Com show em São Paulo na próxima quinta, Fantastic Negrito lança álbum

Vencedor de três Grammys, Fantastic Negrito compartilhou seu tão aguardado álbum Son of a Broken Man, pela Storefront Records. É o primeiro álbum completo de Fantastic Negrito desde o aclamado Grandfather Courage, do ano passado. Na próxima quinta-feira (24), Fantastic Negrito fará um show especial no Cine Joia, em São Paulo. Os ingressos seguem à venda. Son of a Broken Man traz Fantastic Negrito encapsulando os elementos inimitáveis de sua celebrada obra até o momento, desde riffs de guitarra distorcidos e poderosos até baladas melódicas e expressivas, tudo impulsionado pelas reviravoltas inesperadas que se tornaram sua marca registrada. O álbum talvez seja o mais pessoal de Fantastic Negrito até agora, explorando família, engano e o desejo humano de esconder o verdadeiro eu, enquanto mergulha profundamente em um dos conflitos mais antigos da história humana: a luta entre pai e filho. Desde cedo, Negrito foi alimentado por mentiras contadas por seu pai: um sobrenome inventado, uma ancestralidade fabricada e um sotaque somali falso. Por que mentir? Por que criar essa narrativa falsa? Essas são as perguntas que Negrito teve que fazer a si mesmo, e essas são as questões que estão no coração de Son of a Broken Man. Son of a Broken Man foi precedido no início deste verão por Undefeated Eyes, uma colaboração profundamente comovente com a lenda vencedora de 17 prêmios Grammy Sting, já disponível em todas as plataformas. Gravada em 2020 no estúdio de Fantastic Negrito em West Oakland, poucos dias antes das políticas de lockdown da covid entrarem em vigor, a faixa é acompanhada por um videoclipe oficial estrelado pelos dois icônicos artistas, filmado no mês passado em Nieuwpoort, Bélgica.

Vanguart lança versão para “Celeste”, de Renato Russo e Marisa Monte

Soul Parsifal é uma jóia escondida no álbum A Tempestade (1996), da Legião Urbana. Composta por Renato Russo e Marisa Monte, originalmente ela se chamava Celeste, mas Renato alterou a letra e seu título quando gravou com a Legião Urbana. Ainda assim ela traz uma mensagem positiva num disco triste, que marcou a despedida do cantor e compositor. Durante a pandemia Helio Flanders, vocalista do Vanguart ouviu muito esse disco. “Acho que tem algo muito tocante que é a vulnerabilidade do Renato Russo que se derrama por todo o álbum e essa faixa traz uma alegria, uma esperança, uma honestidade bem característica dele”, comentou. “Depois comecei a perceber que muitas pessoas não conheciam essa canção e sugeri para o Reginaldo regravarmos”. Eles optaram por gravar a versão original, que anos mais tarde foi lançada no álbum póstumo Duetos, Renato Russo (2010). Assim, eles entraram no estúdio com o produtor Leonardo Marques e fizeram duas versões de Celeste, uma mais longa, de cerca de 5 minutos e uma edição mais curta de 3 minutos e quarenta. Tanto para os fãs da Legião como para os fãs do Vanguart, é muito emocionante ouvir essa versão que contou com Hélio Flanders (voz e violão), Reginaldo Lincoln (baixo, guitarra, wurlitzer, hammond, harmonium e vocais), Kezo Nogueira (bateria) e Leonardo Marques (guitarra). Recentemente o Vanguart lançou uma nova versão para Demorou pra Ser, de seu próprio repertório, com participação de Fernanda Takai.

João Gordo traz energia punk para versão de Tropicana, de Alceu Valença

O vocalista do Ratos de Porão, João Gordo, divulgou sua versão punk rock da canção Tropicana (Morena Tropicana). Lançada originalmente em 1982 no disco Cavalo De Pau, a música é um dos maiores sucessos da carreira de Alceu Valença. Nesta nova versão, João Gordo transforma a canção com sua energia irreverente e guitarras distorcidas. Tropicana (Morena Tropicana) é o último single que antecipa Brutal Brega: MPB Mode, álbum que irá reunir versões punk de diversos clássicos da música brasileira, de artistas como Luiz Gonzaga, Belchior e outros. Anteriormente, João Gordo já havia disponibilizado como single versões de Coroné Antonio Bento, de Tim Maia, e Atrás do Trio Elétrico, de Caetano Veloso. O projeto completo será disponibilizado nas plataformas de streaming e em CD no dia 22 de novembro, pelo selo Wikimetal Music. O álbum é uma continuação do Brutal Brega (2022). Produzido também por Val Santos (Viper, Toyshop), o disco foi um tributo divertido à música “brega” e revisitou sucessos como Ciganinha e Fuscão Preto. O primeiro álbum já está disponível em todas as plataformas e em CD pela Wikimetal Store.

