Entrevista | Toy Dolls – “Ainda não conseguimos a perfeição”

Terceiro álbum de Tom Speight, Love & Light chegou ao streaming

O aguardado terceiro álbum do contador de histórias melódicas de Londres, Tom Speight, intitulado Love & Light foi lançado pela Nettwerk. O mais recente álbum de Tom é uma exploração poderosa do amor, da perda e da esperança, mergulhando profundamente em suas próprias experiências pessoais e emoções, com faixas como Let Go, que foi adicionada à playlist New To 2 da BBC Radio 2. Tom continua a prestar homenagem a algumas das suas maiores inspirações, incluindo Damien Rice, Sufjan Stevens e John Mayer, ao mesmo tempo em que explora territórios novos, lembrando Dermot Kennedy e Tom Grennan. O primeiro single, The One, destacou o excepcional talento lírico de Speight, gerando comparações com a abordagem introspectiva de Tom Odell. Love & Light apresenta singles lançados anteriormente, como The One, Let Go e Trick of the Light. Detalhando seu mais novo disco, Tom revela: “Nesse disco, toquei em assuntos sobre os quais nunca falei antes; é, sem dúvida, o meu disco mais pessoal até hoje”. O terceiro álbum de Tom Love & Light é outro marco em sua carreira, construído sobre o sucesso de seus dois álbuns anteriores (Collide e Everything’s Waiting for You), que foram apresentados tanto na televisão quanto no cinema.
Depois da Tempestade retrata o luto em seu segundo disco e quer conquistar a América Latina

A banda Depois da Tempestade volta à cena com seu segundo disco de estúdio, Luto por Esperanza, com produção de André Freitas e disponível em todas as plataformas de streaming. Natural de Santos, a banda seguiu o rito de outros lançamentos e se juntou para gravar com André no ElectroSound Studio, conhecido por ser o estúdio de Marcão Britto, do Charlie Brown Jr. Com nove faixas conceituais, Luto por Esperanza já havia sido antecipado em três singles e clipes. Indomável León, lançada no fim de 2022, Esperanza e Barganha feat. Lula Bertoldi, vocalista e guitarrista da renomada banda argentina Eruca Sativa, vencedora de prêmios Gardel e indicada ao Grammy Latino. “O Luto por Esperanza marca não só o início de novos tempos para a banda, como também o registro definitivo dos últimos anos que passamos”, declara Victor Birkett, vocalista da Depois da Tempestade. Esse é o quinto lançamento do grupo, que conta com três EPs, O Sol Nascerá, Eleva e Mutáv3l, e também do álbum Multiverso, lançado em 2017. A banda é formada também por Gutto Albuquerque (guitarra e cordas), Diego Andrade (baixo), Maru Mowhawk (teclados e sintetizadores) e Bruno Andrade (bateria e beats). “É um privilégio seguir ampliando nossas obras e evoluindo musicalmente. Esse também é o primeiro disco com o Gutto (Albuquerque) nas guitarras e na composição dos arranjos e pré-produções. Foi um orgulho contar com uma artista do porte da Lula Bertoldi em Barganha“, comenta Victor. O álbum teve o processo de criação mais longo de toda a carreira da banda, passando inclusive pela pandemia. “A gente começou a composição do disco em 2018. Foi inicialmente idealizado por nós como um EP onde cada faixa representaria um momento do ciclo do luto”, explica Gutto Albuquerque. “Nos juntávamos pra compor em conjunto, em jam durante os ensaios, pensando naquele sentimento e o que tínhamos dentro pra expressa-lo musicalmente. Levou quase cinco anos pra ficar pronto e mal sabíamos no início que iríamos vivenciar tantos lutos nos anos seguintes. Definitivamente tudo tem seu tempo”, completa Gutto, que também foi responsável pelas produções das faixas interlúdio ciranda de duelo e umnovecincomeia, que conta com a fala de Josanne Birkett, mãe do vocalista Victor, falecida no ano passado. “Esse disco traz um sentimento especial, pois será uma homenagem póstuma à minha mãe, que era uma grande fã da banda. Sempre que podia, nos acompanhava nos shows porque realmente gostava do som e do ambiente. Eu também sempre a anunciava para o público, que a aplaudia”, relembra Victor. “Vai ser o primeiro lançamento da Depois da Tempestade que minha mãe não poderá escutar, mas ela se transformou em uma das faixas desse disco. A turnê será uma homenagem à sua memória”, completa. O álbum Luto por Esperanza pode ser escutado em todas as plataformas de streaming e terá show de lançamento em Santos, no dia 20 de agosto no Dantas Music Bar, com a presença das bandas Seaport e Karma 13, além da discotecagem de the.lazyb. Os ingressos custam a partir de R$ 20,00.
Jeza da Pedra e mellina fazem um registro afetivo do subúrbio carioca no clipe Camará Station

