Pense lança Tudo Que Temos de Lembrar, primeiro álbum em seis anos
A banda Pense, formada por Ítalo Nonato, Alexandre Magno, Daniel Avelar, Judá Ramos e Rapha, lançou o álbum Tudo Que Temos de Lembrar. O disco é o primeiro projeto inédito em seis anos e o primeiro da formação. A produção conta com a edição de Marco Túlio Nonato, além dos integrantes Ítalo e Alexandre. Gabriel Zander ficou a cargo da mixagem e masterização. Para Ítalo, o trabalho ao longo de 11 faixas reflete o momento atual da banda e questões pessoais que os integrantes consideraram importantes para compartilhar com o público: “Essas músicas sintetizam o momento que estamos vivendo, com várias coisas que a gente achou importante registrar e quis transmitir também. Este disco sintetiza a fagulha da ignição e inicia o processo de acender uma chama de novo no meio da escuridão. Ela é uma reflexão sobre tudo o que a gente já passou até aqui e sobre esse renascimento. É um novo momento de redescoberta, de reaprender a andar, e nele a gente tenta amarrar tudo o que a gente precisa lembrar para sair desse túnel, desse lado escuro.” Cada canção aborda temas relevantes para a existência humana, como família, amizade e amor, além de tópicos mais complexos como saúde mental e questões sociopolíticas. Para os integrantes da banda, esse disco marca um amadurecimento criativo, onde o processo de produção também envolveu uma redescoberta pessoal. Três singles precederam o álbum Tudo Que Temos de Lembrar. Em 2022, a faixa As Cores São Bem Diferentes introduziu a nova formação. No ano seguinte foi a vez de Sala de Controle. E a última amostra foi De Onde Viemos, em maio deste ano. Assim como essas três músicas prévias, a faixa-título ganhará um videoclipe. O clipe da faixa homônima foi gravado no Tendal da Lapa, em São Paulo. Dirigido por Felipe Hervoso, a ideia foi conectar visualmente com as fotos promocionais do álbum e jogar luz sobre a banda tocando, com foco nas emoções que a música desperta nos integrantes: “É como se fosse o primeiro sinal de luz no meio da escuridão. Aquela mão que te puxa antes de cair num precipício. Talvez o primeiro degrau de um novo recomeço, então essa música sintetiza isso. A situação é essa, talvez a gente esteja num lugar em que a gente não espera, mas levanta, um dia por vez, um passo por vez. Sobe um degrau de novo e já será um avanço bem grande”, enfatiza Ítalo. Além das letras e melodias poderosas, o álbum ainda traz fortes influências de bandas como Architects, Polaris, The Story So Far, Limp Bizkit e Neck Deep.
Com influências de QOTSA e The Cure, Menores Atos lança single
O trio Menores Atos lançou o single e o clipe de Terremoto. O single é o primeiro do álbum Fim do Mundo. “Escolhemos Terremoto por ela mostrar uma sonoridade diferente da banda e uma abordagem mais direta, tanto musical quanto lírica, o que na nossa opinião acabou dando a tônica para o disco. Nosso produtor musical Gabriel Zander, que também participou de todos os nossos trabalhos anteriores, sempre destacou essa como uma música especial”, comentou Cyro Sampaio, vocalista e guitarrista. “Depois de gravada, o músico e produtor Pablo Greg, nosso amigo e que também assina outros trabalhos com a gente, adicionou algumas camadas de synths, o que contribuiu demais para o resultado da produção”. A letra fala sobre tomar decisões difíceis e observar a hora de encerrar ciclos. A sonoridade tem uma “pegada” Queens of the Stone Age, com um pé no The Cure, como referência. Fim do Mundo vai trazer 12 faixas divididas em três atos, Vazio, Em Demolição e Depois do Sol e da Chuva com a intenção de construir essa narrativa traçando essa analogia com um hipotético fim do mundo.
