Sulamericana mescla MPB e indie rock no single Pedras que Cantam; ouça!

A banda Sulamericana revelou o single Pedras que Cantam, uma das músicas mais emblemáticas do Brasil, composta pelo renomado Fausto Nilo. A faixa sucede o álbum Sula, que rendeu bons números nas plataformas de streaming. Com sua marca única e inconfundível, a banda cearense imprime seu DNA nessa faixa lendária, trazendo uma abordagem contemporânea e vibrante. Essa reinterpretação é uma emocionante homenagem a Fausto Nilo, ao mesmo tempo em que a Sulamericana deixa sua própria marca na música. Gravada no Estúdio Trilha Sonora e com a produção talentosa de Rafael Martins, a versão da Sulamericana traz uma abordagem única e contemporânea para essa composição atemporal. De acordo com o baixista Tiago, a escolha de regravar Pedras que Cantam foi algo natural para a banda. Sendo uma música de um dos maiores compositores cearenses e um clássico há muitos anos, eles sempre sentiram uma conexão especial com essa faixa. Agora, eles tiveram a oportunidade de dar uma nova cara à música, imprimindo o som da “sula” nessa canção tão amada pelo público. A Sulamericana, conhecida por sua sonoridade única que mescla indie rock e MPB, traz toda a sua energia e paixão para essa regravação. Com arranjos cuidadosamente elaborados e a interpretação do vocalista Lucas Espínola, a banda captura a essência da música e adiciona seu toque pessoal, resultando em uma versão poderosa e cativante. A banda Sulamericana, formada por Hugo Lage (guitarra), Ian Antunes (bateria), Lucas Espínola (voz e guitarra), Tiago Gnomo (baixo) e Zylton Sena (teclado), tem conquistado espaço na cena musical com sua sonoridade e composições marcantes.

Skarno mistura Halloween e vida real no single Morto Vivo; ouça!

A banda Skarno lançou, na última sexta-feira (20), o single Morto Vivo. O trabalho, que sucede o primeiro EP da dupla, Sedentário em Frente a uma TV, já está disponível em todas as plataformas digitais e chega pelo selo musical Marã Música. A faixa chega acompanhada de um videoclipe. Trazendo uma temática de terror influenciada pela banda sueca Ghost, e sonoridade punk de Pet Sematary, dos Ramones, e Dig Up Her Bones, do Misfits, Morto Vivo vem com uma mensagem divertida de como as pessoas se tornaram zumbis das redes sociais. A letra foi escrita pela Vanessa, baterista da Skarno, que também é enfermeira, e em 2019 escreveu um texto indignada por perceber que no seu serviço as pessoas não estavam prestando atenção em seus deveres por não saírem dos celulares. “Além disso, ela observou que no metrô e nas ruas, os casais… amigos não se falavam, só ficavam nos celulares sem interagirem, andando como zumbis, muitas vezes sem olhar para frente”, aponta Rudi, vocalista e guitarrista da banda. Como já é de praxe no trabalho da Skarno, Morto Vivo também traz uma mensagem significativa para o ouvinte. Nesta faixa, Rudi e Vanessa querem alertar para o tempo e as oportunidades que as pessoas perdem em troca de alguns segundos (que acabam tornando-se horas) em frente às telas. “As pessoas preferem ter relacionamentos a distância ao invés de se arriscarem, preferem criticar quem tenta ao invés de fazer algo efetivo ou na prática”, acredita Rudi. “A ideia da faixa é dizer que aquela perfeição exposta por influencers não é verdadeira, que o sentido da vida é se expor, tentar, olhar e cuidar daquele que está ao seu lado em momentos bons e ruins, de sentir-se feliz olhando para o espelho e não na selfie cheia de efeitos, sentir-se importante e útil ao invés de deslumbrar a perfeição ou a risada sem sentido e fama de nutella na banheira. Afinal, quando se desliga a câmera, ou a tela no caso, quem é você? O que sente? Esses são os alertas”, completa. Como sempre, a ansiedade para o lançamento é grande. “A expectativa é ter a mensagem absorvida com leveza, mas com a crítica necessária. É buscar novamente o olho no olho”, encerra a banda. O audiovisual tem um enredo de terror que se mistura com a mensagem da música, que é a de como algumas pessoas estão virando zumbis nas redes sociais. A história se passa em uma pizzaria mal-assombrada (Toca da Bruxa) onde no Halloween os integrantes da Skarno ressuscitam do mundo dos mortos. “A gente vem encarnado em uma outra realidade onde nos deparamos com comportamentos estranhos dos vivos. As pessoas não prestam mais atenção ao seu redor por conta dos celulares. Ao passar do tempo os integrantes são contaminados com a tecnologia e começam a fazer dancinhas etc”, conta a banda. O clipe foi gravado em 2021, e teve as participações do Erick (guitarrista) e Alex (baixista), com participações e gravação da SNI Produtora.

Silva se declara na inédita Tudo Que Eu Quero; ouça!

