Playtoy: Barbie, Empoderamento Feminino e Eurodance inspiram novo videoclipe de Bialcure

Com dependência emocional e objetificação, os relacionamentos tóxicos podem ser extremamente prejudiciais. E é justamente o escape de um parceiro abusivo que inspira o single “Playtoy”, de Bialcure. A faixa cruza a linha do pop contemporâneo, com flashbacks que enaltecem o movimento Eurodance e a musicalidade de Depeche Mode e Madonna, principalmente nos anos 1990. Natural de Vitória (ES) e radicada em Atlanta, nos Estados Unidos, Bialcure chegou nessa sonoridade com o suporte do francês Romain Drouet e do norte-americano Zigahertz. Para dar vida à temática da música, envolta pelo empoderamento feminino, a cantora preparou um videoclipe recheado de tons de rosa, emulando a identidade visual empregada por Greta Gerwig no recém-lançado filme da Barbie. Segundo a cantora, “Playtoy” reflete sobre a forma como a submissão feminina ocorre devido ao medo da solidão. “É sobre o medo de se impor, de se expressar e cobrar respeito, companheirismo e comprometimento. A sociedade tem sido cruel com as mulheres porque até a nossa liberdade sexual foi cooptada e usurpada a favor do patriarcado. É cansativo! Acredito que muitas se sentem perdidas e exaustas”. Compositora desde 1997, Bialcure começou a gravar as suas canções em meados de 2018, tendo lançado os EP’s No Push e Distant Island e os singles Fim da Fila, Too Much To Deal With, Fractions Of You, Isto Vai Passar e 5X1 (Velho Babão, Novinho Sem Noção).
Everclear promove show intimista e cheio de hits em Westbury

Nos anos 1990 e começo dos 2000, a banda norte-americana Everclear entregou um caminhão de hits, todos sempre carregados de letras fortes e refrões fáceis. Apesar desse apelo, que teve grande impulsionamento pela MTV Brasil, o grupo de Art Alexakis nunca veio ao Brasil. Coube então a missão de buscar essa experiência longe de casa. Bem próximo de Nova York, em Westbury, na região de Long Island. Esse foi o local que pude realizar esse desejo. O cartaz não poderia ser melhor, além do Everclear, estavam escalados The Pink Spiders e The Ataris. No entanto, o vocalista do Ataris, Kris Roe, contraiu covid e cancelou a apresentação em cima da hora. Coube ao The Pink Spiders esquentar o público. Com o The Space at Westbury ainda vazio, esse grupo não poupou energia. Mesmo sem conhecer profundamente o trabalho deles, me surpreendi com a disposição dos integrantes e o visual bem roqueiro. O show do The Pink Spiders começou com Gold Confetti, carro-chefe do álbum mais recente, Freakazoid, lançado há dois meses. Outros destaques do show foram Little Razorblade, canção mais conhecida da banda, e Modern Swinger, que encerrou a apresentação. Se no começo o público parecia muito discreto curtindo o show, da metade para o fim o cenário mudou por completo. The Pink Spiders saiu bastante aplaudido do palco. Antes do início do Everclear, aproveitei para conhecer melhor a casa de shows. O The Space at Westbury é um antigo teatro, que foi como um respiro cultural nessa pequena cidade, dos anos 1920 aos 1980. Menos de uma década atrás ele foi salvo de uma demolição e virou a principal casa de shows da região. Everclear Mesmo que a esclerose múltipla limite Art Alexakis para muitas coisas, no palco o vocalista do Everclear vira outra pessoa. É nítido como se manter ativo é uma terapia para ele, seja para relembrar a origem de algumas canções ou arrancar sorrisos cantando seus maiores sucessos. Por falar em hits, o show do Everclear é praticamente um best of do início ao fim. So Much for the Afterglow, Everything to Everyone e Heroin Girl foi a trinca inicial. Art Alexakis não é a única estrela no palco. O baixista Freddy Herrera é vibrante o tempo todo, o braço direito do vocalista, capaz de manter o ritmo puxado entre as músicas, garantindo um setlist acelerado. >> Confira entrevista exclusiva com Art Alexakis, do Everclear Uma das surpresas do set foi Sing Away, que foi feita originalmente acústica para a carreira solo de Art Alexakis, mas ganhou uma versão mais rock com a banda. Tocando para um público abaixo de mil pagantes, Art Alexakis relembrou momentos em Long Island, brincou com alguns fãs, além de detalhar a importância de cantar faixas tão marcantes, como Father of Mine e Wonderful. Da metade para o fim, mais hits: AM Radio, I Will Buy You a New Life e Santa Monica, que fechou o show. Antes, no entanto, ainda teve tempo para atender o pedido do público por The Boys Are Back in Town, cover do Thin Lizzy. Antes de deixar o The Space, Art Alexakis e seus companheiros de banda receberam o público para uma rodada de autógrafos, fotos e conversas. Em resumo, pacote completo. Impossível não sair feliz de Westbury. E ainda deu tempo de pegar o trem de volta para a Grand Central, em Nova York.