Entrevista | Hurricanes – “Estar dentro do furacão deu uma sobrecarregada a mais”

Canto Cego lança terceiro disco e celebra dez anos de carreira; ouça!

A banda Canto Cego faz de seu aguardado novo álbum de estúdio uma impactante autoafirmação e um marco de uma maturidade artística e criativa. Não por acaso, o trabalho é homônimo, embora seja o terceiro disco da carreira do quarteto carioca. O lançamento multifacetado e repleto de significados celebra não apenas a evolução musical do grupo, mas também sua união e comprometimento ao longo de uma década. “Neste álbum homônimo, estamos fazendo um exercício muito especial de autoafirmação, colocando o nosso nome em destaque, reafirmando a nossa presença, sem medo de deixar uma marca”, afirma a vocalista Roberta Dittz. Além dela, a banda é formada por Rodrigo Solidade (guitarras), Ruth Rosa (bateria) e Magrão (baixo). Em um mundo onde as individualidades ganham cada vez mais destaque, o fato de a banda se manter com a mesma formação por dez anos é por si só uma mensagem de afeto, tolerância e amor. O álbum é um símbolo do comprometimento, dedicação e paixão pela música que permeiam a trajetória da Canto Cego. A mensagem do disco serve como guia para o posicionamento crítico, social e político do grupo, uma veia que pulsa desde seus primeiros lançamentos. Canto Cego apresenta uma seleção de faixas que percorrem todas as potencialidades da banda, desde momentos mais poéticos com ambientações imersivas, até explosões mais roqueiras e barulhentas, com distorções que expressam a essência visceral da Canto Cego. O processo de criação do álbum começou em dezembro de 2022, logo após a aprovação do projeto pelo FOCA (Fomento à Cultura Carioca), mas algumas músicas, como Fogo e Fica Comigo – esta última, lançada como single -, já estavam sendo elaboradas há algum tempo. Com apenas um mês de estúdio localizado no berço de Canto Cego, no Complexo da Maré, a banda finalizou o conceito e os arranjos do álbum em janeiro deste ano, dando início a uma maratona que culmina em um de seus trabalhos mais pessoais até o momento. Por isso, foi importante que a banda assinasse pela primeira vez a produção musical e estabelecesse seu caráter autoral por excelência.
Petit Biscuit lança hipnótico e dançante single; ouça You Don’t Ignore

Petit Biscuit lançou o hipnótico e dançante single You Don’t Ignore (Too Late), após um hiato de dois anos. A nova aposta do jovem produtor e DJ francês que estourou aos 16 anos com o hit Sunset Lover, tem tudo para virar hit nas pistas de dança ao redor do mundo. A canção é de autoria de Petit, também conhecido como Mehdi Benjelloun, e Jesse Harris (compositor de sucessos de Norah Jones). Embora acompanhado de batidas mais marcantes e um som geral mais ousado do que seus clássicos, a verdadeira diferença, entre o novo single e seus trabalhos anteriores, é a sua voz. Confiante e expressivo, Petit Biscuit tornou-se intérprete de suas próprias canções diante dos nossos olhos. Junte isso às suas habilidades de produção incrivelmente criativas, como já pudemos conferir em seus álbuns e colaborações com Diplo e JP Cooper. A jornada do jovem de 23 anos para encontrar seu verdadeiro timbre vocal é fascinante, porque veio gradualmente, se tornando óbvio para ele, em vez de ser uma estratégia desde o início da carreira. Seu álbum de estreia, Presence (2017), trouxe faixas instrumentais com alguns elementos vocais, mas seu foco permaneceu na produção. Em Parachute (2020), Petit começou a usar sua voz com alguns efeitos (Driving Through The Night), empregando-a quase como um instrumento, que funcionou muito bem em estúdio, mas era difícil de executar nos shows. Nesse ponto, ele sabia que precisava descobrir sua voz e alcance reais e, com treinamento intenso, fez exatamente isso. E, surpreendentemente, seu registro vocal é suave e incorpora falsetes que ecoam nomes como The Weeknd ou mesmo Michael Jackson. Petit Biscuit agora orgulha-se de ser um artista completo, pronto para entregar sua melhor versão aos seus fãs. “Venho trabalhando para incorporar meus próprios vocais à minha música há alguns anos, mas usei uma nova abordagem para meu novo álbum. Em vez de fazer os vocais se encaixarem no instrumental, tentei fazer o instrumental se encaixar nos vocais”, revela Mehdi. “Quanto mais escrevia dessa forma, mais me apaixonava pelo processo. Eu sempre estive cem por cento envolvido na minha música, então me senti mais confiante para começar a cantar nelas. Posso expressar sentimentos que não conseguia expressar apenas com meu instrumental”, finaliza.
Planet Hemp libera single duplo Não Vamos Desistir / O Ritmo e a Raiva Remix