The National lança o EP “NTL RM II”, com quatro músicas inéditas
The National anunciou recentemente o lançamento de Rome para 13 de dezembro, um conjunto de 21 faixas digitais e um conjunto de dois LPs e CDs gravados ao vivo em 3 de junho de 2024 na Cava do Auditorium Parco della Musica Ennio Morricone. Agora, eles compartilharam outro EP de quatro músicas, intitulado NTL RM II, com os destaques do álbum: Smoke Detector, Fake Empire, Mr. November e Terrible Love. Rome abrange os mais de 20 anos de composição da The National e revela como cada música ganhou uma nova vida em sua apresentação. A banda compartilhou anteriormente um EP de quatro músicas intitulado NTL RM EP I, que incluía I Need My Girl, Lemonworld, The Geese of Beverly Road e Lit Up. Gravado no impressionante Parco Della Musica Ennio Morricone, nomeado em homenagem ao famoso compositor de filmes italiano, o álbum de 21 faixas apresenta versões de músicas adoradas como Bloodbuzz Ohio, Don’t Swallow the Cap, I Need My Girl, The System Only Dreams in Total Darkness, England e Fake Empire; além de releituras de faixas recentes como Eucalyptus, New Order T-Shirt, Tropic Morning News e Smoke Detector. Refletindo a forma como a banda muda os setlists para lançar uma nova luz sobre joias ocultas do catálogo, Romeé marcado por raridades como a abertura do show, Runaway, Lemonworld, The Geese of Beverly Road, Lit Up e um tour de force combinando Humiliation do álbum Trouble Will Find Me e Murder Me Rachael, de Sad Songs For Dirty Lovers. O bis de Rome inclui o hino Mr. November, Terrible Love e a canção dos fãs que encerra o show, Vanderlyle Crybaby Geeks.
Prestes a fazer show em São Paulo, Jerry Cantrell lança álbum I Want Blood
O novo álbum de Jerry Cantrell, I Want Blood, já está disponível para audição. Aliás, o disco é um esquenta para o show no Brasil, que acontece em 12 de novembro na Audio, em São Paulo. I Want Blood foi gravado no JHOC Studio de Barresi em Pasadena, Califórnia, e conta com contribuições de Duff McKagan (Guns n’ Roses), Robert Trujillo (Metallica), Greg Puciato (Better Lovers, ex-Dillinger Escape Plan), Gil Sharone (Team Sleep, Stolen Babies) e Lola Colette. Jerry Cantrell é um trovador americano, celebrado por sua forma distinta de tocar guitarra, vocais cheios de alma e composições profundas. Conhecido por seu trabalho no Alice in Chains e como artista solo, o músico indicado ao Grammy vendeu mais de 30 milhões de álbuns, foi considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos pela Guitar World e pela Rolling Stone e foi fundamental para moldar o som do rock moderno. Ao longo de sua carreira, ele lançou seis álbuns de estúdio com o Alice in Chains, três álbuns solo, teve sua música apresentada em filmes de Cameron Crowe, Judd Apatow e Ben Stiller e fez participações especiais em Deadwood e Jerry Maguire. Jerry Cantrell na América do Sul 8 de novembro – Huechuraba, Chile, Fauna Primavera 10 de novembro – Comuna 15, Argentina, C Complejo Art Media 12 de novembro – São Paulo, Brasil, Audio
C6 Fest divulga lineup com Nile Rodgers e Chic, Wilco, Air e Pretenders
A terceira edição do C6 Fest, que acontece entre os dias 22 a 25 de maio de 2025, anunciou suas atrações na terça-feira (22). O evento contará com quatro palcos no Parque Ibirapuera e reúne shows de jazz, pop, soul, rock, MPB e eletrônica. A pré-venda de ingressos é exclusiva para clientes C6 Bank e acontece nesta quarta (23) e quinta (24). Os compradores recebem 20% de desconto sobre o valor dos bilhetes, inclusive para meia-entrada, mediante compra com o cartão de crédito do banco. O primeiro lote traz ingressos a R$ 560 (dias 22 ou 23/5, no Auditório Ibirapuera) e R$ 680 (dias 24 ou 25/5, na Arena Heineken e Tenda). O passaporte Jazz custa R$ 1.000 e dá acesso aos dois dias de shows na plateia interna do Auditório