Twice inflama ‘vozes calorosas’ em primeiro show no Brasil
De forma apoteótica, o grupo de k-pop Twice realizou, na última terça-feira (6), seu primeiro show no Brasil. A apresentação da turnê Ready To Be lotou o Allianz Parque, em São Paulo. Como não podia ser diferente, o público cantou estridentemente todas as 27 músicas da setlist, surpreendendo Nayeon, Jeongyeon, Momo, Sana, Jihyo, Mina, Dahyun, Chaeyoung e Tzuyu, com uma recepção, segundo as próprias integrantes, muito calorosa. O primeiro ato do espetáculo teve a versão inglesa de Set Me Free, faixa-título do último mini-álbum do grupo, que dá nome a tour. Ainda na primeira apresentação, Jihyo teve problemas com o microfone de rosto. No entanto, a líder logo o substituiu por um microfone casual, mostrando seu poderoso vocal. Logo após, veio as dançantes Can’t Stop Me, Go Hard e Moonlight Sunrise. Entre as performances, as membros se apresentaram em português. Dahyun ainda se arriscou em mais palavras. “Oi, eu sou Dahyun. Brasil, tudo bem? Bom! Te amo”, se comunicou a simpática coreana, em meio aos gritos brasileiros. Enquanto as outras integrantes se preparavam para suas apresentações solo, Jihyo, Chaeyoung e Nayeon ficaram no palco conversando com o público. Aliás, Jihyo disse que essa foi a primeira vez que a voz dos fãs ultrapassam o som do retorno dos microfones. Em meio a conversa, a ‘Juliana Paes coreana’, como é carinhosamente apelidada, precisou pedir silêncio para elas explicaram a dinâmica do show. Primeiras apresentações solo Passada a conversa com o trio, chegou a hora dis covers de Dahyun, com Try, de Colbie Caillat; Tzuyu, com Done For Me, de Charlie Puth; Sana, com New Rules, de Dua Lipa; Momo, com Move, de Beyoncé; e Mina, com 7 Rings, de Ariana Grande. Como bem explicado por Dahyun, a Ready To Be Tour permite que as integrantes estejam prontas para serem elas mesmas e as partes solo ressaltam a singularidade de cada uma. Inclusive, Dahyun emocionou com sua performance calma, acompanhada de seu piano, que contrastou com o lado irreverente e agitado de sua personalidade. Já as quatro estrangeiras do grupo protagonizaram um combo dançante. Tzuyu, como de costume, distribuiu elegância ao lado de dançarinos. Enquanto as japonesas entregaram sensualidade, seja com Sana dançando no chão e encarando o público, com a Momo subindo no pole dance ou com a Mina rebolando como se fosse uma verdadeira latina. Momento especial do Twice Na abertura do segundo ato, os fãs que aguardaram quase nove anos para assistir o Twice presencialmente receberam o melhor que o grupo pode oferecer, uma performance ao vivo de Feel Special. Em um raro momento, o estádio se calou, permitindo que Jihyo cantasse o pré-refrão da canção, que é como um hino para os onces, à capella. Com banda ao fundo, a música contagiou os fãs até o tradicional fanchant no dance brake. A sequência de hits seguiu com Cry For Me. Fancy, com um arranjo diferenciado, e The Feels, com direito a explosão de fogos, levantaram não só o público, mas também as membros com uma grande estrutura móvel na passarela. Após a catarse, as integrantes que haviam se apresentado solo anteriormente conversaram com o público, voltando a elogiar a energia brasileira. Dahyun adicionou uma nova palavra no vocabulário. “Nossa”, disse ela enquanto mandava um sinal de positivo para os brasileiros. “Eu amo todos vocês”, completou Tzuyu meigamente. Em coreano, o trio japonês agradeceu o apoio dos onces, cantando e dançando nos covers. Sana revelou que o público de São Paulo foi o mais energético entre os mais de 40 shows do tour. “Quando a gente pensa no Brasil, a primeira imagem que vem na cabeça é que vocês são muito calorosos. Fiquei pensando quanto os brasileiros seriam calorosos se a gente estivesse aqui de verdade. E agora, percebi que realmente as vozes são muito, muito calorosas. Me diverti muito