Pedro Madeira lança álbum “Semideus dos Sonhos”; ouça!

Pedro Madeira tem o dom. A voz. A alma boa. Após uma longa gestação, depois de três singles, ele chega ao seu primeiro álbum, Semideus dos Sonhos. Porque é da natureza de qualquer jovem de 25 anos sonhar, mesmo morando na comunidade do Mineiro Pau, em Santa Cruz, bairro limítrofe do Rio de Janeiro. Formado como assistente social, voluntário na Obra Social Filhos da Razão e Justiça, sempre sonhou em ser uma inspiração para as crianças de onde mora. Não é fácil viver nessa luta diária. Mas a sua voz contrasta com tudo aquilo que você possa imaginar. Isso porque ela não se faz com revolta, raiva ou indignação. Ela choca mais ao revelar a leveza. Se há melancolia, ela é lúgubre. Se há felicidade, impera a beleza. Pedro sempre gostou de cantar. Fã de Beyoncé e Iza, foi num show desta última, em 2018, que ele surpreendeu a cantora, quando esta lhe passou o microfone para participar ali, na primeira fila, no meio da multidão. A voz firme e cristalina chamou a atenção de todos os presentes e ele, de cara, ganhou fãs até da própria Iza. Isso o fez acreditar na possibilidade de ir além, de ter um registro de seu próprio trabalho. De um dia, poder estar sobre o palco, e não na plateia. Foi assim que Pedro se descobriu cantor e compositor na confiança de cada passo dado e cada resposta, de cada desafio e cada apoio recebido. Num mundo de zaps e recados em redes sociais, foi o velho e-mail que permitiu o contato com Bruno Gouveia, cantor do Biquini. Ele se surpreendeu com a pureza da voz de Pedro e a beleza de suas composições. Primeiramente, buscou apenas dar orientação e apoio ao garoto, mas acabou fazendo mais que isso. Produzindo com Raul Dias, ele viabilizou a gravação do primeiro single de Pedro, Chuva. Vieram outros dois: Pássaros, em co-autoria com Bruno, e Bem Que Se Quis, sucesso na voz de Marisa Monte. O trabalho foi evoluindo. Após abrir alguns shows do Biquini Cavadão, mergulharam no projeto de um álbum mais completo, mais denso. Raul Dias que, além de trabalhar na produção, tocou guitarra, baixo, violão e programações, também convidou diversos músicos a participarem do álbum, fazendo com que Pedro mergulhasse na sua mais profunda identidade. O Semideus dos Sonhos, título do álbum, é um retrato de suas aspirações. São 12 faixas, entre canções autorais, vinhetas e duas regravações: a já conhecida Bem Que Se Quis e Minha Missão, de João Nogueira, cuja versão se transforma em um áudio-retrato. Misturando samba, soul, ritmos africanos incorporados de sua própria religião, afoxés e muita influência brasileira, Pedro se destaca ao fazer o que muitos artistas neste meio, mesmo os mais conhecidos e endeusados não parecem mais saber fazer: cantar. Poucos são capazes de cantar com interpretação, sem Auto-Tune, somente com an alma, como ele faz. Assim, Petições revela com propriedade o seu clamor por paz, Cheiro de Flor adoça os ouvidos com sua melodia gostosa, e a dançante-soul Terra Arrasada te faz dançar no mais doído desabafo. Seu single de lançamento do álbum é Só Mais Um Preto Que Morreu, um samba em parceria com Bruno Gouveia. É nesta mistura entre o roqueiro e o cantor que surge um tiro de canhão no peito de toda a sociedade, cantada com a assinatura de quem já viveu muitos assassinatos por perto. Narrado na primeira pessoa, o samba se torna um grito surdo e seco, diante da banalização da violência do dia a dia. Pedro é madeira de lei, lenha que arde, madeira talhada, é álbum que vale muito mais que uma mera audição. Um disco que fala sobre sonhos. Sonhos que todos temos. Para Pedro, um deles está se concretizando agora, muitos outros virão.

