Keri Russell), que acabou sendo jogada no cargo de forma totalmente aleatória nesta função (uma vez que estava acostumada a fazer negociações comerciais no Afeganistão). Em um cenário totalmente delicado entre estes países e o próprio Oriente Médio, ela não terá de tentar amenizar os conflitos entre todos (que cada vez mais só pioram), como também a enorme crise política que o primeiro enfrenta por debaixo dos panos. Além de tentar reaver seu casamento com Hal (Rufus Sewell), que também trabalha no governo com ela. Imagem: Netflix (Divulgação) Em um primeiro momento, várias coisas são jogadas no colo do espectador, com o intuito de nos sentirmos na pele da própria Wyler. E isso nitidamente funciona, pois além de Russell está ótima no papel (tanto que em sua expressão fica nítido o quão ela está casada e preocupada, ao mesmo tempo), a trama chega a fazer um completo sentido dentro do cenário político atual (embora não chegue a jogar indiretas em algumas situações atuais, já que a produção foi gravada em 2021). Mas outro tópico certeiro, é não apelar demais para termos técnicos, para relatarem algumas situações que poderiam ser complicadas, apenas com o intuito de deixar tudo mais “luxuoso” dentro do cenário mostrado (um erro que inclusive, tem ocorrido em outras produções da temática e que não possuem o teor desta). Como por exemplo, uma situação que envolve a morte de uma “pessoa importante” (não vou entrar em mérito de spoilers) e os desdobramentos que isso acaba tendo, não são complicados de se entender e a produção acaba também explicando ao público, algumas atitudes e contextos (uma vez que a própria Kate, também é leiga). Dividido em oito episódios, com cerca de 45 minutos cada (inclusive o segundo ano já foi confirmado), pode-se dizer que a relação entre a protagonista e os outros coadjuvantes funciona nos episódios também, pois os mesmos também possuem subtramas muito bem cuidadas, como o ministro de Relações Exteriores, Austin Dennison (David Gyasi), Ali Ahn (Ali Ahn) e o próprio Hal (que com a ótima atuação de Sewell, à todo momento não fica certo de qual lado ele está). “A Diplomata” termina sendo uma interessante produção política da Netflix, que literalmente foi realizada com o intuito de agradar os que já conhecem e não sabem sobre o assunto com mais ênfase.