Revisando | Eu, Christiane F. 13 anos, Drogada e Prostituída

Engenharia do Cinema Durante meados dos anos 90 e 2000, era de lei muitas escolas brasileiras exibirem para os seus alunos “Eu, Christiane F. 13 anos, Drogada e Prostituída“, com o intuito de mostrar o lado negro da vida, que infelizmente muitos adolescentes passam a vivenciar à cada dia. Sendo totalmente embasado em fatos reais, este longa alemão só teve uma grande notoriedade na época que foi lançado, graças ao envolvimento do músico David Bowie, que não só está presente na trilha sonora, como também é importante na história da vida da protagonista, pelo fato dela ter se drogado pela primeira vez em um show dele, além de ser colecionadora dos vinis do próprio. Imagem: Popular Filmproduktion (Divulgação) Inspirado no livro de Kai Hermann e Horst Rieck, a história gira em torno da adolescente Christiane (Natja Brunckhorst), que para conseguir chamar atenção na sua roda de amizades e do garoto por quem está se apaixonando, passa a usar vários tipos de drogas. A situação se complica ainda mais, quando ela começa a realizar loucuras só para usar as mesmas. Nos dias atuais seria impossível quaisquer nacionalidades tentarem fazer uma produção, com tamanha temática e envolvendo menores de 18 anos. O trabalho do cineasta Uli Edel consegue ser ácido, sufocante e ao mesmo tempo, tenso em vários sentidos, por conta das situações retratadas com tamanho realismo, à todo momento. Seja por intermédio de cada aplicação de drogas de Christiane em seu corpo (que são regadas apenas com o silêncio do momento, e só ouvimos o ambiente como um todo), seu comportamento que a cada dia vai se degradando ainda mais (por conta do vício) e como ela tem de optar ao extremo para suprir seus desejos mais obscuros. E isso vale para vários personagens coadjuvantes, que vão adentrar neste mesmo universo. O caos consegue ser ainda mais transposto com perfeição, quando em determinado arco vemos que ela e seu namorado (Lothar Chamski) estão tendo uma enorme crise de abstinência em um quarto, e começam a se desgastar apenas para ter de conseguir o mínimo de uma substância ilícita. “Eu, Christiane F. 13 anos, Drogada e Prostituída” foi realizado há mais de 40 anos, e até hoje se mostra como uma produção atemporal e que deve ser visitada e revisitada quase sempre.
B.B. King ganha exposição com itens históricos no MIS

