Joyce Manor e Gouge Away vêm ao Brasil para três shows

As bandas norte-americanas Joyce Manor e Gouge Away vêm ao Brasil pela primeira vez, em uma turnê conjunta em novembro. Referência em pop punk/indie rock, o Joyce Manor celebra dez anos do aclamado disco Never Hungover Again (2014). Já a Gouge Away, de post-hardcore/noise rock, vem com os vocais expressivos da vocalista Christina Michelle. A dobradinha passará por três capitais brasileiras. O giro começa dia 15 de novembro no Rio de Janeiro (Experience Music) e segue dia 16 para Curitiba (Basement Cultural). A última data é em São Paulo, no dia 17, no Fabrique Club. Os ingressos estão à venda no site da tiqueteira Fastix. A Joyce Manor, desde a sua formação em Torrance (Califórnia), em 2008, construiu uma base de fãs fiéis com canções pop-punk cativantes de melodias fáceis, repletas de nuances cuidadosamente elaboradas em múltiplas audições. Após o lançamento do debut homônimo, em 2011, a banda era unanimidade na cena hardcore/punk, que se identificaram de imediato com o que eles cantavam: a resignação é o subtexto de cada música – resignação por ser pós-adolescente, pós-punk ou simplesmente ser velho demais. O auge veio em 2014 com o terceiro disco, Never Hungover Again. Dez anos depois, é um lembrete contundente de quão apaixonante e sincero é o gênero quando se produz um álbum bem-sucedido e aclamado. Além disso, foi a partir daqui que a Joyce Manor flertou sem pudor com o indie rock e foi solenemente abraçado por este público. Outro ponto alto da trajetória da Joyce Manor é o sexto álbum de estúdio da banda, 40 oz. To Fresno, um álbum que tem músicas que abrangem os últimos oito anos, mas que se junta para formar um álbum coeso que marca o próximo capítulo da banda. Poucas bandas podem receber influência tanto do Black Flag quanto do Big Star, mas a linguagem musical única de Joyce Manor pega essas influências aparentemente díspares e cria algo único que é distintamente deles. A Gouge Away nasceu em 2016 na Flórida (EUA), influenciada por bandas como Fugazi, Unwound, The Jesus Lizard, Nirvana, Sonic Youth e Paint it Black. É uma banda de hardcore punk, mas pode ser – na verdade, também é – pós-hardcore com tons melódicos, punk, sludge e muito mais. Uma marca da banda é Christina Michelle. A vocalista expressa diversos sentimentos com energia e isso está claro desde o álbum de estreia, Dies, cheio de músicas rápidas e intrincadas. O lançamento e a repercussão colossal levou a Gouge Away a assinar com a Deathwish Inc. (selo de Jacob Bannon, o vocalista do Converge) e o primeiro resultado da parceria foi o álbum Burnt Sugar. Foi ainda durante a turnê de Burnt Sugar, nos últimos anos da década de 2010, que a banda começou a criar o recém-lançado terceiro disco, Deep Sage. À época, escreveram e gravaram ansiosamente músicas para um terceiro álbum, extraindo influência não apenas da nostalgia das bandas que cresceram ouvindo, mas desenvolvendo e impulsionando o senso de urgência, ruído e letras introspectivas que eles achavam que mais os representavam. O objetivo era soar como cinco amigos tocando música juntos em uma sala, sem polimento e longe de ser superproduzido, que é o que sempre foi o coração de Gouge Away. SERVIÇO Joyce Manor e Gouge Away no Rio de JaneiroData: 15 de novembro de 2024Horário: a partir das 19h30Local: Experience MusicEndereço: Rua Riachuelo, 20 – Lapa, Rio de Janeiro – RJ, IngressoLote promo: R$ 130,00 (meia e meia solidária); R$ 260,00 (inteira)1º lote: R$ 150,00 (meia e meia solidária); R$ 300,00 (inteira)2º lote: R$ 160,00 (meia e meia solidária); R$ 320,00 (inteira) Joyce Manor e Gouge Away em CuritibaData: 16 de novembro de 2024Horário: a partir das 18h30Local: Basement CulturalEndereço: Rua Desembargador Benvindo Valente, 260 – São Francisco – Curitiba, PR IngressoLote promo: R$ 130,00 (meia e meia solidária); R$ 260,00 (inteira)1º lote: R$ 150,00 (meia e meia solidária); R$ 300,00 (inteira)2º lote: R$ 160,00 (meia e meia solidária); R$ 320,00 (inteira) Joyce Manor e Gouge Away em São PauloData: 17 de novembro de 2024Horário: a partir das 16hLocal: Fabrique ClubEndereço: Rua Barra Funda, 1071 – Barra Funda, São Paulo – SP IngressoLote promo: R$ 140,00 (meia e meia solidária); R$ 280,00 (inteira)1º lote: R$ 160,00 (meia e meia solidária); R$ 320,00 (inteira)2º lote: R$ 170,00 (meia e meia solidária); R$ 340,00 (inteira)