Duas potências da zona oeste do Rio de Janeiro, Jeza da Pedra e mellina unem forças para narrar uma crônica sobre desencontros e afetos não correspondidos no single Camará Station. É próximo ao fim da Avenida Brasil onde os artistas embarcam na sua jornada lírica em nome de um pop criativo, avesso à ostentação, sem perder porém a sua identidade e raízes periféricas em uma canção climática com a identidade potente do subúrbio. Este é o primeiro single do duo e faz parte do álbum Lolólove. A faixa ganhou um clipe com imagens que fazem parte do imaginário e do dia a dia de um Rio de Janeiro longe dos cartões postais. A parceria vem em um momento em que Jeza da Pedra conquista reconhecimento como um dos nomes incensados do rap nacional e da nova MPB, enquanto mellina se projeta como rapper e artista multimídia. O produtor musical Daniel de Souza assina a faixa direto de seu estúdio @suburb_io. A canção nasceu da amizade e das reflexões compartilhadas por mellina e Jeza sobre as zonas de desconforto geográfico e afetivo que enfrentam como moradores da zona oeste do Rio. A música narra um desencontro romântico, tendo como cenário a estação de trem de Senador Camará e traz uma fusão de rap e indie pop com uma sonoridade dançante e envolvente. Jeza da Pedra despontou do underground carioca em 2015 com o funk Sai que tu é mó bad. Em 2017, lançou o aclamado Pagofunk Iluminati com show de estreia ao lado da banda Afrojazz e da DJ Iasmin Turbininha. Desde então, vem somando tem parcerias musicais de peso como DJ Sexy Love, UBUNTO e Kassin. A intensidade dos amores e desejos é o tema central dos últimos trabalhos de Jeza da Pedra: Arquitetura da Despedida (Sete Estações) (2021), Amores Líquidos (2022) e a recente Paixão Cocaine. Esta última, foi lançada em junho deste ano para fechar aquilo que o artista descreve como sua “trilogia de love songs”. Já mellina é cantora, compositora e artista multimídia. Em 2021, passou a expor sua arte através do NFT, levando a convites de eventos e shows para apresentar sua obra. Debutou musicalmente em abril deste ano com o funk Acrigel, em parceria com o renomado produtor Beat do Ávila.
Lynx the Revenge lança a dramática e envolvente Saudade

O sexteto carioca Lynx the Revenge lançou o single Saudade. A balada dramática e envolvente apresenta uma inédita faceta dentro do gênero praticado, o heavy metal, cujo instrumental coloca o piano em primeiro plano, acompanhado de fraseados e solos das duas guitarras. Saudade é um single de fácil audição que fala de um sentimento vivido por qualquer pessoa. A letra aponta que é preciso olhar para si, ao redor e para sua própria trajetória para afastar a tristeza, solidão e seguir em frente. “Saudade não conta uma história específica, mas sim uma descoberta, uma constatação de um envolvimento intenso, é uma dissertação de perda que qualquer um de nós que vive ou já viveu tamanho sentimento possa vestir e tomar para si, e então viver momentaneamente essa experiência musical”, explica o guitarrista do Lynx the Revenge, Douglas Gomes. Trazendo o piano ao centro da música, com a melancolia que é intrínseca ao sentimento da saudade. Pensando nisso, o guitarrista e compositor Douglas Gomes tentou, pela primeira vez, testar seu conhecimento musical num piano. Quando então nasceu o tema da música, que também é a melodia do refrão, e espontaneamente o restante da harmonia estrutural surgiu, como conta Douglas. “O clima veio embalado e encomendado pela temática pensada na ocasião, que instantaneamente inspirou sua letra e finalização. Virou uma balada metal de fácil audição, facilmente transcende quem não ouve o gênero e sendo marcada pelo dueto vocal da Raíza Silva e do Leandro Felício”.
Budah apresenta EP de estreia com feats de Yunk Vino e Vulgo FK