Depois do retorno com o aclamado álbum Jardineiros, lançado em outubro do ano passado após um hiato de 22 anos, o Planet Hemp liberou o single duplo formado pela inédita faixa-foco Não Vamos Desistir e O Ritmo e a Raiva Remix, ambas com a participação especial de Black Alien, parceiro de longa data do grupo. Não Vamos Desistir aposta em uma mensagem de convocação à luta e à resistência, chamados sempre atemporais e característicos da trajetória da banda, atualmente formada por Marcelo D2, BNegão, Formigão, Pedro Garcia e Nobru. Com trechos como “acho que nunca vou tá pronto para o que pode estar por vir / mas se cair eu me levanto, porque não vamos desistir / um brinde aos idiotas e toda sua ganância / alimentando o caos e sufocando as esperanças / mas nós não vamos desistir, não”, a temática é potencializada pelo coral que entoa o refrão, ilustrando a ideia de coletividade. Já o remix de O Ritmo e a Raiva, canção que integra o álbum Jardineiros e que também traz a participação de Black Alien em sua versão original, é apresentado com uma sonoridade jersey – subgênero do rap popularizado no estado norte-americano de Nova Jersey, que tem como marcas o uso de beats acelerados, samples sobrepostos e sintetizadores, evocando uma estética oitentista.
João Gordo lança o álbum “Brutal Brega” em LP com edição limitada

Brutal Brega, álbum do João Gordo em parceria com o produtor Val Santos, está de volta em uma edição especial em vinil. O conglomerado de selos, Fuzz On Discos, que agrupa a AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records, anunciou nesta quinta-feira (6) o lançamento deste projeto divertido, que traz releituras punk rock de clássicos da música brega que dominavam as rádios AM. Com 14 faixas, o disco conta com canções originalmente interpretadas por artistas como Sidney Magal, Ângelo Máximo, Reginaldo Rossi e Jane e Herondy. Entre os destaques estão os sucessos Fuscão Preto, Tô Doidão, Amante Latino e Domingo Feliz. A romântica A Namorada Que Sonhei e o dueto com a atriz Marisa Orth em Não Se Vá, revela a versatilidade de João Gordo em explorar diferentes estilos musicais. A edição limitada de apenas 300 cópias do Brutal Brega em LP, foi prensada em vinil de 180 gramas na cor laranja. “Eu tô muito feliz com o lançamento”, revela João Gordo, que também é colecionador de discos. “Para mim é muito importante o disco sair em vinil. A gente nunca deixou o formato, desde a época do CD, sempre lançamos os discos do Ratos em vinil, então eu não penso em outro formato, a não ser lado 1, lado 2, vinil colorido, encartes, capa, eu penso desse jeito. O ano passado o Ratos de Porão foi a banda que mais teve lançamentos em vinil do Brasil. Como colecionador, é uma correria sensacional”. João Gordo conta que, assim como no Ratos de Porão, este projeto também deve permanecer investindo em lançamentos em vinil. “O Brutal Brega é uma banda que foi feita na pandemia, e de um projeto só, já virou dois ou três projetos, porque daí veio o Brutal MPB e agora eu e o Val estamos fazendo o ‘Brutal Samba’, que é só samba dos anos 70. E todos terão formato de vinil colorido, capa alternativa e todas aquelas coisas que só vinil pode nos dar”, afirma. Brutal Brega em LP já está disponível e é uma oportunidade para os fãs de João Gordo experimentarem uma abordagem única e ousada do gênero brega.
Primeiro álbum solo de Filippe Dias ganha edição em LP duplo

Quando o assunto é guitarra, Filippe Dias é um dos nomes mais interessantes da atualidade. Seu trabalho dentro do blues rock o coloca na linha de frente do estilo no cenário brasileiro. Dias não é aquele tipo de guitarrista espalhafatoso, que jamais perde a chance de se exibir com demonstrações gratuitas de técnica e habilidade. Muito pelo contrário, ele não desperdiça uma nota sequer. Suas composições são sofisticadamente simples, onde cada riff tem um porquê e cada fraseado faz sentido. Filippe também se mostra um cantor competente, cujas linhas vocais funcionam como complemento ao seu estilo de tocar. Os esforços de Filippe Dias vêm sendo reconhecidos e ele acaba de faturar pela segunda vez o Prêmio Profissionais da Música, na categoria Artista de Blues (a primeira vez foi em 2019, quando lançou o EP Boderliner). Como forma de coroar este momento especial de sua carreira, o músico anuncia o lançamento em vinil de seu primeiro álbum solo. DIAS apresenta 11 canções autorais que transcendem as fronteiras do blues rumo à conquista de outros públicos. Filippe se nega a prender-se a rótulos e explora outros elementos musicais, como soul, R&B, jazz, folk e MPB. As letras são bilíngues e propõem reflexões sobre o tempo e seus efeitos. Gravado no Mosh Studios (São Paulo), o álbum foi produzido e mixado por Amleto Barboni, que também assina os arranjos orquestrais. A masterização foi realizada em Los Angeles (EUA) pelo renomado engenheiro de som Brian Lucey, que traz em seu currículo trabalhos com Liam Gallagher, Arctic Monkeys, The Black Keys e Depeche Mode, entre outros. “A ideia de lançar o álbum em vinil era algo que eu tinha em mente desde o início das gravações. Registramos o áudio analogicamente e masterizamos com o Brian Lucey, em Los Angeles, para oferecer a melhor experiência sonora possível ao ouvinte. Para viabilizar a prensagem do vinil duplo, contei com o apoio da Jack Daniel`s Brasil, que se identificou com a autenticidade do som e com a liberdade que pautou toda a produção, valores em comum com a marca”, comenta Filippe. A edição em vinil duplo de DIAS está à venda no site oficial do artista. A versão digital do álbum também está disponível nas principais plataformas de música.