Após turnê de sucesso, Titãs lança o projeto “Titãs Microfonado”

Após a turnê Encontro, que celebrou os 40 anos do grupo com sete integrantes da formação mais clássica, o Titãs lançou o projeto Titãs Microfonado, pelo selo Midas Music. O novo trabalho será base de uma turnê de Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto. Microfonado é um projeto desenvolvido por Rick Bonadio, que assina a produção do trabalho junto a Sergio Fouad, com objetivo de despir as canções de qualquer enfeite até colocar o ouvinte como se estivesse ao lado do artista no instante das composições dessas. Saem amplificadores, alto-falantes e caixas de retorno, entram violões, baixo acústico, bateria, e os únicos cabos são dos microfones que captam o som. Pensa nesse formato com o arsenal que os Titãs possuem. O início é matador, com o mato-grossense (e lenda) Ney Matogrosso em Apocalipse Só, do mais recente disco de estúdio do grupo, Olho Furta-Cor, de 2022. Após um descer das cortinas em cavalgada roqueira, o timbre melodioso de Ney junto ao piano é a fagulha intimista que domina o restante do trabalho. “Desde o comecinho da banda eu fiquei de olho neles”, lembra Ney. E eles voltam a 1984 na sequência num delicioso ska em Sonífera Ilha, e a peteca permanece no alto. Como é Bom ser Simples, com a carioca Preta Gil como parte do quarteto, tem um recado até irônico de tão verdadeiro em seu texto: “Como é bom ser simples/ E deixar tudo de lado/ Para viver despreocupado/ Dando adeus ao meu passado”. “A música tem tudo a ver com meu momento”, diz Preta. “Depois de assistir a um show, quando tinha 10, 11 anos, virei tipo groupie. Aí ficamos amigos e 30 anos depois tivemos oportunidade de gravar juntos”, completa. O recado da canção é mais do que direto, mas eles emendam com o primeiro single e quarta bola no ângulo – talvez não tenha música melhor para o timbre astral solar do gaúcho Vitor Kley do que o reggae Marvin, também de 1984. “Parece que nasci conhecendo Titãs, pelos meus pais escutarem. É uma banda que já vem no DNA. Que bom que existem os Titãs”, festeja Vitor. A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana é outro hino titânico, agora com um novo timbre na voz de Branco Mello with a little help from his friends. De Olho Furta-Cor, a rondoniense vocalista da potiguar Plutão Já Foi Planeta, Cyz Mendes, carrega a delícia cantada junto ao piano em Um Mundo. E do disco Sacos Plásticos, de 2019, a intro de bateria e a sonoridade oitentista enganam em Porque Eu Sei que É Amor até a melodia derreter no vocal doce da paraense Bruna Magalhães. “Eu os escutava desde os 5 anos de idade. Foi ainda mais especial porque sempre me identifiquei com essa música”, diz a cantora. A reta final de Microfonado traz mais um hino, mas, como é característica do grupo, nunca mofado. Cabeça Dinossauro carrega a fúria original do disco mais raivoso da história do grupo, nesta versão como um rap quase gangsta a cargo do carioca Major RD. “Essa música é muito importante pra mim, além de eu gostar muito de misturar gêneros”, conta o rapper. E o laço final do pacote é dado pelo pernambucano Lenine na ode ao baiano que batiza a música, Raul. “Eu já os conheci no palco, em um show no Rio. Estavam cantando Sonífera Ilha e foi um impacto grande”, lembra o artista.

