Tributo ao Blind Pigs traz CPM22, Supla, The Bombers, entre outros

As comemorações das três décadas dos porcos cegos não acabam. Depois de uma turnê e dois relançamentos em vinil – Blind Pigs e Suor Cerveja e Sangue, foi a vez dos fãs ganharem um último presente: o álbum Tributo 30 anos, que reúne trinta bandas de diferentes estilos em uma homenagem recheada de versões inusitadas. O Idiota, um dos clássicos da banda punk rock ficou agora, eternizada na versão do Bloco 77, que já entoava a música em ritmo carnavalesco pelas ruas de São Paulo nas semanas de folia. Fuzis e Refrões também já era uma música ‘querida’ pelo CPM22, que agora deixa de vez a sua marca neste tributo. “Quando pintou o convite, eu já fui logo avisando que queria gravar Fuzis e Refrões, que é uma das minhas preferidas e marcou muito uma época da minha vida nos anos 90/2000”, conta Badauí, vocalista do CPM22. “A participação do CPM22, é uma extensão da nossa amizade, respeito e convivência por quase 30 anos. Fizemos muitos shows com o Blind Pigs ao longo da vida e por muitos anos chegamos até a andar juntos”, revela. A politizada La Pasionaria deixou o discurso de lado na versão instrumental da banda de surf music Os Brutus. Já Av. São João ganhou a voz do Supla, ilustre morador do centro de São Paulo, que dividiu os vocais com Henrike Baliú, vocalista do Blind Pigs, na faixa produzida por Davi Pacote. O experiente Johnny Monster apresenta uma versão emocionante para a balada Adolescência Acabou, enquanto Teco Martins, vocalista do Rancore demonstra toda a sua ousadia em Última Emoção. As músicas em inglês compostas pelo Blind Pigs também estão representadas na coletânea, como é o caso de Victory interpretada por Deb and The Mentals. “Participar do tributo ao Blind Pigs com nossa versão de Victory foi uma grande honra para nós, pois nos permitiu homenagear uma das maiores influências do punk nacional, ao mesmo tempo em que trouxemos nossa própria identidade a esse clássico”, diz a vocalista Deb. Idealizado por Felipe Snipes e com a produção executiva de Henrike Baliú, o Tributo 30 anos, já disponível nas principais plataformas digitais, tem sua versão em CD lançada pela TGR Sounds. “Quando o Snipes entrou em contato comigo para montar a coletânea, imaginei que seria algo muito bacana, mas o resultado me surpreendeu, desde a arte do W. Loud na versão física, em que o digipack imita um álbum de figurinhas dos anos 80, até as músicas. As bandas receberam carta branca para fazerem suas versões e algumas ousaram bastante. Era isso que eu esperava!”, comemora Henrike. “Vida longa aos punx!!!”, finaliza Badauí.
Mundo Video lança primeiro disco com Ana Frango Elétrico e Putodiparis

Após dois EPs lançados, o duo carioca Mundo Video, formado pelos compositores, instrumentistas e vocalistas Gael Sonkin e Vitor Terra, debuta seu primeiro álbum, Noite de Lua Torta (Balaclava Records). O disco foi gravado entre junho de 2022 e setembro de 2023, no entremeio de projetos individuais e de outros materiais da banda. A sonoridade de Noite de Lua Torta foi construída a partir de performances ao vivo realizadas em diferentes contextos; enquanto o aspecto eletrônico surgiu após um convite para um show em uma rave, o álbum foi lapidado com roupagem indie pop após a adição das letras. Esse ecletismo pode ser reparado nos diferentes colaboradores que compõem o disco, que vão da cantora Ana Frango Elétrico (Perto da Praia) ao trapper Putodiparis (Amantes da Paz); as faixas ainda recebem coros femininos gravados por artistas de várias pontas do cenário independente, como Gab Ferreira, Janine Prici e Carol Maia. O duo cita Tears for Fears, Tim Maia, Daft Punk e Lulu Santos como algumas das inspirações por trás de Noite de Lua Torta. As gravações do disco iniciaram no Rio de Janeiro e foram finalizadas em São Paulo, cidade onde a Mundo Video se encontra radicada no momento. A discrepância entre o bucolismo carioca e a urbanidade paulista é um dos temas de Noite de Lua Torta, com composições que tratam da saudade de casa e da solitude da metrópole. O álbum ainda discorre sobre os diferentes momentos do amor, da paixão ao fim do fascínio.
Titãs recebe convidados em show intimista no Teatro Bradesco

