Fontaines D.C. inova ainda mais com novo álbum; ouça Romance

LIVY lança Faz Diferente, single acompanhado de videoclipe

“É o começo de uma fase incrível”, diz a cantora LIVY ao falar do novo single, Faz Diferente, lançado de forma independente nesta sexta-feira (23). A faixa marca um pontapé inicial à sua retomada ao autoral, após a divulgação da versão de Bizarre Love Triangle da banda inglesa New Order no primeiro semestre de 2024. Produzida em parceria com Ge Marzzano, Faz Diferente segundo LIVY, é um desabafo que versa sobre encontrar o próprio caminho, mesmo sendo julgado por suas escolhas. “A solidão presente na busca por si mesmo e o desconforto em destoar, por simplesmente ser quem você é. No momento da composição pensei que estivesse abordando um tema romântico, mas entendi ser uma mensagem autorreferencial. Encontrar forças pra mudar a vida que não estava sendo pensada por mim. Ser o que vim ser”, revela. Faz Diferente ganhou um videoclipe dirigido e produzido por Fábio Moraes, durante a madrugada, numa mansão desocupada no interior de São Paulo. “Foi um desafio incrível em termos de execução, já que a filmagem foi feita com o uso de geradores e só foi possível com a força de todo mundo; não raro nosso baterista, Cadré, corria para o posto pra buscar mais gasolina e fazer a coisa toda funcionar”, conta LIVY. Além de Faz Diferente, a artista promete em breve um disco completo, que já está em fase de pré-produção. “Mensalmente, eu, a banda, meu produtor e George Salles nos encontramos no Una Studio. Tem sido um processo muito criativo e tem nos mantido entusiasmados por criar algo diferente do que já fizemos antes”.
Gab Ferreira revive composições antigas em EP que antecipa primeiro álbum

O EP Forbidden Fruits (Balaclava Records, 2024) marca o primeiro lançamento da cantora e compositora criciumense Gab Ferreira em pouco mais de dois anos. O novo trabalho apresenta seis faixas, cujas quais três já foram lançadas como single anteriormente – Window (!!!), Hustle e a homônima Forbidden Fruit, esta última disponibilizada durante a passagem viral da artista pelo festival Lollapalooza Brasil 2023. As inéditas Stranger, If U e Terrified completam o repertório do EP – que já foi apresentado ao vivo em São Paulo em show de abertura para a cantora norueguesa Sigrid. Apesar de ter sido gravado paralelamente à mixtape visions (2022), que apresentava sonoridade épica e soturna, o EP Forbidden Fruits deu espaço para experimentações de Ferreira acerca do pop, resultando em faixas mais dançantes e nítidas. “Escrevi todas as letras na época da pandemia e gravei os fonogramas há algum tempo, mas resolvi guardar e usar como ferramenta de estudo ao longo dos anos que passaram”, conta Ferreira, que se viu revisando as faixas com frequência desde que elas foram gravadas. As composições, escritas acerca das incertezas e anseios da artista à época aos 21 anos, viriam a se tornar registros de um processo de amadurecimento; esse distanciamento temporal está impresso no EP, a partir de comentários de áudio que aparecem nos inícios e fins de algumas faixas. “Eu queria transformar esse EP em um mundinho, olhando pro amadurecimento como um rito de passagem fantasioso e lúdico”, finaliza. Com referências que passam por Lykke Li, Charli XCX e Grimes, o EP Forbidden Fruits antecipa o primeiro álbum de Gab, que está sendo gravado e tem previsão de lançamento para 2025.
Entre ficção e fixação, James, de Renato Medeiros, ganha clipe por Alfie Dale

Ao ouvir James sentimos a influência direta dos Beatles, mais especificamente de Paul McCartney, nessa que é a única faixa em inglês do disco A Curva dos Dias, do cantor, compositor e multi-instrumentista Renato Medeiros. A canção, melancólica, sustenta ainda certa latinidade em sua sonoridade, à exemplo das percussões que ocupam o lugar da habitual bateria, tão presente no rock, somada ao violão de nylon que embala James como uma sombria canção de ninar (com destaque para os coros de vozes feitos ao lado de Lucas Gonçalves). Nessa atmosfera, a faixa ganha videoclipe dirigido por Alfie Dale. James aborda um tema difícil: a dependência. Música e clipe, portanto, evocam a sensação de entorpecimento, sereno e encantador. Aquela falsa esperança com a qual um viciado se anestesia. “O que me motiva como cineasta é o desejo de explorar e entender personagens, e, nesse sentido, James foi o projeto perfeito para mim. A música de Renato não só criou uma sensação, mas também deu vida a uma pessoa: James. Assim que ouvi a track, senti que essa pessoa estava viva. Eu queria explorá-la mais, queria saber quem ela era e o que aconteceria com ela”, explica o diretor londrino responsável pelo audiovisual mais intenso e hipnótico que complementa A Curva dos Dias. Gravado no Reino Unido, o clipe se torna cada vez mais surreal à medida que avança, e o protagonista desce mais fundo no buraco do coelho, capturando seu afastamento crescente da realidade. Quando o solo de violão começa, o clima muda e James é puxado para o espaço do purgatório, onde se depara com sua obsessão. Ali, ele pode se entregar e abraçar sua dependência, mas, ao fazer isso, se torna um prisioneiro, perdendo sua humanidade e autonomia. Tudo isso, claro, de forma “boba e absurda”, como descreve Alfie. “Sinto que o vídeo cresceu como companheiro visual e narrativo perfeito para a música, e que eles realmente se elevam mutuamente, levando-nos a algum lugar desconhecido até o final”. Alfie é um diretor que merece atenção. Atraído por filmes focados em personagens que exploram sensivelmente emoções com reviravoltas imaginativas, seu curta-metragem My Brother Is A Mermaid recebeu destaque em premiações como Iris Prize Film Festival, Norwich Film Festival, Academy Qualifying Flickerfest e The Casting Director’s Association Awards. O filme recebeu indicações em mais de 15 outros festivais qualificadores do Bafta / Academy e foi exibido em mais de 50 festivais globalmente. Alfie continua trabalhando entre produções publicitárias e videoclipes enquanto seu último curta-metragem, Crusts, está no circuito de festivais.
Carol Biazin lança terceiro álbum da carreira, “No Escuro,”