Samuel Rosa inicia nova fase da carreira com álbum Rosa

Nos últimos 30 anos, Samuel Rosa ficou marcado como a voz do Skank, uma das bandas mais bem sucedidas da música brasileira. Agora, o músico mineiro inicia uma nova fase com a chegada do primeiro álbum solo, Rosa, lançado nesta quinta-feira (27). O título do disco é autorreferencial mesmo, como uma autoafirmação. A ideia é dar justamente continuidade ao legado e não criar uma ruptura, para demarcar esse rito de passagem. “Eu não queria agora buscar compulsivamente fazer algo que eu nunca fiz. Quero exercer o que eu sou”, afirma Samuel Rosa. “Minha marca é meu patrimônio.” Samuel usa como uma espécie de mantra uma imagem que viu de perto: a de Paul McCartney tocando resignadamente Hey Jude ao piano, no show que ele apresentou no ano passado, para uma plateia pequena em Brasília, na qual o guitarrista, compositor e cantor mineiro estava presente. Hey Jude é um sucesso antigo, de 1968, mas que o ex-Beatle segue mantendo em suas apresentações. “Eu brinco que o Paul mandou por telepatia para mim: ‘Samuel, não inventa, faça o que você sabe fazer’”. E o músico fez o que ele sabe fazer. “Eu quis soar eu mesmo, naturalmente, sem querer fazer um disco pretensioso. Deixei que o novo aparecesse de forma espontânea”, explica. Ouvir as dez faixas do álbum Rosa é constatar como a composição de Samuel Rosa moldou o estilo do Skank como o conhecemos nesses anos todos, flertando com vários gêneros musicais, mas tendo o pop como um filtro, uma bússola. Rosa foi feito de forma imersiva, intensa e orgânica, com menos máquina e mais banda tocando, inclusive quando a bateria eletrônica entra em algumas faixas. É também um disco mais brasileiro. Isso se deve muito a uma forte atmosfera musical que remete a Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor, influências de Samuel, e a elementos bossanovistas. Tudo embalado no seu universo popular repleto de nuances. Já as letras, que trazem vivências do próprio compositor, enveredam-se pelo universo do amor, para falar sobre relações em suas várias vertentes. É uma obra ensolarada, mesmo tratando de temas mais espinhosos dos relacionamentos. Com exceção da faixa Rio Dentro do Mar, que foi composta por Samuel no final da pandemia, em 2022, essa safra de canções inéditas feitas especialmente para Rosa nasceu de um processo peculiar desenvolvido por ele. Entre janeiro e fevereiro deste ano, o músico se isolava no quarto da sua filha, em Belo Horizonte. Ali ele fazia o que chama de ‘composição induzida’, durante três, quatro horas, sempre no período da manhã. Depois do almoço, ele partia para o estúdio, onde encontrava os integrantes de sua nova banda, formada por Doca Rolim (violão e guitarra), Alexandre Mourão (contrabaixo), Pedro Kremer (teclados) e Marcelo Dai (bateria e percussão). “Era disciplina mesmo, eu me comprometi a chegar todos os dias com uma música nova de tarde e mostrar para banda, ainda que fosse ruim, boa, média, sem julgamentos”, conta ele. Samuel divide a produção de Rosa com outro velho parceiro, o engenheiro de áudio e produtor musical Renato Cipriano. Samuel chegou a mostrar para sua banda 20 canções e, juntos, chegaram aos dez. Segue o Jogo (Samuel Rosa) é o primeiro single do novo trabalho. É sobre o fim de relacionamento, só que tratado com certa leveza. Cada um segue sua vida, sabendo que o que fica é a lembrança de um amor que foi bom enquanto durou. “Você pra um lado/Eu pro outro/Tá tudo certo/Segue o jogo”, canta Samuel no refrão, que transmite aquela sensação de déjà-vu de sucesso infalível. “Eu não fiz a canção especificamente para algum caso. Fiz para coisas que vivi. E vejo nesses rompimentos o quanto de culpa que carregam as pessoas. As pessoas que saem de uma relação sentem culpa e as que ficam, também”, pondera Samuel. Nessa faixa, ele retoma o acorde de sétima maior, muito usado pela Bossa Nova e por Marcos Valle e Sérgio Mendes, que dá à canção um tom de leveza, um recurso usado por ele há tempos. Por isso, Segue o Jogo estabelece uma tênue ligação com outras obras compostas por Samuel anteriormente. Enquanto isso, dentro do repertório do disco Rosa, Segue o Jogo está espelhada com a canção Não Tenha Dó (Samuel Rosa). Ambas as faixas falam sobre o desamor, mas, diferentemente de Segue o Jogo, o eu-lírico de Não Tenha Dó ainda carrega a dor da separação. “Você bem que acostumou/Com o meu implorar/Você disfarça, mas gostou/Do meu sofrer”, traz o refrão. As duas canções têm temas parecidos, como se fossem capítulos do mesmo livro. Não Tenha Dó é outra bossinha também, mas já é mais MPB mesmo”, conceitua Samuel. Essa faixa ganha ainda um clima meio sessentista graças ao arranjo de cordas do canadense Owen Pallett, que trabalhou com bandas como Arcade Fire, Duran Duran e REM. “Eu adoro The Last Shadow Puppets, um projeto do Miles Kane com Alex Turner, do Arctic Monkeys. Eles têm dois discos e o som, principalmente do primeiro álbum, é bem retrô, lembra trilha dos anos 60, misturado com rock. Pedi para que ele fizesse um The Last Shadow of Puppets tropical.” Pallett assina os arranjos de cordas também de Palma da Mão e Rio Dentro do Mar, outras duas canções do álbum. Rio Dentro do Mar é uma metáfora que nasceu de uma percepção que Samuel teve durante a pandemia. Frequentando mais o litoral paulista, ele passou a prestar atenção no mar e viu que as correntes que se formam nele se parecem com rios dentro do mar. Coincidência ou não, Rio Dentro do Mar remete à sonoridade de Dois Rios, sucesso do disco Cosmotron (2003). Além dos arranjos, Rio Dentro do Mar se conecta à Palma da Mão pelo tema que permeia ambas: o início de relacionamento de Samuel com a jornalista Laura Sarkovas, mãe de sua filha recém-nascida, com ela morando em São Paulo e ele, em Belo Horizonte, além da distância imposta pelas viagens do músico em turnê. Ciranda Seca (Samuel/Pedro Kremer/Rodrigo Leão) foi feita para a

Raça inaugura nova fase com “Nem Sempre Fui Assim”; assista!