“Agora é o momento de focar 100% em mim. Com este EP, eu exploro minhas facetas e dou um som diferente para cada uma delas. Tô animada com esta nova fase, e mais feliz do que nunca”. É desse modo que Budah resume o sentimento que guia o seu atual momento. Após encerrar a temporada de shows como uma das principais vozes do projeto Poesia Acústica, a artista capixaba se consolida como uma das vozes de destaque no R&B nacional e apresenta o EP Budah. O trabalho contém cinco faixas que exploram outras sonoridades dentro do gênero musical em que a cantora se firmou e reúne participações do trapper Yunk Vino e do cantor Vulgo FK. O EP completo já está disponível nas plataformas de streaming de áudio pela gravadora Universal Music Brasil. Ao longo de cinco canções, a artista experimenta novos beats para percorrer por narrativas apaixonantes e melancólicas que refletem a sua pluralidade. O primeiro single, Peito Aberto, lançado em junho, é a faixa que reafirma o lugar de Budah no R&B. “É a canção mais romântica e melódica do EP, sobre um amor totalmente puro e o sentimento de se estar entregue”, ela afirma. Entre dores e delícias, Sedenta fala sobre as complexidades de um envolvimento entre duas pessoas, em que a curiosidade sobre o que isso vai dar é o sentimento principal. Marcando a primeira participação especial presente no EP, a faixa NQQP (Não Quero Que Pare) traz o trapper Yunk Vino para um beat sexy e dançante, enquanto, Lençol, com o feat de Vulgo FK, segue uma linha mais do trap. “Essa música é uma realização pra mim, ela versa sobre um relacionamento muito apaixonado em que os dois não conseguem ficar longe um do outro. Mas aí chegam as demandas da vida e o encontro entre eles se torna um refúgio”, conta Budah. Namorada completa a tracklist e se difere das outras por apostar mais no instrumental. “É uma canção que ainda traz um olhar sobre o amor, mas enaltecendo a potência de se realizar escolhas dentro de um relacionamento”, resume a cantora. O EP completo chega para somar a um repertório que reúne singles como Quando Eu Te Olhei (2022), que integra o projeto A COLOR SHOW e garantiu maior notoriedade ao trabalho de Budah; Onda (2021) e Licor (2019). O EP Budah é um cartão de visita da potência artística da artista e prepara terreno para o primeiro disco cheio da cantora, previsto para o próximo ano.
Crítica | Sede Assassina

Engenharia do Cinema Depois do enorme sucesso que o argentino Damián Szifron realizou com “Relatos Selvagens“, muito se esperou de sua estreia em Hollywood, com o suspense “Sede Assassina“. Porém, apesar de sua direção ser operante, temos um caso de produção que nitidamente sofreu em decorrência de conflitos entre ele e o roteirista Jonathan Wakeham (que é estreante na função, com longas). Após o misterioso assassinato de várias pessoas, por intermédio de um atirador assusto, a jovem policial Eleanor (Shailene Woodley) se junta ao agente Lammark (Ben Mendelsohn, que vive outra personificação do personagem Talos, da série “Invasão Secreta”), em uma investigação que promete atingir não só a vida de ambos, mas seus passados mais obscuros. Imagem: Diamond Films (Divulgação) No primeiro ato da produção, fica nítido que o roteiro se inspirou fortemente nas obras literárias de Lee Child (criador de “Jack Reacher” e mais precisamente no livro, “O Último Tiro”), e embora não tenhamos um personagem no calibre do citado, a atmosfera de suspense é válida. Mas quando o próprio tenta começar a levar vários debates sobre feminismo, machismo, xenofobia, judaísmo, nazismo e capitalismo, em intermédio com o próprio enredo (até mesmo de forma sútil), os problemas começam a aparecer. E digo isso com total clareza, como por exemplo uma cena onde Eleanor está jantando na casa de Lammark, e surge um debate totalmente aleatório sobre as benefícios dos EUA para o mundo e bem estar de todos (sim, existe isso e com direto a várias publicidades exercidas indiretamente). Dentro da premissa do enredo, esses debates não fazem sentido algum, e só desvirtuam o foco do espectador, em relação a investigação (que se torna desinteressante). A situação só não se torna pior, pois Woodley e Mendelsohn são ótimos atores e possuem entrosamento em cena, e embora a situação seja clichê demais em relação a outros filmes com a mesma temática, não conseguimos ter uma melhor aproximação com a dupla (em momento algum nos importamos com suas motivações, e se eles vão sobreviver ao cenário mostrado). “Sede Assassina” reflete mais um caso onde um cineasta novato em Hollywood, acaba sofrendo com possíveis problemas de bastidores, pelos quais tornam prejudiciais seu resultado final.