Ibirapuera. Para assistir às apresentações na Arena Heineken e Tenda, também é possível adquirir um passaporte para os sois dias de eventos nestes palcos por R$ 1.200. Na sequência, as vendas para o público geral começam na sexta (20). As entradas serão vendidas somente no site c6fest.byinti.com ou na bilheteria física do Teatro Renault (av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, República, região central). Confira a seguir o lineup completo: A. G. Cook, Agnes Nunes, Air, Amaro, Freitas, Arooj Aftab, Beach Weather, Brian Blade & The Fellowship Band, Cat Burns, English Teacher, Gossip, Kassa Overall, Maria Esmeralda, Meshell Ndegeocello, Mulatu Astatke, Nile Rodgers & Chic, Peter Cat Recording Co., Perfume Genius, Pretenders, Seu Jorge, Stephen Sanchez, SuperJazzClub, The Last Dinner Party e Wilco. A terceira edição do C6 Fest terá quatro noites. De acordo com a organização, os dois primeiros dias (quinta, 22, e sexta, 23) serão de shows mais intimistas no Auditório Ibirapuera. Os dois últimos dias, no fim de semana, são dedicados às grandes apresentações nos palcos ao ar livre, que se dividem entre a Arena Heineken e a Tenda. PROGRAMAÇÃO Auditório Ibirapuera Quinta, 22/5Mulatu Astatke Amaro Freitas Septeto Arooj Aftab Sexta, 23/5 Kassa Overall Brian Blade & The Fellowship Band Meshell Ndgegocello Arena Heineken e Tenda Sábado, 24/5 Air – “Moon Safari” Pretenders Gossip Perfume Genius Stephen Sanchez A.G. Cook Agnes Nunes Beach Weather Peter Cat Recoring Co. Domingo, 25/5 Nile Rodgers & Chic Wilco Seu Jorge e convidados no “Baile á la baiana” The Last Dinner Party English Teacher Cat Burns Maria Esmeralda (Thalin, Cravinhos, iloveyouangelo, Pirlo & VCR Slim) SuperJazzClub
Seis anos após disco de estreia, Maria Beraldo lança Colinho
Insuspeitado, e ainda assim coeso. Colinho, disco que Maria Beraldo lançou pelo selo Risco, parece brincar de unir pontas aparentemente opostas, mas que sob a batuta da artista ganham consistente elo sonoro. Ao longo de 11 faixas, dez delas de autoria própria, solo ou em parceria, Beraldo traça arcos tesos entre a ousadia sonora e a firmeza estética, ou a ousadia estética para a firmeza sonora. Percorrendo caminhos impensados entre uma cantada lapidada num funk pouco melódico (Colinho, que abre o disco), e cantando sua vida num samba de João Nogueira (Minha Missão, que encerra o álbum), a artista tece com agudeza semântica um colo provocador – e também provocante – para a canção brasileira. Construído após um hiato de seis anos – tempo em que passou a assinar a direção musical das peças de Felipe Hirsch, e compôs trilhas para diversos longa-metragens e para o Balé da Cidade, entre outros – Colinho apresenta uma artista cuja soltura e liberdade estruturam cartografias capazes de abarcar memória e futuro, indo do funk ao samba, passando por momentos que podemos apontar como pop, como jazz, como folk, como canção popular, sempre sob uma perspectiva única, na ponta de lança do contemporâneo. Maria caminha por sonoridades singulares, enquanto conjuga o (seu) sexo no mundo. O álbum ressoa o coletivo a partir de uma investigação particular onde, implícito ou explícito, o sexo e a sexualidade são a lente por onde se vê, e ditam a dinâmica rítmica, melódica e textual de cada composição. Ainda assim, o disco aflora subjetividades diversas ao longo de seus mais de 40 minutos, criando intimidade com o ouvinte ao tocar sentimentos universais e acolhendo a comunidade queer com a tão importante representatividade. Colinho ecoa como um jogo onde as fronteiras são borradas e as dualidades diluídas, fazendo com que as 11 canções, nove delas inéditas, soem frescas, e a novidade seja experimentada em cada escuta. Se o disco abre com um quasi-funk cuja tradicional sentada se converte em colinho, a sequência revela o contrário de maneira