no palco”. Solos autorais A segunda parte de solos contou com as músicas autorais de Chaeyoung, com My Guitar; Jihyo, com Closer; e Nayeon, com Pop!. Além do cover da Jeongyeon de Can´t Stop The Feeling, de Justin Timberlake. A música sentimental da rapper do grupo, sobre “Meu primeiro violão”, como ela descreveu em português, contrastou com as outras apresentações vibrantes. Jihyo optou por não apresentar sua faixa título de estreia, Killin Me Good. Pode se dizer que a escolha foi um acerto. Closer é dançante, com batidas tipicamente latinas, casando perfeitamente com a artista. Já a despojada Jeongyeon viu o público cantando junto a música que a mesma escolheu no lugar de Juice, da Lizzo, que costumava cantar no início da turnê. A integrante ainda deixou a entender que sua aguardada estreia solo está por vir. Por fim, a contagem regressiva de Pop!, icônico debut de Nayeon, antecedeu o coro ‘seollemi’ e a explosão de papel picado. Viagem pela carreira do Twice A emoção tomou conta do terceiro ato com a performance da recém-lançada I Got You. Se a música é como uma viagem pela carreira das artistas, as lanternas dos fãs atuaram como sinalizadores no mar, enquanto todos cantavam trechos da música como “Nós nunca vamos nos separar. Mesmo a um milhão de quilômetros de distância”. As fanbases também entregaram barbantes na cor vermelho para os onces amarrarem no dedo mínimo, sinalizando a união incondicional entre o grupo e os fãs. Logo após, Queen of Hearts precedeu o medley das nostálgicas Yes or Yes, What is Love?, Cheer Up, Likey, Knock Knock, Scientist e Heart Shaker. Com excessão de Scientist, as músicas são do início da trajetória do grupo, quando o conceito era fortemente marcado pelas coreografias e por músicas fofas. Mesmo já na fase adulta, as membros reservaram esse momento como uma espécie de fan service, resgatando memórias dos onces. No ato, ainda havia espaço para mais duas faixas título. “Once, tenho sede. Acho que vou tomar uma tequila. Levantem seus copos”, brincou Jihyo antes de Alcohol-free e Talk That Talk. Fim de festa do Twice Quem pensou que não teria Like OOH-AHH e TT no show estava enganado. Os flagrados pela dance cam exibiram
Show do Lightning Bolt em São Paulo muda de data e local; confira
O show do duo norte-americano Lightning Bolt em São Paulo mudou de data e de local. Agora acontecerá dia 25 de fevereiro, no Fabrique Club. Duas bandas fazem a abertura como convidadas especiais: Test e Deaf Kids. A realização é da Maraty, com produção da Powerline Music & Books. Por questões de logística a vinda do Petbrick será adiada para o segundo semestre. Reembolsos de ingressos adquiridos devem ser solicitados na @clubedoingresso. Os ingressos comprados previamente continuam válidos para esta nova data e receberão email com as informações. O Lightning Bolt é um duo formado há quase 30 anos pelo baterista Brian Chippendale e o baixista Brian Gibson. O LB lançou sete LPs e é considerado um dos maiores nomes da praia noise-hardcore-experimental no mundo, fundindo o peso e agressividade do punk à liberdade sonora do free jazz e de compositores como Philip Glass e Sun Ra. Seus shows são explosões de energia pura, com o público participando ativamente e entrando em transe com a música transcendente da dupla. Sua mistura de metal livre, noise, punk e vocais distorcidos evoluiu após o disco de estreia, homônimo, em 1999, e com suas performances ao vivo cruas, eles são parte essencial da história do noise rock. Essa noite histórica para o som pesado no Brasil terá ainda as presenças dos brasileiros do Test, um duo de grindcore formado pelo guitarrista/cantor João Kombi e o baterista Barata. Outra formação nacional do evento é o Deaf Kids. De Volta Redonda, mas com fama internacional e o grande nome de crust/d-beat do Brasil, a banda está na ativa desde 2010 e com EPs, splits e álbuns.