A partir do dia 26 de julho, diversos itens da vida e obra de B.B. King estarão disponíveis para visitação do público em uma exposição inédita dedicada ao Rei do Blues. A mostra B.B. King: um mundo melhor em algum lugar, realizada pelo MIS (Instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo), pega emprestado parte do nome do disco de 1981 para tratar de temas de segregação e inclusão, proporcionando uma experiência sensorial. O projeto tem curadoria de André Sturm e Cacau Ras, consultoria de Chris Flannery, planejamento do Atelier Marko Brajovic, também responsável pelo projeto expográfico, e pesquisa e textos de Gabriela Antero. Primeira exposição inteiramente dedicada ao artista no Brasil, o projeto traz itens históricos da vida de B.B. King. Entre os destaques, estão imagens do acervo do B.B. King Museum, de diversas fases da carreira do artista, desde o jovem Riley Ben King, aos 23 anos, com o violão Gibson L48, de Michael Ocs, até seu retrato exibindo o prêmio de Melhor Álbum de Blues Tradicional na 42ª Cerimônia do Grammy, em 2000. Além disso, a mostra ainda conta com as credenciais de todas as turnês realizadas por B.B. King no Brasil, nos últimos 30 anos, em diversos espaços e configurações, um pin exclusivo temático distribuído por B.B. para fãs ao final dos shows, o primeiro troféu Grammy recebido pelo cantor em 1971 e a icônica guitarra Gibson Lucille, assinada por King em seu show em São Paulo em 1993. A trajetória de vida e superação de B.B. King é metáfora para tratar do tema maior da exposição: os preconceitos vivenciados por todos até os dias de hoje em nossa sociedade. Paralelamente à trajetória do artista, a mostra ilustra outros movimentos de luta contra a segregação ao redor do mundo, trazendo uma narrativa que se dá pela intersecção entre a vida do músico, o panorama de lutas pelo mundo e o projeto cenográfico, que narra a mudança do tempo rumo a um futuro mais plural e colorido. Experiência sensorial B.B. King: um mundo melhor em algum lugar é uma experiência sensorial que percorre épocas, fatos e conteúdos da vida de B.B. King. Para a criação conceitual do projeto, foi feita uma linha do tempo e do espaço que percorre a história do artista e dos desdobramentos social e cultural da segregação, fluxo inspirado no curso meândrico do rio Mississipi – onde está localizada, às margens, a cidade de Memphis, conhecida como a capital do blues. O rio se converte numa metáfora que traz a mistura de cores, texturas e formas no movimento contínuo da vida. No começo da exposição, o público se depara com uma geometria preta e branca que divide e separa, representando a segregação. Pouco a pouco, essa configuração se transforma em uma paleta multicolorida da diversidade de cores e conteúdos, criando uma praça que celebra a diversidade e convida ao diálogo, sem esquecer do que ainda precisa ser superado. Rei do Blues B.B. King é surpreendido com um bolo de aniversário no programa de televisão American Bandstand, em 1979. Ao seu lado, está o apresentador Dick Clark. Cortesia B.B. King Museum B.B. King é o nome artístico de Riley Ben King, nascido em 16 de setembro de 1925, em Berclair, no Mississipi (EUA), e morto em 15 de maio de 2015, aos 89 anos. Sua infância nas plantações de algodão, o surgimento do blues e sua consagração como uma lenda do gênero estão dentro do contexto da segregação, uma separação causada pelos interesses políticos e econômicos da elite branca racista dos EUA, e legalizada até os anos 1960. O cantor era conhecido como Rei do Blues e considerado o maior guitarrista do gênero de sua geração. Em quase sessenta anos de carreira, B.B. King gravou mais de cinquenta discos. Entre seus hits, estão Three O’Clock Blues, The Thrill Is Gone, Please Love Me e muitas outras canções que marcaram gerações. O Rei influenciou grandes astros da música, como Jimi Hendrix e Carlos Santana. Um artista que desde cedo sentiu as duras condições da segregação norte-americana e alcançou o sucesso promovendo a cultura negra, tendo recebido grande reconhecimento em vida. Ele foi premiado com a medalha presidencial, o prêmio Kennedy e quinze Grammys. Em 2008, foi criado o B.B. King Museum no Mississippi, com um grande acervo sobre a vida do artista. Serviço | B.B. King: um mundo melhor em algum lugar Museu da Imagem e do Som – MIS Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo Data: 26 de julho a 8 de outubro Horários: terças a sextas, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) | Entrada gratuita às terças (retirada na bilheteria física do MIS) Mais informações
Duo de indie folk Hollow Coves compartilha o EP Reimagined Vol.1

O duo indie-folk de Brisbane Hollow Coves compartilhou versões reimaginadas de algumas das suas canções mais populares. O EP inclui uma nova versão de Coastline dos artistas australianos Vancouver Sleep Clinic e LANKS. Na versão da Vancouver Sleep Clinic, as letras e harmonias suaves, que são a marca registada dos Hollow Coves, encontram-se com a instrumentação antémica e ambiente da Vancouver Sleep Clinic. Também é apresentada o remix de The Woods dos The Kite String Tangle, o projeto solo do artista eletrónico alternativo, multi-instrumentista e produtor, Danny Harley, e Interlude reimaginada do seu EP Wanderlust. Desde o lançamento, Coastline e The Woods têm agora o certificado de ouro no Canadá, e o minuto de duração de Interlude repercutiu no Tiktok e no Meta como banda sonora para conteúdos temáticos de viagens e desejo de viajar deslumbrantes. A banda aumentou o seu número de seguidores ao vivo, traduzindo a sua música gravada, mostrando tanto o seu lado mais suave como um espetáculo animado que levou à abertura para Passenger e The Lumineers.
Ozzy Osbourne cancela show marcado para outubro e adia retorno aos palcos