Com uma mistura de ritmos, Áurea Semiseria apresenta EP homônimo

Após mostrar toda a sua personalidade em Big Mama e celebrar um lado bom da vida em Mahí Mahi, Áurea Semiseria acaba de lançar seu EP que carrega toda a sua origem e brasilidade, junto a uma mistura de diversos ritmos como Boombap, House e o nosso tradicional ‘Pagodão’. O nome do projeto vem carregado de força. “Semiseria, além de ser meu nome artístico, é uma expressão baiana para a ausência de miséria e presença de fartura. O nome do EP não poderia ser outro. Existem alguns álbuns de rock que levam o nome da banda, então, quando você lembrar de mim, vai lembrar do meu EP. Ele vem com muitos estilos musicais que eu já trabalhava ou tinha vontade de trabalhar. Boombap, Drill, RnDrill, House, Pagodão são estilos musicais presentes na minha vida desde sempre, e trabalhar com cada um deles de forma orgânica foi muito prazeroso. As pessoas irão gostar muito!”. Com a produção de El Lif Beatz, produtor de Castelos e Ruínas, de BK, além de Do Desapeago Ao Amor, de Juyè, ela explora a vivência da mulher preta com força e resistência em rimas poderosas em R.A.P, o novo single que vem acompanhado do EP e com a particição de Iza Sabino. “Ela é uma grande artista versátil e sagaz no que faz. Nos conhecemos mais ou menos em 2018 e desde então sempre falamos sobre fazer uma música juntas e quando gravei R.A.P só me vinha ela na cabeça. Foi a oportunidade perfeita pra gente. Apesar dela ter sido feita a distância, trabalhar com quem a gente gosta é muito gostoso. Ela versou de uma forma inigualável. É um dos meus feats preferidos da vida! A gente fala da realidade da mulher periférica que vive a dualidade da correria secular e artística”. A artista contou que, para criar o projeto, contou com a ajuda de Una, sua irmã da vida, que, além de auxiliar no canto melódico, também comandou a direção musical de Semiseria. Ela descreve as faixas com carinho, destacando a parceria com Una, além de ressaltar a produção de MU540 em Lupa Sem Lente, que contém referências a EdCity, uma inspiração e um grande cantor da Bahia. “A música Eu Não Te Amo conta com a composição dela, em uma imersão que fizemos enquanto trabalhávamos no EP. Mexe aqui, ali, e nasceu nossa parceria em um dueto que lembra muito os pagodes de antigamente. Avenida também foi composta por nós duas. É um house e tem o sentimento de saudade de um grande amor de verão. Falar dessa música me traz paz, e estou muito ansiosa para ver a reação do público nos shows. Ela conta com a participação de Big Blackk, um artista de quem sou muito fã e por quem tenho um carinho enorme”. A ideia do EP não apenas consolida o trabalho de Áurea Semiseria na Bahia e na região Nordeste, mas também a apresenta ao Brasil, marcando o primeiro passo em direção a uma carreira nacional. Além disso, o projeto busca explorar o papel da mulher na música brasileira, especialmente no rap, promovendo discussões pertinentes sobre representatividade e igualdade de gênero.

Day Limns cumpre profecia de Lulu Santos com o lançamento de “Profeta”

Em 2017, uma nova estrela brilhava no palco do The Voice Brasil. Day Limns, com sua potente voz e personalidade autêntica, conquistou o coração de Lulu Santos durante as audições às cegas, marcando o início de uma jornada transformadora. O que Lulu viu naquela jovem talentosa se concretizou: ele enxergou o futuro de Day como um grande Profeta, tornando-se não só seu mentor, mas um dos primeiros a prever o sucesso que viria a seguir. Agora, em 2024, Day Limns se consolida como uma das principais compositoras e cantoras da música brasileira, ganhando reconhecimento global com canções interpretadas por ícones como Demi Lovato e Luísa Sonza. Celebrando essa trajetória, Day lança Profeta. Co-escrita por Day em parceria com Carolzinha, Elana Dara, Peracetta e Los Brasileros, Profeta é mais do que uma música: é uma celebração de autoconhecimento e reconciliação com o passado. Assim, a letra de Profeta vai muito além de temas românticos. Ela é uma narrativa sobre autoconhecimento, reflexão e o medo de que o tempo passe sem que sejamos capazes de alcançar tudo o que desejamos. Day explora a luta entre o que sentimos e o que sabemos ser verdade, destacando a importância de encontrar a fé em si mesma para avançar. “Essa canção é sobre voltar à Terra, relembrar minhas raízes e, ao mesmo tempo, agradecer pelo caminho que percorri. Ao longo desses sete anos, nem sempre parei para valorizar minhas conquistas, mas agora, mais madura, vejo o quanto cada etapa foi essencial para me tornar quem sou hoje”, explica Day. Para ela, Lulu Santos desempenha um papel fundamental nesse processo: “Lulu é um símbolo importante dessa celebração, pois foi uma das pessoas gigantes que enxergou grandeza em mim. Quase como se tivesse previsto, – como um profeta -, ou simplesmente se visto em mim. Fui me apropriar das coisas que ele falou muito recentemente”, completa a cantora.