A banda Raça lançou o videoclipe de Nem Sempre Fui Assim, primeiro single do quarto disco, que será lançado no segundo semestre. Com direção de Isadora Veríssimo e roteiro de Popoto Martins, o vídeo introduz o universo estético da nova fase do grupo. Gravado no festival da pipa em Osasco, evento tradicional que reúne milhares de empinadores de diferentes idades, o registro se conecta com o sentimento proposto na música. “Sinto que ela remete a nossa adolescência, me lembra a infância, o aguardado momento de brincar fora de casa com os amigos”, explica Novato Calmon. O caráter artesanal das pipas também se relaciona com a identidade do Raça, pois o fator manual faz parte da história da banda. Dos encartes dos CDs, aos flyers, e estampas de camisetas, tudo é feito por eles. De acordo com o baixista, Nem Sempre Fui Assim marca um momento de mudança. “Compus esse som quando saí do apartamento onde fazíamos tudo da banda – merch, música, reuniões e rolês, então senti que um pedaço de mim ficou naquele lugar.” A sonoridade bebe do emo e shoegaze, estilos que marcaram a estreia, Deu Branco, em 2014. Com nove faixas, o novo álbum passeia por diferentes vertentes e épocas do rock. Para o vocalista e guitarrista, Popoto Martins, as músicas transmitem a sensação do ao vivo. “A urgência das letras sinceras, por vezes até ásperas, acompanhadas das guitarras barulhentas, convidam para o show, onde o clima é visceral e o público canta a plenos pulmões.” Com mais de 10 anos de estrada, o Raça se prepara para divulgar 27, trabalho produzido pelos integrantes, ao lado de Roberto Kramer. O conceito do disco foi elaborado em conjunto do artista plástico e tatuador Lucas Peixe, cuja pesquisa acadêmica sobre pipas e tatuagens ajudou a nortear as canções. Inclusive, a capa do disco e dos singles é assinada pelo artista.

Músicas tristes para dançar: Janeiro Industrial estreia com EP Alteridade

Criado pelo músico Murillo Fogaça em 2021, o projeto Janeiro Industrial flerta com o emo e o hardcore melódico, e se vale da estética do rock alternativo no lançamento do EP Alteridade. Produzido por Marcel Marques e mixado e masterizado por Gabriel Zander, o EP de estreia do Janeiro Industrial conta com 4 faixas que versam sobre a saúde mental e as transformações através da ligação psicológica entre os indivíduos. “As letras foram escritas em formato de diário, exorcizando demônios na tentativa de suavizar momentos de batalhas internas, entregando confissões e debates sobre como o medo pode consumir o indivíduo”, revela o compositor e vocalista Murillo Fogaça. “O conceito do EP surgiu a partir das leituras dos textos de Sartre, que argumenta que os seres humanos estão condenados à liberdade, o que significa que somos totalmente responsáveis por nossas escolhas e ações. Isso se alinha com as letras das músicas, já que cada uma aborda experiências pessoais que nos modificam por completo”. Deitou Sem Sono (…Dessa Vez Não Foi Tão Mal) é a faixa do EP escolhida para divulgar o lançamento do projeto. A música mescla influências que vão de bandas como Basement, Sport e Title Fight às brasileiras Clube da Esquina, Curumin e Zander. Já a letra, de acordo com Murillo, é inspirada no filme Moonlight: Sob a Luz do Luar. “Em principal, ao entender esse sentimento de fuga na vida adulta. A faixa fala sobre a sensação de se sentir preso ao lugar onde está e a busca por fugir dele. No entanto, muitas vezes, não se pode fazer nada além de aceitar a situação e seguir em frente”. Janeiro Industrial conta ainda com a participação dos músicos Felipe Fogaça (Baixo), Giu Dias (Bateria) e Felipe Marcon (Guitarra). Com o ‘slogan’ “Músicas tristes para dançar”, o projeto busca ser mais do que simplesmente música, ser também sentimento. “Apelando para falar sobre o sentir”, reflete Fogaça. Pensando em agregar experiência visual ao trabalho, o músico convidou os coletivos de arte Profusão e Trovoa para desenvolver o material audiovisual.