O escuro é um lugar de introspecção e observação – e, neste caso, o olhar se vira para dentro. Sem luz, fica-se em um lugar onde os medos, dramas e inseguranças são permitidos e ouvidos. É a partir dessa reflexão sobre o íntimo que a cantora Carol Biazin lança o terceiro álbum de sua carreira No Escuro,. O projeto, que é uma janela para o mundo interior da artista, conta com dez faixas e já está disponível em todas as plataformas digitais. Uma das faixas, Corações de Pedra, conta com colaboração de Duquesa. No novo disco, a artista abre um diálogo com seus ouvintes, mostrando o que há de mais profundo em relação aos seus pensamentos, amores, conquistas, sonhos e medos. Nas letras, ela aborda relação com a família, amor sáfico, discorre sobre a liquidez dos relacionamentos e ainda fala sobre religião. As músicas convidam o público a uma profunda reflexão sobre autoconhecimento, identidade pessoal e autenticidade. “A intenção é aliviar a solidão que causam os sentimentos difíceis. No escuro, sem a influência das expectativas externas ou das representações visuais, quem somos nós verdadeiramente? É nesse momento que a gente busca respostas”, explica Carol. Este álbum é um dos projetos mais desafiadores de sua carreira, oferecendo faixas para todos os momentos, com uma diversidade de ritmos, composições e melodias.
NX Zero lança Cedo ou Tarde feat. Chorão, registro ao vivo gravado no Allianz

Cedo ou Tarde feat. Chorão (ao vivo) chegou em todas as plataformas de música e no YouTube. O single é o quarto lançado pelo NX Zero e integra o DVD ao vivo gravado no Allianz, em dezembro do ano passado. “Eu escrevi essa música para o meu pai, que faleceu quando eu tinha só 2 anos de idade. Lembro de me juntar com o Di pra gente escrever essa música como se fosse uma carta pra ele. Muitas pessoas se identificam com essa música. Sinto que de uma maneira não intencional, acabou ajudando as pessoas a viverem o luto e seguirem em frente. Pra deixar Cedo ou Tarde mais especial, fizemos essa versão no nosso DVD com a participação do Chorão (em áudio e vídeo). Chorão é eterno e faz muita falta. Foi muito emocionante, de alguma forma, tê-lo com a gente, mesmo que só no coração”, comenta Gee Rocha. NX Zero é uma das grandes bandas brasileiras e o sucesso de sua turnê de reencontro Cedo ou Tarde é uma prova da força, do sucesso e da importância deles para o público, principalmente seu encerramento em São Paulo, cidade da banda. Para nossa sorte, essa apresentação emocionante foi gravada e será lançada em audiovisual ao longo das semanas. Só Rezo, Cartas Pra Você e Ligação já estão disponíveis. Ainda esse ano, Di Ferrero, Filipe Ricardo, Gee Rocha, Caco Grandino e Daniel Weksler disponibilizarão o DVD na íntegra também. A direção é de Fred Ouro Preto, produção por Gee Rocha e Rafael Ramos.
Escafandro traz o passado e o futuro entre beats e riffs em Metraton

Guilherme Escafandro, que transita como músico (é guitarrista de origem), compositor, produtor musical, DJ e designer, dá mais um passo rumo ao lançamento do primeiro álbum do projeto solo Escafandro com Metraton, o segundo single – com videoclipe – que antecede o full Tathata. Metatron é um beat de dub com referências ao rap e com riffs de guitarra e cantos de monge, uma mescla que apresenta o passado e aponta o futuro da bagagem cultural/musical de Escafandro. Os riffs da música têm apoio de cordas clássicas (contra baixo, viola e cello), interagindo com sintetizadores, subs e efeitos diversos. A temática da letra de Metatron é o enfoque nas ações construtivas. Segundo o compositor, a música surgiu subitamente após um período de práticas meditativas. “Ainda era pandemia e eu estava caminhando por uma mata sozinho pra tomar um pouco de sol. Subitamente veio a inspiração da música com letra, harmonia, melodias, simultaneamente. Corri pra casa e sentei produzir o rascunho! Ela pode representar uma postura revolucionária: a de jogar luz no que pode ser construtivo e emancipador”, conta o autor sobre Metatron. Assim, Escafandro é indicado pessoas interessadas em música contemporânea, espiritualidade universalista, desprendido de religiões. “Pessoas de cabeça e peito abertos”, resume Guilherme.