não óbvia. Sob uma base jazzística minimalista, com piano de Chicão (seu parceiro de Quartabê) e bateria de Sérgio Machado, Beraldo canta em tom quase melancólico linhas como “mexer o rabo desse jeito” (em Baleia, parceria da artista com Juçara Marçal e Kiko Dinucci e um dos destaques de Delta Estácio Blues, onde foi gravada pela primeira vez, em 2021). Sai de um funk com colinho para uma canção jazzística safada. Enquanto em Cavala (2018), a artista trazia nas canções a densidade de um grito de saída do armário, em Colinho (2024), ela passa pela elaboração acerca de sua identidade de gênero não binária. O disco acaba por se revelar um objeto artístico-psicanalítico, onde Maria aprofunda temáticas com a leveza de quem abre o coração, livre do que poderia soar um monotema, a partir de um lugar melhor resolvido no mundo. Os processos de composição e produção do disco se mostram matéria das elaborações mais pessoais da artista, que lança o olhar para sua infância e puxa o fio até os dias de hoje, trazendo consigo o piano, o violão, o jazz e o samba que tocavam em sua casa, e o choro – gênero musical e lágrimas – para dentro das sonoridades eletrônicas e pops que Beraldo frequenta e desenvolve. Compondo a trama de pontes e elos que Colinho inventa, está Guma, quarta faixa do álbum, que tem letra livremente adaptada de um trecho de James Baldwin no livro O Quarto de Giovanni, e que foi batizada em homenagem ao personagem de Jorge Amado em Mar Morto – Beraldo conecta Baldwin e Jorge Amado através da metáfora mar-paixão, explorada pelos dois autores. Musicalmente, a canção traz melodia inspirada em Frank Ocean, que através de Maria acaba por tanger sonoridades a la Hermeto Pascoal, enquanto o arranjo para quarteto de cordas evoca um lirismo Jobiniano. O disco segue brincando com frescor por diferentes caminhos de abordagem. Em Truco, feita para o premiado Regra 34, de Julia Murat, Maria transmuta violência em jogo, com versos que escalam um revide às opressões: “você mete tudo / eu truco / vou comer você“. Já em Matagal, que conta com a participação de Zélia Duncan, a tensão – e o tesão – da disputa dão lugar ao jogo amoroso, num folk que celebra o encontro com beleza tocante, onde tudo parece suspenso e leve, efeito causado pelo encontro das vozes e pelo violão de aço de timbre particularmente aconchegante. As conexões feitas por Beraldo brilham ainda em Masc, quando ela canta – em vocais que divide com Ana Frango Elétrico – “Inside my chest a little boy scrolls a bunch of scenes“, eco bonito dos versos de Milton Nascimento e Fernando Brant “Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração. Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão“. A investigação de si e do outro, e a partilha dessas descobertas, também se acende em Quem eu sou, parceria de Beraldo com Negro Leo, que também canta na faixa. Num gancho natural com uma das mais destacadas canções do artista (Jovem Tirano Príncipe Besta), Maria e Leo cantam sobre humanidade, entre sonho e destruição, no sintético refrão “a fauna brinca de se estrepar, brinca até cansar / a fauna brinca de se ferrar, a fauna brinca até sonhar”. O disco encerra com um samba, numa reafirmação do tamanho de Maria, do tamanho que a música tem em sua vida, do tamanho da canção brasileira – capaz de abarcar tanto -, do tamanho que Colinho propõe o salto – e o acolhimento – ao ouvinte. Produzido por Maria Beraldo e Tó Brandileone, o álbum conta também com reconhecidos instrumentistas da música brasileira contemporânea como Thiago França, Rodrigo Campos, Fábio Sá, Sérgio Machado, Marcelo Cabral, Chicão, entre outros – além de Maria e Tó, que tocam inúmeros instrumentos nas faixas. Colinho conta ainda com arranjos para cordas escritos por Beraldo, e cria pontes entre os universos eletrônico e acústico, passeando pelo