Depois de quase dois anos sem um lançamento, Silva divulgou o single Tudo Que Eu Quero. A canção também vem com um videoclipe que estará disponível no canal oficial do artista na quinta-feira (26). O novo projeto traz o clássico violão dedilhado brasileiro com batidas somando uma produção que aproxima a voz do artista com de quem o ouve. A escolha intensifica a intimidade da letra, que vira uma declaração direta no refrão. O ritmo de balada evoca um clima de “dança lenta”, que certamente vai ser a trilha de muitos momentos românticos. “Canções de amor são as que me vêm à cabeça com maior frequência. Já tentei brincar de seguir em direção oposta, mas não sou assim. Essa música quando estava sendo feita foi trilha de bons momentos da minha vida e espero que ela também seja assim para outras pessoas. É bom estar de volta”, celebra Silva.

Meyot explora novas texturas sonoras e sensações no álbum Sopa Primordial

As inconstâncias da vida moderna, a desconexão com o mundo externo, o tédio, o papel do trabalho, a sensação de não pertencimento e até as investidas supremacistas que dominam os embates políticos. Está tudo presente no intenso álbum da banda Meyot, Sopa Primordial, uma estreia que apresenta sua sonoridade expandida e desafiadora dos gêneros e convenções musicais. O álbum é uma exploração lírica e sonora de temáticas atuais e uma tradução dos delírios e dilemas de toda uma geração. Polirrítmica, Meyot ressignifica o mundo lá fora com um olhar de quem se recusa a conformar. Os ritmos se quebram, os tempos se misturam, os compassos se descompassam. A banda é formada atualmente por Arthur Montenegro e Giuliam Uchima e se tornou conhecida por incorporar influências que vão desde a MPB dos anos 1970 até o post-rock do século 21, passando pelo rock progressivo, jazz e música eletrônica. Essa exploração sonora guiou os tons e temas de Sopa Primordial. “Nós sempre tivemos uma relação de curiosidade e pesquisa com a música. E muitas vezes estamos pesquisando coisas completamente diferentes de maneira simultânea. Enquanto um tá se aprofundando em jazz, o outro tá mergulhando no industrial, e por aí vai. Tudo tem a sua interessância e move a gente pra algum lugar. O que aconteceu de diferente desde o último EP foi a pandemia, que veio 3 meses depois do nosso último lançamento (o que nos impediu de trabalhá-lo da melhor maneira). É difícil falar em pontos positivos sobre um período tão horrendo, mas foi uma época em que ficamos trancafiados em casa sem a menor certeza do que viria pela frente. Acho que esse sentimento apocalíptico fez com que a gente se agarrasse ainda mais forte ao que dá sentido às nossas vidas: a música. Pesquisamos como nunca. Ouvimos como nunca. Estudamos como nunca. Criamos como nunca. E saiu isso”, eles sintetizam. Fricção abre o disco com uma fusão eletrônica e orgânica, retratando a inconstância da vida moderna, enquanto No Túnel evoca uma atmosfera sombria e melancólica. Casa Abandonada surpreende com elementos como piano, ruídos e sintetizadores, refletindo sobre conexões entre o ambiente exterior e questões interiores. Paulo Advogado aborda o suicídio por tédio em um formato de diálogo-opereta, mantendo sua composição original. Polaramine explora a incerteza do futuro e a ideia de jogar com as expectativas. Viagem a Trabalho trata da absorção do trabalho na vida; Mais Forte que o Sol aborda o neo-fascismo e, finalmente, Fina Solidão discute o não-pertencimento e a angústia vivida em meio ao desconhecido. Cada faixa é uma peça única deste álbum, oferecendo uma tapeçaria de sonoridades. Tudo isso forma uma combinação vital do que nos torna humanos – ou, em outras palavras, uma Sopa Primordial. “Esse nome surgiu no início da banda, quando o nosso primeiro disco era apenas um vislumbre. Brincávamos sobre potenciais nomes quando estávamos conversando no bar e esse foi unânime, acabou pegando internamente e ficando desde então. É uma boa analogia para um primeiro disco de estreia, já que a teoria da sopa primordial afirma que a vida na terra foi concebida a partir de uma mistura de compostos orgânicos. A gente sempre achou que o nosso som era uma densa mistura de vários ‘compostos’ de diferentes gêneros, que juntos dão vida a nossa identidade”, resumem os músicos, que gravaram o disco ao lado do ex-integrante Lucas Berredo, que é um dos compositores de todas as faixas. Meyot chega neste álbum em uma formação coesa e madura, que vai além do clássico baixo-guitarra-bateria. Agora, Giuliam e Arthur incorporam programações, samples, instrumentos com teclas, fazendo crescer a sonoridade da banda para além das possibilidades já mostradas antes. O grupo ganhou reconhecimento com seu EP de estreia, Meiote (2018). Em 2020, lançou o mini-EP Anchorage/Vento Seco, que já introduziu novos elementos musicais. Agora, os músicos estão prontos para explorar outras facetas e vertentes de seu som já curioso e instigante. O resultado é uma coleção de oito faixas onde Meyot mostra que há um mundo inteiro lá fora – tão assustador e empolgante quanto o de dentro.