Na próxima terça-feira (22), o Teatro Bradesco celebrará seus 15 anos com um show intimista do Titãs, Microfonado. Sérgio Britto, Branco Mello e Tony Bellotto, acompanhados por Beto Lee e Mario Fabre, apresentarão novas versões dos clássicos da banda, além de músicas do álbum Olho Furta-Cor. Os ingressos estão disponíveis. O show terá as participações especiais de Ney Matogrosso, Vitor Kley, Luiza Possi, Roberto de Carvalho e promete ser um dos grandes momentos do ano, unindo diferentes gerações da música brasileira em um espetáculo inesquecível. Com direção de Otávio Juliano e desenho de luz de Guilherme Bonfanti, Titãs Microfonado oferece uma releitura envolvente e íntima dos clássicos da banda, aliando proximidade com o público e uma sonoridade mais diversificada. “Depois do grande sucesso do Encontro, sentimos a necessidade de reencontrar nosso público em teatros e voltar a tocar algumas canções importantes que ficaram de fora da turnê com os ex-integrantes”, comenta Tony Bellotto. A apresentação explora uma nova dimensão musical, com arranjos acústicos e semi-acústicos, guitarras elétricas, pianos acústicos e elétricos. “Os shows elétricos nas grandes arenas são sempre muito bons, mas esse show, concebido para teatros, é muito especial pela proximidade e cumplicidade com o público”, ressalta Branco Mello. O show será integralmente gravado para o projeto “Teatro Bradesco Apresenta” e posteriormente disponibilizado no canal oficial do YouTube do Teatro Bradesco, permitindo que todo público reviva essa celebração. No repertório, sucessos como Sonífera Ilha, Epitáfio e Flores dividem espaço com faixas mais recentes do álbum Olho Furta-Cor, como Apocalipse Só, Raul e Como é Bom Ser Simples. Clássicos como Enquanto Houver Sol e A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana também marcam presença, garantindo uma experiência completa e nostálgica. “Fora violões e piano acústico, entram também neste show guitarras semi-acústicas, piano elétrico e hammond, o que traz mais cor e diversidade para o espetáculo”, acrescenta Sérgio Britto. Data: 22 de outubro de 2024Horário do show: 20 horasAbertura da casa: 18 horasDuração: 90 minutos.Classificação: 12 anos. Menores somente poderão entrar acompanhados dos pais ou responsáveis e crianças até 24 meses de idade que ficarem no colo dos pais, não pagam.
Entre o space rock e colagens surrealistas, Rod Krieger lança A Assembleia Extraordinária