Ozzy Osbourne cancelou sua participação no Festival Power Trip de 2023, “devido a problemas de saúde contínuos”. Em publicação em seu perfil no Twitter, nesta segunda-feira (10), ele afirmou que precisou adiar sua volta à agenda de shows e pediu desculpas aos fãs. “Meu plano original era retornar ao palco no verão de 2024, e quando surgiu a oferta para fazer este show, eu segui em frente com otimismo”, disse ele. “Infelizmente, meu corpo está me dizendo que ainda não estou pronto e sou muito orgulhoso para que o primeiro show que eu faça em quase cinco anos não seja malfeito.” O festival de música de heavy metal em que Osbourne se apresentaria é composto por três dias, entre 6 e 8 de outubro no Empire Polo Club em Indio, Califórnia, e marcaria o aguardado retorno do roqueiro do Black Sabbath ao palco em meio à sua batalha contra o Parkinson.
Show de Noel Gallagher em Nova York é cancelado após ameaça de bomba

O show de Noel Gallagher em Nova York foi evacuado após uma “ameaça de bomba”, momentos antes do início. Os departamentos de polícia instruíram os fãs a deixar o local mediante a situação, como informou a revista People. “Com muita cautela, o show no Saratoga Performing Arts Center foi suspenso às 21h40 e os participantes do show foram evacuados sem incidentes. Os K9s completaram uma varredura no local depois que a multidão saiu, com resultados negativos”, comunicou uma publicação da página New York State Park Police, no Facebook, no domingo. O post ainda reforçou que o caso será analisado pelas autoridades: “Este incidente está sob investigação. Este caso será investigado na categoria de ameaça terrorista, um crime de classe D”. Apesar de Noel Gallagher não se pronunciar sobre a ameaça, Garbage, que se apresentou antes da evacuação, escreveu no Twitter: “Não temos ideia do que aconteceu esta noite. Fomos todos evacuados e estávamos preocupados com todos!”.
Plutão Já Foi Planeta inicia nova fase com o single Uma Canção Só Sua

A banda Plutão Já Foi Planeta se prepara para lançar em 2023 seu homônimo terceiro álbum de estúdio. Recheado de novidades, o disco crava de vez a identidade musical do grupo que reúne na atual formação Cyz Mendes, Sapulha Campos (guitarra) e Gustavo Arruda (guitarra). O primeiro single, Uma Canção Só Sua, chegou ao streaming. O material de inéditas que será lançado via Algohits, em agosto, apresenta a nova fase da Plutão Já Foi Planeta que tem como marca uma energia mais vibrante e rock’n’roll. Além do rock, o novo lançamento de estúdio trará referências diretas e indiretas da música brasileira, o que se refletirá tanto nas novas composições como nas apresentações. Uma Canção Só Sua, disponibilizado via Algohits, carrega elementos de rock e de pop e firma Cyz nos vocais trazendo muita energia na interpretação mas sem perder a essência do grupo. Afinal de contas, a música é uma composição da dupla de guitarristas fundadores da banda. A faixa, inclusive, já foi apresentada para os fãs durante algumas apresentações ao vivo, tendo uma boa resposta do público. Uma Canção Só Sua carrega consigo um tema que não é difícil se identificar em algum momento da vida. “‘A música fala do término de um relacionamento e os pensamentos que ficam na cabeça durante uma separação. Com uma mistura de saudade e um pouco de raiva, a letra e melodia se juntam em uma combinação que com certeza irá surpreender aqueles que ouvirem pela primeira vez. E, no caso de um encontro daquelas pessoas que não se veem há muito tempo, fica a pergunta do refrão: será que eu vou te ver na rua pra te dizer que tem uma canção só sua?”, comenta a Plutão Já Foi Planeta.