Pode-se afirmar que A Assembleia Extraordinária (Café8 Music) é uma obra artesanal. Produzida de forma solitária na pequena aldeia de Sobral do Parelhão, no interior de Portugal, ela traz Rod Krieger no seu momento mais particular. Em nove faixas, ele dá vida a uma narrativa por vezes introspectiva, porém quase sempre irônica, que também sairá em filme. Quase todos os instrumentos do álbum foram Rod Krieger quem tocou, com exceção do piano e a flauta de Cai o Sol e Sobe a Lua, respectivamente assinados por João Nogueira e João Mello, do sitar de Cabelos Longos e da tampura de O Fluxo das Coisas, ambos por Fabio Kidesh, que também está nas vocalizações da introdução, faixa-título do disco. “Esse foi o primeiro trabalho em que fiz praticamente tudo sozinho, então tive momentos em que eu precisava me acertar comigo mesmo e decidir as coisas para poder ir para a próxima etapa do processo. Foi um aprendizado técnico e pessoal, porque ao mesmo tempo atuei como músico, produtor, compositor e engenheiro de áudio e não ter alguém para decidir as coisas do lado foi uma experiência nova”. A assinatura de Rod Krieger pode ser conferida não somente nas músicas, mas também nos vídeos que vão compor o filme do álbum que será lançado ano que vem. Foi ele quem roteirizou, filmou, editou, finalizou. Para somar, imagens do fotógrafo Daryan Dornelles captadas em diferentes lugares e situações fecham a narrativa proposta. Até o momento, já foram revelados os vídeos de Cai o Sol e Sobe a Lua, Este Comboio Não Para em Arroios, Cabelos Longos e agora, com o disco, é lançado o clipe de Era. Inclusive, sobre a faixa ter sido escolhida como música de trabalho do álbum, ele comenta. “A fusão entre as batidas eletrônicas com melodias vocais pop psicodélicas me agradam bastante. Além disso, essa faixa representa uma sonoridade que já venho trabalhando há algum tempo. No momento em que estava gravando a música, brinquei com alguns loops e sintetizadores, o que tirou ela um pouco do rock clássico e deixou com uma sonoridade mais contemporânea.” Para o filme, ainda serão captados também registros documentais na turnê do álbum, que já tem datas em Portugal – dia 11 de Outubro em Leiria, no Texas Club, 18 em Caldas da Rainha, no Festival Impulso, 19 no Porto, no Socorro e fecha em Lisboa, dia 25, na Fábrica Braço de Prata – e no Brasil, sendo dia 11 de dezembro no Rio de Janeiro, no Audio Rebel, e 14 em São Paulo, no Bar Alto. Influências do álbum “Quando cheguei em Portugal tentei escutar o máximo de música portuguesa possível e achei que a melhor maneira seria vir de trás pra frente. Peguei os primeiros discos dos cantores clássicos como José Cid, Sérgio Godinho, entre outros, e quis entender um pouco da cena musical do país. Um disco, aliás, dois, que me chamaram muito a atenção foram os dois primeiros discos do Jorge Palma, (Como uma Viagem na Palma da Mão e o ‘Te Já). Acho eles sensacionais e escuto frequentemente, tanto que acabaram entrando para a minha lista de álbuns favoritos da vida e, com certeza, eles tiveram uma atuação forte em mim que acabou influenciando também o A Assembleia Extraordinária”, conta Rod Krieger que também aponta Aphrodite’s Child, Beto Guedes, Arnaldo Baptista, Bob Dylan, The Pretty Things e Kraftwerk como artistas que de uma forma ou de outra também guiaram as criações do álbum. “De vez em quando eu revezava os artistas e ia para os brasileiros e fiz uma imersão no disco Molhado de Suor, do Alceu Valença. Daí, gravei Cabelos Longos. Outro disco que mexeu bastante comigo nessa jornada foi o José Cid 10.000 Anos depois entre Venus e Marte”, recorda. E finaliza: “As influências sempre foram as mesmas, o que muda é o estado de espírito e, no caso da Assembleia Extraordinária, apesar de o corpo e o espírito estarem em solo português, havia uma parcela que ainda tinha uma saudade do Brasil, o que acabou gerando uma fusão de referências entre as minhas duas casas”.
Biquini lança álbum com releituras de hits com convidados especiais

Tudo começou em 2018 com um encontro inesperado com a dupla Matheus e Kauan. Ao descobrirem que eles eram fãs do grupo, o Biquini os convidou para gravarem juntos um dueto. A escolha da faixa foi da própria dupla: Quanto Tempo Demora Um Mês. Esse foi o ponto de partida para o projeto Vou Te Levar Comigo, que chega agora com sete faixas, sete encontros sempre com artistas de estilos bem diferentes da banda. “É neste encontro de estilos que cada música ganhou novas interpretações e nuances. Nossos convidados também se sentiram assim mais à vontade”, explica Bruno Gouveia. Produzido por Carlos Coelho, Vou Te Levar Comigo leva o ouvinte a encontros do Biquini com artistas como Fagner, Guilherme Arantes, Péricles, Falamansa e Alex Escobar. Ao longo do ano, os shows constaram com participações de cada convidado no telão e foram a O sétimo convidado foi Sidney Magal, numa versão com pitadas de salsa para a música Chove Chuva, de Jorge Benjor. “Esta música se tornou um grande sucesso em nossa carreira e a consideramos quase que um filho adotivo. E não haveria melhor música para cantamos com Magal”, avalia o tecladista Miguel Flores da Cunha. O single sai no dia 2 de outubro e o álbum chega nas plataformas a partir do dia 4. “Já pensamos em fazer um volume 2 nos próximos anos. Os encontros com cada artista foram sempre cercados de grande alegria e troca de informações. E achamos que o público sempre sai ganhando com isso. O que não falta é música!”, afirma Bruno Gouveia.
The Hives promove repeteco de alto nível em São Paulo